Brasil Econômico, Ana Paula Ribeiro, 23/fev
Instituição pública, que já era líder do segmento, aumentou participação no financiamento no ano passado
O aprimoramento dos processos internos e a redução dos prazos para a liberação dos recursos são as armas das instituições privadas para tentar tirar mercado da Caixa Econômica Federal no financiamento imobiliário. Em 2010, o banco público elevou para 76,05% a sua fatia no crédito imobiliário, ante 74,9% do ano anterior.
Esse crédito possui margens financeiras inferiores ao de outras modalidades. No entanto, é interessante aos bancos porque possibilita a fidelização do cliente durante o prazo do contrato, que pode chegar a 30 anos. O mutuário, além do financiamento para compra do imóvel, tende a adquirir outros produtos e serviços, como seguro residencial e crédito pessoal.
Além da importância comercial, o presidente da Associação Brasileira das Entidades de CrédiPronto! Imobiliário e Poupança (Abecip), Luiz França, lembra que uma maior pulverização nessa modalidade de financiamento é importante para o desenvolvimento do setor. "Um mercado irrigado e com grande número de agentes é bom para a população, Todo mundo está trabalhando para elevar a participação", diz.
Elevar essa participação significa ser mais agressivo nas concessões das linhas de crédito com recursos da caderneta de poupança, principal fonte de financiamento do setor e que possibilita margens maiores. A outra fonte é o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas esses recursos são limitados às famílias com renda de até R$ 4,9 mil mensais, valor abaixo do que alguns bancos querem atingir.
Objetivos
O Banco do Brasil é novato neste mercado, entrou em 2008, e espera estar entre os três principais fomentadores do crédito imobiliário até 2014. Neste ano, o objetivo é dobrar a carteira de financiamento para a compra da casa própria para R$ 6,8 bilhões. Para conseguir isso, o banco aposta nas parcerias com grandes construtoras.
O vice-presidente da instituição, Paulo Rogério Caffarelli, explica que o mercado em geral possui 60% da carteira destinada a pessoa física e 40% para construtoras. "Hoje temos só 15% de pessoas jurídicas, mas achamos que o ideal é chegar a 60%", diz.
Além de parcerias com grandes construtoras, os bancos também tentam se aproximar dos clientes ainda no momento da procura pelo imóvel. Foi essa razão que motivou o Itaú a fechar parceria com a Lopes e criar a CrediPronto!. Em outubro do ano passado, o HSBC fechou acordo com a empresa de intermediação imobiliária Brasil Brokers.
Outro passo é dar maior agilidade à liberação de recursos. Para isso, a CrediPronto!, por exemplo, implementa um processo de digitalização de documentos. Hoje, o consultor, mesmo que fora de São Paulo, precisa enviar a documentação do pretendente ao crédito para a área de análise, o que pode demorar alguns dias. Esse processo , será feito de forma digital. A implementação será gradual, a partir do interior paulista. "A velocidade na liberação do financiamento é importante porque nosso cliente enxerga isso como um atendimento diferenciado", diz Bruno Gama, diretor da CrediPronto!.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Preço de imóveis tende à estabilidade
Valor Econômico, Daniela D'Ambrosio, 25/fev
Leigos e especialistas, mutuários, investidores e bancos: no mercado imobiliário, a dúvida é uma só. Os preços já chegaram ao limite ou ainda há espaço para novas altas? De maneira geral, começam a aparecer os primeiros sinais de estabilidade nos preços dos imóveis. Ainda são pontuais os casos de queda, mas é consenso que a vertiginosa escalada de preços dos últimos 18 meses não será mantida.
Se antes os preços mais elevados estavam restritos a bolsões de bairros nobres, como Vila Nova Conceição em São Paulo, Leblon, no Rio, e Plano Piloto, em Brasília, agora já chegam a outras localidades. Em São Paulo, há o residencial nas Perdizes, bairro que ascendeu com a classe média, sendo lançado a mais R$ 9 mil e sala comercial na Vergueiro, zona sul, a R$ 13 mil o metro quadrado. Quanto irão custar esses imóveis quando estiverem prontos, considerando-se apenas a correção do INCC?
João da Rocha Lima Jr, consultor e membro do núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP defende que o INCC, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, não reflete a realidade do setor -, mesma ponderação já feita pela Cyrela na divulgação de resultados do terceiro trimestre. "O INCC não protege inteiramente o incorporador, então, ele coloca um preço um maior para cobrir o risco de possíveis aumentos de insumo ou mão de obra durante a construção", diz Lima Jr. "O preço está alto por pressão de custos, não há especulação, nem bolha, mas claro que há exageros", diz. Segundo os incorporadores, a pressão maior vem dos preços de terrenos.
