sexta-feira, 18 de outubro de 2013

IPTU de imóvel com alta valorização terá reajuste por 3 anos

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO A Prefeitura de São Paulo admite que donos de imóveis com alta valorização terão aumentos seguidos do IPTU nos próximos três anos. Segundo a gestão Fernando Haddad (PT), será uma maneira de compensar a trava de aumento (o reajuste máximo) fixada em 30% para imóveis residenciais e 45% para não residenciais (comércio e indústria) -índices que a Câmara quer reduzir. Com isso, um imóvel com valorização de 90%, por exemplo, teria 30% de reajuste em 2014 e o mesmo aumento em 2015 e 2016, mantendo-se o limite máximo. A trava foi criada para evitar reajustes excessivos devido à alta valorização imobiliária desde 2009, quando foi feita a última atualização da Planta Genérica de Valores (PGV). Cálculos mostram, porém, que três em cada quatro contribuintes terão reajuste acima de 20% e até 45% -valor três vezes maior do que a inflação anual, de cerca de 6%. O aumento médio será de 24%. A proposta de reajuste de IPTU enviada pelo prefeito à Câmara diz que as atualizações da PGV acontecerão a cada quatro anos e não a cada dois, como hoje. A cobrança do resíduo acima do teto em anos posteriores também aconteceu na gestão Gilberto Kassab (PSD). Após a repercussão negativa do aumento do imposto, a base aliada de Haddad na Câmara negocia uma redução dessas travas para 20% e 35%, respectivamente. O prefeito deve recuar e aceitar a mudança. Também negocia ampliar a isenção para aposentados. Hoje, são isentos aqueles que ganham até três salários mínimos que tenham um imóvel só. Os parlamentares pedem a extensão do benefício para os que ganham até cinco salários mínimos. Ontem, a prefeita em exercício, Nádia Campeão (PC do B), disse que a redução terá que ser estudada para que se avalie seu impacto no Orçamento da cidade. "Os compromissos que nós temos com a cidade são fundamentais: transporte público, moradia, saúde, educação. São muitas as exigências da cidade e não se pode discutir só o bônus, é preciso discutir o ônus." NA PERIFERIA O vereador José Police Neto (PSD) disse que o aumento atingirá bairros da periferia. "Sapopemba [zona leste] teve valorização de 104% e os moradores terão que pagar resíduos nos anos posteriores." Entre as regiões que devem ter os maiores aumentos de IPTU estão Perdizes, Campo Belo, Vila Leopoldina, Jardim Paulista, Vila Mariana e Lapa. A prefeitura diz que 33% dos contribuintes serão isentos e 8% terão redução do imposto. Link da matéria:http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/10/1358430-iptu-de-imovel-com-alta-valorizacao-tera-reajuste-por-3-anos.shtml

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Crédito imobiliário passa a ser principal linha para pessoa física

Em agosto, valor total do crédito imobiliário ultrapassou crédito pessoal. Na proporção do PIB, porém, valor de 7,8% é baixo frente a outros países. Alexandro Martello Do G1, em Brasília O crédito concedido pelos bancos para a compra da casa própria passou a ser, em agosto deste ano, a principal modalidade de financiamento para as pessoas físicas, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (27). No mês passado, o volume total do crédito imobiliário em mercado (estoque) atingiu a marca de R$ 314,8 bilhões, ultrapassando, pela primeira vez na história, o crédito pessoal (para consumo, o que inclui também o crédito com desconto em folha de pagamento) - que somou R$ 311,5 bilhões. "De fato, o crédito imobiliário é a principal modalide do crédito para pessoa física do país. Ultrapassou crédito pessoal, que abrange consignado e não consignado. O crédito imobiliário tem aspectos sociais positivos, dado o déficit habitacional existente no país e o fato de que as famílias estão constituindo patrimônio e saindo do aluguel", avaliou Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC. Embora tenha registrado desaceleração nos últimos anos, o crédito imobiliário, ainda segundo informações da autoridade monetária, continua crescendo bem acima das demais modalidades para pessoas físicas. Em 12 meses até agosto, avançou 35%, contra a expansão de 15% do crédito pessoal no mesmo período. No passdo, porém, os financiamentos imobiliários para pessoas físicas chegaram a crescer 59% em 12 meses. "Isso [crédito imobiliário] tende gradualmente a mostrar alguma acomodação. Já cresceu 49% ao ano. Agora está em 35%. Na proporção do PIB, está em 7,8% em agosto. O padrão internacional é significativamente mais alto. Países desenvolvidos, por exemplo, no geral tem um crédito imobilárioa acima de 50% do PIB", observou Maciel, do Banco Central. Fonte:http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2013/09/credito-imobiliario-passa-ser-principal-linha-para-pessoa-fisica.html

