domingo, 28 de abril de 2013

Zonas leste e sul concentram lançamentos em São Paulo

Folha de São Paulo, 26/abr

Preço do metro quadrado de casa em condomínio é 35% menor em relação ao de um apartamento novo na cidade, segundo dados da Embraesp
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Não é preciso mudar-se para o interior para aliar segurança e o conforto de viver em uma casa.
Para atender esse público, o mercado imobiliário tem investido em condomínios horizontais, que reúnem um conjunto de casas com o mesmo padrão e estilo arquitetônico e em geral compartilham uma área comum. A maioria tem sistema próprio de segurança, com acesso restrito.
Essa é a principal vantagem dos condomínios em relação às casas de rua: a segurança. Mas não é a única. O preço também pesa a favor das casas, que podem ser até 35% mais baratas do que um apartamento novo na cidade.
Dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) mostram que, enquanto o preço médio de um lançamento vertical é de R$ 7.200 o metro quadrado (de área útil), em uma casa de condomínio esse valor médio cai para R$ 4.500 o metro quadrado.
Cerca de 80% dos lançamentos horizontais em São Paulo são de médio padrão, com dois quartos e 77 m². A maioria está na zona leste, onde ainda há terrenos", diz Luiz Paulo Pompeia, presidente da Embraesp. Os demais são de padrão elevado e estão na zona sul da capital.
LUXO SÓ
Esse segmento está aquecido. Apenas em janeiro e fevereiro deste ano, 50 condomínios horizontais, com 505 casas, foram lançados na capital. Em 2012, foram 748 casas em 74 empreendimentos.
Desde 2007, segundo Pompeia, o lançamento mais luxuoso vendeu unidades de 998 m² por R$ 6,1 milhões (ao lado do parque Ibirapuera, na zona sul) e o mais barato ofereceu um imóvel de 46 m² por R$ 51 mil em Guarulhos, na Grande São Paulo.
A advogada Cristina Hees, 45, está comprando uma dessas casas recém-lançadas em um condomínio fechado no bairro Chácara Flora, na zona sul.
Segundo ela, a sensação é de total segurança. "É bastante protegido", diz Hees, que não conhece todos os vizinhos, mas aprova a integração: "Quando um viaja, é o vizinho que cuida da casa do outro. Às vezes, um vai à padaria e traz pão para todos".
CONSTRUÇÃO
Ela passou uma temporada no México com a família e, na volta, buscou apartamentos em São Paulo. "Achei tudo caríssimo." Foi quando encontrou a casa de 540 m² em que mora hoje.
Elaine da Cruz, professora da pós-graduação em negócios imobiliários da Faculdade de Administração da USP (Universidade de São Paulo), explica que o metro quadrado de uma casa é mais barato em razão do processo de construção.
Para fazer um prédio de oito andares, é preciso enterrar alguns milhares de reais no solo, e ninguém vê. Além disso, muitas das casas em São Paulo são geminadas."


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