FILIPE GONÇALVES
Direto de São Paulo
Comprar um imóvel não é algo que a maior parte das pessoas faz com frequência. Logo, as maneiras de como negociar um desconto - quais pontos abordar, como encontrar um valor justo - nem sempre são familiares a maior parte dos interessados em adquirir este tipo de bem. Contudo, especialistas dizem que independente do seu traquejo para negociações ou do seu desconhecimento sobre este mercado, alguns pontos para conseguir um desconto neste tipo de transção são básicos.
Há um comportamento comum por parte dos vendedores de sempre oferecer o imóvel por um preço acima do que ele deseja receber, para arcar com os custos (de corretagem, por exemplo) e, principalmente, poder dar um desconto ao comprador. Assim, pedir um desconto é sempre necessário. Mas de quanto? Segundo o corretor de imóveis e 2º diretor-secretário do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) Ruberval Ramos Castello, todo imóvel oferecido tem um acréscimo no valor desejado de, no mínimo, 5%.
"Tem que ser 'chorão'. Se não tem 'choradinha', ele (comprador) se perde de cara. Ninguém dá o valor pedido em nada. Eu, em 31 anos, nunca consegui pegar o valor cheio do imóvel", afirmou.
Para pedir o desconto é preciso que o comprador faça uma pesquisa prévia na região onde pretende adquirir o bem, para ter condições de fazer comparações, lembrando que o valor de mercado do imóvel é com o qual se vendeu, e não com o qual foi oferecido. A internet ampliou as possibilidades de pesquisa, além das publicações especializadas.
Outro ponto que conta a favor do comprador é em relação à forma de pagamento. Para a corretora e conselheira do Creci-SP Rosângela Martinelli, a opção pelo pagamento em dinheiro é a principal ferramenta de negociação. "Pagar em dinheiro é um argumento forte em desconto. Nunca vai ser muito alto, mas você pode ganhar de 3% a 5% de desconto", afirmou.
Oferecer como parte do pagamento outro bem, como um carro ou propriedade não ajuda a negociar um desconto. Segundo a Rosângela, se o comprador quer usar um imóvel como parte de pagamento, é mais vantajoso vendê-lo antes e ter o dinheiro na mão para comprar, do que propô-lo como parte da quitação.
Quando o imóvel é usado e necessita de reparos também há oportunidade para pechinchar. O comprador pode pedir desconto justificando que terá que fazer as reformas por conta própria.
Outra dica é que ao visitar o imóvel o comprador esteja acompanhado por algum especialista do setor de construção civil para avaliar a propriedade e mensurar possíveis problemas que podem implicar em custos. Já para a análise documental deve-se pedir auxílio para um corretor de imóveis ou advogado.
As dicas:
- De saída, já peça 5% de desconto. É o valor médio que especialistas apontam que o vendedor pedirá a mais já prevendo uma negociação com os interessados;
- Pesquise imóveis similares na região. Você precisa saber por quanto foram vendidas (e não anunciadas) propriedades similiares a que você almeja para ter como argumentar;
- Tente pagar à vista. Como em qualquer compra, dar todo dinheiro de uma vez pode resultar em abatimento
- Esteja acompanhado por um especialista. Mais do que um desconto, este profissional pode apontar futuros gastos que você possa ter com a manutenção do imóvel e pedir para abater esses valores do preço pedido pelo vendedor.
domingo, 29 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Imóvel em SP atrai investidor externo
Banco suíço seleciona empresas ligadas ao setor de construção civil no Brasil e cria cesta de ações para oferecer a clientes
23 de janeiro de 2012 | 3h 05
JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
Café, açúcar, minérios e, agora, apartamentos. O boom imobiliário brasileiro vira atração internacional e mobiliza bancos estrangeiros e fundos de pensão para investir em ações do setor no País. Da Suíça ao Canadá, passando pelos Estados Unidos e Reino Unido, investidores estão sendo atraídos pelos lucros da construção civil no Brasil.
Na semana que vem, o banco privado suíço Vontobel lançará um produto para investidores que queiram aplicar no Brasil. Não se trata de ações da Embraer ou de empresas de mineração e açúcar e álcool. O chamariz é o setor imobiliário. O banco selecionou ações de 12 empresas que já atuam no setor de construção no Brasil e criou uma cesta para oferecer a investidores.
"Já temos recebido telefonemas de interessados", disse ao Estado o chefe de produtos financeiros do banco, Lionel Pilloud. Segundo ele, se essa primeira experiência funcionar, o banco não descarta ampliar a oferta nos próximos meses.
A conta é simples: há ainda um déficit habitacional enorme no Brasil, a economia e os salários aumentam e as obras para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos estão apenas começando.
Para atrair investidores, o banco aponta que, entre 2008 e 2010, o preço de lançamentos em São Paulo dobrou. Além disso, enquanto o investimento em imóveis por habitante chega a US$ 2,6 mil nos Estados Unidos, ainda é de apenas US$ 250 no Brasil, uma indicação de que há muito espaço para crescer.
Em seu site, o banco resume a situação brasileira. "Há uma década, o Brasil era ainda um mercado emergente arriscado para investimentos. Hoje, o País tem um sistema político e financeiro saudável. Com um endividamento relativamente baixo, renda em alta, melhores condições de acesso ao crédito e um aumento da demanda por hipotecas. Ao mesmo tempo, o Brasil enfrenta um déficit de habitações", explica o banco.
Na cesta de ações oferecidas pela instituição estão as empresas de shopping centers BR Malls, Iguatemi e Multiplan, as incorporadoras Eztec e Cyrela, além da Duratex e da Gerdau, ligadas ao setor de construção.
O investidor jamais verá o apartamento ou imóvel construído. Comprará em dólares, euros ou francos suíços a ação na Bovespa, na expectativa de que o valor dessas empresas cresça nos próximos anos. Para o banco, que se aliou a outros para montar a operação, trata-se de uma aposta de médio prazo.
