segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Para especialistas, investidor terá de se arriscar mais em 2013

TONI SCIARRETTA MARIA PAULA AUTRAN DE SÃO PAULO O aquecimento da economia brasileira, medidas para amenizar a crise na Europa e um acordo no Congresso americano para evitar que o país entre em recessão em 2013. O cenário lembra o otimismo das previsões para 2012, que não se concretizaram. De novo, podem não se confirmar no ano que começa amanhã, deixando o investidor em uma situação complicada. Além disso, até empatar com a inflação fica mais difícil com o cenário de juros baixos no país. Mesmo diante das incertezas, a recomendação para quem não se satisfaz com os menores juros da história é se expor a algum investimento de risco. De acordo com William Eid, professor da FGV, o brasileiro estava acomodado com os juros altos. "Agora, vai ter que sair da dupla poupança/fundo DI, entender mais os riscos que corre e ser disciplinado para guardar um pouco todo mês", afirma. Após fechar 2012 com alta de 7,4%, a maior desde 2009, o mercado acionário ainda tem espaço para se recuperar. Em 2012, no entanto, a Bolsa teve várias tentativas de recuperação --chegou a subir mais de 20%--, mas a alta não se sustentou por causa das incertezas. Diante disso, o investidor que não se sentir confortável com o risco da Bolsa tem como alternativas aplicações isentas de Imposto de Renda que apresentam uma dose de risco e pagam mais do que a renda fixa tradicional. Estão isentos os fundos imobiliários e títulos de dívida imobiliária, de infraestrutura e do agronegócio. Sem pagar IR, os fundos imobiliários chegam a render 0,7% ao mês ou 8,73% ao ano líquidos. A aposta do professor Mauro Halfeld, da UFPR, é nesses fundos, além de recomendar que se tenha uma parte do portfólio em fundo cambial e/ou em ouro. "Só não acredito mais em aplicações indexadas ao CDI porque o rendimento líquido está muito baixo e não há esperanças de se recuperarem no curto prazo", diz. RENDA FIXA No Brasil, a maior incógnita é sobre a inflação. Se as taxas ameaçarem romper o teto da meta (6,5%), o Banco Central terá de elevar os juros. Essa mudança pode causar um estrago nos fundos de renda fixa e em títulos de dívida prefixada com taxas menores, que terão forte depreciação e poderão até ter rendimento negativo. Quem aposta que isso acontecerá deve preferir os fundos DI e títulos pós-fixados, como as LFTs do Tesouro Direto. Para quem acredita que o Banco Central continuará tolerante com eventuais solavancos na inflação, os fundos de renda fixa e os títulos prefixados, como as LTNs e NTNs do Tesouro Direto, ainda têm taxas superiores aos 7,25% da Selic atual. Em 2012, a estranha combinação de inflação alta e taxa de juros baixa (normalmente, quando a inflação sobe, o BC eleva os juros) impulsionou as aplicações atreladas ao IPCA, que chegaram a render mais de 20%. Para Fabio Colombo, administrador de investimentos, o problema é que esses títulos estão com preços elevados e dificilmente esse cenário perdurará. Com isso, o investidor pode ter uma surpresa negativa em 2013, afirma. O investidor deve sempre estar atento aos custos dos investimentos (taxa de administração) e a descontos de Imposto de Renda, que reduzem a rentabilidade líquida da aplicação.
Link da matéria:http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1208328-para-especialistas-investidor-tera-de-se-arriscar-mais-em-2013.shtml

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Venda de imóveis usados cai 13,8% em SP; locação recua 10,45%

O número de imóveis usados vendidos caiu 13,8% em setembro ante agosto no Estado de São Paulo, segundo pesquisa do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) com 1.367 imobiliárias de 37 cidades. Houve também queda de 10,45% no número de novos contratos de locação no período. As vendas de imóveis usados recuaram 13,8% em setembro em relação a agosto em SP, segundo o Creci-SP Na divisão por regiões ou cidades, as vendas caíram 32,37% na capital paulista e 23,2% no interior, mas subiram 12% no litoral e 14,62% nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco. O índice que mede os preços de imóveis usados recuou 16,79% em setembro na comparação com agosto. Com isso, acumula retração de 10,39%. Foram computados no índice os valores de locação de 4.201 imóveis pesquisados. "Essa fotografia desse momento do mercado imobiliário feita pela pesquisa compõe um quadro de preocupação", avalia José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. De janeiro a setembro, as vendas recuaram 18,5%. A locação acumula alta de 12,26% Link da matéria:http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1200422-venda-de-imoveis-usados-cai-138-em-sp-locacao-recua-1045.shtml

