sexta-feira, 18 de maio de 2012

'Gordura' no crédito imobiliário é pequena

Valor Econômico, Aline Lima, 18/mai

Nos seguidos anúncios de corte de taxa de juro promovido por bancos, o financiamento imobiliário tem sido mantido à margem do movimento e a tendência é que permaneça de fora de novas "rodadas". As instituições não enxergam espaço para reduções de preço nessa modalidade, apesar de a mudança no cálculo da poupança ter, a princípio, ajudado a baratear o "funding" do crédito habitacional. A caderneta é sua principal fonte de recurso, ao lado do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
"Pode até ser que haja alguma redução daqui para frente [no juro do crédito imobiliário], mas o espaço é limitado", diz um executivo do setor. "Há mais "gordura" para ser queimada em outras linhas de empréstimo", explica essa mesma pessoa, que preferiu não ter seu nome revelado.
A resistência dos bancos em promover reduções nas taxas do financiamento imobiliário tem dois motivos básicos. O primeiro deles reside no fato de a operação já apresentar um dos spreads mais baixos do sistema. O segundo motivo estaria ligado ao próprio cálculo de rentabilidade da caderneta. Apesar de a queda da Selic abrir espaço para a redução de custo de captação dos bancos, eles terão que contemplar o risco de um cenário de alta da taxa básica de juro, que encareceria o funding, já que um financiamento imobiliário pode durar até 30 anos.
Na prática, a remuneração mais cara que os bancos terão de aplicar à poupança é de 6,17% ao ano mais Taxa Referencial (TR) - a rentabilidade da poupança "antiga" - caso a Selic ultrapasse o patamar de 8,5% ao ano. A taxa de financiamento imobiliário mais baixa do mercado, hoje, é da Caixa Econômica Federal, único banco a anunciar recentemente corte de juro para a modalidade. Para imóveis de até R$ 500 mil, o banco estatal cobra 7,9% ao ano (mais TR), condição exclusiva para clientes "com relacionamento" e conta salário.
O que se comenta nos bastidores é que essa taxa já estaria muito próxima do piso, uma vez que ainda precisam ser acrescidos à conta custos administrativos e risco de inadimplência - além da margem de lucro dos bancos com crédito. As instituições privadas cobram nos financiamentos imobiliários, atualmente, taxas de juro em torno de 10% ao ano (mais TR), o que renderia um spread bruto (incluindo custos e margem de lucro) em torno de 4 pontos percentuais.
"Essa redução na remuneração da poupança não poderá ser repassada ao cliente pois, para um contrato de 30 anos, teremos sempre que considerar o custo de funding mais alto", diz o diretor de um banco. Pelos seus cálculos, o risco de inadimplência mais os custos administrativos exigiriam um acréscimo de ao menos 150 pontos-base (1,5 ponto percentual) ao custo de originação, o que levaria o crédito imobiliário a ter uma taxa mínima de, aproximadamente, 8% ao ano.
O assunto é delicado e os executivos ficaram ainda mais cautelosos em dar qualquer declaração sobre o tema após o imbróglio criado entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Planalto em torno da discussão sobre redução do spread. Mas há no mercado uma percepção geral de resistência à inclusão do financiamento imobiliário nos novos pacotes de taxa de juro que têm sido anunciados.
A notícia de que o governo poderá diminuir o teto de 12% ao ano da taxa dos financiamentos imobiliários feitos no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que compreende imóveis avaliados entre R$ 171 mil e R$ 500 mil, tampouco parece ser capaz de provocar uma mexida nas taxas, uma vez que os bancos já trabalham, hoje, com um juro menor.
O contraponto deverá estar na atuação da Caixa, detentora de 75% do crédito habitacional do país. A diretoria do banco já comunicou que todo corte que houver na Selic, daqui em diante, será repassado para as linhas de financiamento, incluindo o imobiliário. A portabilidade, caso a promessa de desburocratização desse instrumento seja efetivada, tende a ser uma aliada importante para o banco estatal.
O sistema bancário, por ora, permanece reticente à ideia de promover cortes de taxa de juro em uma modalidade de financiamento que já tem um dos menores spreads do mercado - senão o menor. Mas sobram críticas em relação ao comportamento agressivo da Caixa. "Diferentemente de qualquer outro produto bancário, um movimento de redução de taxas neste setor [imobiliário] pode levar a uma concentração ainda mais arriscada e preocupante", observa o diretor de um banco.
A Caixa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não seria razoável o lançamento de alguma estratégia cujo ponto central seja aumentar a atual participação de mercado. "O movimento da Caixa em termos de redução das taxas de juro do crédito imobiliário, mesmo reconhecendo que são baixíssimas as margens líquidas desses produtos, foi no sentido de ampliar o nível de relacionamento com seus clientes e, principalmente, em relação às contas salários", diz, em nota.
Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança totalizaram R$ 17,6 bilhões no primeiro trimestre de 2012, com crescimento de 9,9% ante igual período de 2011.
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Procon-sp orienta na compra de imóvel usado

Depois de orientar o consumidor na compra do imóvel planta, o Procon-SP dá dicas para quem tem mais pressa para mudar, ou menos dinheiro para investir em um empreendimento novo e opta pela compra de um imóvel usado.
Segundo o diretor executivo da Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado, a primeira dica é pesquisar os imóveis à disposição no mercado, de acordo com as reais necessidades, disponibilidade financeira, assim como exigências e expectativas em relação ao bem pretendido. Aliar satisfação, preço justo e qualidade nem sempre é uma tarefa fácil, explica Paulo.
Analisando a oferta
- Avalie o imóvel, visitando-o durante o dia e à noite. Caso ele esteja situado em um local movimentado, considere a questão do trânsito e do barulho. Observe se o bairro possui a infraestrutura de que necessita – escolas, posto de saúde, iluminação, esgoto, supermercados, farmácias, banco, padaria, etc.;
- Verifique as condições do encanamento e rede elétrica, a ventilação e iluminação dos ambientes, a conservação do teto, do telhado, das paredes e do piso – veja se há rachaduras, vazamentos ou mofo;
- Verifique se há vagas na garagem e o valor do condomínio, em caso de apartamentos. Procure informar-se sobre possíveis rateios de contas (água, luz, tevê a cabo, etc.);
- Analise se a renda familiar é compatível com os gastos fixos da moradia. Lembre-se: o ideal é que o gasto para compra mediante o pagamento de prestações não ultrapasse 30% do orçamento familiar;
- Casas térreas merecem cuidados especiais quanto à segurança. A existência de terrenos baldios e estabelecimentos comerciais próximos devem ser bem avaliados, assim como a iluminação da rua.
Documentação
Para evitar transtornos, é importante solicitar ao vendedor os seguintes documentos:
- Certidão Vintenária com negativa de ônus atualizada. Esse documento é fornecido pelo Cartório de Registro de Imóveis competente e informa sobre os últimos 20 anos do imóvel hipoteca, pendência judicial, titularidade, etc.;
- Certidões negativas dos cartórios de protesto da cidade onde o proprietário reside;
- Certidões negativas de débito relativo ao IPTU. Certifique-se de que a metragem constante na escritura seja a mesma descrita no carnê;
- Existindo financiamento do bem, verifique as condições de liberação ou transferência.
- Solicite declaração negativa de débito ao síndico do condomínio;
- Informe-se também sobre a existência de projeto de desapropriação para a área do imóvel. Para isto, consulte a prefeitura de seu município.
Saiba que: O fornecimento desta documentação deve ser objeto de negociação entre as partes. Se o vendedor não quiser fornecê-la, é importante que o consumidor busque estas informações nos órgãos competentes (Prefeitura, cartórios, Poder Judiciário, etc.).
A falta das informações, mencionadas acima, pode comprometer a segurança do negócio e acarretar prejuízos ao consumidor.
Contrato
Antes de adquirir qualquer tipo de imóvel, leia atentamente o contrato de compra e venda. Ele deve ser redigido de forma clara, legível. Em caso de dúvidas, solicite esclarecimentos ao vendedor, ou consulte um órgão de defesa do consumidor.
Certifique-se de que tudo o que consta da proposta e nos ajustes verbais faz parte do contrato. Este documento deve conter: os dados do proprietário e do comprador, a descrição e o valor total do imóvel, a forma e o local de pagamento; as penalidades no atraso de pagamento de parcelas, o valor do sinal antecipado, e a data da assinatura.
Outro item importante, que deve constar em contrato diz respeito ao índice e a periodicidade de reajustes – que deve ser anual, caso o financiamento seja inferior a 36 meses, e mensal em contratos com prazos mais longos.
Verifique as condições previstas para a eventual rescisão e providencie o registro do contrato no Cartório Imobiliário competente. Se o pagamento for à vista, solicite a lavratura da escritura definitiva.
Observações importantes em caso de financiamento
- Verifique antecipadamente se há linhas de financiamento abertas SFH (Sistema Financeiro da Habitação), Carteira Hipotecária, SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), etc.;
- Observe se há cláusula de rescisão do contrato, caso não seja obtida a liberação do financiamento;
- Informe-se sobre a composição da renda familiar, pois cada agente financeiro possui regras próprias quanto ao número de pessoas que integrarão a renda, grau de parentesco, percentual do comprometimento da renda, etc.
Importante: a compra e venda de imóvel entre particulares é regulada pelo Código Civil, não se caracterizando relação de consumo, nos termos do Código de Defesa do Consumidor.
Fique Atento: ao assinar o contrato, risque todos os espaços em branco e assine todas as páginas. Solicite que o contrato seja datado e assinado na presença de testemunhas e do vendedor. Exija, na hora, uma via do contrato original, reconhecendo firmas de todas as assinaturas.
(Redação – Agência IN)
Link:
http://www.salariominimo.net/2012/05/17/procon-sp-orienta-na-compra-de-imovel-usado/

