domingo, 30 de janeiro de 2011

Imóveis com dois dormitórios são foco da classe média

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC

O mercado imobiliário tem refletido por meio dos últimos balanços o bom momento do setor. Para se ter ideia, de janeiro a novembro do ano passado foram comercializadas 31 mil unidades residenciais novas na cidade de São Paulo - número bem próximo ao registrado no mesmo período de 2009, de 30 mil moradias. As unidades de dois quartos registraram aproximadamente 40% do total das vendas, seguidas por imóveis de três e quatro dormitórios com, respectivamente, 32% e 17%. Já os de um quarto representaram 11%.

O levantamento, realizado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação), prevê que 2010 fechará com aproximadamente 36 mil unidades comercializadas. Esse volume só não foi maior devido às dificuldades de as empresas lançarem empreendimentos - especialmente pela escassez de terrenos em condições favoráveis para a incorporação, principalmente.



Para João Crestana, presidente do Secovi-SP, a diminuição de lançamentos "reforça a necessidade cada vez maior de o poder público e a iniciativa privada estudarem a metrópole de maneira estratégica."

GRANDE SÃO PAULO - A RMSP (Região Metropolitana de São Paulo) - que engloba o Grande ABC - foi responsável pela venda de 58 mil imóveis novos. A Capital participou com 53% desse montante, ou seja, 31 mil unidades, entre janeiro e novembro do ano passado. No mesmo período, os lançamentos na Região Metropolitana totalizaram 57 mil unidades.

Vale lembrar que o último estudo divulgado pela Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC) - de janeiro a setembro de 2010 - mostra que foram lançadas 6.124 unidades na região, contra 3.187 no mesmo período de 2009.

No que diz respeito às vendas, foram comercializadas 4.540 moradias, de janeiro a setembro de 2010. Desse total, 58,85% das comercializações foram de imóveis com três dormitórios; 26,39% de dois quartos e 14,76% das residências com quatro quartos.

PERSPECTIVAS - O mercado imobiliário no Grande ABC tem fôlego para se manter aquecido (o que significa dizer ativo e dinâmico) nos próximos três anos, segundo a Acigabc.

Para o vice-presidente do Secovi-SP do Interior (que responde pela região), Flavio Amary, o crescimento do mercado imobiliário pode ir além e manter expansão nos próximos seis anos. "Com o deficit habitacional que temos, possivelmente, temos que abastecer, ainda, muitas famílias."

Além disso, segundo o executivo, a classe média representa mais da metade da população do País, atualmente. A expansão do crédito, as taxas de juros acessíveis para aquisição de moradias - que ele estima girarem 8,6% mais TR (Taxa Referencial) até 10,5% mais TR ao ano - e os prazos de até 30 anos para o pagamento são fatores que vão de encontro a esta classe.

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