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Desapropriação ameaça Clube Jaraguá

Há 53 anos funcionando na região, agremiação de 6,5 mil sócios pode ter de ceder sua área para construção de centro de convenções RODRIGO BURGARELLI - O Estado de S.Paulo Cercado por árvores e montanhas, em um lugar onde se pode ouvir o som de pássaros e esbarrar em capivaras e pavões, o Jaraguá Clube Campestre nem parece estar no meio da mancha urbana de São Paulo. Mas, após 53 anos na zona norte da cidade, toda essa calmaria pode estar chegando ao fim. Sócios denunciam que a área de 550 mil m² do clube está ameaçada pelo projeto da Prefeitura de construir o centro de convenções de Pirituba. Nos últimos meses, os frequentadores criaram uma página no Facebook, fizeram um abraço coletivo no clube e até organizaram um protesto de bicicleta na Avenida Paulista contra a desapropriação da área do Jaraguá. "Não somos contra o progresso nem contra um projeto que vá trazer benefícios para a região. Mas é difícil encontrar uma área de lazer e de preservação de verde como essa que temos aqui no clube e me pergunto se é necessário mesmo que ela seja incluída no projeto", afirma o vice-presidente do clube, Edvaldo Baptista. Ele conta que já teve quatro reuniões com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) sobre o tema desde o ano passado. Nas três primeiras, ele teria garantido que o clube estava fora do perímetro do centro de convenções, que deverá ser o maior da cidade e é a principal aposta da Prefeitura para trazer a Exposição Universal (Expo) 2020 para a capital paulista. Nessas ocasiões, todas as obras aconteceram no terreno da Companhia City, que tem 4,9 milhões de m² e fica ao lado. Entretanto, na última reunião realizada há pouco mais de um mês, o prefeito teria dito que o clube também deverá ser afetado pela obra. História. Atualmente, o Jaraguá tem cerca de 6,5 mil sócios, a maioria da região de Pirituba e Lapa. Nos fins de semana, costuma ficar lotado durante o dia e, à noite, vira palco de festas de casamento, bodas ou batizados. Os títulos valem cerca de R$ 17 mil e estão esgotados - há uma fila de cerca de 80 pessoas esperando que algum esteja disponível. "Temos sócios que se conheceram aqui há mais de 40 anos, se casaram aqui, batizaram seus filhos aqui. Por que jogar toda essa história fora?", questiona Baptista. Outro defensor da manutenção do clube, pelo menos por ora, é o vereador Eliseu Gabriel (PSB), que no ano que vem assumirá a Secretaria de Desenvolvimento Econômico após ter sido indicado pelo futuro prefeito, Fernando Haddad (PT). Essa é a mesma pasta que hoje coordena os estudos sobre o centro de convenções. "É bom que a cidade tenha áreas como a do clube. Além disso, para desapropriar, o clube tem um custo. Esse custo e as ações na Justiça podem fazer com que não seja interessante para a Prefeitura desapropriar essas áreas", afirma Gabriel. Ele afirmou que ainda vai conversar com o atual titular da pasta, Marcos Cintra, para pegar mais detalhes do projeto antes de tomar uma decisão definitiva do que vai fazer quando for secretário. "Claro que quem vai tomar a decisão é o prefeito. Mas defendo uma solução intermediária. O clube poderia ser parceiro da feira durante sua realização, já que é uma área que tem campos de futebol, área de preservação, restaurante para os frequentadores. Mas o centro de convenções é bem importante para desenvolver aquela parte da cidade." Em nota, a Prefeitura não confirmou que a área do clube será desapropriada e disse que ainda está avaliando as alternativas. Debate. Segundo a administração, a escolha do terreno e as vantagens do projeto para a região de Pirituba foram amplamente debatidas com a sociedade local, inclusive com a direção do clube. "Como o projeto está em desenvolvimento, todas as alternativas para a manutenção do clube serão consideradas e terão a sua viabilidade avaliada." Link da matéria:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,desapropriacao-ameaca-clube-jaragua-,971457,0.htm

