quinta-feira, 28 de março de 2013

Alugar ou financiar um imóvel? Confira dicas

As facilidades proporcionadas pelo governo na compra pela casa própria têm aumentado cada vez mais. Porém, é preciso ficar atento antes de optar em dar o primeiro passo em um financiamento.
Embora muitos classifiquem o investimento em um aluguel como ‘dinheiro jogado fora’, ele também tem suas vantagens e pode ser mais vantajoso em algumas ocasiões.







 
Embora muitos classifiquem o investimento em um aluguel como ‘dinheiro jogado fora’, ele também pode ser mais vantajoso em algumas ocasiões (Fotos: Banco de Imagens / Think Stock)
O gerente de estratégia da APSA, que atua gestão de condomínios e negócios imobiliários, Rogério Quintanilha, aponta que cada pessoa faça uma análise pessoal do seu estilo de vida e veja qual o melhor modelo de moradia para cada caso.
“É uma escolha entre ser inquilino do banco [pessoa jurídica] ou de um proprietário [pessoa física]“, afirma.
Quintanilha ainda simulou uma situação para mostrar quando o aluguel é mais vantajoso. Segundo ele, em um imóvel de R$ 400 mil, o valor de aluguel é de, em média, 0,5% do total (R$ 1,9 mil). Em 360 meses (prazo mais comum entre os financiamentos), isso geraria um gasto de R$ 702 mil.
Já no financiamento, um bem com o mesmo valor, teria uma prestação de R$ 4,5 mil e, assim, no mesmo período o gasto chegaria a R$ 928 mil a mais do que o aluguel.
“No entanto, o cenário de juros é muito favorável atualmente no Brasil. Em média, paga-se cerca de 9% de juros sobre o valor financiado. Em compensação, os imóveis têm tido uma valorização de 15% ao ano. Então, compensa comprar financiado”, analisa Marcelo Prata, fundador e CEO do Canal do Crédito.
Outro fator que pesa a favor dos financiamentos é em relação ao comprometimento das parcelas na renda mensal do consumidor. Isso porque, em alguns casos, o valor do aluguel pode superar o do financiamento, sendo que o imóvel alugado não será propriedade do inquilino.
“Isso vai depender do valor da entrada que a pessoa der no financiamento. Nesta modalidade, as prestações são corrigidas pela TR [taxa referencial], com uma variação muito pequena, e os valores caem com o passar do tempo. Já os aluguéis são reajustados pelo IGP-M [Índice Geral de Preços – Mercado] e ficam mais caras com o decorrer dos meses. Pensando assim, o financiamento é melhor”, completa Prata.
Os custos extras de cada modalidade também devem ser considerados no momento de se fazer uma opção. Com o financiamento, é preciso desembolsar mais dinheiro para arcar com escritura (ITBI), taxas administrativas (vistoria, contratos) e impostos, que podem representar 4% do valor do imóvel.
Segundo especialistas, o atual cenário de juros é muito favorável no Brasil, o que contribui com quem optar pelos financiamentos
No aluguel, os trâmites administrativos, como certidões, significam o equivalente a um mês de locação a mais, o que o torna mais atraente financeiramente.
Em geral, na opinião dos especialistas, as duas modalidades exigem atenção. Comprar ou alugar um imóvel requer planejamento e metas para não gerar problemas financeiros.
“Alugar um imóvel e guardar o dinheiro para comprar à vista ou ainda viver num imóvel alugado o resto da vida e ter dinheiro para viajar, passear, ou dar outro destino a ele também é uma boa opção. Habitação é ter onde morar e como pagar. Seja alugado ou próprio”, finaliza Quintanilha.
Veja os prós e contras de alugar ou financiar um imóvel:
Aluguel
Prós
- É possível morar em um imóvel com localizações e padrões que seriam inacessíveis caso optasse pela compra;
- Caso precise se mudar, é mais fácil encerrar o contrato de aluguel do que colocar a casa à venda;
- O dinheiro usado para pagar as altas taxas de financiamento pode ser investido em opções que agradem o morador e lhe deem mais qualidade de vida;
- O inquilino tem, garantido por lei, o privilégio de ficar com a casa no caso o proprietário decida vendê-la;
Contras
- Reformas – é preciso da autorização do proprietário para fazer qualquer tipo de alteração no imóvel;
- Não há garantia de estada permanente no imóvel. Caso precise utilizá-lo, o locador pode pedir a saída do inquilino;
- Todo o ano a taxa de aluguel sofre reajuste, o que pode pesar no bolso do morador;
- Não há prazo para deixar de pagar o aluguel. O imóvel não é do inquilino;
- Para alugar uma casa é necessário encontrar um fiador ou pagar caras taxas de seguro-fiança;
Financiamento
Prós
- No fim do contrato, o morador se torna proprietário do imóvel;
- Caso passe por problemas financeiros, o proprietário pode vender o seu imóvel para conseguir mais dinheiro. O imóvel se torna uma garantia;
- Os gastos fixos na parcela facilitam o orçamento mensal;
Contras
- Os juros podem dificultar o orçamento mensal e tornam o imóvel mais caro do que ele realmente é;
- Ao financiar, o proprietário ainda tem que arcar com custos de escritura, RGI e outras taxas;
- Para financiar com boas mensalidades, é preciso economizar bastante para dar uma boa entrada;
- Se a pessoa muda o local de trabalho, fica mais difícil para mudar para perto, como faz quem mora de aluguel.
Fonte:http://msn.revistaimoveis.zap.com.br/152392-alugar-ou-financiar-um-imovel-confira-dicas.html

 


sábado, 2 de março de 2013

Conselho do patrimônio diz ser contra condomínio-bairro em SP

JAIRO MARQUES
DE SÃO PAULO

Nova diretora do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico) e também nova presidente do Conpresp (conselho municipal do patrimônio), a arquiteta Nádia Somekh avalia que os chamados "condomínios-clubes" e "condomínios-bairros" passarão a ter dificuldades de conseguir aprovação para serem erguidos em São Paulo.
Somekh, que é do quadro de professores do Mackenzie, diz que a gestão Haddad só deverá apoiar empreendimentos que apresentarem projetos de "valorização de espaços públicos, do patrimônio histórico e com benefícios para a sociedade".
"A cidade de condomínios fechados é a 'anticidade' e não oferece qualidade urbana. É preciso ultrapassar a dimensão do empreendimento único", afirma, citando a necessidade de compensações dos impactos causados. "O direito de construir vai ter de financiar ações de espaços públicos, de recuperação de bens tombados, de construção de moradias populares."
Apesar de não terem poderes de barrar a construção de grandes condomínios, os órgãos agora dirigidos pela arquiteta auxiliam no planejamento urbano e tem voz em decisões de governo.
Algumas das metas da nova presidente do Conpresp vão ao encontro do que traçou a também novata na presidência do Condephaat (conselho estadual do patrimônio), Anna Lúcia Duarte Lanna, arquiteta da USP.
Ambas pretendem dar mais "agilidade" em processos, planejam projetos conjuntos nas esferas públicas e querem participação social.
"Cada vez mais as questões do patrimônio afetarão a sociedade porque não são só as pessoas que estão envelhecendo, a estrutura urbana e as memórias também estão. Por isso, é importante ampliar o diálogo", diz Lanna.
Defensor da criação de polos que concentrem "tudo do que o cidadão precisa", o presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação), Claudio Bernardes, diz que "é preciso criar um modelo de urbanismo que diminua os deslocamentos na cidade", mitigando problemas de mobilidade.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1238814-conselho-do-patrimonio-diz-ser-contra-condominio-bairro-em-sp.shtml