Segundo o professor da USP e fontes do setor, há muito teste no mercado imobiliário - empresas de vendas e algumas incorporadoras puxam o preço até o máximo que julgam que determinada região possa alcançar. Mas, segundo o Valor apurou, a parti do quarto trimestre de 2010 - quando houve excesso de oferta para justificar as projeções de lançamentos de companhias abertas - começaram a surgir casos de reajuste de tabelas. Construtoras perceberam queda na velocidade de vendas, um dos principais termômetros do setor devido ao preço elevado.
"Se seguíssemos o preço que as imobiliárias indicavam, estaríamos com o produto parado", diz executivo de uma empresa que lançou imóvel na Vila Olímpia a R$ 10,5 mil o m2 e a sugestão da empresa de vendas era que chegasse a R$ 13 mil. "Conheço a região e sei que aquele preço era alta demais."
A combinação quase perfeita entre aumento de renda e oferta de crédito trouxe para o mercado uma massa de compradores que ficou excluída por muito tempo. O efeito imediato foi um aumento importante da demanda. Houve muitos lançamentos entre 2007 e meados de 2008 - intervalo entre a rodada de abertura de capital e a crise financeira mundial - e, em seguida, as empresas frearam bruscamente. "Quando o mercado voltou, havia pouca oferta e os preços naturalmente subiram", diz Guilherme Vilazante, analista do Barclays Capital. "Os incorporadores ficaram animados com velocidade de vendas muito alta, tudo o que colocavam vendia rápido e a oferta voltou a crescer", afirma. Na sua opinião, a tendência é que os preços se estabilizem a partir de agora. "Em 2009 e 2010, as velocidades de vendas estavam distorcidas para cima. "
O executivo de uma das grandes companhias abertas vai na mesma direção: na sua opinião, a velocidade de vendas de 2011 vai ser menor que a do ano passado, embora ainda se mantenha em níveis altos, acima de 25% no trimestre. A companhia não baixou preços, mas também não projeta aumentos reais para o ano, somente ajuste pelo INCC. Klausner Monteiro, diretor nacional de vendas da Rossi, avalia que não houve aumento, mas um processo de recuperação dos preços nos últimos anos. "Agora, o preço vai se ajustar à oferta e a tendência é de estabilidade."
Para Cesar Worms, CEO da BN Corp (joint venture entre a construtora Bueno Netto e Bank of America na área de imóveis comerciais), os preços não vão cair, mas já chegaram no topo. "É uma questão de percepção de valor, o mercado leva cada vez menos desaforo", diz. "Nós, incorporadores, teremos que fazer uma gestão da incorporação mais eficiente". Para Worms, aumento de custos fora da curva, podem não ser absorvidos.
Um investidor imobiliário que compra imóveis na planta para vender depois de prontos, desistiu do negócio recentemente. "O upside que eu poderia ter ficou todo na mão do incorporador", diz. Também parou de comprar salas comerciais. "No preço que estão lançando e o preço que eu vou receber pelo aluguel, a conta não fecha", diz. É consenso no mercado que o aluguel de escritórios pequenos não sobe na mesma proporção.
Já o diretor financeiro de uma companhia aberta vai na contramão do setor e defende que, sim, ainda há espaço para altas, principalmente nas regiões mais nobres de São Paulo. Na sua avaliação, com o aumento da renda, há uma tendência natural de as pessoas se aproximarem das regiões melhores. "Quem está na Barra Funda, vai para Perdizes e quem está em Pirituba, vai para a Barra Funda, retroalimentando o mercado", afirma ele.
A margem das empresas está subindo. Ao final de 2008, a margem líquida média das abertas era de 10%. Ao final de 2009, havia subido para 14%. No terceiro trimestre do ano passado, últimos dados disponíveis, a margem líquida do setor estava em 15%.
Leigos e especialistas, mutuários, investidores e bancos: no mercado imobiliário, a dúvida é uma só. Os preços já chegaram ao limite ou ainda há espaço para novas altas? De maneira geral, começam a aparecer os primeiros sinais de estabilidade nos preços dos imóveis. Ainda são pontuais os casos de queda, mas é consenso que a vertiginosa escalada de preços dos últimos 18 meses não será mantida.
Se antes os preços mais elevados estavam restritos a bolsões de bairros nobres, como Vila Nova Conceição em São Paulo, Leblon, no Rio, e Plano Piloto, em Brasília, agora já chegam a outras localidades. Em São Paulo, há o residencial nas Perdizes, bairro que ascendeu com a classe média, sendo lançado a mais R$ 9 mil e sala comercial na Vergueiro, zona sul, a R$ 13 mil o metro quadrado. Quanto irão custar esses imóveis quando estiverem prontos, considerando-se apenas a correção do INCC?