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Momento é favorável para negociar compra do imóvel

18/11/2012 - 06h50 

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não é apenas nos distritos com mais unidades em estoque que é possível fazer um bom negócio. Diante do atual momento do mercado imobiliário --freio nos lançamentos, diminuição no ritmo de vendas e aumento das unidades não vendidas-- as chances de barganhar um desconto são maiores.
Atento a esse cenário, o empresário Agenor Roveda, 54, fez sua proposta para a compra de um apartamento na Bela Vista, que ficará pronto em fevereiro. Ofereceu ao corretor uma antecipação (valor em dinheiro), pediu um desconto de 15% e levou o apartamento por R$ 100 mil a menos. "Quem quer comprar um imóvel deve negociar, o momento é de muita oferta", diz.
Para queimar os seus estoques, incorporadoras têm feito promoções e saldões. A Trisul, por exemplo, lançará, no dia 24 deste mês, a campanha "Natal Premiado Trisul", em que oferecerá apartamentos com descontos. Estratégia parecida está sendo desenvolvida pela Even, que inaugurou, no último dia 10, uma megastore que reunirá apartamentos com descontos especiais.
O novo momento do mercado imobiliário também abriu espaço para sites que funcionam como "outlets" de imóveis, como o RealtON e o Homes4less, que oferecem unidades prontas ou em obras com descontos que podem chegar a 50%.
Mesmo incorporadoras que não realizam esse tipo de promoção costumam oferecer descontos se o consumidor antecipar ou aumentar o valor da entrada.
De acordo com Alexandre Lafer, CEO da Vitacon, esses descontos podem ser de 5% a 12% do valor do imóvel. Porém, variam muito de acordo com a negociação.
Para empreendimentos em obras ou quase prontos com unidades em estoque, é possível que o consumidor consiga vantagens maiores.
"Porém, é uma negociação mais dura, porque o cliente terá de pagar de 20% a 30% do valor do imóvel no ato da compra e depois recorrer ao financiamento ou quitar o restante com recursos próprios. Não necessariamente uma unidade pronta oferece mais vantagens", afirma Marcelo Bonanata, diretor de vendas da Helbor, ressaltando que imóveis prontos são mais caros que na planta.
"Há, no mínimo, uma correção inflacionária dos custos da obra de 15% a 20%, fora aumentos naturais de valorização", explica.
Para o Ricardo Yazbek, vice-presidente de legislação urbana do Secovi-SP (sindicato da habitação), como a velocidade de lançamentos caiu em proporção maior do que o ritmo de vendas, os estoques tendem a diminuir. Por isso, o consumidor deve aproveitar o momento. (ANA MAGALHÃES)
 
Fonte:http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3641738007875071308#editor/target=post;postID=2668668841360704920

Comprador deve ficar atento diante de promoções de imóveis

18/11/2012 - 06h50 
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apartamentos que não foram vendidos na época do lançamento do empreendimento não necessariamente são piores -em muitos casos, podem ser até melhores (e mais caros). Mesmo assim, é preciso ter cuidado na hora de comprar um imóvel em promoção -eles podem apresentar problemas e significar dor de cabeça para o comprador.
 
"É preciso avaliar se os descontos são uma ótima oportunidade ou se são uma forma de camuflar algum tipo de problema que o imóvel tenha", ressalta Alexandre Lafer, CEO da Vitacon Incorporadora.
José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (associação dos corretores), destaca que pode acontecer de unidades encalhadas terem problemas de ventilação, barulho ou iluminação.
"É preciso examinar o local, checar os problemas da rua, analisar a incidência do sol do imóvel e verificar a vista e o ruído", aconselha.
Para Rogério Santos, fundador do site RealtON, muitos apartamentos com descontos são os melhores. "Há também casos de apartamentos que foram vendidos no lançamento, mas que o comprador não conseguiu terminar de pagar e então devolve a unidade para o incorporador", diz. Muitas coberturas, por exemplo, terminam estocadas devido ao alto valor. (ANA MAGALHÃES)
 
Fonte:http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1186751-comprador-deve-ficar-atento-diante-de-promocoes-de-imoveis.shtml







 