'Cobiçado'. Os bancos suíços não estão inventando a roda. Um recente levantamento feito pela Associação de Investidores Estrangeiros no Setor Imobiliário (Afire, na sigla em inglês) mostrou que o Brasil é o segundo lugar mais cobiçado do mundo para investidores do setor de construção, abaixo apenas dos EUA, mas àcima da China. No Reino Unido, operadores da City de Londres confirmam que têm apontado a expansão do setor imobiliário brasileiro como fator para convencer investidores a aplicar dinheiro no Brasil.
Ainda nesta semana, os dois maiores fundos de pensão do Canadá anunciaram a compra de 49% das ações do Shopping Botafogo Praia, por US$ 80 milhões. Os fundos Ivanhoe Cambridge, de Quebec, e CPP Investment Board, de Toronto, têm ampliado os investimentos em imóveis pelo mundo. Para a CPP, porém, o mercado brasileiro tem se transformado em algo "particularmente atraente" diante do crescimento da economia e da expansão da classe média.
Para o fundo de pensão, o principal motivo do crescimento do setor no Brasil é a expansão da classe média, que deve ser ampliada em 30 milhões de pessoas nos próximos anos. Para Peter Ballon, chefe do fundo para as Americas, a ampliação seria equivalente à inclusão da população inteira do Canadá no mercado.
O Citibank é outro que sugere a seus investidores aplicações no mercado imobiliário brasileiro. O banco, em nota recente a investidores, alerta que aqueles com um perfil mais conservador deveriam manter as aplicações em "propriedades de alta qualidade nos distritos de negócios de cidades como Pequim. Londres, Munique, Nova York, Paris e Sydney". Mas, para aqueles que aceitam um risco maior, mercados com alta taxa de crescimento deveriam ser considerados. Entre eles, estaria o Brasil, com um retorno bem acima de mercados como Europa e EUA.
23 de janeiro de 2012 | 3h 05
JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
Café, açúcar, minérios e, agora, apartamentos. O boom imobiliário brasileiro vira atração internacional e mobiliza bancos estrangeiros e fundos de pensão para investir em ações do setor no País. Da Suíça ao Canadá, passando pelos Estados Unidos e Reino Unido, investidores estão sendo atraídos pelos lucros da construção civil no Brasil.
Na semana que vem, o banco privado suíço Vontobel lançará um produto para investidores que queiram aplicar no Brasil. Não se trata de ações da Embraer ou de empresas de mineração e açúcar e álcool. O chamariz é o setor imobiliário. O banco selecionou ações de 12 empresas que já atuam no setor de construção no Brasil e criou uma cesta para oferecer a investidores.
"Já temos recebido telefonemas de interessados", disse ao Estado o chefe de produtos financeiros do banco, Lionel Pilloud. Segundo ele, se essa primeira experiência funcionar, o banco não descarta ampliar a oferta nos próximos meses.
A conta é simples: há ainda um déficit habitacional enorme no Brasil, a economia e os salários aumentam e as obras para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos estão apenas começando.
Para atrair investidores, o banco aponta que, entre 2008 e 2010, o preço de lançamentos em São Paulo dobrou. Além disso, enquanto o investimento em imóveis por habitante chega a US$ 2,6 mil nos Estados Unidos, ainda é de apenas US$ 250 no Brasil, uma indicação de que há muito espaço para crescer.
Em seu site, o banco resume a situação brasileira. "Há uma década, o Brasil era ainda um mercado emergente arriscado para investimentos. Hoje, o País tem um sistema político e financeiro saudável. Com um endividamento relativamente baixo, renda em alta, melhores condições de acesso ao crédito e um aumento da demanda por hipotecas. Ao mesmo tempo, o Brasil enfrenta um déficit de habitações", explica o banco.
Na cesta de ações oferecidas pela instituição estão as empresas de shopping centers BR Malls, Iguatemi e Multiplan, as incorporadoras Eztec e Cyrela, além da Duratex e da Gerdau, ligadas ao setor de construção.
O investidor jamais verá o apartamento ou imóvel construído. Comprará em dólares, euros ou francos suíços a ação na Bovespa, na expectativa de que o valor dessas empresas cresça nos próximos anos. Para o banco, que se aliou a outros para montar a operação, trata-se de uma aposta de médio prazo.
'Cobiçado'. Os bancos suíços não estão inventando a roda. Um recente levantamento feito pela Associação de Investidores Estrangeiros no Setor Imobiliário (Afire, na sigla em inglês) mostrou que o Brasil é o segundo lugar mais cobiçado do mundo para investidores do setor de construção, abaixo apenas dos EUA, mas àcima da China. No Reino Unido, operadores da City de Londres confirmam que têm apontado a expansão do setor imobiliário brasileiro como fator para convencer investidores a aplicar dinheiro no Brasil.
Ainda nesta semana, os dois maiores fundos de pensão do Canadá anunciaram a compra de 49% das ações do Shopping Botafogo Praia, por US$ 80 milhões. Os fundos Ivanhoe Cambridge, de Quebec, e CPP Investment Board, de Toronto, têm ampliado os investimentos em imóveis pelo mundo. Para a CPP, porém, o mercado brasileiro tem se transformado em algo "particularmente atraente" diante do crescimento da economia e da expansão da classe média.
Para o fundo de pensão, o principal motivo do crescimento do setor no Brasil é a expansão da classe média, que deve ser ampliada em 30 milhões de pessoas nos próximos anos. Para Peter Ballon, chefe do fundo para as Americas, a ampliação seria equivalente à inclusão da população inteira do Canadá no mercado.
O Citibank é outro que sugere a seus investidores aplicações no mercado imobiliário brasileiro. O banco, em nota recente a investidores, alerta que aqueles com um perfil mais conservador deveriam manter as aplicações em "propriedades de alta qualidade nos distritos de negócios de cidades como Pequim. Londres, Munique, Nova York, Paris e Sydney". Mas, para aqueles que aceitam um risco maior, mercados com alta taxa de crescimento deveriam ser considerados. Entre eles, estaria o Brasil, com um retorno bem acima de mercados como Europa e EUA.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
SUA INICIATIVA
Todas as vezes que você se depara com uma situação difícil, você tem basicamente duas opções. Você vai tomar a iniciativa de lidar com o problema ou vai deixar que o problema lide com você. Francis Goodman
T omar iniciativa de encarar um problema requer um focado esforço, sem dúvida alguma. Tomar a iniciativa significa desconforto, inconveniência e talvez até mesmo algumas dores. Porém, não tomar a iniciativa fará com que você experimente um desconforto e dor ainda maior.