João da Rocha Lima Jr, consultor e membro do núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP defende que o INCC, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, não reflete a realidade do setor -, mesma ponderação já feita pela Cyrela na divulgação de resultados do terceiro trimestre. "O INCC não protege inteiramente o incorporador, então, ele coloca um preço um maior para cobrir o risco de possíveis aumentos de insumo ou mão de obra durante a construção", diz Lima Jr. "O preço está alto por pressão de custos, não há especulação, nem bolha, mas claro que há exageros", diz. Segundo os incorporadores, a pressão maior vem dos preços de terrenos.
Segundo o professor da USP e fontes do setor, há muito teste no mercado imobiliário - empresas de vendas e algumas incorporadoras puxam o preço até o máximo que julgam que determinada região possa alcançar. Mas, segundo o Valor apurou, a parti do quarto trimestre de 2010 - quando houve excesso de oferta para justificar as projeções de lançamentos de companhias abertas - começaram a surgir casos de reajuste de tabelas. Construtoras perceberam queda na velocidade de vendas, um dos principais termômetros do setor devido ao preço elevado.
"Se seguíssemos o preço que as imobiliárias indicavam, estaríamos com o produto parado", diz executivo de uma empresa que lançou imóvel na Vila Olímpia a R$ 10,5 mil o m2 e a sugestão da empresa de vendas era que chegasse a R$ 13 mil. "Conheço a região e sei que aquele preço era alta demais."
A combinação quase perfeita entre aumento de renda e oferta de crédito trouxe para o mercado uma massa de compradores que ficou excluída por muito tempo. O efeito imediato foi um aumento importante da demanda. Houve muitos lançamentos entre 2007 e meados de 2008 - intervalo entre a rodada de abertura de capital e a crise financeira mundial - e, em seguida, as empresas frearam bruscamente. "Quando o mercado voltou, havia pouca oferta e os preços naturalmente subiram", diz Guilherme Vilazante, analista do Barclays Capital. "Os incorporadores ficaram animados com velocidade de vendas muito alta, tudo o que colocavam vendia rápido e a oferta voltou a crescer", afirma. Na sua opinião, a tendência é que os preços se estabilizem a partir de agora. "Em 2009 e 2010, as velocidades de vendas estavam distorcidas para cima. "
O executivo de uma das grandes companhias abertas vai na mesma direção: na sua opinião, a velocidade de vendas de 2011 vai ser menor que a do ano passado, embora ainda se mantenha em níveis altos, acima de 25% no trimestre. A companhia não baixou preços, mas também não projeta aumentos reais para o ano, somente ajuste pelo INCC. Klausner Monteiro, diretor nacional de vendas da Rossi, avalia que não houve aumento, mas um processo de recuperação dos preços nos últimos anos. "Agora, o preço vai se ajustar à oferta e a tendência é de estabilidade."
Para Cesar Worms, CEO da BN Corp (joint venture entre a construtora Bueno Netto e Bank of America na área de imóveis comerciais), os preços não vão cair, mas já chegaram no topo. "É uma questão de percepção de valor, o mercado leva cada vez menos desaforo", diz. "Nós, incorporadores, teremos que fazer uma gestão da incorporação mais eficiente". Para Worms, aumento de custos fora da curva, podem não ser absorvidos.
Um investidor imobiliário que compra imóveis na planta para vender depois de prontos, desistiu do negócio recentemente. "O upside que eu poderia ter ficou todo na mão do incorporador", diz. Também parou de comprar salas comerciais. "No preço que estão lançando e o preço que eu vou receber pelo aluguel, a conta não fecha", diz. É consenso no mercado que o aluguel de escritórios pequenos não sobe na mesma proporção.
Já o diretor financeiro de uma companhia aberta vai na contramão do setor e defende que, sim, ainda há espaço para altas, principalmente nas regiões mais nobres de São Paulo. Na sua avaliação, com o aumento da renda, há uma tendência natural de as pessoas se aproximarem das regiões melhores. "Quem está na Barra Funda, vai para Perdizes e quem está em Pirituba, vai para a Barra Funda, retroalimentando o mercado", afirma ele.
A margem das empresas está subindo. Ao final de 2008, a margem líquida média das abertas era de 10%. Ao final de 2009, havia subido para 14%. No terceiro trimestre do ano passado, últimos dados disponíveis, a margem líquida do setor estava em 15%.