quarta-feira, 16 de maio de 2012

62% não podem comprar casa em São Paulo

Folha de São Paulo, 14/mai

Segundo levantamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento, preço alto dos imóveis inviabiliza negócios
Dado foi calculado com base na porcentagem de famílias que gastariam 30% de sua renda para pagar financiamento
Na cidade de São Paulo, 62% das famílias não têm condições de comprar uma casa ou apartamento próprio.
E isso ocorre, na maior parte dos casos, porque os imóveis estão muito caros.
Essas são algumas das conclusões de um levantamento feito pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) em 18 países da América Latina e do Caribe.
O dado foi calculado com base na porcentagem de domicílios que gastariam mais de 30% de sua renda para pagar prestações de financiamento de 20 anos, com 10% de entrada, considerando o imóvel mais barato em oferta. Em São Paulo, esse imóvel custa US$ 40 mil, diz o banco.
PREÇO ALTO
Segundo o coordenador da pesquisa, Cesar Bouillon, o principal motivo para a incapacidade dessas famílias de comprar sua casa é o preço elevado do imóvel na cidade e a escassez de imóveis para a população de baixa renda. Esse fator impede que 32% adquiram a casa própria.
"A maior parte dos imóveis em oferta é para famílias ricas", diz Bouillon. Para ele, o governo precisa incentivar, através de políticas, as empresas a construírem imóveis para a população mais pobre.
A Folha tentou entrevistar o secretário da Habitação, Ricardo Pereira Leite, mas ele não estava disponível.
O estudo identificou outros motivos para as famílias paulistanas não conseguirem comprar um imóvel, além do preço elevado: renda muito baixa (7%), dificuldade de comprovar renda (25%) e altas taxas de juros (8%).
A cidade latinoamericana com maior porcentagem de famílias que não conseguem comprar um imóvel (não entram na conta as famílias que podem construir suas próprias casas) é Caracas, na Venezuela. Lá, o imóvel mais barato custa US$ 54 mil.
Para o especialista em políticas sociais Haroldo Torres, parte grande das famílias já tem imóveis ou vai recebê-los como herança. "O que significa que, no caso de uma nova aquisição, a entrada pode ser bem superior a 10%."
Como isso não foi considerado na pesquisa, Torres acredita que a porcentagem de famílias que não podem comprar uma casa em São Paulo é menor do que 62%.
Para ele, o que a pesquisa mostra é que a moradia na cidade está cara. "Uma família que não tem ativos, e que tenta adquirir um imóvel agora, vai ter que ganhar bastante para conseguir fazê-lo. Esse esforço será provavelmente maior do que no passado."
O estudo do BID também aponta que 33% das famílias brasileiras são sem-teto ou não tem moradia adequada.
Falta de título de propriedade, paredes feitas de material descartado (como papelão), piso de terra e falta de ligação às redes de água tratada e esgoto foram fatores que, em conjunto ou isoladamente, definiram na pesquisa o que é moradia inadequada.
Já segundo o último censo do IBGE, de 2010, 43% das moradias brasileiras são consideradas inadequadas.
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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Os quartos do futuro