Não existe nada agradável em encarar um perplexo problema. Existem muitas outras coisas que você preferiria estar fazendo. Não é agradável, mas é extremamente compensador. Ao tomar a iniciativa de realmente lidar com o problema, você passa a se colocar numa melhor posição por simplesmente agir com rapidez e determinação.
Fingir que o problema não existe não fará com que ele desapareça. Tomar a iniciativa de resolvê-lo, sim. Olhe para o problema, reconheça-o, lide com ele, peça a sabedoria de Deus para retirar o melhor dele, e a sua vida jamais será a mesma.
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Tudo posso Naquele que me fortalece. Filipenses 4:13
T omar iniciativa de encarar um problema requer um focado esforço, sem dúvida alguma. Tomar a iniciativa significa desconforto, inconveniência e talvez até mesmo algumas dores. Porém, não tomar a iniciativa fará com que você experimente um desconforto e dor ainda maior.
Não existe nada agradável em encarar um perplexo problema. Existem muitas outras coisas que você preferiria estar fazendo. Não é agradável, mas é extremamente compensador. Ao tomar a iniciativa de realmente lidar com o problema, você passa a se colocar numa melhor posição por simplesmente agir com rapidez e determinação.
Fingir que o problema não existe não fará com que ele desapareça. Tomar a iniciativa de resolvê-lo, sim. Olhe para o problema, reconheça-o, lide com ele, peça a sabedoria de Deus para retirar o melhor dele, e a sua vida jamais será a mesma.
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Tudo posso Naquele que me fortalece. Filipenses 4:13
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
FGTS aprova linha de crédito para compra de material de construção
10 de janeiro de 2012 | 17h 53
Edna Simão, da Agência Estado
BRASÍLIA - O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira, 10, uma linha de crédito especial para compra de material de construção pela classe média.
Inicialmente, serão destinados R$ 300 milhões do fundo para esse tipo de operação, valor que, dependendo do comportamento da demanda, poderá ser elevado para até R$ 1 bilhão.
Para ter acesso a linha de crédito, o interessado precisa ser cotista do FGTS. O valor do empréstimo está limitado a R$ 20 mil e o prazo de pagamento será de até 120 meses. A taxa de juros será bem mais atrativa do que as oferecidas atualmente no mercado. O juro foi fixado em até 12% ao ano. Segundo o representante da Confederação Nacional do Comércio (CNC) no conselho curador do FGTS, Claudio Conz, atualmente, o custo anual desse tipo de operação varia de 25% a 45% ao ano.
O representante do ministério do Trabalho na reunião, Paulo Furtado, explicou ainda que todos os cotistas, independente da renda mensal, poderão solicitar o empréstimo. O valor do imóvel que será reformado, no entanto, terá que obedecer os limites do FGTS ou seja R$ 500 mil. Além disso, se o valor do empréstimo exceder R$ 10 mil, o interessado terá que apresentar documentação de que está sendo efetuado o pagamento de benefícios previdenciários aos trabalhadores da obra.
Estímulo
Para Conz, que também preside a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), a medida vai ajudar a alavancar o crescimento das vendas de material de construção neste ano, período em que as instituições financeiras poderão ficar mais cautelosas na hora de emprestar dinheiro por conta dos efeitos da crise econômica mundial. A expectativa é de expansão das vendas entre 7 e 8% neste ano ante 4,5% de 2011.
O representante da CNC afirmou ainda que o valor de R$ 20 mil por cotista não é baixo. Segundo ele, em média, os empréstimos para essa finalidade variam entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. "Está bem adequado a realidade", frisou.
Edna Simão, da Agência Estado
BRASÍLIA - O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira, 10, uma linha de crédito especial para compra de material de construção pela classe média.
Inicialmente, serão destinados R$ 300 milhões do fundo para esse tipo de operação, valor que, dependendo do comportamento da demanda, poderá ser elevado para até R$ 1 bilhão.
Para ter acesso a linha de crédito, o interessado precisa ser cotista do FGTS. O valor do empréstimo está limitado a R$ 20 mil e o prazo de pagamento será de até 120 meses. A taxa de juros será bem mais atrativa do que as oferecidas atualmente no mercado. O juro foi fixado em até 12% ao ano. Segundo o representante da Confederação Nacional do Comércio (CNC) no conselho curador do FGTS, Claudio Conz, atualmente, o custo anual desse tipo de operação varia de 25% a 45% ao ano.
O representante do ministério do Trabalho na reunião, Paulo Furtado, explicou ainda que todos os cotistas, independente da renda mensal, poderão solicitar o empréstimo. O valor do imóvel que será reformado, no entanto, terá que obedecer os limites do FGTS ou seja R$ 500 mil. Além disso, se o valor do empréstimo exceder R$ 10 mil, o interessado terá que apresentar documentação de que está sendo efetuado o pagamento de benefícios previdenciários aos trabalhadores da obra.
Estímulo
Para Conz, que também preside a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), a medida vai ajudar a alavancar o crescimento das vendas de material de construção neste ano, período em que as instituições financeiras poderão ficar mais cautelosas na hora de emprestar dinheiro por conta dos efeitos da crise econômica mundial. A expectativa é de expansão das vendas entre 7 e 8% neste ano ante 4,5% de 2011.
O representante da CNC afirmou ainda que o valor de R$ 20 mil por cotista não é baixo. Segundo ele, em média, os empréstimos para essa finalidade variam entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. "Está bem adequado a realidade", frisou.
