Na capital paulista, as vendas de residenciais devem fechar o ano em queda de 10% em relação a 2010, indica projeção do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).
A tendência de queda se confirma com o aumento do estoque de imóveis, que passou de 12 mil unidades em 2010 para 14 mil unidades em 2011, segundo dados da instituição.
Para Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, a queda relativa se deve ao aumento explosivo da comercialização nos últimos dois anos.
"Em 2009 e 2010, os estoques baixaram muito em relação aos anos anteriores. Desde 2004, a cidade sempre ficou com estoque entre 15 mil e 20 mil unidades", analisa.
Para ele, o estoque atual está abaixo do necessário para baixar o preço real mercado da cidade.
Outro motivo da desaceleração seria o aumento dos preços, muito acima do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da cidade de São Paulo.
O acumulado do índice de preços de dezembro de 2010 até novembro deste ano foi de 5,7%.
Já o aumento do preço do m² na capital paulista -que hoje é o segundo maior do Brasil e alcança média de R$ 6.273- aumentou 24% em relação ao valor de 2010, segundo dados da consultoria imobiliária Geoimovel.
2012: CLASSES MAIS ALTAS
Sobre o ano que vem, Petrucci acredita ser "muito difícil haver queda de preço".
"Para isso acontecer, a economia teria de estar muito ruim. Não acreditamos nisso nem no curto nem no médio prazo", prevê.
No entanto, haverá mudança na aposta das construtoras, que apostarão menos na chamada "nova classe média".
"Nos anos 2008, 2009 e 2010 todo mundo se focou em produtos mais econômicos. O que se percebe agora é que os esforços estão voltados para segmentos voltados às classe média alta e classe alta", diz Petrucci.
Fonte:Folha on line
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