O Globo, Karine Tavares, 13/mai

Livro analisa como casais, jovens e bebês vão dormir em alguns anos
Que espaço o quarto ocupa em sua vida? Do sono? Do estudo? Do trabalho? Ou tudo ao mesmo tempo agora? Se você ficou com a última opção, saiba que a tendência daqui para a frente é intensificar ainda mais essa multifuncionalidade. Pelo menos é o que defende a arquiteta Elisabeth Wey no livro "A casa de todos os tempos II - Quarto". A obra, lançada na última quarta-feira no Rio, faz um passeio pela história desse ambiente e traz, ao fim, uma análise de como serão os quartos em dez anos.
Segundo Elisabeth, uma das questões centrais será justamente a adequação desse espaço às necessidades profissionais de seus moradores. - Trabalhar de casa já é realidade em muitas empresas, e a tendência é que isso só aumente. Então, as pessoas vão querer ter um espaço em casa - explica a autora, para quem esta área será dentro do quarto e não mais num canto da sala ou em um ambiente exclusivo. Mas o momento do descanso também passará a ser mais valorizado. À noite, os quartos deverão ser totalmente escuros, sem qualquer ruído ou ponto de luz (como aqueles do stand by da TV e da internet ou a hora do relógio digital).
A temperatura deverá ser regulada para que fique em torno dos 20 graus, considerada ideal. E janelas acústicas se tornarão cada vez mais comuns. A automação permitirá o controle remoto de cortinas, iluminação, TV, computador, ar-condicionado e todo tipo de equipamentos eletrônicos que adequarão o ambiente às condições ideais de descanso, na hora do sono. - O livro está baseado também em estudos médicos. Já foi comprovado, por exemplo, que para descansar é preciso ter um ambiente sem luz ou ruído e com um aroma que te agrade. O quarto deve ser sinônimo de bom sono, que é sinônimo de saúde - explica a arquiteta.
Elisabeth afirma ainda que o avanço tecnológico vai permitir o barateamento de todo tipo de equipamento e com isso a automação vai se tornar uma realidade para um número maior de famílias. Mas como isso vai se refletir na decoração dos ambientes? Quando o espaço é amplo o suficiente, as camas desgrudam das paredes. Principalmente, no caso dos quartos de casais. Atrás delas, as áreas de trabalho (exatamente para evitar o contato com esses pontos de luz na hora de dormir) e na frente, os armários. Sim, porque os closets, segundo Elisabeth, também tendem a desaparecer. Na verdade, serão substituídos por armários feitos em módulos, que deslizam inteiros - permitindo que a pessoa ande entre eles - mas, ao mesmo tempo, ocupam um espaço menor que o dos closets. Um projeto assim já foi feito pelo italiano Enzo Berti.
Para quartos menores, a solução será usar móveis que possam ser camuflados ou que se transformem, admitindo várias funções. Mesinhas para laptop que funcionam também para leitura ou cabeceira, por exemplo. Soluções que serão muito comuns também nos quartos dos mais jovens. - O quarto vira uma sala. Um ambiente de múltiplo uso, onde de dia eles podem receber os amigos e ficar à vontade. A roupa de cama fica ali, dobradinha, ou em cabideiros específicos, à vista mesmo. E, à noite, o sofá se transforma em cama - descreve Elisabeth, para quem haverá uma simplificação até mesmo no tipo de roupa de cama usado. - Nós vamos usar mais os duvets com capas laváveis e abolir os lençóis de cobrir e colchas - sentencia.
Um ambiente parecido com esse foi apresentado pela arquiteta Shissa Kessin no evento Futura, em São Paulo, no ano passado: com portas inspiradas no metrô, um grande sofá no lugar da cama e rack. A área de estudo também sofrerá modificações. Saem as bancadas e entram racks administradores de aparelhagem. Como a tecnologia sem fio e por fibra ótica estará ainda mais avançada, haverá uma central no próprio móvel para comandar tudo. A televisão será o monitor do computador e toda a parte tecnológica será coordenada: som, música.
Mudanças conceituais vão atingir até os quartos dos muito pequenos. Para os bebês, a praticidade de móveis que "crescem" junto com a criança falará mais alto que a fofura de babados e tons pastéis. O estímulo às crianças também vai se fazer presente desde muito cedo. - O bebê hoje é fashion. E se desenvolve muito rapidamente. Com menos de um ano, meu neto já brinca no celular, faz aula de música e é informatizado - conta Elisabeth. - Nada de azul para meninos e rosa para meninas. Nem de um monte de almofadas cheias de babados que só servem para acumular poeira.
O quarto do bebê precisa ser saudável. Além de menos tecidos, esses ambientes também vão ganhar pisos de resina, vinílicos ou em fórmica, que evitam o acúmulo de poeira, e as paredes serão pintadas com tinta antimofo. De preferência, com cores estimulantes, como o amarelo, o fúcsia, o lima. E o preto deve sempre entrar como contraste, como na cadeira e na cômoda do quarto projetado pelos arquitetos Beto Galvez e Norea De Vitto. - São cores energizadoras que estimulam o cérebro do bebê. Em vez de pensar em como decorar os quartos, os pais podem, por exemplo, investir em luminárias que mudam de cor fazendo quase uma cromoterapia na criança - defende Elisabeth.
O livro "A casa de todos os tempos II - Quarto" é o segundo volume de uma série que começou falando da cozinha, em 2009, e deverá ter ainda outras três obras. A pesquisa para a próxima, sobre salas, já está sendo feita, e o livro deve ser lançado em 2014. Os outros volumes serão sobre banheiros e sobre varandas e jardins.
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Juro menor amplia poder de compra de imóvel em 10%

O Estado de São Paulo, Luciana Nunes Leal, 14/mai

Taxas reduzidas permitem que consumidor adquira casa própria mais cara pagando parcelas iguais às de antes dos cortes
As taxas de juros mais baixas para o crédito imobiliário ampliaram a capacidade de financiamento de um imóvel em 10%. De acordo com cálculo do Secovi, o mesmo valor desembolsado nas parcelas para manter um financiamento antigo de R$ 150 mil vai valer para um de R$ 165 mil com as taxas atuais, por exemplo.
"Essa redução dos juros pode ser utilizada de duas formas: quem não conseguia comprar imóvel pode ter o seu imóvel e, agora, quem tiver condição, pode comprar um imóvel 10% mais caro pagando as mesmas parcelas", afirmou Celso Petrucci, economista-chefe da entidade.
Apesar do cenário positivo, a recomendação dos especialistas é de cautela na hora fechar o negócio. O cliente deve levar em conta que os contatos para o financiamento imobiliário são estabelecidos por longos períodos, podendo chegar a 30 anos.
"Não é para ficar exageradamente ansioso com as novidades do setor. O mais importante ainda é identificar se você quer mesmo o imóvel. É uma decisão que vale por 30 anos", disse Roy Martelanc, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA).
A portabilidade para financiamentos imobiliários também costuma ser burocrática, o que faz com a que a decisão tenha de ser a mais correta possível. De acordo com o Secovi, o governo já estuda algumas mudanças na regra da portabilidade para tornar a operação mais fácil. "No caso da portabilidade, o comprador fica com a posse do imóvel, mas a propriedade ainda é do banco", diz Petrucci.
As taxas mais baixas também preveem que o poder de barganha do consumidor deve aumentar nos próximos meses. Nesta semana, o consumidor tem uma boa oportunidade de testar o seu poder de barganha.
As cidades de São Paulo, Curitiba e Fortaleza vão receber a 8.ª edição do Feirão da Caixa a partir desta sexta-feira. O evento vai até domingo. "É importante pesquisar em vários bancos antes de fechar o negócio", afirmou Martelanc, da FIA.
Em São Paulo, a Caixa estima que a oferta será de 195.500 unidades de imóveis - 24.500 unidades devem ser de imóveis novos, prontos e na planta.
Na primeira semana de maio, a edição do Feirão da Caixa passou pelas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Nessas cinco cidades, os contratos fechados somaram R$ 4,6 bilhões.
Na avaliação do educador financeiro Mauro Calil, sempre que o orçamento permitir se deve optar pela compra da casa própria. "Não dá para medir o estresse de não ter de renegociar o contrato de aluguel", afirmou. "Só não compre por impulso, é ruim porque a pessoa pode se meter numa dívida por 30 anos", diz.
Entre os analistas, não há uma unanimidade se os preços devem cair no futuro. Para o professor Samy Dana, da Fundação Getúlio Vargas, o valor dos imóveis deve recuar. "Eu acho que os preços estão exagerados, acho que a gente passou do limite do razoável", disse. "Acredito que é preciso esperar, os preços estão estáveis, em alguns lugares já estão caindo", diz Samy.
Ele recomenda que, independente da decisão, o consumidor sempre cheque o Custo Efetivo Total (CET) da operação para confirmar se não foi cobrada nenhuma taxa que encareça demais o contrato.
Juros. Na avaliação do economista Eduardo Zylberstajn, a queda dos juros para o financiamento do imóvel deverá ser gradual e lenta. Ele explica que boa parte do estoque que financia a poupança ainda é remunerada pela regra antiga (6,17% ao ano mais a TR).
"Fica difícil para o banco emprestar por menos de 9% ao ano ou 10% ao ano", afirmou. "Seria preciso que todo o estoque de poupança fosse resgatado. Isso vai demorar para acontecer", disse Zylberstajn, que ressalta que os juros para financiamento imobiliário são baixos para os parâmetros do Brasil.
Mercado. Segundo o economista-chefe do Secovi, os preços dos imóveis deverão permanecer estáveis este ano. Para os imóveis novos, a variação deverá ficar entre 5% e 10%. "É um repasse no preço do custo de construção e aumento de mão de obra", afirmou Petrucci.
Os dados do primeiro trimestre do Secovi mostram uma alta de 27% no número de unidades vendidas e também no valor das vendas. Já o número de lançamentos de imóveis caiu 30% nos primeiros três meses do ano.