TANTO A SEU FAVOR
Valorize e aprecie tudo o que você tem e tudo que você é, não importa quão modesto e insignificante possa parecer, pois tudo o que você tem é tudo o que você precisa para ser o que você deseja ser. Parker Mills
A tendência de concentrar a atenção naquilo que lhe falta é tremenda, se comparada com a atenção dada àquilo que você já possui. A questão, entretanto, não diz respeito a quão poucos são os recursos que você tem nas mãos. O que realmente importa é o que você vai fazer com aquilo que hoje você tem à sua disposição.
Encare o dia de hoje como um novo marco na sua vida, e saiba que existe um caminho real e perfeitamente alcançável, capaz de levá-lo em direção aos seus mais acalentados sonhos. A melhor coisa que você pode fazer hoje é dar o primeiro passo em direção a esse caminho.
Os primeiros passos podem parecer pequenos demais, muito diminutos aos seus olhos, mas são ainda assim passos positivos. Você hoje – quer creia nisso ou não – já tem muito a seu favor. Uma vez que você se apossa daquilo que Deus graciosamente lhe deu e se torna um bom administrador dessa preciosa dádiva, os resultados não poderão ser outros, a não ser levá-lo a um nível muito mais elevado de vida. Veja o que você já tem, focalize-se no positivo em vez de no negativo, e a sua trajetória de vida irá surpreendê-lo – para muito melhor.
Nélio DaSilva
Para Meditação:
A terra deu o seu fruto, e Deus, o nosso Deus, nos abençoa. Salmos 67:6
A tendência de concentrar a atenção naquilo que lhe falta é tremenda, se comparada com a atenção dada àquilo que você já possui. A questão, entretanto, não diz respeito a quão poucos são os recursos que você tem nas mãos. O que realmente importa é o que você vai fazer com aquilo que hoje você tem à sua disposição.
Encare o dia de hoje como um novo marco na sua vida, e saiba que existe um caminho real e perfeitamente alcançável, capaz de levá-lo em direção aos seus mais acalentados sonhos. A melhor coisa que você pode fazer hoje é dar o primeiro passo em direção a esse caminho.
Os primeiros passos podem parecer pequenos demais, muito diminutos aos seus olhos, mas são ainda assim passos positivos. Você hoje – quer creia nisso ou não – já tem muito a seu favor. Uma vez que você se apossa daquilo que Deus graciosamente lhe deu e se torna um bom administrador dessa preciosa dádiva, os resultados não poderão ser outros, a não ser levá-lo a um nível muito mais elevado de vida. Veja o que você já tem, focalize-se no positivo em vez de no negativo, e a sua trajetória de vida irá surpreendê-lo – para muito melhor.
Nélio DaSilva
Para Meditação:
A terra deu o seu fruto, e Deus, o nosso Deus, nos abençoa. Salmos 67:6
Lá vem o sol
O Globo, Flávia Monteiro, 27/fev
Nem muito, nem pouco. Com o aquecimento global - e a promessa, já real, de dias cada vez mais quentes - o interesse por apartamentos com o sol da manhã, considerado aquele na medida certa, já faz subir em 10% o valor dos imóveis que dispõe de tal privilégio. De quebra, imobiliárias cariocas revelam: o sol já vale mais do que o silêncio. Ou seja, uma boa incidência de luz pesa mais na decisão do cliente de comprar um imóvel do que a ausência de barulho. Perde apenas para o óbvio - preço, bairro e tamanho. E só fica em segundo plano na hora de fechar um contrato de aluguel porque a oferta anda mínima, dizem os especialistas.
Vice-presidente de Locações do Secovi Rio, Antonio Paulo Monnerat ressalta que a preferência nacional é pela maior ação do sol nos quartos e na sala de estar. Mas há diferenças cruciais entre um estado e outro:
- No Rio, por conta da praia, os imóveis mais valorizados são aqueles localizados ao Leste. Estes também recebem os melhores ventos. Mas o ideal é sempre consultar um arquiteto ou engenheiro antes de fechar negócio. Um comprador mais afoito corre o risco de levar gato por lebre. Há casos em que a localização é boa, mas fatores externos, como um prédio vizinho, prejudicam a entrada do sol.
Já em São Paulo, o diretor de Comercialização e Marketing do Secovi-SP, Luiz Fernando Gambi, afirma que estão na posição Norte os imóveis com maior incidência de luz solar nos cômodos:
- O interesse por empreendimentos localizados ao Norte é maior em zonas pouco tropicais. Quanto mais nos dirigirmos para o Sul do país, maior a procura por este ângulo. Mesmo no inverno, quando o sol já está mais inclinado e não invade diretamente o imóvel, ele continua garantindo o conforto térmico nos ambientes.