Conheça os dez bairros campeões em estoque de imóveis em SP

18/11/2012 - 06h50 
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ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se você está buscando um apartamento novo em bairros como Vila Andrade, Tatuapé, Mooca, Itaim Bibi, Saúde, Raposo Tavares, Santo Amaro, Santana, Vila Formosa e Vila Sônia, está com sorte. Esses são os dez distritos com o maior número de apartamentos em estoque (unidades não vendidas na época do lançamento) e onde, portanto, pode haver mais chances de negociar descontos.
Levantamento feito pela empresa de pesquisas Geoimovel mostra que esses bairros possuem, ao todo, 8.202 apartamentos não vendidos -o equivalente a 48% de todo o estoque da cidade. O estudo considera apenas empreendimentos residenciais, lançados entre janeiro de 2006 e outubro deste ano.
Adriano Vizoni/Folhapress
Prédios em construcao na Vila Andrade, distrito campeão de lançamentos
Prédios em construcao na Vila Andrade, distrito campeão de lançamentos
Dois fatores principais, de acordo com Celso Amaral, diretor da Geoimovel, levam à concentração de estoques em um determinado bairro. "Excesso de lançamentos e preços muito elevados para a demanda da região", afirma.
O líder no ranking, por exemplo, é a Vila Andrade, distrito que teve o maior número de lançamentos nos últimos cinco anos. O segundo colocado é o Tatuapé, onde Amaral acredita que os preços não estão de acordo com a renda dos moradores.
"Estoques podem ser um problema, pois quando o empreendimento está pronto, a incorporadora tem de ter recursos para fazer um novo lançamento", diz João da Rocha Lima Jr., coordenador do núcleo de Real Estate da Poli-USP (Universidade de São Paulo).
"Pode ser mais conveniente [para a incorporadora] vender o estoque por um preço convidativo", diz, destacando que hoje o número de unidades em estoque está "acima do normal", o que pode representar boas ofertas para o comprador.
Segundo o Secovi (sindicato da habitação), em setembro deste ano, havia 17.039 apartamentos não vendidos na capital. Em dezembro de 2010, eram 12.011 unidades e, no ano passado, 19.731. "Não estamos com estoque alto, mas sim voltando aos níveis normais", afirma Ricardo Yazbek, vice-presidente de legislação urbana do Secovi-SP.

Carolina Daffara/Editoria de Arte

Cresce a demanda por fundo imobiliário

TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO

Com o apelo da solidez do investimento em imóveis, e também com a oferta de praticidade e liquidez, os fundos imobiliários vêm conquistando os brasileiros.
O número de investidores em fundos imobiliários listados na BM&FBovespa aumentou 89% nos últimos 12 meses até outubro. Já o volume de negócios mais que dobrou no período de janeiro a outubro em relação ao registrado em todo o ano passado.
Os fundos de investimento imobiliário procuram obter retorno por meio da locação ou venda de imóveis.
São formados por grupos de investidores. Cada poupador compra cotas e passa a ser um dos donos do fundo, que tem o patrimônio formado por um ou mais imóveis.
Assim, o pequeno investidor pode ter acesso a empreendimentos de alto valor e a inquilinos de primeira linha, como grandes empresas.
Além da histórica simpatia dos brasileiros pelo mercado imobiliário, o cenário macroeconômico ajuda a explicar o sucesso recente dessa aplicação financeira.
"Com a queda da taxa de juros, todos começam a avaliar mais o destino dos recursos para fazer poupança", afirma Fábio Dutra, diretor de renda fixa, câmbio e derivativos da BM&FBovespa.
Em outubro, os fundos imobiliários possibilitaram ao cotista rendimento médio de 0,65%, segundo levantamento da consultoria Fundo Imobiliário com 47 fundos.
Editoria de arte/Folhapress
Considerando o valor das cotas no lançamento, o rendimento médio sobe para 1,12%. Já o CDI, referência para as aplicações em renda fixa, ficou em 0,61% no mesmo período.
ISENÇÃO DE IR
Outra vantagem dos fundos imobiliários é a isenção de Imposto de Renda para pessoa física. Descontando do ganho do CDI a menor alíquota de IR, de 15%, o rendimento das aplicações em renda fixa cai para 0,52%.
Com o apelo do IR, as pessoas físicas representam quase a totalidade dos investidores nesses fundos (99%).
O baixo valor inicial exigido nessas aplicações -a partir de R$ 1.000- também atrai o pequeno poupador.
Outra possibilidade de ganho do investidor é com a valorização das cotas na BM&FBovespa, onde a maioria dos fundos é negociada.
Com a expansão do mercado, a BM&F lançou, em setembro, o IFIX (Índice de Fundos de Investimento Imobiliário), para acompanhar o desempenho dos fundos.
CUIDADOS
Para os interessados emaplicar nesses fundos, Rodrigo Machado, vice-presidente do comitê de produtos imobiliários da Anbima (associação das entidades do mercado financeiro e de capitais), tem duas recomendações.
Antes de escolher, o investidor deve pesquisar o histórico dos gestores envolvidos na operação e analisar o ativo que compõe o fundo, o inquilino, as características do contrato e as taxas cobradas.
As informações podem ser encontradas no prospecto das ofertas.
 