A hora e a vez da nova classe B

RIO - A classe C ficou para trás. Em 2012, é a vez de a classe B — com renda média familiar variando de R$ 3.175 a R$ 6.410 — puxar os gastos dos brasileiros. Nas projeções do estudo IPC Maps, que será divulgado amanhã, o consumo das famílias deve atingir R$ 2,7 trilhões neste ano, aumento de 3,6% sobre as cifras de 2011. À frente, está a classe B que amplia seus desembolsos em 8,46% (crescimento real), para R$ 1,2 trilhão. Já a classe C (de R$ 1.310 a R$ 1.950) faz o movimento contrário: os gastos, de R$ 681,4 bilhões, recuam 10,63%. Erra quem pensa que o cenário é negativo. Para especialistas, é uma segunda onda de ascensão social, com mais gente engordando, dessa vez, a classe B.
— Em 2012, a classe B passa a responder por 50% do consumo (urbano) do país, um recorde de participação no total dos gastos. Mas essa retração dos desembolsos da classe C não é ruim. Ao contrário. O crescimento da classe B se explica pelo fenômeno da migração social, que numa primeira onda beneficiou a classe C, com migração dos domicílios das classes D e E. Desde 2010, o Brasil experimenta uma segunda onda migratória, com a ascensão dos domicílios da classe C para a classe B — disse Marcos Pazzini, responsável pelo estudo e diretor da IPC Marketing Editora.
O apetite da classe B também se nota nos últimos dez anos. De 2002 para cá, os gastos dessa faixa da população mais que dobraram, crescendo 147,29%. Saem de uma participação de 34,75% para 50% do consumo. Em quase metade dos domicílios, a classe C, por sua vez, gastou 12,59% mais no período, chegando em 2012 a deter 26,7% das despesas.
Por outro lado, os extremos da pirâmide social encolheram. Presente em menos de 5% dos lares, a classe A deve gastar apenas 0,31% a mais do que em 2011. Nos últimos dez anos, diminuiu os desembolsos em 67,65%. Já a retração dos gastos das classes D e E — que em 2002 eram 47,1% das famílias e agora são 14,9% — deve ser de 16,63% em 2012.
— A quantidade de domicílios e o valor de potencial de consumo das classes D e E vêm caindo ao longo dos anos. E isso é um cenário positivo, pois mostra que a população está em uma melhor situação. Mercado de trabalho aquecido, crédito e aumento de renda, além do avanço da escolaridade, ajudam a explicar esses movimentos recentes.
Com mais renda, as famílias alteraram os hábitos ao longo dos anos. E os gastos com alimentação refletem um pouco as mudanças. Em 2002, 18,5% dos gastos iam para a despensa — fatia que cai para 10,4% em 2012. Os gastos com veículo passam de 3,1% para 5%. E o desembolso com transporte urbano cai de 5,3% para 2,4%.
— A velha classe média foi espremida pela ascensão social. E a classe C incorporou muitas famílias da D. Ou seja: as classe sociais mudaram suas demandas, seus valores, seus desejos de consumo. Há alguns anos, geladeira cheia, churrasco, almoço em família eram símbolo de status para a classe C. Agora, com mais renda, as famílias querem mais do que comer — disse Márcio Rolla, professor da ESPM. — Com mais renda concentrada no meio da pirâmide de gastos, o Brasil pode crescer mais. Assim, políticas são feitas pensando no meio desse bolo e não em suas extremidades.
Crise não ameaça a nova estrutura econômica
Poderia uma crise internacional — que mexe, aqui no Brasil, com inflação, produção industrial, câmbio e trabalho, por exemplo — reverter o cenário? Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, descarta qualquer retrocesso nas conquistas.
— É um salto sustentável. A despeito das turbulências, o Brasil cresce. Menos, mas cresce. E a desigualdade continua caindo. Em três anos, a classe C vai receber mais 12 milhões de pessoas, crescendo 11%. Já a AB crescerá 29%, com mais 7,7 milhões. É crescimento sobre o crescimento. Até 2014, três quartos da população estarão nas classes ABC — disse Neri, acrescentando, contudo, que no Nordeste a revolução da classe C ainda acontecerá. — A Bahia será o Brasil de 2009. Esse atraso em se atingir a média nacional cai de 11 anos para seis.
Mas a crise lá fora atrapalha. Tanto que o consumo das famílias — ainda o motor da economia — deve crescer 3,6%, abaixo da média dos últimos anos.
— Sem investimento, quem segura o PIB é o consumo. Há uma desaceleração por causa do esgotamento da capacidade do consumidor de assumir novas dívidas e da inadimplência. Não se pode ignorar que o dólar poderá repercutir nos preços. Mas tudo é relativo. No cenário internacional, estamos bem na foto ao comparar nossa economia com Europa e EUA. Porém, ficamos para trás na comparação com os emergentes — disse Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
O advogado Leonardo Fernandes ajuda a sustentar esse consumo. Recentemente, comprou um carro novo, financiando metade do valor em 48 meses. Nesse ano, contudo, não planeja mais aquisições desse porte.
— A vida está muito cara. A hora é de segurar os gastos.
Link:
http://oglobo.globo.com/economia/a-hora-a-vez-da-nova-classe-b-4884282?goback=%2Egde_1815498_member_114988629

