segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Para especialistas, investidor terá de se arriscar mais em 2013

TONI SCIARRETTA MARIA PAULA AUTRAN DE SÃO PAULO O aquecimento da economia brasileira, medidas para amenizar a crise na Europa e um acordo no Congresso americano para evitar que o país entre em recessão em 2013. O cenário lembra o otimismo das previsões para 2012, que não se concretizaram. De novo, podem não se confirmar no ano que começa amanhã, deixando o investidor em uma situação complicada. Além disso, até empatar com a inflação fica mais difícil com o cenário de juros baixos no país. Mesmo diante das incertezas, a recomendação para quem não se satisfaz com os menores juros da história é se expor a algum investimento de risco. De acordo com William Eid, professor da FGV, o brasileiro estava acomodado com os juros altos. "Agora, vai ter que sair da dupla poupança/fundo DI, entender mais os riscos que corre e ser disciplinado para guardar um pouco todo mês", afirma. Após fechar 2012 com alta de 7,4%, a maior desde 2009, o mercado acionário ainda tem espaço para se recuperar. Em 2012, no entanto, a Bolsa teve várias tentativas de recuperação --chegou a subir mais de 20%--, mas a alta não se sustentou por causa das incertezas. Diante disso, o investidor que não se sentir confortável com o risco da Bolsa tem como alternativas aplicações isentas de Imposto de Renda que apresentam uma dose de risco e pagam mais do que a renda fixa tradicional. Estão isentos os fundos imobiliários e títulos de dívida imobiliária, de infraestrutura e do agronegócio. Sem pagar IR, os fundos imobiliários chegam a render 0,7% ao mês ou 8,73% ao ano líquidos. A aposta do professor Mauro Halfeld, da UFPR, é nesses fundos, além de recomendar que se tenha uma parte do portfólio em fundo cambial e/ou em ouro. "Só não acredito mais em aplicações indexadas ao CDI porque o rendimento líquido está muito baixo e não há esperanças de se recuperarem no curto prazo", diz. RENDA FIXA No Brasil, a maior incógnita é sobre a inflação. Se as taxas ameaçarem romper o teto da meta (6,5%), o Banco Central terá de elevar os juros. Essa mudança pode causar um estrago nos fundos de renda fixa e em títulos de dívida prefixada com taxas menores, que terão forte depreciação e poderão até ter rendimento negativo. Quem aposta que isso acontecerá deve preferir os fundos DI e títulos pós-fixados, como as LFTs do Tesouro Direto. Para quem acredita que o Banco Central continuará tolerante com eventuais solavancos na inflação, os fundos de renda fixa e os títulos prefixados, como as LTNs e NTNs do Tesouro Direto, ainda têm taxas superiores aos 7,25% da Selic atual. Em 2012, a estranha combinação de inflação alta e taxa de juros baixa (normalmente, quando a inflação sobe, o BC eleva os juros) impulsionou as aplicações atreladas ao IPCA, que chegaram a render mais de 20%. Para Fabio Colombo, administrador de investimentos, o problema é que esses títulos estão com preços elevados e dificilmente esse cenário perdurará. Com isso, o investidor pode ter uma surpresa negativa em 2013, afirma. O investidor deve sempre estar atento aos custos dos investimentos (taxa de administração) e a descontos de Imposto de Renda, que reduzem a rentabilidade líquida da aplicação.
Link da matéria:http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1208328-para-especialistas-investidor-tera-de-se-arriscar-mais-em-2013.shtml

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Venda de imóveis usados cai 13,8% em SP; locação recua 10,45%

O número de imóveis usados vendidos caiu 13,8% em setembro ante agosto no Estado de São Paulo, segundo pesquisa do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) com 1.367 imobiliárias de 37 cidades. Houve também queda de 10,45% no número de novos contratos de locação no período. As vendas de imóveis usados recuaram 13,8% em setembro em relação a agosto em SP, segundo o Creci-SP Na divisão por regiões ou cidades, as vendas caíram 32,37% na capital paulista e 23,2% no interior, mas subiram 12% no litoral e 14,62% nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco. O índice que mede os preços de imóveis usados recuou 16,79% em setembro na comparação com agosto. Com isso, acumula retração de 10,39%. Foram computados no índice os valores de locação de 4.201 imóveis pesquisados. "Essa fotografia desse momento do mercado imobiliário feita pela pesquisa compõe um quadro de preocupação", avalia José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. De janeiro a setembro, as vendas recuaram 18,5%. A locação acumula alta de 12,26% Link da matéria:http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1200422-venda-de-imoveis-usados-cai-138-em-sp-locacao-recua-1045.shtml

