quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Locação em São Paulo ficou 17% mais cara nos últimos 12 meses

de SÃO PAULO

Quem fechou o contrato de locação em agosto deste ano pagou, em média, 17% mais do que em setembro de 2010. Em relação a julho de 2011, a alta foi de apenas 0,4%.

Os dados são da pesquisa de locação do Secovi (sindicato do setor imobiliário).

De acordo com ela, os imóveis que mais subiram em agosto frente ao mês anterior foram as unidades de três dormitórios (1,5%).

O levantamento mostra o preço médio de locação por metro quadrado em diferentes bairros da cidade conforme os contratos fechados em agosto. Os distritos com maior valor de locação são Jardins (zona oeste) e Moema (zona sul).

Nos Jardins, o aluguel de um dois-quartos com 70 m² ficou entre R$ 2.075 e R$ 2.286. Apartamentos de três dormitórios e vaga na garagem com área de 90 m² foram fechados por R$ 2.649.

Já no distrito da zona sul, a locação de uma unidade de dois quartos e 70 m² saiu entre R$ 1.759 e R$ 1.979. O três-quartos, com vaga e 90 m², foi negociado em R$ 2.579.

Em Santana (zona norte), o três-dormitórios de 90 m² custou entre R$ 1.250 e R$ 1,480. O dois-quartos, com 70 m² e vaga na garagem, foi locado por R$ 1.124.

Na Bela Vista (centro), o três-quartos de 90 m² teve aluguéis médios entre R$ 1.686 e R$ 1.755. A locação do apartamento de dois dormitórios com 70 m² e vaga custou R$ 1.629.

Na zona leste, um dois-quartos no Tatuapé com mesma metragem e vaga na garagem foi locado por R$ 1.116.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Custo da construção sobe 7,6% em 12 meses, aponta FGV

DE SÃO PAULO

O INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção - M) registrou variação de 0,14% em setembro, um pouco abaixo do resultado do mês anterior (0,16%).

No ano, a variação acumulada é de 6,46% e, nos últimos 12 meses, de 7,64%, segundo os dados divulgados nesta terça-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

O índice correspondente a materiais e equipamentos registrou alta de 0,23%, ficando acima de agosto (0,18%). Dois dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo: materiais para estrutura (0,11% para 0,21%) e materiais para acabamento (0,21% para 0,55%).

Já a parcela relativa a serviços passou de uma taxa de 0,50% para 0,42%. Vale destacar a desaceleração do subgrupo serviços técnicos, de 1,30% para 0,71%.

O grupo mão de obra apresentou estabilidade em setembro (0,01%) ante variação de 0,06% anteriormente. A desaceleração refletiu taxas menores em Porto Alegre e São Paulo, superando o efeito da elevação observada em Recife.

O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bancos negociam elevação do teto do FGTS para compra de imóvel

DE SÃO PAULO

Os bancos negociam com o governo federal a ampliação do uso do saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) do trabalhador na compra da casa própria, informa reportagem de Tatiana Resende para a Folha.

A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

O dinheiro do fundo só pode ser utilizado na compra de imóveis de até R$ 500 mil, o que nos últimos meses vem restringindo o alcance dos negócios para a classe média. O valor está congelado desde março de 2009, antes do recente boom imobiliário --até então era R$ 350 mil.

Alcione Carrilho e Fernando Figueiredo desistiram de comprar um imóvel maior por não poderem usar o saldo do FGTS
A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) não quis divulgar o novo limite proposto, mas a Folha apurou que o objetivo é aumentar para R$ 750 mil.

O pleito foi feito ao Banco Central, que, se concordar, pode levar a proposta ao CMN (Conselho Monetário Nacional), composto também pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento.

Para José Maria Oliveira Leão, superintendente nacional do FGTS, o teto atual ainda "cumpre seu papel" de facilitar o acesso à moradia, apesar da disparada nos preços nas grandes cidades, garantindo que o sistema financeiro "atenda a um público maior e mais necessitado".

domingo, 18 de setembro de 2011

Bancos não dão descontos por antecipação

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DE SÃO PAULO

Há seis anos, Fabiana Bernardes paga o financiamento de seu imóvel em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).

A esteticista antecipou o pagamento de parcelas apenas uma vez. Sua falta de interesse na quitação se dá pela ausência de descontos no valor global da dívida, diz.

Pagamento antecipado deve abater juros futuros
Adiantamento de parcelas é mais vantajoso no caso de Tabela Price
Desde os anos 90 os bancos não concedem descontos por antecipação, apenas abatem os juros futuros, explica Maria Elisa Novais, gerente jurídica do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.

O presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, Marco Aurélio Luz, recomenda que a proposta de quitação seja levada a associações como a sua para checagem gratuita do cálculo de redução de juros feito pelo banco.

Adiantamento de parcelas é mais vantajoso no caso de Tabela Price

DE SÃO PAULO

Os bancos oferecem dois sistemas de financiamento para o crédito imobiliário. O mais usado é o SAC (Sistema de Amortização Constante).

O outro sistema, menos comum, é o que usa a tabela Price. As parcelas são fixas e começam menores do que as do SAC Ðpor isso a aprovação do crédito é mais fácil.

Pagamento antecipado deve abater juros futuros
Bancos não dão descontos por antecipação
No início paga-se mais juros do que se amortiza do saldo devedor. Como a taxa de juros é computada sobre o saldo devedor, demora-se mais para pagar e, com isso, gasta-se mais com juros.

Em financiamentos nesse sistema, o montante de juros abatido com a quitação antecipada costuma ser maior, argumenta o professor José Vieira Dutra Sobrinho.

Já no SAC, os juros incindem sobre o saldo devedor, que diminui à medida que as parcelas são pagas. Dessa maneira, os juros acompanham esse movimento.
perfil

Mas para que tipo de cliente cada sistema é ideal? Varia conforme o tempo que a pessoa demora para quitar a dívida e a parcela com que pode arcar, explica o professor de finanças Samy Dana, da Fundação Getulio Vargas.

Se a pessoa pode gastar mais no início, o SAC é mais indicado por amortizar a dívida desde o princípio. Porém, se a pessoa precisa de parcelas fixas menores desde o começo do plano, pode optar pelo sistema Price e tentar antecipar parcelas à medida do possível.

Prazo de quitação de contrato de crédito triplica em seis anos

CARLOS ARTHUR FRANÇA
DE SÃO PAULO

O brasileiro tem financiado imóveis por períodos mais longos. O prazo médio de quitação dos contratos de crédito imobiliário quase triplicou em seis anos: passou de 4,2 anos, em 2006, para 12,2 anos, nos primeiros sete meses de 2011, de acordo com dados do Banco Central.

A oferta de financiamento com contratos de até 30 anos, que voltaram ao mercado a partir de 2004, é a maior razão para o fenômeno, argumenta Celso Petrucci, economista do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).

Pagamento antecipado deve abater juros futuros
Adiantamento de parcelas é mais vantajoso no caso de Tabela Price
Bancos não dão descontos por antecipação
O crédito ficou mais acessível, os prazos foram aumentando, e as pessoas passaram a demorar mais para pagar.


Esse aumento da oferta de crédito, somado à alta real dos salários no país nesses últimos anos, contribuiu também para a elevação dos preços das unidades, afirma Bruno Vivanco, diretor de negócios da imobiliária Abyara.

Nos últimos 12 meses, a média do valor financiado por imóvel no país subiu de R$ 128,1 mil para R$ 170,3 mil (aumento de 32,9%), segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

No mesmo período, o valor médio do metro quadrado dos apartamentos em São Paulo teve um crescimento de 15%: de R$ 5.608 para R$ 6.447, segundo dados da empresa de pesquisas imobiliárias Geoimovel.

PARA CABER NO BOLSO
Assim, a extensão do tempo para a quitação se trata ainda de uma estratégia para o tamanho das parcelas caber no bolso do brasileiro, independentemente dos juros e do total pago ao final do plano, destaca Adriano Gomes, professor do curso de negócios imobiliários da Escola Superior de Propaganda e Marketing.

A carência da maior parte dos financiamentos, dizem os bancos, é de 20 ou 30 anos. Imóveis comprados pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação) podem usar os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a cada dois anos para antecipar pagamento de parcelas.

Fora a correção monetária, o FGTS rende apenas 3% ao ano, enquanto os juros dos financiamentos são de cerca de 9%; vale a pena, afirma o professor de matemática financeira José Vieira Dutra Sobrinho.