domingo, 13 de maio de 2012

Governo estuda novas regras para facilitar portabilidade do crédito imobiliário

Monitor Mercantil, 09/mai

O Ministério da Fazenda confirmou que o governo estuda regras que facilitem a portabilidade do crédito imobiliário. A área técnica do governo está finalizando os estudos, mas não foi divulgada uma data para o anúncio das medidas com os ajustes na portabilidade. A alteração facilitaria a transferência de crédito imobiliário de um banco para outro que oferecesse mais vantagens para o mutuário. A portabilidade, segundo o Ministério da Fazenda, está em vigor desde setembro de 2006.
O assunto passou a ser destaque depois de o governo anunciar a nova regra para a caderneta de poupança, no último dia 3. A mudança estabeleceu alteração na remuneração da aplicação quando a taxa básica de juros, a Selic, estiver em 8,5% ao ano ou menor do que esse patamar. Nesse caso, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a Selic está em 9% ao ano. Assim, a remuneração continua sendo 0,5% ao mês mais a TR.
Para tentar esclarecer os poupadores, foi publicada uma lista com perguntas e respostas no site do ministério, incluindo as questões sobre o crédito imobiliário. O ministério procura esclarecer que "não há vinculação direta entre a alteração na remuneração dos novos depósitos de poupança e a redução nas taxas de juros dos financiamentos habitacionais já existentes, até porque estes são instrumentos juridicamente perfeitos que devem ser respeitados".
Por outro lado, o argumento do Ministério da Fazenda é que a redução nas taxas de juros da economia terminará incentivando os bancos a financiarem imóveis a taxas menores do que as dos contratos já firmados e, diante desse quadro, os mutuários devem exercem o direito de portabilidade. Como o governo anunciou a mudança no cálculo da poupança justamente para abrir caminho para uma eventual queda nos juros, os contratos antigos passarão a ser menos vantajosos à medida que as taxas ficarem menores.
No último dia 4, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, informou à Agência Brasil que a expectativa do governo é ter, daqui a alguns anos, uma taxa de juros que flutue entre 4% e 8%. De acordo com o boletim Focus do Banco Central (BC), a taxa básica de juros (Selic) que, como o nome diz, serve como base de cálculo para as demais taxas, terminará o ano em 8,5% ao ano. Os dados do documento, no entanto, refletem dados até o dia 4 de maio, quando começaram a valer as novas regras da poupança. O Comitê de Política Monetária do Banco Central deverá ser reunir nos próximos dias 29 e 30 de maio para definir a taxa básica de juros.
O Ministério da Fazenda também esclarece aos mutuários que a mudança na regra na caderneta de poupança não reduzirá o valor da prestação no financiamento da casa própria dos contratos já existentes. Isso porque os contratos de financiamento imobiliário, em sua maioria, apresentam uma taxa fixa, com correção do saldo devedor pela Taxa Referencial (TR) e não dependem diretamente da Selic, embora a mesma taxa tenha certa influência no valor da TR.
O Ministério da Fazenda garante que o risco de um eventual descasamento entre os ativos e passivos da fonte de recursos (funding) do financiamento imobiliários não será alterado, mas descarta a diminuição dos recursos para o crédito habitacional já que não há expectativa de queda no volume dos depósitos em poupança. No último dia 8, o Banco Central informou que a poupança teve melhor resultado para abril desde 2007, com os depósitos superando as retiradas em R$ 1,977 bilhão.

Link:

Veja perguntas e respostas sobre as mudanças na poupança

Governo mexeu nas regras da poupança; mudança vale desde 4 de maio.
Caderneta vai render menos se a taxa Selic for reduzida.


Mudanças na poupança 10.05d (Foto: Editoria de Arte/G1)
O governo federal mexeu nas regras da poupança. A mudança vale para os depósitos que forem feitos a partir do dia 4 de maio. Com a alteração, o atual piso de remuneração da mais tradicional modalidade de investimentos do país, de pelo menos 6,17% ao ano, que é assegurada desde 1861, poderá cair nos próximos meses.
Veja perguntas e respostas sobre a mudança:
Como era o rendimento da poupança?
A poupança "antiga" rendia 6,17% ao ano mais a variação da TR. O investimento na caderneta não paga imposto de renda e pode ser sacado a qualquer momento.
E como fica com as novas regras?
A poupança passa a render 70% da Selic mais a TR, sempre que essa taxa básica de juros estiver em 8,5% ao ano ou menos. A isenção do imposto de renda e a possibilidade de saque a qualquer momento continuam valendo.
O que são a TR e a Selic?
A TR é uma taxa calculada a partir da média de rendimento dos CDBs. Já a Selic é a chamada ‘taxa básica de juros da economia’, definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. Hoje, está em 9%.
Quando a regra passou a valer?
As regras valem para o dinheiro depositado na caderneta a partir de 4 de maio.
Mas a regra só vale se a Selic chegar em 8,5%, e agora está em 9%. Como funciona isso?
O dinheiro depositado a partir de 4 de maio vai render 6,17% mais TR, como na regra antiga, até que os juros caiam. Quando isso ocorrer, a remuneração desse dinheiro muda.
E como fica o dinheiro que eu já tenho na poupança?
Para esse dinheiro, não muda nada. O que foi depositado na poupança até 3 de maio continua rendendo 6,17% ao ano mais TR, independentemente do valor da taxa Selic.
Quando eu fizer um saque de uma poupança que eu já tenho, como fica?
Os saques serão feitos prioritariamente do ‘dinheiro novo’, isso é, do que entrou na conta depois da mudança de regras. O ‘dinheiro antigo’, de antes da mudança, só sai da conta se o ‘dinheiro novo’ não for suficiente.
Como o banco vai distinguir o que é depósito "novo" do que é depósito "antigo"?No extrato bancário, o banco será obrigado a apresentar ao poupador, em separado, o saldo da caderneta que está sob as regras antigas.
O que acontece com o rendimento do "dinheiro antigo"?
O rendimento referente aos valores depositados até 3 de maio será incorporado ao saldo da poupança "antiga" e passa a render segundo as regras antigas.
Por que o governo resolveu mudar as regras?
O objetivo é permitir a redução da taxa Selic. Como essa taxa é referência para as outras taxas de juros praticadas no país, a queda da Selic deve ajudar a reduzir os juros do crédito e incentivar o crescimento da economia.
O que a Selic tem a ver com a poupança?
Quando os juros caem, cai também o rendimento dos investimentos em renda fixa. Se a Selic cair mais, a renda fixa vai pagar menos que a poupança.
Qual o problema da renda fixa pagar menos que a poupança?
Se isso acontecer, os investidores tendem a sair da renda fixa e ir para a caderneta.
E por que o governo quer evitar a fuga da renda fixa?
A renda fixa ajuda a pagar as dívidas do governo. É como se o investidor estivesse emprestando para o governo. Se esse dinheiro "some", o governo não tem como pagar suas contas.
E se os poupadores evitarem da poupança? Isso também gera problemas?
Segundo especialistas, se houver uma saída em massa da poupança também pode haver problemas. Isso porque o dinheiro da caderneta é uma das principais fontes de recursos para o financiamento da compra de imóveis. Se esse dinheiro “secar”, pode ficar mais difícil financiar um imóvel.

Link:
http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2012/05/veja-perguntas-e-respostas-sobre-mudancas-na-poupanca.html?goback=%2Egde_2945925_member_114119560

sábado, 12 de maio de 2012

Preço de aluguel de escritório em SP supera o do Rio

O Estado de S.Paulo

As empresas nunca pagaram tão caro para alugar escritórios de alto padrão em São Paulo quanto no primeiro trimestre deste ano. É o que aponta pesquisa da consultoria Cushman & Wakefield. A disparada de 34% nos preços, na comparação com o mesmo período de 2011, levou São Paulo a superar o Rio de Janeiro como cidade mais cara para alugueis de escritórios pela primeira vez desde 2009.