Escassez de imóveis para alugar é a maior em 10 anos
08 de janeiro de 2012 | 22h 41
Márcia De Chiara, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A forte procura por imóveis residenciais e comerciais para alugar fez a taxa de vacância recuar para o menor nível dos últimos dez anos em 2011 e o valor do aluguel explodiu. Os imóveis mais procurados no mercado de locação residencial são apartamentos de um e dois dormitórios. No segmento comercial, áreas para escritórios no Itaim, em São Paulo, e no Leblon, Rio de Janeiro, são as mais cobiçadas.
Atualmente, o aluguel de escritório no Rio já supera o de Nova York afirma a gerente de pesquisa da Cushman & Wakefield South America, Mariana Mokayad Hanania. Uma pesquisa feita pela empresa mostra que o valor do aluguel do metro quadrado no polo de escritórios no Rio, que inclui a zona sul, centro e orla, é de US$ 69,4. Em Nova York, na região de Midtown, próxima do Central Park, US$ 62,6.
O terceiro lugar desse ranking das regiões com aluguel comercial mais alto, à frente de Washington, também é ocupado pelo Brasil. Só que pelo polo de escritórios de São Paulo, que inclui áreas nobres como Paulista, Jardins, Faria Lima, Chácara Santo Antônio, entre outras. Nessa região, o preço do metro quadrado está em US$ 60,3.
Segundo Mariana, fazia tempo que São Paulo não tinha elevação tão forte no preço dos aluguéis de escritórios; fenômeno frequente no Rio porque a oferta de escritórios é restrita. O preço médio do aluguel do metro quadrado de edifícios classe A no principal polo de escritórios de São Paulo, que inclui Paulista, Jardins, Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia, Berrini, Chácara Santo Antônio e Marginal Pinheiros, atingiu R$ 111,8, no terceiro trimestre de 2011. A alta é de 22,6% em relação a igual período de 2010 e de 4,3% ante o segundo trimestre de 2011.
O preço médio mais elevado do metro quadrado de escritórios classe A em São Paulo é o da Faria Lima (R$ 146,3) e o índice de vacância mais baixo é o do Itaim (0,9%), aponta a pesquisa da Cushman & Wakefield.
"Hoje a taxa de vacância atingiu o recorde de baixa em todos segmentos", diz Roberto Perroni, presidente da Cyrela Commercial Properties (CCP), especializada em escritórios, shoppings e galpões. No caso de escritórios, ele cita a taxa média de vacância, que leva em conta os imóveis vagos em relação ao total de imóveis alugados ou não, calculada pela CB Richard Ellis. Em São Paulo, esse índice médio foi de 4,2% no terceiro trimestre de 2011 e de 3,1% no Rio.
Também em shoppings há escassez de lojas para locação. Pesquisa nacional da Associação Brasileira de Shopping Centers mostra que a taxa de vacância chegou a 3,7% em setembro de 2011, um dos resultados mais baixos dos últimos 12 meses. Em dois shoppings da CCP, que serão entregues em 2013, mais de 70% das lojas já estão alugadas.
Supermercado
Na opinião do consultor de locação do Secovi, o Sindicato da Habitação, Cícero Yagi, o principal fator que elevou o preço do aluguel e fez recuar a taxa de vacância foi o descompasso entre a oferta para locação muito abaixo da demanda.
No caso dos escritórios, Yagi conta que contratos novos estão sendo fechados com reajuste de 30%, superando de longe a inflação, que fechou 2011em 6,5%, de acordo com o IPCA, e em 5,1%, segundo o IGP-M. Perroni, da CCP, chegou, nos últimos meses, a obter alta de 45% no preço dos aluguéis por ocasião de revisões que acontecem a cada três anos em contratos antigos.
Nos imóveis residenciais com um e dois dormitórios, os aumentos também são fortes e beiram a 20%, para novos contratos. A taxa de vacância é de 10%, considerada baixa. A vacância normal oscila entre 15% e 20%.
Mas, ao que tudo indica, esse quadro mais apertado entre demanda e oferta de imóveis para alugar deve ter um certo alívio neste ano para o segmento de escritórios, prevê Yagi. Com a oferta prevista de 300 a 400 mil metros quadrados novos de áreas de escritórios em São Paulo por ano a partir de 2012, deve ocorrer uma subida na taxa de vacância. Já no segmento residencial, o consultor acredita que o aumento da oferta não será suficiente para conter os aluguéis no curto prazo.
Márcia De Chiara, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A forte procura por imóveis residenciais e comerciais para alugar fez a taxa de vacância recuar para o menor nível dos últimos dez anos em 2011 e o valor do aluguel explodiu. Os imóveis mais procurados no mercado de locação residencial são apartamentos de um e dois dormitórios. No segmento comercial, áreas para escritórios no Itaim, em São Paulo, e no Leblon, Rio de Janeiro, são as mais cobiçadas.
Atualmente, o aluguel de escritório no Rio já supera o de Nova York afirma a gerente de pesquisa da Cushman & Wakefield South America, Mariana Mokayad Hanania. Uma pesquisa feita pela empresa mostra que o valor do aluguel do metro quadrado no polo de escritórios no Rio, que inclui a zona sul, centro e orla, é de US$ 69,4. Em Nova York, na região de Midtown, próxima do Central Park, US$ 62,6.
O terceiro lugar desse ranking das regiões com aluguel comercial mais alto, à frente de Washington, também é ocupado pelo Brasil. Só que pelo polo de escritórios de São Paulo, que inclui áreas nobres como Paulista, Jardins, Faria Lima, Chácara Santo Antônio, entre outras. Nessa região, o preço do metro quadrado está em US$ 60,3.
Segundo Mariana, fazia tempo que São Paulo não tinha elevação tão forte no preço dos aluguéis de escritórios; fenômeno frequente no Rio porque a oferta de escritórios é restrita. O preço médio do aluguel do metro quadrado de edifícios classe A no principal polo de escritórios de São Paulo, que inclui Paulista, Jardins, Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia, Berrini, Chácara Santo Antônio e Marginal Pinheiros, atingiu R$ 111,8, no terceiro trimestre de 2011. A alta é de 22,6% em relação a igual período de 2010 e de 4,3% ante o segundo trimestre de 2011.