Preço de imóveis pode subir e é preciso ter cautela, dizem analistas

Governo subiu valor do imóvel financiado pelo FGTS para R$ 750 mil. Medida deve aquecer procura por imóveis, dizem representantes do setor. Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo A decisão do governo de elevar o valor do teto de imóveis que podem ser financiados com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) deve aquecer a procura por residências, o que pode fazer com que o preço do metro quadrado volte a subir num ritmo maior, segundo analistas ouvidos pelo G1. O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta segunda-feira (30) elevar de R$ 500 mil para R$ 750 mil o teto em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Para os demais estados, o limite de financiamento será elevado para até R$ 650 mil. “O mercado tem mantido um aquecimento razoável, mas menor do que antes. Então [o aumento de preços] é um risco, porque agora vai aumentar a procura”, avalia Ana Carolina Gomes, diretora jurídica da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências. “Temos que aguardar e ver qual será a reação do mercado, mas não vejo horizonte para uma queda de preços”, completa. Recomendações para o consumidor A coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, destaca que o mercado imobiliário vinha numa tendência de queda estabilização e até queda de preços. “O consumidor deve ter muito cuidado porque pode ocorrer uma tendência de aumento de preço”, afirma. Segundo ela, a principal recomendação neste momento é cautela. “Se o mercado perceber que o consumidor está cauteloso e barganhando, pode ser que os preços se mantenham”, acrescenta. Ana Carolina também recomenda cuidado e que os consumidores procurem fazer uma compra consciente. "Adquirir um imóvel deste montante [acima de R$ 500 mil] a longo prazo exige muita cautela. Da mesma maneira que essa medida facilitou a compra, pode também comprometer uma fatia maior da renda. Então é preciso continuar pesquisando muito e tentar sempre uma redução e um preço que caiba no bolso", avalia. O diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), Luiz Paulo Pompéia, avaliou como positiva a elevação do teto para R$ 750 mil. “Sempre que se amplia a faixa é bom para o mercado, porque atinge um público maior e aumenta a procura”, afirma. “Os preços eventualmente podem subir, mas eu diria que o impacto na valorização dos imóveis será muito pequeno, porque apenas uma fatia do mercado foi atingida e que estava fora e agora vai poder entrar”, completa. Realidade de mercado Para o advogado William Santos Ferreira, coordenador da pós-graduação da PUC de Direito Imobiliário, a elevação do teto é "positiva" e vem a viabilizar o que já era, segundo ele, uma realidade do mercado. "Em algumas capitais, as pessoas não conseguem mais comprar imóveis com o teto de R$ 500 mil, até mesmo quem procura unidades com 2 dormitórios. O que é uma contradição, pois o uso do FGTS pressupõe uma finalidade de uso familiar", diz o especialista. "Não dá para só trabalhar com a perspectiva de retração dos preços, pois o recuo não daria na dimensão que permitisse aquisições para quem hoje está fora do mercado em razão do teto de R$ 500 mil", completa. Ele acredita que a medida irá ajudar a movimentar o mercado novamente, elevando a procura. Quanto aos preços, o advogado avalia que uma possível alta é um efeito a ser considerado, mas considera que a medida é positiva por permitir a inclusão de mais consumidores no mercado de crédito imobiliário. "Uma coisa é ter opção de adquirir ou não um imóvel acima de R$ 500 mil com o FGTS. Outra, é não poder escolher", afrima. Ferreira também recomenda que aqueles que estão procurando imóveis não se precipitem. "O importante é avaliar as várias oportunidades e usar o poder de barganha. Os que estão com imóveis sem vender também não podem de uma hora para outra querer subir de imediato os preços", diz. Fonte:http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2013/09/preco-de-imoveis-pode-subir-e-e-preciso-ter-cautela-dizem-analistas.html