Nos três primeiros meses do ano, o preço médio de locação de imóveis corporativos de alto padrão em São Paulo foi de R$ 123,7 por metro quadrado, o maior desde que a Cushman iniciou a pesquisa, em 1995. No Rio, os valores médios encerraram o primeiro trimestre em R$ 120,7/m², uma queda de 7,7% en relação aos três primeiros meses de 2011.
"A elevação de preços em São Paulo é um resultado do aquecimento deste mercado e da entrega de edifícios mais modernos, onde o aluguel é maior", disse a gerente de Pesquisa de Mercado para América do Sul da Cushman, Mariana Hanania.
A Cyrela Commercial Properties, por exemplo, conseguiu elevar seu preço médio em 14% no período com a entrega de imóveis mais modernos e com a renovação de contratos antigos, feita a cada três anos. "Mas tivemos casos na avenida Faria Lima em que o aluguel saltou de R$ 120 por m² para R$ 165", disse o presidente da empresa, Roberto Perroni. "O que puxa o mercado são as empresas que abrem escritórios na cidade e as que mudam para edifícios mais novos."
A queda dos valores no Rio se deve, segundo a executiva da Cushman, à entrega de um volume grande de imóveis na Barra da Tijuca. Neste bairro, os preço é menor que em outras regiões, como a Zona Sul e o Centro, levando a uma queda na média de valores de locação na cidade.
Oferta. Um número recorde de entregas de imóveis comerciais de alto padrão é esperado para o mercado brasileiro em 2012. A Cushman estima que as oito capitais pesquisadas por ela receberão 1 milhão de metros quadrados de escritórios, o dobro do ano passado.
O maior volume de entregas deve ser em São Paulo, de 498 mil m², segundo estimativas da Cushman. No primeiro trimestre, 22% desse montante chegou ao mercado. O resultado foi uma elevação da taxa de vacância para 11,7%, contra 6,9% no mesmo período de 2011. A metodologia da Cushman considera vagos os imóveis desocupados, mesmo que eles estejam pré-locados. "É um efeito pontual. Muitos prédios vazios já foram alugados", disse Mariana. / M.G.

Link:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,preco-de-aluguel-de-escritorio-em-sp-supera-o-do-rio-,871527,0.htm

ANULANDO A INDECISÃO

Ficar parado no meio de uma estrada é muito perigoso; você pode ser atropelado pelo trânsito em ambas as direções. Margaret Thatcher
S e você se encontra relutante nos seus esforços, os resultados que você irá obter refleti-rão, proporcionalmente, a sua indecisão. Em qualquer coisa que você tentar obter ou realizar, e nessa tentativa você demonstrar hesitação e falta de entusiasmo, as suas chances de ser bem su-cedido serão bastante reduzidas.

As suas indecisões estão dizendo algo de tremenda importância a você. Quando você se encontra sem entusiasmo, ao empreender uma ação, isso significa que você não está realmente comprometido com aquilo que você – pensa que – deseja alcançar.

Nunca existirá falta de ambição quando um objetivo é atraente o suficiente para ser al-cançado. Pare de tentar atingir os seus alvos se você está indeciso quanto ao seu propósito. Bus-que aqueles alvos que possam lhe manter empolgado a ponto de lhe tirar o sono em plena ma-drugada. Submeta esse propósito ao Senhor, faça de Deus o seu parceiro nesse empolgante proje-to e veja cair por terra toda e qualquer indecisão.
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor; é alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz. Tiago 1.5-8

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Imóvel na planta: conheça os prós e contras antes de comprar

  1.                                                                      A compra de imóveis na planta é uma boa opção para quem pode esperar de dois a três anos para receber a propriedade, quer pagar menos para ter a casa própria e não tem dinheiro para pagar a entrada do apartamento à vista, de acordo com especialistas. No entanto, não espere uma alta valorização, já que a alta desproporcional entre 2008 e 2012 faz com que os ganhos com esse tipo de investimento não sejam tão altos, dizem os analistas.

Imóvel na planta exige cuidados antes de comprar Imóvel na planta exige cuidados antes de comprar
Foto: Getty Images
  • A valorização dos preços médios do metro quadrado (m²) em São Paulo e Rio de Janeiro foi de 145,8% de 2008 a 2012, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Devido a essa valorização, pessoas que compraram imóveis na planta nas duas principais cidades do País em 2005, 2006 e 2007, para que fossem entregues dois ou três anos depois, tiveram ganho superior a 100%, conforme o professor da escola de negócios Anhembi Morumbi, Gustavo Ortega. "O mercado já visualiza uma estabilização do mercado, então os preços dos imóveis novos, na planta e usados não vão ficar mais tão diferentes. Então será preciso analisar o perfil do comprador para verificar qual a melhor opção para cada caso", disse.



Os imóveis na planta continuam sendo um bom negócio para quem não precisa de um imóvel imediatamente e pode esperar os dois ou três anos necessários para a conclusão da obra, de acordo com o economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Celso Petrucci. Essa também é uma boa opção também para quem quer um tempo maior para pagar o valor de entrada de imóvel, que varia entre 20 e 30%. "Quem compra o apartamento à vista paga esse valor de uma vez enquanto quem compra o apartamento na planta pode pagar durante todo o tempo da obra", diz Emílio Fugazza, diretor Financeiro da construtora Eztec.


Segundo Fugazza, outras variáveis devem ser consideradas pelo comprador na hora de optar por um imóvel na planta. Ele diz que, atualmente, apartamentos usados e novos com uma mesma planta (por exemplo, de 60 m²) costumam ter áreas de lazer muito diferentes. "As áreas externas (comuns) de um apartamento antigo eram, geralmente, de 20 a 30% do tamanho do imóvel, enquanto agora elas chegam a 60%", diz.


Dentre as desvantagens de comprar um imóvel na planta, Petrucci destaca o fato de que o comprador terá que demorar a se mudar (e esse prazo pode ficar ainda maior em caso de atrasos na obra) e o imóvel pode não ficar idêntico ao que foi oferecido. O comprador também deve ficar atento à idoneidade da construtora para não ter sustos e pagar e não receber o imóvel . "Hoje a legislação melhorou muito e protege o comprador. É difícil que ele tenha problemas com uma construtora se tomar alguns cuidados e verificar se a construção tem alvará, se ela foi registrada", diz Ortega.
O que olhar antes de comprar
Caso o consumidor resolva adquirir um imóvel na planta, deve ficar atento a alguns requisitos como idoneidade da empresa e qualidade do serviço prestado (e materiais utilizados) em empreendimentos anteriores, conforme o Procon.



De acordo com o órgão, antes da compra o consumidor deve procurar o síndico ou moradores de empreendimentos da mesma construtora para ver se não ocorreram problemas na obra. Outro passo é conferir na prefeitura, antes de efetuar qualquer pagamento inicial (reserva ou sinal), se a planta do imóvel foi aprovada e se a incorporação do empreendimento foi devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis. É importante olhar se o imóvel não está hipotecado e se plantas, áreas e metragem estão de acordo com as normas da prefeitura. O órgão esclarece ainda que é fundamental guardar todos os prospectos publicitários do imóvel, para garantir o cumprimento da oferta por parte da empresa.


O Procon recomenda também que um corretor de imóveis devidamente inscrito no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) auxilie os compradores antes que seja assinado o contrato de compra e venda. O comprador deve analise todas as cláusulas do contrato e, em caso de dúvidas, procurar órgão de defesa do consumidor ou de um advogado especializado. Após a assinatura, o contrato deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis, para garantia do negócio.
Correção
A correção dos apartamentos comprados na planta é feita pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em épocas de inflação e valorização grande dos imóveis, ele chegou a subir mais que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, o que representou um problema para os compradores. "A questão era a mesma de oferta e demanda. Quando os imóveis estavam com preços altos, as construtoras ampliaram os lançamentos e faltavam produtos no mercado, o que fez com que o índice subisse", diz. Mas o problema foi contornado e o índice está smiliar às inflação, de acordo com o economista do Secovi. "Essa preocupação com a alta do INCC foi maior na década de 90, agora ela não deve existir", diz.