O preço médio mais elevado do metro quadrado de escritórios classe A em São Paulo é o da Faria Lima (R$ 146,3) e o índice de vacância mais baixo é o do Itaim (0,9%), aponta a pesquisa da Cushman & Wakefield.
"Hoje a taxa de vacância atingiu o recorde de baixa em todos segmentos", diz Roberto Perroni, presidente da Cyrela Commercial Properties (CCP), especializada em escritórios, shoppings e galpões. No caso de escritórios, ele cita a taxa média de vacância, que leva em conta os imóveis vagos em relação ao total de imóveis alugados ou não, calculada pela CB Richard Ellis. Em São Paulo, esse índice médio foi de 4,2% no terceiro trimestre de 2011 e de 3,1% no Rio.
Também em shoppings há escassez de lojas para locação. Pesquisa nacional da Associação Brasileira de Shopping Centers mostra que a taxa de vacância chegou a 3,7% em setembro de 2011, um dos resultados mais baixos dos últimos 12 meses. Em dois shoppings da CCP, que serão entregues em 2013, mais de 70% das lojas já estão alugadas.
Supermercado
Na opinião do consultor de locação do Secovi, o Sindicato da Habitação, Cícero Yagi, o principal fator que elevou o preço do aluguel e fez recuar a taxa de vacância foi o descompasso entre a oferta para locação muito abaixo da demanda.
No caso dos escritórios, Yagi conta que contratos novos estão sendo fechados com reajuste de 30%, superando de longe a inflação, que fechou 2011em 6,5%, de acordo com o IPCA, e em 5,1%, segundo o IGP-M. Perroni, da CCP, chegou, nos últimos meses, a obter alta de 45% no preço dos aluguéis por ocasião de revisões que acontecem a cada três anos em contratos antigos.
Nos imóveis residenciais com um e dois dormitórios, os aumentos também são fortes e beiram a 20%, para novos contratos. A taxa de vacância é de 10%, considerada baixa. A vacância normal oscila entre 15% e 20%.
Mas, ao que tudo indica, esse quadro mais apertado entre demanda e oferta de imóveis para alugar deve ter um certo alívio neste ano para o segmento de escritórios, prevê Yagi. Com a oferta prevista de 300 a 400 mil metros quadrados novos de áreas de escritórios em São Paulo por ano a partir de 2012, deve ocorrer uma subida na taxa de vacância. Já no segmento residencial, o consultor acredita que o aumento da oferta não será suficiente para conter os aluguéis no curto prazo.
Preço de imóveis encerra 2011 com alta de 26%
No 2º semestre, porém, o movimento do mercado imobiliário em sete capitais foi de desaceleração
03 de janeiro de 2012 | 23h 59
Hugo Passarelli, do Economia & Negócios
SÃO PAULO - Preços ainda em alta, mas em ritmo notadamente menor. Esse foi o retrato do mercado imobiliário em sete capitais brasileiras em 2011, principalmente no segundo semestre, quando a alta dos valores dos apartamentos esfriou. De agosto a dezembro de 2011, o preço médio do metro quadrado subiu 6,1% contra 9% no mesmo período um ano antes, segundo o índice FipeZap - a série do indicador começa em agosto de 2010. No acumulado do ano, o avanço é de 26%. Em dezembro, a elevação do índice geral foi de 1,1%, a menor do ano, após um pico de 2,7% em abril.
O esfriamento da atividade econômica do Brasil explica, em parte, esse resultado. "A desaceleração da economia, já observada em vários indicadores, se reflete também no mercado imobiliário", afirma Eduardo Zylberstajn, economista coordenador do FipeZap. "O movimento de alta dos imóveis foi muito expressivo e os preços atingiram níveis que começam a ficar difíceis de se compatibilizar com uma parcela importante da população, então é natural que o mercado busque um novo nível", completa.
Entre as sete capitais pesquisadas pelo índice, o preço médio do metro quadrado dos apartamentos fechou dezembro entre R$ 7.919 (Distrito Federal) e R$ 3.539 (Salvador). No Rio de Janeiro, foi de R$ 7.421; em São Paulo, R$ 6.066; Recife, R$ 4.666; Belo Horizonte, R$ 4.619 e Fortaleza, R$ 4.277. Na média, o valor ficou em R$ 6.185.
Um destaque do indicador em dezembro foi o Distrito Federal, onde os valores recuaram 0,2%, a primeira queda na capital do País desde o início da série. Os valores do metro quadrado começaram a subir menos em junho, para então registrar o resultado negativo no mês passado. "Nós temos de ficar atentos para ver se esse movimento (desaceleração e depois queda) vai ser semelhante nas outras capitais", afirma Zylberstajn.
Em São Paulo, o ano encerrou com alta de 27% do metro quadrado de apartamentos, acima do fechado em 2010 (24%) e do índice geral neste ano. O segundo semestre, porém, foi de arrefecimento na capital paulista - alta de 11% contra 13% igual período de 2010. Em dezembro, o avançou foi de 1,4% e pela primeira vez superou a valorização no Rio de Janeiro, de 1,1%. Na capital fluminense, a alta acumulada do ano foi de 35%, contra 40% em 2010.
Recife foi exceção nesse movimento de desaceleração. O preço médio do metro quadrado avançou 2,4% em dezembro, enquanto nas demais capitais, exceto São Paulo e Rio, o aumento não passou da casa de 1%.
03 de janeiro de 2012 | 23h 59
Hugo Passarelli, do Economia & Negócios
SÃO PAULO - Preços ainda em alta, mas em ritmo notadamente menor. Esse foi o retrato do mercado imobiliário em sete capitais brasileiras em 2011, principalmente no segundo semestre, quando a alta dos valores dos apartamentos esfriou. De agosto a dezembro de 2011, o preço médio do metro quadrado subiu 6,1% contra 9% no mesmo período um ano antes, segundo o índice FipeZap - a série do indicador começa em agosto de 2010. No acumulado do ano, o avanço é de 26%. Em dezembro, a elevação do índice geral foi de 1,1%, a menor do ano, após um pico de 2,7% em abril.