O ciclo natural da luz solar, completa Gambi, também exerce uma influência positiva na saúde dos moradores. Ao diminuir a incidência de ácaros, fungos e bactérias nos ambientes, ele contribuiu para o bom funcionamento do sistema imunológico:
- O mofo e a umidade causados pela falta de sol são um transtorno e tanto na vida de quem sofre, por exemplo, de problemas respiratórios.
Segundo o gerente de Locações da Protel, Leandro Claro, mesmo com a escassez de imóveis disponíveis para aluguel no mercado, a incidência de luz continua sendo uma prioridade entre dois públicos distintos: idosos e casais com crianças pequenas.
- O sol da tarde afasta tanto os possíveis inquilinos, que há imóveis, localizados em áreas nobres da cidade, que estão vazios há meses por serem quentes demais. Não à toa a expressão "sol da manhã" está sempre presente nos anúncios. Sem dúvida este é um ótimo argumento de venda ou aluguel - diz Claro, que revela uma tática dos corretores para driblar tal "infortúnio": - Determinados imóveis têm horário certo para receberem visita. Caso contrário, correm o risco de ficar fechados durante meses - completa.
Uma arquitetura com muita influência da europeia. Ainda
Arquiteto e gerente de Suprimentos da Cipa Imobiliária, Mário Henrique Roffé Alves acentua que o sol forte, além de aumentar drasticamente o consumo de energia elétrica, por conta do uso excessivo de ar-condicionado, dificulta o desenvolvimento das plantas e causa alguns estragos dentro de casa:
- Desbota a pintura da parede, queima o sinteco do chão e reduz a vida útil de persianas e cortinas.
Na avaliação da arquiteta e urbanista Michelle Alencar, por sua vez, a arquitetura brasileira ainda é muito influenciada pela europeia - ou seja, ainda aproveita muito pouco a luz produzida por energia solar.
- Se um projeto é idealizado para privilegiar ao máximo a luz solar, ele precisará de luz artificial por menos tempo. Além disso, essa energia pode ser aproveitada por meio de painéis de captação solar para aquecimento da água. Mas, nesse sentido, estamos apenas engatinhando.
Ao escolher o imóvel, estilo de vida também deve ser levado em conta
Por conta do interesse crescente por imóveis com maior incidência de sol pela manhã, o diretor de Comercialização e Marketing do Secovi-SP, Luiz Fernando Gambi, afirma que é preciso avaliar se tal preocupação condiz com o estilo de vida do morador. Caso contrário, completa ele, corre-se o risco de pagar mais por um imóvel, sem necessidade:
- Há quem compre apartamento que recebe muito sol da manhã e depois espalhe cortinas e tapetes isolantes pela casa para impedir que o calor seja absorvido. Ou passe o dia com o ar-condicionado ligado. Se é assim, podia ter economizado escolhendo um imóvel em outra posição.
Mas para quem não abre mão de receber o sol dentro de casa, Gambi dá uma dica:
- Em empreendimentos isolados, que recebem iluminação por todos os lados, o ideal é decidir por aquele em que os cômodos de maior permanência da casa estejam a favor do sol. Em geral, sala e quartos.
Quando é o excesso de sol que vira um problema, o jeito é priorizar projetos com maior caimento de telhado, para obter mais sombra. Ou, quando não existe essa hipótese, apelar para novos e antigos recursos. Um dos mais requisitados hoje, segundo o arquiteto e gerente de suprimentos da Cipa Imobiliária, Mário Henrique Roffé Alves, é o insulfim. O motivo, garante, são as altas temperaturas já registradas no verão de 2010:
- Apesar de não ser uma solução esteticamente bonita, a procura dobrou no último ano. Estamos tendo estações cada vez mais quentes, e muitos condomínios, que proibiam tal recurso, voltaram atrás. Hoje, muitos condomínios da Barra já são construídos com vidros azuis e verdes, que dão um maior conforto térmico.
Alves acentua que alguns artifícios amplamente usados na arquitetura no passado são mais eficientes para filtrar o excesso de sol do que boa parte dos recursos atuais:
- As venezianas, introduzidas no Brasil no fim do século XIX, não agridem a fachada, dispensam a cortina e dão ao morador o controle da incidência de luz. Mas, infelizmente, elas caíram em desuso. Só são encontradas em prédios antigos.
Alves destaca um ícone do modernismo, o Palácio Gustavo Capanema - o prédio do MEC - como um projeto que se destaca, entre outras coisas, pela bela (e eficiente) fachada de brise-soleil, técnica que inibe a incidência do sol, garantindo iluminação e ventilação.