Entenda
- A estabilização nos preços dos imóveis, que começou em 2011 e deve continuar pelos próximos anos, faz com que a lucratividade com os imóveis na planta tenha caído nesse ano.
- Mesmo assim, esses imóveis são uma boa opção para quem não precisa receber a propriedade imediatamente ou não tem o dinheiro para pagar á vista a entrada, de 20 a 30%.
- Para não ter surpresas, o comprador deve verificar a idoneidade da empresa e ir à prefeitura e ao cartório verificar se os dados fornecidos estão corretos.
- Apartamentos na planta geralmente tem uma área comum maior que a de apartamentos usados: 60% superior à área interna, enquanto no caso de usados é cerca de 30% superior.

Link:
http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201205101137_TRR_81187204

VENCENDO... AOS POUCOS

A perseverança sempre suplanta a perseguição. Andrew Martin
S e você pensa que irá continuamente acumular vitória sobre vitória, você não es-tá sendo realista. Sempre virão os desapontamentos em meio a sua jornada. Sucesso, porém, consiste na sua habilidade de rapidamente recuperar as perdas e seguir em frente na busca de um novo alvo.

Em tudo que você tentar realizar esteja certo de que irá enfrentar algum tipo de retrocesso. Mas não permita que o retrocesso paralise sua caminhada. Faz sentido au-mentar as perdas ao se permitir ser paralisado por elas? Obviamente que não. Aprenda com a sua perda; sim, você pode, na grande maioria das vezes, aprender muito mais com as suas perdas e derrotas do que com as suas vitórias. Após a lição aprendida, siga em frente com determinação e confiança.

Quando alguém lhe diz “não”, isso se transforma em um passo à frente rumo ao sucesso. Polidamente agradeça e vá bater em uma outra porta. Quando um acerto de negócio fracassa, vá para uma outra oportunidade com uma determinação ainda maior. Com os seus pensamentos, convicções e completa submissão a Deus, simplesmente não existe derrota duradoura. Saiba, porém, que ninguém pode ganhar todos os jogos. Mas qualquer pessoa pode ser uma vencedora simplesmente ao se recusar ser barrada pela derrota.
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Romanos 8.37

Isenção de imposto sobre venda de imóveis é aprovada

Quem vende um imóvel e utiliza o dinheiro para a compra de outro no prazo de um ano estará isento de imposto de renda incidente sobre eventuais ganhos obtidos nas transações, o chamado ganho de capital ou lucro imobiliário. Essa é a essência do relatório do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ao Projeto de Lei do Senado (PLS nº 21/2009), aprovado por unanimidade e em decisão terminativa nesta terça-feira (08/05) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados.

Ao duplicar o prazo atual de 180 dias para isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o senador Eduardo Suplicy explicou que os valores elevados dos imóveis residenciais e o número de pessoas envolvidas tornam a transação, em muitos casos, altamente complexa, não se resolvendo rapidamente. Aumentando o prazo de 180 dias para 365 dias, o mérito do projeto é garantir prazo necessário para que o vendedor do imóvel compre outro nesse período e fique isento do pagamento do imposto de renda sobre os valores.

Um exemplo comum ocorre quando uma pessoa compra um imóvel e depois que os filhos crescem decide vendê-lo. Pagou-se pela casa R$ 30 mil a vinte anos e vendeu por R$ 100 mil, o imposto apenas incidirá sobre a diferença, o ganho de capital de R$ 70 mil, desde que essa pessoa não adquira outro imóvel no período de 365 dias.

“Esse lucro auferido na venda não será tributado se a pessoa física adquirir outra casa em 365 dias e atende uma reivindicação antiga”, afirmou Suplicy.

Confira o relatório do senador Eduardo Suplicy

Link:
http://www.linkedin.com/news?viewArticle=&articleID=5606056819089735733&gid=1035637&type=member&item=114108393&articleURL=http%3A%2F%2Fwww%2Epublicidadeimobiliaria%2Ecom%2F2012%2F05%2Fisencao-de-imposto-sobre-venda-de%2Ehtml&urlhash=ISnI&goback=%2Egde_1035637_member_114108393

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Estadão: Queda dos juros só é boa para as construtoras

O crescimento do crédito imobiliário e os juros menores tornaram, num primeiro momento, mais fácil a compra um imóvel. Como contrapartida, os preços explodiram, fato que, para muitos especialistas, confirma a existência de uma bolha imobiliária. Nesse cenário, o consumidor menos informado aceitou assumir dívidas de prazos maiores para conseguir encaixar no orçamento, e relizar o justo sonho da casa própria. Contudo, linhas de crédito "a perder de vista" são uma armadilha. Na Caixa Econômica Federal, que acabou de reduzir o juro do crédito habitacional, o prazo médio dos financiamentos pulou de 18,3 anos para 25,3 anos de 2002 até este ano. Na ponta do lápis, mais parcelas a pagar não são sinônimo de bom negócio. A simulação a seguir mostra o porquê. Um imóvel de R$ 500 mil, com entrada de R$ 100 mil, juro anual de 9% e financiado em 20, 25 ou 30 anos. Entre o menor e o maior prazo, a diferença das prestações é de R$ 555 (R$ 3.994 e R$ 4.549, respectivamente). É um valor que decidirá se você assumirá (ou não) uma dívida por 10 anos a mais. "O consumidor opta por um prazo maior porque tem uma prestação menor e uma folga maior na renda", diz Rezende. A recomendação, contudo, é optar pelo menor prazo possível na hora de fechar um crédito imobiliário. Além de reduzir o gasto com o pagamento de juro, o comprador ainda terá uma margem de manobra para negociar com o banco, caso precise reduzir o valor da parcela no futuro. Essa escolha, porém, deve sempre respeitar o limite máximo de 30% para comprometimento da renda com o financiamento. Roy Martelanc, economista e professor da FEA-USP, afirma que o consumidor deve evitar a prática de apenas checar se a prestação cabe no bolso e passar a olhar para o prazo. "Não recomendo (o financiamento imobiliário de longo prazo), são anos de vida que você está pagando. Se possível, financie em menos tempo ou compre um imóvel menor", afirma. Comparação preocupante Para Eduardo Zylberstajn, economista da Fipe e coordenador do índice FipeZap, que mede o valor de apartamentos, "o Brasil está chegando hoje ao mesmo nível de nações desenvolvidas, como os Estados Unidos, onde o financiamento da moradia é uma dívida para o resto da vida". Lembrando que os EUA foram responsáveis pela mais recente e traumática Bolha Imobiliária da economia mundial, levando milhares de famílias e instituições financeiras à falência completa. Sinal de alerta O salto do preço dos imóveis já afeta também os consumidores mais endinheirados. Na Idea!Zarvos, empreiteira de imóveis de alto padrão, clientes que antes pagavam o imóvel à vista hoje optam pelo financiamento, conta o presidente da empresa, Otávio Zarvos. "Mas são prazos menores, de até 10 anos", ressalta. http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,parcelar-imovel-no-longo-prazo-nao-e-vantajoso,111066,0.htm#?reload=y

Mercado imobiliário vive bolha ou ‘calo’?