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1187430-cresce-a-demanda-por-fundo-imobiliario.shtml

Imóvel na planta é o mais desejado por investidores

Que tipo de imóvel tem maior potencial de valorização? E qual tem maior demanda para locação? O poupador interessado no mercado imobiliário se depara com essas questões ao escolher o bem no qual vai investir.
Levantamento exclusivo da imobiliária Lopes pode ajudar o comprador nessa decisão. A empresa mapeou os imóveis residenciais mais desejados para investimento na região metropolitana de São Paulo: são os de dois dormitórios, comprados na planta.
Dos 612 entrevistados, 86% desejam adquirir o imóvel antes das obras. "Funciona como uma poupança", afirma Mirella Parpinelle, diretora de atendimento da Lopes.
Editoria de arte/Folhapress
"Boa parte dos compradores é jovem, que adquire um imóvel menor na planta com o objetivo de poupar, para vender nas chaves e depoiscomprar outro maior", diz.
Não por acaso, os apartamentos de dois dormitórios são os preferidos de 70% dos entrevistados. Além do valor mais acessível, a atratividade está na boa perspectiva de revenda ou locação. "É um imóvel quase universal", diz Mirella, lembrando ser o mais escolhido entre os que estão comprando pela primeira vez, como solteiros e jovens casais com até um filho.
Na locação, o apartamento pode interessar aos mesmos perfis e também a amigos que desejem dividir o lar.
Além disso, apartamentos menores -a área útil mais procurada vai de 50 metros quadrados a 69 metros quadrados- normalmente estão localizados em edifícios com muitas unidades e, portanto, têm um valor de condomínio mais baixo.
Por isso, também são mais fáceis de alugar e não oneram muito o locatário enquanto estão vazios.
Apesar de os apartamentos de médio padrão serem os mais desejados pelos investidores, a Lopes também identificou uma boa demanda para imóveis mais caros -50% dos entrevistados buscavam apartamentos acima de R$ 500 mil, enquanto 48% desejavam investir entre R$ 250 mil e R$ 499 mil.
SEGUNDO IMÓVEL
Após comprar na planta o seu primeiro apartamento, para o qual está prestes a se mudar, o administrador Matheus Giacomini, 31, partiu para o segundo imóvel.
Dessa vez, o objetivo era obter retorno financeiro. "Com a ajuda de um amigo corretor, comecei a analisar as possibilidades."
Escolheu o bairro da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, pela localização e convidou o pai, Waldomiro, para uma "sociedade".
"Como já estava pagando as contas do primeiro apartamento, apresentei essa opção de investimento ao meu pai e ele se interessou", conta.
Dividiram a entrada, e as prestações são rachadas meio a meio. A decisão sobre o futuro do imóvel também será conjunta. "Compramos com a possibilidade de vender ou alugar o apartamento, dependendo das oportunidades que o mercado oferecer."
Para João da Rocha Lima Junior, professor titular de "real estate" da Poli/USP, comprar um imóvel para vender não é investimento, e sim especulação. "Não há critério técnico para dizer que o preço dos imóveis vai subir", afirma. Ele diz que o tradicional investimento em imóveis, focado na locação, deve levar em conta a renda que o bem vai oferecer e o valor pago.
Falta um ano para Giacomini receber as chaves do segundo apartamento, mas, diante da valorização recente dos imóveis, pai e filho devem optar pela venda. "Podemos ter um bom ganho sem dor de cabeça e gastos ao preparar o imóvel para locação", diz ele, que neste ano passou também a investir em fundos imobiliários.
 