Para a arquiteta Renata Pessoa, a dobradinha iluminação e ventilação ainda não é uma das principais preocupações entre os seus clientes:
- Se o sol nem se pôs, e você já está acendendo todos os interruptores de casa para ler um livro, é porque algo está errado. Para evitar hábitos desse tipo, um projeto deve priorizar ao máximo a luz solar, nem que isso exija mais estudo e pesquisa.
Nem muito, nem pouco. Com o aquecimento global - e a promessa, já real, de dias cada vez mais quentes - o interesse por apartamentos com o sol da manhã, considerado aquele na medida certa, já faz subir em 10% o valor dos imóveis que dispõe de tal privilégio. De quebra, imobiliárias cariocas revelam: o sol já vale mais do que o silêncio. Ou seja, uma boa incidência de luz pesa mais na decisão do cliente de comprar um imóvel do que a ausência de barulho. Perde apenas para o óbvio - preço, bairro e tamanho. E só fica em segundo plano na hora de fechar um contrato de aluguel porque a oferta anda mínima, dizem os especialistas.
Vice-presidente de Locações do Secovi Rio, Antonio Paulo Monnerat ressalta que a preferência nacional é pela maior ação do sol nos quartos e na sala de estar. Mas há diferenças cruciais entre um estado e outro:
- No Rio, por conta da praia, os imóveis mais valorizados são aqueles localizados ao Leste. Estes também recebem os melhores ventos. Mas o ideal é sempre consultar um arquiteto ou engenheiro antes de fechar negócio. Um comprador mais afoito corre o risco de levar gato por lebre. Há casos em que a localização é boa, mas fatores externos, como um prédio vizinho, prejudicam a entrada do sol.
Já em São Paulo, o diretor de Comercialização e Marketing do Secovi-SP, Luiz Fernando Gambi, afirma que estão na posição Norte os imóveis com maior incidência de luz solar nos cômodos:
- O interesse por empreendimentos localizados ao Norte é maior em zonas pouco tropicais. Quanto mais nos dirigirmos para o Sul do país, maior a procura por este ângulo. Mesmo no inverno, quando o sol já está mais inclinado e não invade diretamente o imóvel, ele continua garantindo o conforto térmico nos ambientes.
O ciclo natural da luz solar, completa Gambi, também exerce uma influência positiva na saúde dos moradores. Ao diminuir a incidência de ácaros, fungos e bactérias nos ambientes, ele contribuiu para o bom funcionamento do sistema imunológico:
- O mofo e a umidade causados pela falta de sol são um transtorno e tanto na vida de quem sofre, por exemplo, de problemas respiratórios.
Segundo o gerente de Locações da Protel, Leandro Claro, mesmo com a escassez de imóveis disponíveis para aluguel no mercado, a incidência de luz continua sendo uma prioridade entre dois públicos distintos: idosos e casais com crianças pequenas.
- O sol da tarde afasta tanto os possíveis inquilinos, que há imóveis, localizados em áreas nobres da cidade, que estão vazios há meses por serem quentes demais. Não à toa a expressão "sol da manhã" está sempre presente nos anúncios. Sem dúvida este é um ótimo argumento de venda ou aluguel - diz Claro, que revela uma tática dos corretores para driblar tal "infortúnio": - Determinados imóveis têm horário certo para receberem visita. Caso contrário, correm o risco de ficar fechados durante meses - completa.
Uma arquitetura com muita influência da europeia. Ainda
Arquiteto e gerente de Suprimentos da Cipa Imobiliária, Mário Henrique Roffé Alves acentua que o sol forte, além de aumentar drasticamente o consumo de energia elétrica, por conta do uso excessivo de ar-condicionado, dificulta o desenvolvimento das plantas e causa alguns estragos dentro de casa:
- Desbota a pintura da parede, queima o sinteco do chão e reduz a vida útil de persianas e cortinas.
Na avaliação da arquiteta e urbanista Michelle Alencar, por sua vez, a arquitetura brasileira ainda é muito influenciada pela europeia - ou seja, ainda aproveita muito pouco a luz produzida por energia solar.
- Se um projeto é idealizado para privilegiar ao máximo a luz solar, ele precisará de luz artificial por menos tempo. Além disso, essa energia pode ser aproveitada por meio de painéis de captação solar para aquecimento da água. Mas, nesse sentido, estamos apenas engatinhando.