O esfriamento da atividade econômica do Brasil explica, em parte, esse resultado. "A desaceleração da economia, já observada em vários indicadores, se reflete também no mercado imobiliário", afirma Eduardo Zylberstajn, economista coordenador do FipeZap. "O movimento de alta dos imóveis foi muito expressivo e os preços atingiram níveis que começam a ficar difíceis de se compatibilizar com uma parcela importante da população, então é natural que o mercado busque um novo nível", completa.
Entre as sete capitais pesquisadas pelo índice, o preço médio do metro quadrado dos apartamentos fechou dezembro entre R$ 7.919 (Distrito Federal) e R$ 3.539 (Salvador). No Rio de Janeiro, foi de R$ 7.421; em São Paulo, R$ 6.066; Recife, R$ 4.666; Belo Horizonte, R$ 4.619 e Fortaleza, R$ 4.277. Na média, o valor ficou em R$ 6.185.
Um destaque do indicador em dezembro foi o Distrito Federal, onde os valores recuaram 0,2%, a primeira queda na capital do País desde o início da série. Os valores do metro quadrado começaram a subir menos em junho, para então registrar o resultado negativo no mês passado. "Nós temos de ficar atentos para ver se esse movimento (desaceleração e depois queda) vai ser semelhante nas outras capitais", afirma Zylberstajn.
Em São Paulo, o ano encerrou com alta de 27% do metro quadrado de apartamentos, acima do fechado em 2010 (24%) e do índice geral neste ano. O segundo semestre, porém, foi de arrefecimento na capital paulista - alta de 11% contra 13% igual período de 2010. Em dezembro, o avançou foi de 1,4% e pela primeira vez superou a valorização no Rio de Janeiro, de 1,1%. Na capital fluminense, a alta acumulada do ano foi de 35%, contra 40% em 2010.
Recife foi exceção nesse movimento de desaceleração. O preço médio do metro quadrado avançou 2,4% em dezembro, enquanto nas demais capitais, exceto São Paulo e Rio, o aumento não passou da casa de 1%.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
NA TORMENTA
Deus não estará olhando para as suas medalhas, seus títulos ou diplomas; Ele estará olhando para as suas cicatrizes. Elbert Hubbard
S empre julguei que os furacões que enfrentamos aqui na Flórida seriam alguma coisa que a humanidade poderia simplesmente dispensar - se pudesse... Entretanto, apenas recentemente tomei conhecimento de que eles são absolutamente necessários para manter o equilibrio na natureza. Essas tempestades tropicais, com ventos que vão acima de 300 quilometros por hora, acompanhados de chuvas torrenciais, raios e relampagos, podem ser devastadoras. Contudo, cientistas nos informam que esses furacoes tem um valor incrível. São eles que dissipam uma grande porcentagem do calor opressivo acumulado no equador; também são indiretamente responsáveis pela maior parte das chuvas que ocorrem nas florestas das Américas do Sul e do Norte. A conclusão final a que chegamos é que os furacões oferecem à humanidade muito mais beneficios do que podemos imaginar.
As Escrituras nos ensinam que as aflições que Deus permite que sobrevenham a seus filhos são muito semelhantes aos furacões. Elas chegam de maneira violenta, trazendo com elas dores e promovendo grandes devastações. No entanto, são essas mesmas aflições que tem o incrível potencial de produzir eternos dividendos. Se você se encontra em meio a um furacão... não desista! Ele é temporário; logo vai passar, e os resultados certamente poderão transformar a sua vida para todo o sempre!
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Bem sei, ó Senhor, que os teus juízos são justos e que com fidelidade me afligiste. Salmos 119:75
S empre julguei que os furacões que enfrentamos aqui na Flórida seriam alguma coisa que a humanidade poderia simplesmente dispensar - se pudesse... Entretanto, apenas recentemente tomei conhecimento de que eles são absolutamente necessários para manter o equilibrio na natureza. Essas tempestades tropicais, com ventos que vão acima de 300 quilometros por hora, acompanhados de chuvas torrenciais, raios e relampagos, podem ser devastadoras. Contudo, cientistas nos informam que esses furacoes tem um valor incrível. São eles que dissipam uma grande porcentagem do calor opressivo acumulado no equador; também são indiretamente responsáveis pela maior parte das chuvas que ocorrem nas florestas das Américas do Sul e do Norte. A conclusão final a que chegamos é que os furacões oferecem à humanidade muito mais beneficios do que podemos imaginar.
As Escrituras nos ensinam que as aflições que Deus permite que sobrevenham a seus filhos são muito semelhantes aos furacões. Elas chegam de maneira violenta, trazendo com elas dores e promovendo grandes devastações. No entanto, são essas mesmas aflições que tem o incrível potencial de produzir eternos dividendos. Se você se encontra em meio a um furacão... não desista! Ele é temporário; logo vai passar, e os resultados certamente poderão transformar a sua vida para todo o sempre!
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Bem sei, ó Senhor, que os teus juízos são justos e que com fidelidade me afligiste. Salmos 119:75
Imóveis ficaram 26,3% mais caros em 2011
O preço médio do metro quadrado dos imóveis residenciais no País apresentou um aumento de 26,3% em 2011, de acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) baseada em dados do site Zap Imóveis. Entre as sete regiões metropolitanas abordadas pela estudo, as maiores altas do ano foram verificadas no Rio de Janeiro (34,9%), em Recife (30,7%) e em São Paulo (27%).
Apesar da forte elevação, o levantamento divulgado hoje mostra que o preço médio das moradias começou a dar sinais de desaceleração nos últimos meses do ano passado. Em dezembro, a alta média foi de 1,1%, nível abaixo do 1,4% registrado em novembro e do 1,6% de outubro. Em abril, essa alta mensal chegou ao pico de 2,7%.