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1187429-imovel-na-planta-e-o-mais-desejado-por-investidores.shtml

terça-feira, 13 de novembro de 2012

SP destrava licenças e lançamentos imobiliários sobem


Após cinco meses consecutivos em queda, o volume de projetos residenciais aprovados voltou a crescer no município de São Paulo em setembro, contribuindo para a alta no número de lançamentos.
Foram lançados 3.805 imóveis residenciais na cidade em setembro, 83% a mais do que em agosto. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento é de 38%, segundo dados divulgados ontem pelo Secovi-SP (sindicato da habitação).
Dificuldades no licenciamento de novos projetos imobiliários têm sido alvo de reclamações das empresas nos últimos meses e apontadas como um dos motivos para a queda no número de lançamentos em 2012.
De janeiro a agosto deste ano, o número de lançamentos caiu 38% na capital paulista. Com a recuperação registrada em setembro, essa diferença caiu para 29%.
"O volume de lançamentos aumentou porque a curva de aprovação de projetos subiu em setembro e por causa da proximidade do final do ano", diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
Ele lembra que muitas empresas de capital aberto, com metas a cumprir, costumam aumentar o ritmo de lançamentos no fim do ano.
Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos de construção da FGV, minimizou a influência do maior número de licenças na alta dos lançamentos. "Não acredito que a reação das empresas seja tão imediata", afirma.
Para ela, o maior número de lançamentos em setembro reflete mais a decisão das incorporadoras de testar o mercado no final de 2012, depois de um ano marcado pela queda no volume de novos projetos colocados à venda.
A queda das vendas no ano passado resultou em aumento no volume dos estoques de imóveis residenciais novos (até três anos de existência), que chegaram a 19.731 unidades em dezembro de 2011.
Com a retração no número de lançamentos, as empresas procuraram ajustar a oferta à demanda e conseguiram reduzir os estoques para 17.039 imóveis em setembro.
O número é superior às 14.072 unidades estocadas em setembro de 2011, mas está em um nível considerado confortável pelo Secovi.
VENDAS
A retomada do número de lançamentos vem acompanhada de melhora nas vendas, que atingiram 3.674 unidades em setembro -alta de 98% em relação a agosto e de 14% ante igual mês de 2011.
Segundo o Secovi, 88% das unidades foram vendidas na fase de lançamento, de até 180 dias. "Os lançamentos estão sendo vendidos e as empresas continuam desovando estoques", diz Petrucci.
A maior aceitação dos lançamentos pelos consumidores está ligada ao perfil dos imóveis ofertados, que estão "mais aderentes ao bolso do consumidor", afirma ele.
A participação dos imóveis de dois dormitórios nas vendas, historicamente de 40%, atingiu 60% em setembro.
"Com a forte alta do metro quadrado nos últimos anos, as famílias estão ajustando o número de metros que desejam comprar ao quanto podem pagar", diz Ana Castelo, que também destaca a melhora da confiança do consumidor como fator positivo para o setor no quarto trimestre.
Para o Secovi, 14 mil imóveis serão lançados entre outubro e dezembro e 12 mil serão vendidos em São Paulo.
Confirmada essa expectativa, 2012 terá alta de 9% no número de unidades vendidas, que somarão 31 mil imóveis. Já o número de lançamentos deve cair 21%, para 30 mil unidades em 2012.

