domingo, 1 de abril de 2012

Quanto vale a vaga

FABÍOLA BINAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Diferentemente de localização, metragem e outros quesitos que são motivo de pesquisa e discussão no momento de comprar ou alugar um imóvel, vagas na garagem não costumam receber tanta reflexão.

Não porque não sejam importantes, mas porque ter um espaço para guardar o carro, há muito tempo, tornou-se item básico de sobrevivência para a maioria dos paulistanos.

Simon Plestenjak - 29.mar.12/Folhapress

O advogado Fernando Zito, que comprou uma vaga extra de garagem e viu seu imóvel, em São Paulo, se valorizar
Uma pesquisa da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo) atesta o efeito da cultura do automóvel na cidade e seu impacto no setor imobiliário.

No anos 1930, a área destinada a garagens era próxima de zero em relação à área total construída. A partir dos anos 1990, as vagas para passaram a ocupar 25% da área total, índice que se mantém até hoje.

"Como as pessoas dependem do carro, a maior parte dos lançamentos residenciais tem garagem. Se, na mesma região, um imóvel tem garagem e outro não, pode ter certeza de que o primeiro será procurado e vendido muito mais rapidamente", afirma Claudio Tavares de Alencar, professor do núcleo de Real Estate da Poli.

Ao se casar, o advogado Fernando Zito, 32, comprou um apartamento de dois dormitórios com uma vaga e foi surpreendido por uma proposta da construtora, que lhe ofereceu espaço para mais um carro, caso ele aceitasse pagar mais por isso.

"Precisávamos de um lugar para o carro da minha mulher", lembra o advogado, que desembolsou cerca de R$ 15 mil pela vaga extra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ao fazer comentário clique na opção conta do google ou anônimo para realizar o comentário