Na avaliação de Eduardo Zylberstajn, coordenador do Índice Fipezap, o avanço mais lento do preço dos imóveis é reflexo da desaceleração como um todo da economia brasileira. "Já é possível ver um crescimento menor no mercado de trabalho e em várias atividades produtivas", explicou. Além disso, a desaceleração no mercado imobiliário ocorre após um movimento de forte elevação do preço nos anos anteriores. "Em algum momento, os preços tinham que se acalmar, porque chegaram perto do limite do que as pessoas podem pagar," avaliou.
Em São Paulo, o metro quadrado dos imóveis residenciais subiu em média 1,4% em dezembro, a menor variação desde maio de 2010. Com isso, o preço médio do metro quadrado na capital paulista ficou em R$ 6.066, a terceira maior do País. Os bairros mais caros da cidade são Jardim Paulistano (R$ 9.585) e Ibirapuera/Vila Nova Conceição (R$ 9.496).
No Rio, o aumento no mês passado foi de 1,1%, a menor taxa desde abril de 2009. Na capital fluminense, o preço médio do metro quadrado ficou em R$ 7.421, atrás apenas do Distrito Federal (R$ 7.919). A pesquisa mostra ainda que, na região de Brasília, os preços chegaram a cair 0,2%, o que representa a primeira queda na região desde o início da série, em setembro de 2010.
Fonte:Diário do Grande ABC
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Mercado imobiliário espera crescimento moderado em 2012
Leonardo Gorges, especial para O Estado
SÃO PAULO - Mesmo com expectativas mais contidas para a economia neste ano, corretores e líderes de entidades do ramo imobiliário creem em expansão, incluindo a cidade de São Paulo, maior mercado do País. Uma das justificativas, segundo eles, é o ainda considerável déficit habitacional.
Para o vice-presidente de imobiliário do Sindicato da Construção (Sinduscon-SP), Odair Senra, estamos entrando em um período de "normalidade boa", com ritmo de crescimento mais moderado. "Isso não é ruim. O mercado esteve superaquecido nos últimos anos e agora continuaremos expandindo, mas em uma intensidade mais normal", afirma Senra.
Segundo ele, embora haja uma perspectiva muito boa para médio e longo prazos, é difícil que se consiga igualar a 2010, quando o crédito imobiliário cresceu 65%, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
"Essa loucura de vender um lançamento inteiro em um dia não poderia se sustentar", diz Senra. Ele acrescenta que esse declínio na curva de expansão será bom para os consumidores, já que irá refletir nos preços.
O diretor-executivo da incorporadora Kallas, Roberto Gerab, vai além. Ele crê que bairros com valorização de até 100% nos últimos três anos, como Brooklin, Campo Belo, Moema e Jardins, podem ter o preço de seus imóveis reduzido no primeiro semestre. "Olhando esses números de valorização, é razoável acreditar em uma estabilização ou até mesmo em uma queda de 10%", diz.
No geral, entretanto, Gerab acredita que o preço dos imóveis deva subir entre 10% e 15% neste ano. As áreas que mais puxarão este aumento estão no eixo de expansão do metrô, como ocorre na linha 4-amarela.
Presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro da Silva está mais cauteloso. De acordo com ele, o setor imobiliário atenuará sua linha de expansão. "Mesmo assim, acredito em um crescimento acima do estimado para o Produto Interno Bruto (PIB)", diz ele. As análises mais recentes do Banco Central (BC) avaliam que o Brasil deve crescer 3,4% este ano.
A expectativa é compartilhada pelo economista chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Celso Petrucci, que prevê uma expansão de até 4% n0 PIB. Segundo ele, 2011 fechou com cerca de 32 mil novas unidades vendidas em São Paulo. Neste ano, a esperança é que o mercado receba 38 mil novas unidades, segundo o Secovi-SP. "Em 2011, as vendas caíram 15% na comparação com o ano anterior", diz.
Área. O alto preço do metro quadrado é outra questão altamente sensível para o bolso dos compradores paulistanos. Para Odair Senra, do Sinduscon, a tendência é que a valorização continue e o preço médio ultrapasse a barreira dos R$ 5 mil.
Pesquisa divulgada em outubro último pelo Ibope Inteligência revelou que o valor médio de um imóvel usado na capital chegava a R$ 4.979 por m². Entre os lançamentos, o preço saltava para mais de R$ 6 mil.
"Esse pequeno aumento é natural, ao contrário da supervalorização que ocorreu nos últimos anos", afirma Senra.
Outro executivo que acredita que o preço dos imóveis ainda não chegou ao topo é Ricardo Grimone, da incorporadora Even. Segundo ele, os índices de confiança dos consumidores continuam altos, o que deve fazer com que o mercado imobiliário continue aquecido.
O público de classe média, que procura apartamentos com dois ou três dormitórios, deve puxar a fila de atenção das empresas do ramo imobiliário. "É uma faixa econômica que está otimista e cada vez maior", afirma Grimone. Ele acrescenta que o mercado de maior luxo, com imóveis de quatro dormitórios, também pode crescer. "Esse grupo ficou muito tempo esquecido."
As perspectivas de longo prazo também são otimistas. O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, por exemplo, aposta que, nos próximos 20 anos, o déficit habitacional e a capacidade de produção garantirão a expansão do ramo imobiliário.
"Nosso setor teve um período negro entre 1990 e 2005, com a falta de crédito, mas agora o jogo virou. O cenário é outro e temos de aproveitá-lo", acredita Viana.
(Colaborou Gustavo Coltri)
SÃO PAULO - Mesmo com expectativas mais contidas para a economia neste ano, corretores e líderes de entidades do ramo imobiliário creem em expansão, incluindo a cidade de São Paulo, maior mercado do País. Uma das justificativas, segundo eles, é o ainda considerável déficit habitacional.