Governo eleva para R$ 750 mil teto para comprar imóvel com FGTS

Limite vai subir de R$ 500 mil para R$ 750 mil em SP, RJ, MG e DF. Para os demais estados, limite passou para até R$ 650 mil. Alexandro Martello Do G1, em Brasília O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu elevar nesta segunda-feira (30) o valor do imóvel que pode ser comprado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), assim como o valor da casa própria que poder ser financiada dentro das regras do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) – modalidade de crédito que conta com juros mais baratos. O valor do imóvel subirá de R$ 500 mil para até R$ 750 mil para São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal a partir desta terça-feira (1). Nas cidades desses estados, segundo o BC, os preços dos imóveis, assim como os custos, são maiores. Para os demais estados, o limite será elevado para até R$ 650 mil. "O limite de R$ 500 mil estava vigente desde 2009. De lá para cá, a gente teve inflação. O IGP-M, por exemplo, subiu 27,84% e o IPC da Fipe avançou 23,72%. O setor de construção civil está pedindo isso há mais de dois anos, e as instituições financeiras também. Estavam falando que imóveis não se conseguem mais financiar com recursos da poupança", afirmou o chefe-adjunto do Departamento de Normas do BC, Julio Carneiro. Segundo apurou o G1, o objetivo do governo com a medida é estimular a economia. Valor do financiamento Segundo as novas regras, para imóveis financiados dentro das regras do SFH, o limite do financiamento não poderá ser superior a 80% do valor de avaliação do imóvel. Para financiamentos que prevejam a utilização do Sistema de Amortização Constante (SAC), esse percentual poderá atingir 90% do valor de avaliação, informou o Banco Central. Pelas regras anteriores, segundo o Banco Central, o limite de financiamento era de 90% do valor de avaliação do imóvel tanto para a tabela Price quanto para o SAC. Com as mudanças, somente o SAC continuará com este limite. No caso da tabela Price, o limite cairá para 80%. O chefe-adjunto do Departamento de Normas do BC explicou que nos financiamentos efetuados por meio do SAC, as prestações começam maiores e depois vão caindo, enquanto que na tabela Price as prestações têm valor fixo. Por isso, disse ele, a amortização é mais rápida pelo sistema SAC. Taxas de juros De acordo com Julio Carneiro, da autoridade monetária, atualmente as taxas de mercado para imóveis acima de R$ 500 mil estão em cerca de 10% ao ano. "No SFH, tem gente fazendo [financiamentos] a 8% a 9% ao ano", declarou Carneiro, acrescentando que, por isso, ele não acredita que a medida vá gerar um "boom" no mercado imobiliário. A decisão do CMN deve aquecer a procura por residências, o que pode fazer com que o preço do metro quadrado volte a subir num ritmo maior, segundo analistas ouvidos pelo G1. Último reajuste A última vez que o limite de imóvel que pode ser financiado dentro das regras do SFH subiu foi em abril de 2009, ou seja, há mais de quatro anos. Naquele momento, o valor subiu de R$ 350 mil para até R$ 500 mil. No final do ano passado, o presidente em exercício do Conselho Curador do FGTS, o assessor especial do Ministério do Trabalho Luiz Fernando Emediato, já tinha afirmado que não via problema em um aumento no valor do imóvel a ser financiado dentro das regras do SFH de R$ 500 mil para R$ 750 mil. Na ocasião, entretanto, ele explicou que a decisão caberia ao CMN. Fonte:http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2013/09/governo-eleva-para-r-750-mil-teto-para-comprar-imovel-com-fgts.html