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Desapropriação ameaça Clube Jaraguá

Há 53 anos funcionando na região, agremiação de 6,5 mil sócios pode ter de ceder sua área para construção de centro de convenções RODRIGO BURGARELLI - O Estado de S.Paulo Cercado por árvores e montanhas, em um lugar onde se pode ouvir o som de pássaros e esbarrar em capivaras e pavões, o Jaraguá Clube Campestre nem parece estar no meio da mancha urbana de São Paulo. Mas, após 53 anos na zona norte da cidade, toda essa calmaria pode estar chegando ao fim. Sócios denunciam que a área de 550 mil m² do clube está ameaçada pelo projeto da Prefeitura de construir o centro de convenções de Pirituba. Nos últimos meses, os frequentadores criaram uma página no Facebook, fizeram um abraço coletivo no clube e até organizaram um protesto de bicicleta na Avenida Paulista contra a desapropriação da área do Jaraguá. "Não somos contra o progresso nem contra um projeto que vá trazer benefícios para a região. Mas é difícil encontrar uma área de lazer e de preservação de verde como essa que temos aqui no clube e me pergunto se é necessário mesmo que ela seja incluída no projeto", afirma o vice-presidente do clube, Edvaldo Baptista. Ele conta que já teve quatro reuniões com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) sobre o tema desde o ano passado. Nas três primeiras, ele teria garantido que o clube estava fora do perímetro do centro de convenções, que deverá ser o maior da cidade e é a principal aposta da Prefeitura para trazer a Exposição Universal (Expo) 2020 para a capital paulista. Nessas ocasiões, todas as obras aconteceram no terreno da Companhia City, que tem 4,9 milhões de m² e fica ao lado. Entretanto, na última reunião realizada há pouco mais de um mês, o prefeito teria dito que o clube também deverá ser afetado pela obra. História. Atualmente, o Jaraguá tem cerca de 6,5 mil sócios, a maioria da região de Pirituba e Lapa. Nos fins de semana, costuma ficar lotado durante o dia e, à noite, vira palco de festas de casamento, bodas ou batizados. Os títulos valem cerca de R$ 17 mil e estão esgotados - há uma fila de cerca de 80 pessoas esperando que algum esteja disponível. "Temos sócios que se conheceram aqui há mais de 40 anos, se casaram aqui, batizaram seus filhos aqui. Por que jogar toda essa história fora?", questiona Baptista. Outro defensor da manutenção do clube, pelo menos por ora, é o vereador Eliseu Gabriel (PSB), que no ano que vem assumirá a Secretaria de Desenvolvimento Econômico após ter sido indicado pelo futuro prefeito, Fernando Haddad (PT). Essa é a mesma pasta que hoje coordena os estudos sobre o centro de convenções. "É bom que a cidade tenha áreas como a do clube. Além disso, para desapropriar, o clube tem um custo. Esse custo e as ações na Justiça podem fazer com que não seja interessante para a Prefeitura desapropriar essas áreas", afirma Gabriel. Ele afirmou que ainda vai conversar com o atual titular da pasta, Marcos Cintra, para pegar mais detalhes do projeto antes de tomar uma decisão definitiva do que vai fazer quando for secretário. "Claro que quem vai tomar a decisão é o prefeito. Mas defendo uma solução intermediária. O clube poderia ser parceiro da feira durante sua realização, já que é uma área que tem campos de futebol, área de preservação, restaurante para os frequentadores. Mas o centro de convenções é bem importante para desenvolver aquela parte da cidade." Em nota, a Prefeitura não confirmou que a área do clube será desapropriada e disse que ainda está avaliando as alternativas. Debate. Segundo a administração, a escolha do terreno e as vantagens do projeto para a região de Pirituba foram amplamente debatidas com a sociedade local, inclusive com a direção do clube. "Como o projeto está em desenvolvimento, todas as alternativas para a manutenção do clube serão consideradas e terão a sua viabilidade avaliada." Link da matéria:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,desapropriacao-ameaca-clube-jaragua-,971457,0.htm