domingo, 11 de novembro de 2012

Confira dicas para adquirir seu imóvel usado


DIRETO COM O DONO
- Comprar direto com o dono do imóvel pode render boas negociações. No entanto, o valor da corretagem abatido -entre 6% e 8% do imóvel-, terá de ser gasto com um advogado para checar a documentação do imóvel e redigir o contrato
PREFERÊNCIA DO LOCATÁRIO
- A Lei do Inquilinato (8245/91) dá preferência ao locatário na venda de um imóvel com contrato de aluguel vigente. Após a notificação, o morador tem 30 dias para fazer proposta de compra. O inquilino só terá a preferência se garantir as mesmas condições que outro comprador -mesmo valor, por exemplo
CUIDADO COM OS MAIS VELHOS
- Imóveis usados podem precisar de reformas, como alterações em instalações elétrica e hidráulica. Para avaliar o custo de reforma, o ideal é contratar a vistoria de um avaliador profissional - que cobra R$ 210 por hora.
- Quanto mais velhos os prédios, maiores os gastos com manutenção normalmente. Verifique com o síndico o valor do condomínio e com qual frequência aumentou nos últimos anos.
LISTAGEM DE DOCUMENTOS
- No cartório de registro de imóveis, peça cópia da escritura, da matrícula do imóvel, e certidão negativa de 20 anos do bem
- Na prefeitura, peça certidão negativa da situação fiscal e enfitêutica
- Exija cópia dos documentos pessoais do vendedor e do cônjuge e certidões negativas de protesto da Justiça Federal e dos executivos fiscais
COMPRA GARANTIDA
- Antes de fechar uma proposta e fazer um compromisso de compra e venda (para que o proprietário não desista do negócio), o ideal é checar toda a documentação.
- No contrato, coloque uma cláusula prevendo sua rescisão caso haja problemas no imóvel ou na documentação
- O pagamento de sinal para selar o compromisso é exigido. É necessário prever punições em caso de quebra de contrato de ambos os lados
FINANCIAMENTO
- 20% é a entrada mínima para o crédito bancário. Na compra de um bem de R$ 250 mil, são necessários R$ 50 mil de início.
- R$ 7.000 é a renda necessária para o crédito de R$ 200 mil. Os bancos costumam exigir um comprometimento máximo de 30% da renda bruta
Fontes: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Creci-SP, Fernanda Sakhuri, especialista em direito imobiliário da FAPPES, Ibape-SP, imobiliárias, Portal ZN Imóvel, Santander e Secovi-SP

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Imóvel comercial vende mais e tem inadimplência menor, diz executivo


07/11/2012 - 12h05 
CAMILA CARINGE
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ao mesmo tempo que o preço do imóvel comercial disparou em São Paulo, ele tem características que os investidores buscam: vendem rápido, têm inadimplência baixa e taxa de retorno maior em relação aos empreendimentos residenciais.
Essa é a avaliação de Antonio Emilio Fugazza, diretor financeiro e de relações com investidores da Eztec Empreendimentos, que participou da sexta edição do Cityscape Latin America, evento voltado para investidores do setor imobiliário, realizado em São Paulo entre os dias 29 e 31 de outubro.
Segundo Fugazza, entre os fatores de pressão sobre os preços está o custo da terra, que cresceu na mesma proporção, somadas as contrapartidas e as outorgas previstas em lei para que um projeto possa ser autorizado. A diminuição da oferta de mão-de-obra e a crescente demanda também exercem influência.
Enquanto a inflação setorial da construção civil, nos últimos cinco anos, foi de 57%, o aumento do preço de conjuntos comerciais na cidade de São Paulo ficou em 140%.
"O produto comercial, hoje em dia, é a única coisa que se lança e se vende acima de 50% no momento da partida. Imóveis residenciais ficam em torno de 30%, 35%, atingindo 50% em seis meses.", aponta Fugazza.
Além disso, ele conta que o consumidor dos comerciais é capaz de sustentar o caixa dos empreendimentos com mais facilidade, é menos inadimplente e investe valores muito superiores aos consumidores dos residenciais.
Com as fortes demandas, a taxa média de retorno do residencial está em torno de 32%, enquanto os comerciais rendem em média 40%. Além disso, a inadimplência no imóvel comercial é quase 30% menor do que no imóvel residencial.
Fugazza afirma ainda que seria muito mais fácil para as construtoras comprarem edifícios antigos no centro da cidade e reformá-los. Mas os prédios estão espalhados com diferentes donos que não têm interesse de vender suas propriedades. Em geral, eles preferem alugar seus imóveis a receber um baixo valor pela venda de um edifício em más condições.
"O que nos resta é fazer projetos novos que se adequem à realidade de infraestrutura que precisamos: prédios com vagas de estacionamento, ar condicionado central e sistema de carga elétrica adequado ao volume de equipamentos que temos hoje."

domingo, 4 de novembro de 2012

Região do Baixo Augusta entra na mira do mercado imobiliário


04/11/2012 - 06h30 
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DANIEL VASQUES
DE SÃO PAULO