Eduardo Zylberstajn* SÃO PAULO - Há mais de ano discute-se a formação de uma bolha imobiliária no Brasil. Boa parte dos argumentos que podem confirmar ou não essa bolha já são amplamente conhecidos, mas a dúvida persiste. Uma definição amplamente utilizada para bolha é uma situação de preços descolados dos fundamentos. O debate e a falta de uma resposta única surgem porque o problema é justamente como medir corretamente os fundamentos. Qual o valor justo de um ativo? No caso dos imóveis no Brasil, o problema é ainda mais grave, porque as estatísticas confiáveis do setor são assustadoramente escassas. Para auxiliar o acompanhamento do mercado, a Fipe lançou há pouco mais de um ano o Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados. São cerca de 150 mil anúncios válidos por mês para medir a variação do preço do metro quadrado em 7 regiões do país, coletados na internet. É fato que o preço anunciado não é o mesmo do que o transacionado, mas é bastante razoável assumir que, ao menos no médio e no longo prazo, esses valores têm a mesma tendência. Além disso, é muito difícil observar com precisão preços dos imóveis. A informalidade e a (falta de) estrutura de boa parte das imobiliárias impedem a coleta sistematizada dessas informações. Os bancos, por sua vez, mantêm registros fidedignos dos imóveis financiados, mas atendem apenas uma parcela do mercado (cerca de 50% das vendas) e utilizam, muitas vezes, os valores de avaliações e não necessariamente o preço acordado entre compradores e vendedores. Em suma: não existe uma fonte de dados perfeita. Cabe também mencionar que a iniciativa do FipeZap não é inédita. Há outras experiências com índices de preços de oferta, como o Home Asking Price Index, da Inglaterra, e o FotoCasa, da Espanha. Este último, aliás, detectou o estouro da bolha espanhola antes do índice oficial, porque os preços anunciados estão disponíveis aos institutos de pesquisa meses antes do registro oficial das transações. Os anúncios têm também outra grande vantagem: permitem o acompanhamento do preço para novos aluguéis. Utilizando esta fonte de dados, podemos medir a rentabilidade de se investir em imóveis, obtida por uma pessoa que escolhe comprar um imóvel e alugá-lo ao invés de investir em outro ativo. Essa taxa permite inferir se o preço dos imóveis está alto ou baixo, já que compara o preço de venda do ativo (o imóvel) com o retorno financeiro que ele propicia. Se a rentabilidade do aluguel fosse alta (20% ao ano, por exemplo) as pessoas prefeririam comprar imóveis e alugá-los a terceiros ao invés de aplicar o dinheiro em títulos do governo. Por outro lado, se a rentabilidade do aluguel fosse baixa, como 1% ao ano, as pessoas prefeririam vender seus imóveis, aplicar o dinheiro e viver em imóveis alugados. Se a rentabilidade do aluguel for baixa, trata-se provavelmente de uma sitação de preços de venda inflados - a temida bolha. Em São Paulo, a taxa de rentabilidade do aluguel corresponde a aproximadamente 6% ao ano, segundo os dados do FipeZap. Muitos especialistas em finanças comparam esse número com a taxa Selic ou com a poupança e concluem que vivemos uma bolha. A suspeita é reforçada ainda mais se considerarmos que essa taxa vem caindo desde 2008, quando era de 9%, o que significa que o preço para venda aumentou mais do que o do aluguel. O problema com essa análise é que ela compara coisas diferentes: um rendimento real (que despreza a inflação) com um rendimento nominal. Para ilustrar isso, imaginemos o seguinte: o leitor compra um imóvel hoje e espera apenas que ele mantenha seu valor real ao longo dos próximos anos (o preço subirá de acordo com a inflação). O aluguel desse imóvel também seria reajustado de acordo com a inflação, pois os contratos costumam ser indexados. Assim, o aluguel seria um rendimento real. Para compará-lo com outros rendimentos, teríamos que considerar o rendimento real e não o nominal. O gráfico abaixo compara a rentabilidade do aluguel com a taxa de juros média dos financiamentos imobiliários descontada a expectativa de inflação futura, desde janeiro de 2008. É notável como a tendência das duas curvas é a mesma, apesar dos juros serem mais voláteis.
O gráfico mostra duas coisas. Primeiro, reforça o argumento de que o aumento nos preços de venda dos imóveis dos anos recentes se deve principalmente a novas condições, muito mais favoráveis, de crédito. Segundo, que atualmente há um descolamento de cerca de 1% ao ano entre os juros reais para financiamento imobiliário e a taxa do aluguel. Para que os pontos finais das duas linhas voltem a se encontrar, há três possibilidades: uma queda no preço de venda dos imóveis de cerca de 15%, um aumento nos preços do aluguel de cerca de 18% ou, ainda, uma queda nos juros reais do financiamento imobiliário de algo perto de 1%. Cabe a ressalva de que a taxa de juros utilizada como referência é, provavelmente, maior do que a taxa média efetivamente praticada no mercado, porque diz respeito aos financiamentos que têm os maiores juros. De todo modo, os dados mostram que para responder se vivemos ou não uma bolha imobiliária, precisamos responder na verdade se as condições atuais de crédito imobiliário são sustentáveis. Se não forem, então uma correção um pouco mais forte nos preços pode surgir no momento em que o crédito se deteriorar. Se forem, no pior dos casos estamos em uma situação de preços de imóveis um pouco acima do seu valor fundamental. Chamar essa situação de bolha pode então ser um exagero alarmista, esse sim sem fundamentos. Seria um caso mais simples, não de uma bolha - talvez apenas um ‘calo’. Link da matéria: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,mercado-imobiliario-vive-bolha-ou-calo,111068,0.htm&goback=.gde_2945925_member_112471772?reload=y

Construtoras disparam: Nova poupança dá fôlego ao setor

As ações do setor imobiliário na Bolsa dispararam ontem, com os investidores antecipando as novas regras para remuneração das cadernetas de poupança. Dentre as dez maiores altas do índice Ibovespa, seis foram de construtoras. As ações da Gafisa (GFSA3) encerraram o dia em alta de 7,36%, a maior valorização do Ibovespa. A nova poupança, válida apenas para depósitos a partir de hoje, tem o rendimento da taxa Selic, com um redutor de 70%, mais TR, quando a Selic ficar igual ou abaixo de 8,5% ao ano. Hoje a Selic está em 9% ao ano. O estoque passado, ou seja, os depósitos em poupança até ontem, continuam remunerados à taxa de 6,17% ao ano, mais TR, mesmo com a queda da Selic. A poupança é uma grande fonte de recursos para os bancos financiarem a aquisição de imóveis no Brasil. Para o governo, taxas menores de captação para os bancos, através da nova poupança, devem refletir nas taxas de juros cobradas a quem financiar imóveis. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ambos controlados pelo governo, anunciaram para hoje a divulgação de taxas reduzidas para financiamentos. Fonte:ADVFN Newsletter

quinta-feira, 3 de maio de 2012

UMA OUTRA PORTA

Quando uma porta de repente bate a sua frente, isso lhe força a buscar e abrir uma nova porta. Por detrás daquela porta pode estar um grande e maravilhoso mundo cheio de riquezas ainda desconhecidas. Jim Goodman Q uando o seu caminho está bloqueado, chances muito fortes existem de que você está diante de uma grande oportunidade. Quando as coisas não saem como você planejou, essa mesma circunstância pode lhe colocar diante de algo que você jamais imaginou que poderia estar. A realidade é que quando as coisas vão muito bem, a sua tendência é de não se aventurar para longe daquilo que lhe é familiar e confortável. Porém quando você se depara diante de uma parede, isso pode lhe desafiar a uma performance mais elevada. Os desafios são as maneiras de a vida lhe mostrar que você pode ser mais forte, mais capaz, mais criativo e mais focalizado do que você nunca imaginou que pudesse ser. Quando a vida não caminha da maneira que você deseja, essa é uma excelente oportunidade – pela graça de Deus – de conhecer uma outra porta. Nélio DaSilva Para Meditação: Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar. Josué 1:9