Não há dúvidas de que o mercado imobiliário, nas grandes metrópoles, e particularmente em São Paulo, vive um momento ímpar. O aquecimento está por todos os lados, atingindo diversos perfis de imóveis e extrapolando as fronteiras das regiões e bairros tradicionalmente mais bem valorizados. Quem investiu em imóveis nos últimos dois anos, a não ser que tenha feito uma escolha extremamente equivocada, fez um ótimo negócio.
Faz parte do senso comum pensar em imóveis como investimento seguro. A ressalva que até hoje se fazia era relativa à falta de liquidez neste mercado, argumento em certo ponto discutível, uma vez que a velocidade de uma transação imobiliária irá depender da demanda, do perfil da unidade escolhida, de sua localização e conservação. Ou seja, é possível obter liquidez, desde que se invista corretamente.
A realidade, agora, mudou, e para melhor. O mercado tornou-se muito mais dinâmico, ampliando as possibilidades de investimento, seja para quem procura obter rendimento extra por intermédio da locação imobiliária, para os que querem comprar para revender ou mesmo para aqueles que buscam uma nova casa para morar, já que estarão assegurando um patrimônio próprio em seu nome.
O fato mais concreto e sintomático deste novo mercado talvez seja o expressivo crescimento das ofertas imobiliárias na planta e, principalmente, do aumento das vendas de imóveis residenciais usados. O aumento do poder aquisitivo e a ampliação da oferta de crédito pelos bancos alavancaram novos negócios. Além disso, muitas pessoas compraram imóveis como opção de investimento, uma vez que houve queda da rentabilidade dos fundos de renda fixa e turbulência nas bolsas de valores.
Houve, ainda, incremento nas vendas de imóveis comerciais, com ênfase em salas e conjuntos, além de lojas, salões e casas, refletindo a retomada da economia após um período de incertezas entre o final de 2008 e o início de 2009. A expansão de clínicas médicas e odontológicas, além de escritórios nas mais diversas áreas, contribuiu para este cenário.
Toda esta movimentação está atrelada, em grande parte, à percepção dos investidores quanto à boa rentabilidade das locações. No caso de imóveis comerciais, o valor do aluguel,, dependendo do perfil e da localização, pode atingir até 1% do seu valor de venda. Trata-se de uma opção extremamente atrativa.
Entre os imóveis residenciais, uma novidade: a escassez da oferta de apartamentos de um ou dois dormitórios aqueceu a demanda por unidades de três cômodos, inclusive em regiões mais afastadas do centro, ampliando os horizontes da valorização imobiliária.
A esta conjuntura favorável soma-se a maior facilidade com que as pessoas interessadas em alugar um imóvel em São Paulo estão conseguindo comprovar renda e, com isso, ter suas fichas aprovadas mais rapidamente no processo de fechamento dos contratos de locação residencial, o que acelerou ainda mais o fechamento de novos negócios no último ano.
A velocidade com que novos contratos de locação são firmados é outro fator determinante que vem atraindo investidores ao mercado imobiliário. A demanda aquecida faz com que unidades residenciais em bom estado de conservação, bem localizadas, sejam alugadas em períodos que por vezes não chegam a ultrapassar 15 dias após o anúncio da oferta.
A situação atual da alta demanda imobiliária, especialmente na área de locação, se deve à ascensão da classe C. Casais novos e pessoas que estão no início de sua atividade econômica buscam moradia, alguns se arriscam no financiamento imobiliário para aquisição da casa própria, e outros que preferem o aluguel como opção para ficarem próximos ao local de trabalho ou no mesmo bairro da família.
Acreditamos que 2011 será um ano de consolidação desta nova conjuntura do mercado imobiliário. As boas perspectivas da economia, o aumento do emprego formal, a oferta de crédito abundante, a expansão das empresas e dos negócios, o bom momento da construção civil e a estabilidade da legislação que regula a compra, venda e locação de imóveis são indicativos de bons ventos, ainda melhores do que já estamos vivenciando, para proprietários, inquilinos e investidores.
Fonte DCI
domingo, 30 de janeiro de 2011
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