Referência em baladas e atrações culturais, o Baixo Augusta está com tudo também no mercado imobiliário. Por ora, as máquinas e os terrenos devastados ainda dividem a paisagem com bares, botecos, teatro e boates. Mas o cenário está mudando.
Victor Moriyama/Folhapress
Obras do Ca'd'Oro, um dos empreendimentos que darão cara nova à rua das baladas
Obras do Ca'd'Oro, um dos empreendimentos que darão cara nova à rua das baladas
Segundo a imobiliária Lopes, 30 empreendimentos foram lançados desde 2004 na região, que fica entre a avenida Paulista e o centro (no entorno da rua Augusta).
No caso do mercado residencial, que respondeu por 77% desses lançamentos, mais cinco empreendimentos estão previstos para até o início do ano que vem.
Além deles, o empreendimento Parque Augusta é um candidato a imprimir um novo desenho ao local. Se for erguido, terá um parque aberto ao público e ficará num terreno de 25 mil metros quadrados, perto da renovada praça Roosevelt. Próximo dele, também estão as obras do Ca'd'Oro, complexo com uma torre comercial (com hotel) e outra residencial.
Para as obras do Parque Augusta começarem, porém, é necessário que a área deixe de ser considerada de utilidade pública pela prefeitura, que planeja transformá-la num parque. Ainda não há definição a respeito.
"A Augusta está mudando de perfil. Daqui a um tempo, com essas obras entregues, terá o seu entorno valorizado. A boate vai melhorar a fachada, o bar vai virar restaurante e a padaria, uma butique de pães", diz Mirella Parpinelle, diretora de atendimento da Lopes.
O vice-presidente de vendas e marketing do Secovi-SP, Elbio Fernández Mera, diz que um dos atrativos da região é que ela concentra muitos postos de trabalho: "Todo mundo foge do trânsito".
Carolina Daffara/Editoria de Arte / Folhapress

Sesc aguarda área do extinto São Vito há um ano e meio para nova unidade


ELVIS PEREIRA
DE SÃO PAULO

A menos de dois meses do fim da gestão Gilberto Kassab (PSD), a prefeitura promete concluir mais uma etapa da novela envolvendo o terreno do extinto prédio São Vito, em frente ao Mercado Municipal, no centro.

  • Um ano e meio após a demolição do edifício e de seu vizinho, o Mercúrio, a gestão não transferiu o espaço ao Sesc (Serviço Social de Comércio), que planeja uma unidade no local. Por enquanto, a área é usada como zona azul.
"A gente espera que isso se resolva o mais rápido possível. Tão logo tenhamos a área, pretendemos estudar o projeto da própria prefeitura", diz Danilo Miranda, diretor do Sesc-SP, que espera o terreno até o fim do ano. "Senão iremos procurar outro lugar com a prefeitura ou outra instituição."
Divulgação
Projeção digital de projeto da prefeitura para o novo Sesc e seu entorno
Projeção digital de projeto da prefeitura para o novo Sesc e seu entorno
Até a semana passada, o projeto seguia em elaboração. O Departamento de Gestão do Patrimônio Imobiliário, da prefeitura, disse estar finalizando a proposta para entregá-la aos vereadores, mas não informou a data.
Para ser aprovado ainda neste ano, o projeto tem de ser levado ao Legislativo até a semana do Natal, quando se costuma votar o Orçamento e encerrar os trabalhos. Caso contrário, o assunto ficará a cargo do próximo prefeito, Fernando Haddad, e da nova Câmara.
A doação do terreno está prevista no Plano de Revitalização do Parque D. Pedro 2º, anunciado em 2011. O pacote prevê o repasse da área sob o viaduto Diário Popular, atrás do extinto São Vito, ao Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), para a criação de uma escola de gastronomia.
Inclui a derrubada do Diário Popular e dos viadutos 25 de Março e Antônio Nakashima, além da construção de pontilhão sobre o rio Tamanduateí e de túneis sob a avenida do Estado.
Pretende-se ainda inaugurar um terminal para unir a rede de ônibus, o Expresso Tiradentes e a estação de metrô Pedro 2º, da linha 3-vermelha. Hoje, as obras são estimadas em R$ 1,5 bilhão. Para tirá-las do papel, são necessários ao menos seis anos.