Apesar do aumento do valor financiado e do período de pagamento, a taxa de inadimplência por mais de 90 dias continua em torno de 1,2%, segundo os últimos dados divulgados pela Abecip.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Verba de boom imobiliário pode ir para o metrô em SP

Agencia Estado
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A Prefeitura de São Paulo quer usar o dinheiro do boom imobiliário da região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul, para investir pelo menos mais R$ 1 bilhão em uma nova linha de metrô na capital, que aparece com detalhes nos mapas da companhia pela primeira vez. Batizado de Linha 20-Rosa, o novo ramal terá 12,3 quilômetros de extensão e ligará a Lapa, na zona oeste, a Moema, na zona sul.
A linha faz parte do Plano Expansão 2020 do Metrô, a que a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo teve acesso com exclusividade. O estudo projeta o sistema com até 161 estações de metrô na Região Metropolitana - hoje são 62 - e ampliação dos atuais 70,6 km para 184,2 km de linhas. A previsão de investimento estadual na rede é de R$ 27,4 bilhões até 2015.
Nos estudos preliminares do Metrô, a Linha 20-Rosa aparece com entrega prevista para 2025, mas a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos acredita que esse prazo possa ser encurtado graças ao interesse da Prefeitura em investir no ramal. O projeto inicial prevê 14 estações, espalhadas pelas zonas estritamente residenciais próximas da Praça Panamericana e por toda a extensão da Faria Lima. No mapa do Metrô, é possível ver que a futura linha tem tudo para ser polêmica, uma vez que passa por áreas valorizadas, como Jardim Europa e Jardim América.
O dinheiro da Prefeitura viria das contrapartidas pagas pelo mercado imobiliário da região da Operação Urbana Faria Lima para construir prédios acima do limite da lei de zoneamento. Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou há duas semanas, o prefeito Gilberto Kassab (sem partido) enviou um projeto à Câmara Municipal que prevê a emissão de mais 500 mil Certificados de Potencial Construtivo (Cepacs), títulos que permitem a construção de edifícios mais altos. Esses papéis devem render cerca de R$ 2 bilhões aos cofres públicos - no último leilão da operação, em 25 de maio de 2010, cada Cepac foi comercializado por R$ 4 mil, valor considerado baixo, pela demanda do mercado. Parte do valor arrecadado deve ir para a Linha 20 do Metrô, já que, por lei, esse dinheiro deve ser aplicado no perímetro da Faria Lima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Secovi cancela Salão Imobiliário por escassez de imóveis

Agencia Estado

O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) informou hoje que, em razão da escassez da oferta de imóveis para atender à demanda dos consumidores, cancelou a edição 2011 do Salão Imobiliário São Paulo (SISP), que ocorre anualmente no Anhembi, em São Paulo.
Segundo o presidente do Secovi-SP, João Crestana, a falta de opções de imóveis para exposição no mercado de São Paulo está na dificuldade das empresas em acelerar o ritmo das obras. "Enfrentamos uma carência de mão de obra, falta de materiais de construção e burocracia na aprovação de projetos", afirmou Crestana.
De acordo com o Secovi-SP, o evento - onde as empresas expõem opções de imóveis diretamente aos consumidores - deverá ser retomado em 2012, mas com edições a cada dois anos.
Em 2010 o mercado imobiliário de São Paulo registrou crescimento na participação da classe média na compra de imóveis, o que resultou no escoamento dos estoques das incorporadoras e no aumento de preços das unidades habitacionais novas e usadas.
A edição do ano passado da SISP contou com cerca de 250 mil imóveis novos e usados, residenciais e comerciais. A maior procura dos consumidores foi por imóveis na faixa de R$ 120 mil a R$ 300 mil. Os organizadores registraram nos quatro dias da feira vendas de R$ 650 milhões.

Imóveis de até 45 m² lideram expansão nos lançamentos em SP

Os imóveis compactos vêm ganhando importância no mercado imobiliário e lideram a expansão no número de lançamentos na capital paulista em cinco anos, impulsionados pela valorização dos terrenos, informa reportagem de Mariana Sallowicz e Tatiana Resende para a Folha.Morar em áreas centrais significa, cada vez mais, abrir mão de espaço. As unidades novas de até 45 m² postas à venda de janeiro a julho deste ano (1.598) tiveram alta de 72,0% na comparação com igual período em 2007, antes do agravamento da crise.

Na média geral, o acréscimo no total de lançamentos foi de apenas 4,8%, de acordo com levantamento realizado pela consultoria Geoimovel a pedido da Folha.Segundo Celso Amaral, diretor da Geoimovel, a região que tem concentrado esses apartamentos é o Centro, em bairros como Bela Vista, Santa Cecília, Consolação e Liberdade. "Há ainda lançamentos dessas unidades, mas com 'arquitetura sofisticada', em locais como Jardins, Brooklin e Moema", afirma.Para João da Rocha Lima Jr., professor titular de "real estate", núcleo da Poli/USP, o mercado "vive um momento de readequação", em que as empresas oferecem produtos mais compactos a um público que antes podia comprar apartamentos maiores.