Para o vice-presidente de imobiliário do Sindicato da Construção (Sinduscon-SP), Odair Senra, estamos entrando em um período de "normalidade boa", com ritmo de crescimento mais moderado. "Isso não é ruim. O mercado esteve superaquecido nos últimos anos e agora continuaremos expandindo, mas em uma intensidade mais normal", afirma Senra.
Segundo ele, embora haja uma perspectiva muito boa para médio e longo prazos, é difícil que se consiga igualar a 2010, quando o crédito imobiliário cresceu 65%, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
"Essa loucura de vender um lançamento inteiro em um dia não poderia se sustentar", diz Senra. Ele acrescenta que esse declínio na curva de expansão será bom para os consumidores, já que irá refletir nos preços.
O diretor-executivo da incorporadora Kallas, Roberto Gerab, vai além. Ele crê que bairros com valorização de até 100% nos últimos três anos, como Brooklin, Campo Belo, Moema e Jardins, podem ter o preço de seus imóveis reduzido no primeiro semestre. "Olhando esses números de valorização, é razoável acreditar em uma estabilização ou até mesmo em uma queda de 10%", diz.
No geral, entretanto, Gerab acredita que o preço dos imóveis deva subir entre 10% e 15% neste ano. As áreas que mais puxarão este aumento estão no eixo de expansão do metrô, como ocorre na linha 4-amarela.
Presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), João Teodoro da Silva está mais cauteloso. De acordo com ele, o setor imobiliário atenuará sua linha de expansão. "Mesmo assim, acredito em um crescimento acima do estimado para o Produto Interno Bruto (PIB)", diz ele. As análises mais recentes do Banco Central (BC) avaliam que o Brasil deve crescer 3,4% este ano.
A expectativa é compartilhada pelo economista chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Celso Petrucci, que prevê uma expansão de até 4% n0 PIB. Segundo ele, 2011 fechou com cerca de 32 mil novas unidades vendidas em São Paulo. Neste ano, a esperança é que o mercado receba 38 mil novas unidades, segundo o Secovi-SP. "Em 2011, as vendas caíram 15% na comparação com o ano anterior", diz.
Área. O alto preço do metro quadrado é outra questão altamente sensível para o bolso dos compradores paulistanos. Para Odair Senra, do Sinduscon, a tendência é que a valorização continue e o preço médio ultrapasse a barreira dos R$ 5 mil.
Pesquisa divulgada em outubro último pelo Ibope Inteligência revelou que o valor médio de um imóvel usado na capital chegava a R$ 4.979 por m². Entre os lançamentos, o preço saltava para mais de R$ 6 mil.
"Esse pequeno aumento é natural, ao contrário da supervalorização que ocorreu nos últimos anos", afirma Senra.
Outro executivo que acredita que o preço dos imóveis ainda não chegou ao topo é Ricardo Grimone, da incorporadora Even. Segundo ele, os índices de confiança dos consumidores continuam altos, o que deve fazer com que o mercado imobiliário continue aquecido.
O público de classe média, que procura apartamentos com dois ou três dormitórios, deve puxar a fila de atenção das empresas do ramo imobiliário. "É uma faixa econômica que está otimista e cada vez maior", afirma Grimone. Ele acrescenta que o mercado de maior luxo, com imóveis de quatro dormitórios, também pode crescer. "Esse grupo ficou muito tempo esquecido."
As perspectivas de longo prazo também são otimistas. O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-SP), José Augusto Viana Neto, por exemplo, aposta que, nos próximos 20 anos, o déficit habitacional e a capacidade de produção garantirão a expansão do ramo imobiliário.
"Nosso setor teve um período negro entre 1990 e 2005, com a falta de crédito, mas agora o jogo virou. O cenário é outro e temos de aproveitá-lo", acredita Viana.
(Colaborou Gustavo Coltri)
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Preço médio do um-dormitório em São Paulo é de R$ 398 mil
Para quem procura morar sozinho em 2012, São Paulo é uma cidade com muitas opções de apartamentos de um dormitório. Só neste ano foram 4.499 unidades novas, segundo levantamento da Geoimovel.
Edifícios em construção junto à Marginal Pinheiros, na altura da Ponte Cidade Jardim, em São Paulo (SP)
Com a valorização média de 23% nos lançamentos da cidade de São Paulo entre os nove primeiros meses do ano comparados aos novos do mesmo período do ano passado, o metro quadrado do um-dormitório alcançou os R$ 8.250 na cidade de São Paulo. O valor médio da unidade chegou a R$ 398 mil.
Nos distritos do Itaim Bibi (zona oeste) e Consolação (centro), o metro quadrado ultrapassou os R$ 10 mil. A maioria desses imóveis são "studios" ou quitinetes, com área entre 33 m² e 47 m². O preço médio da unidade no Itaim Bibi é de R$ 593 mil, enquanto na Consolação chega aos R$ 396 mil.
Os menores preços da cidade estão nos distritos do Ipiranga (R$ 246 mil) e do Cambuci (R$ 140 mil). Ali a maioria dos apartamentos mede entre 31m² e 39 m².
Fonte: Mateus Bruxel/Folhapress
Edifícios em construção junto à Marginal Pinheiros, na altura da Ponte Cidade Jardim, em São Paulo (SP)
Com a valorização média de 23% nos lançamentos da cidade de São Paulo entre os nove primeiros meses do ano comparados aos novos do mesmo período do ano passado, o metro quadrado do um-dormitório alcançou os R$ 8.250 na cidade de São Paulo. O valor médio da unidade chegou a R$ 398 mil.
Nos distritos do Itaim Bibi (zona oeste) e Consolação (centro), o metro quadrado ultrapassou os R$ 10 mil. A maioria desses imóveis são "studios" ou quitinetes, com área entre 33 m² e 47 m². O preço médio da unidade no Itaim Bibi é de R$ 593 mil, enquanto na Consolação chega aos R$ 396 mil.
Os menores preços da cidade estão nos distritos do Ipiranga (R$ 246 mil) e do Cambuci (R$ 140 mil). Ali a maioria dos apartamentos mede entre 31m² e 39 m².
Fonte: Mateus Bruxel/Folhapress
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