Ao escolher o imóvel, estilo de vida também deve ser levado em conta
Por conta do interesse crescente por imóveis com maior incidência de sol pela manhã, o diretor de Comercialização e Marketing do Secovi-SP, Luiz Fernando Gambi, afirma que é preciso avaliar se tal preocupação condiz com o estilo de vida do morador. Caso contrário, completa ele, corre-se o risco de pagar mais por um imóvel, sem necessidade:
- Há quem compre apartamento que recebe muito sol da manhã e depois espalhe cortinas e tapetes isolantes pela casa para impedir que o calor seja absorvido. Ou passe o dia com o ar-condicionado ligado. Se é assim, podia ter economizado escolhendo um imóvel em outra posição.
Mas para quem não abre mão de receber o sol dentro de casa, Gambi dá uma dica:
- Em empreendimentos isolados, que recebem iluminação por todos os lados, o ideal é decidir por aquele em que os cômodos de maior permanência da casa estejam a favor do sol. Em geral, sala e quartos.
Quando é o excesso de sol que vira um problema, o jeito é priorizar projetos com maior caimento de telhado, para obter mais sombra. Ou, quando não existe essa hipótese, apelar para novos e antigos recursos. Um dos mais requisitados hoje, segundo o arquiteto e gerente de suprimentos da Cipa Imobiliária, Mário Henrique Roffé Alves, é o insulfim. O motivo, garante, são as altas temperaturas já registradas no verão de 2010:
- Apesar de não ser uma solução esteticamente bonita, a procura dobrou no último ano. Estamos tendo estações cada vez mais quentes, e muitos condomínios, que proibiam tal recurso, voltaram atrás. Hoje, muitos condomínios da Barra já são construídos com vidros azuis e verdes, que dão um maior conforto térmico.
Alves acentua que alguns artifícios amplamente usados na arquitetura no passado são mais eficientes para filtrar o excesso de sol do que boa parte dos recursos atuais:
- As venezianas, introduzidas no Brasil no fim do século XIX, não agridem a fachada, dispensam a cortina e dão ao morador o controle da incidência de luz. Mas, infelizmente, elas caíram em desuso. Só são encontradas em prédios antigos.
Alves destaca um ícone do modernismo, o Palácio Gustavo Capanema - o prédio do MEC - como um projeto que se destaca, entre outras coisas, pela bela (e eficiente) fachada de brise-soleil, técnica que inibe a incidência do sol, garantindo iluminação e ventilação.
Para a arquiteta Renata Pessoa, a dobradinha iluminação e ventilação ainda não é uma das principais preocupações entre os seus clientes:
- Se o sol nem se pôs, e você já está acendendo todos os interruptores de casa para ler um livro, é porque algo está errado. Para evitar hábitos desse tipo, um projeto deve priorizar ao máximo a luz solar, nem que isso exija mais estudo e pesquisa.
SP: vendas estáveis
O Globo, 27/fev
O Secovi-SP divulgou, semana passada, pesquisa sobre o mercado imobiliário na cidade de São Paulo em 2010. Segundo o estudo, foram vendidas 35.869 novas unidades, número quase igual ao de 2009 (35.832). No mês de dezembro, especificamente, foram negociados 4.960 novos imóveis - 51,7% acima do registrado em novembro de 2010 e 12,4% abaixo de dezembro de 2009 (5.663).
O Secovi-SP divulgou, semana passada, pesquisa sobre o mercado imobiliário na cidade de São Paulo em 2010. Segundo o estudo, foram vendidas 35.869 novas unidades, número quase igual ao de 2009 (35.832). No mês de dezembro, especificamente, foram negociados 4.960 novos imóveis - 51,7% acima do registrado em novembro de 2010 e 12,4% abaixo de dezembro de 2009 (5.663).
Investidor aposta na revenda de novos
Folha de São Paulo, 27/fev'
Investir no setor imobiliário sempre foi uma tática atraente para quem opta por capitalizar dinheiro com segurança e liquidez. Diferentemente do que acontece com veículos, por exemplo, um imóvel raramente perde valor depois da aquisição.
Em um aquecido cenário de lançamentos, comprar uma unidade na planta para revender após a entrega das chaves é um negócio que tem atraído investidores.
Isso porque um imóvel na planta se valoriza até 30% após a entrega das chaves, afirma Ricardo Pinto de Almeida, sócio-diretor da Consult Imóveis, que oferece serviços de planejamento e treinamento para imobiliárias.
"É nele que os investidores ganham dinheiro, porque encontram um mercado consumidor bastante promissor", comenta.
Além de esse tipo de aquisição custar aproximadamente 20% menos do que a de um imóvel pronto, o investidor paga prestações livres de juros enquanto a construção não é finalizada, até a entrega das chaves.
De olho nessa tendência, a executiva M. A. (que pediu para não ser identificada) compra um lançamento a cada três anos para revender e capitalizar o dinheiro.
"Já vendi um, aluguei dois e estou aguardando três ficarem prontos para passar para frente. É um investimento mais seguro do que na Bolsa de Valores", contabiliza.
Para evitar surpresas, a executiva afirma que, para investir, não basta conhecer as regiões mais promissoras -é preciso checar a credibilidade da construtora.
"Já comprei um apartamento de uma que faliu. Perdi o dinheiro", relembra.
Para Ricardo Carazzai, diretor da imobiliária Fernandez Mera, a falta de terrenos disponíveis para novas construções também favorece a venda de imóveis lançados há até sete anos.
"Há clientes que os procuram por causa da modernização da planta e da conservação do espaço", comenta.
Os bairros que mais concentram seminovos são Campo Belo (zona sul), Brooklin, Perdizes, Vila Romana e Morumbi (todos na zona oeste), afirma Almeida. "O centro é uma exceção porque é cercado por imóveis antigos."
EXPECTATIVAS
Segundo Fernando Site, gerente-geral de vendas da imobiliária Coelho da Fonseca, os seminovos representam 30% de todos os imóveis usados comercializados pela empresa no ano passado.
A expectativa é que as vendas desse segmento de usados cresçam ainda mais nos próximos anos, mesmo com a alta da taxa de juros e a da inflação, afirma Lucas Penteado, diretor da Pronto!, imobiliária do grupo Lopes.
"Estamos vivenciando apenas o começo dessa tendência, uma vez que os seminovos vendidos hoje são os lançamentos de três anos atrás, quando o setor imobiliário começou a se tornar aquecido", destaca.
O engenheiro Rafael Santos Silva, 27, comprou um seminovo de dois quartos em Osasco por R$ 150 mil.
Otimista com a rentabilidade do investimento, ele espera revender o imóvel no ano que vem por R$ 30 mil a mais. "Com a diferença, espero poder comprar um apartamento do mesmo nível na capital paulista, onde os preços chegam a dobrar", diz.
Investir no setor imobiliário sempre foi uma tática atraente para quem opta por capitalizar dinheiro com segurança e liquidez. Diferentemente do que acontece com veículos, por exemplo, um imóvel raramente perde valor depois da aquisição.
Em um aquecido cenário de lançamentos, comprar uma unidade na planta para revender após a entrega das chaves é um negócio que tem atraído investidores.
Isso porque um imóvel na planta se valoriza até 30% após a entrega das chaves, afirma Ricardo Pinto de Almeida, sócio-diretor da Consult Imóveis, que oferece serviços de planejamento e treinamento para imobiliárias.
"É nele que os investidores ganham dinheiro, porque encontram um mercado consumidor bastante promissor", comenta.
Além de esse tipo de aquisição custar aproximadamente 20% menos do que a de um imóvel pronto, o investidor paga prestações livres de juros enquanto a construção não é finalizada, até a entrega das chaves.
De olho nessa tendência, a executiva M. A. (que pediu para não ser identificada) compra um lançamento a cada três anos para revender e capitalizar o dinheiro.
"Já vendi um, aluguei dois e estou aguardando três ficarem prontos para passar para frente. É um investimento mais seguro do que na Bolsa de Valores", contabiliza.
Para evitar surpresas, a executiva afirma que, para investir, não basta conhecer as regiões mais promissoras -é preciso checar a credibilidade da construtora.
"Já comprei um apartamento de uma que faliu. Perdi o dinheiro", relembra.
Para Ricardo Carazzai, diretor da imobiliária Fernandez Mera, a falta de terrenos disponíveis para novas construções também favorece a venda de imóveis lançados há até sete anos.
"Há clientes que os procuram por causa da modernização da planta e da conservação do espaço", comenta.
Os bairros que mais concentram seminovos são Campo Belo (zona sul), Brooklin, Perdizes, Vila Romana e Morumbi (todos na zona oeste), afirma Almeida. "O centro é uma exceção porque é cercado por imóveis antigos."
EXPECTATIVAS
Segundo Fernando Site, gerente-geral de vendas da imobiliária Coelho da Fonseca, os seminovos representam 30% de todos os imóveis usados comercializados pela empresa no ano passado.
A expectativa é que as vendas desse segmento de usados cresçam ainda mais nos próximos anos, mesmo com a alta da taxa de juros e a da inflação, afirma Lucas Penteado, diretor da Pronto!, imobiliária do grupo Lopes.
"Estamos vivenciando apenas o começo dessa tendência, uma vez que os seminovos vendidos hoje são os lançamentos de três anos atrás, quando o setor imobiliário começou a se tornar aquecido", destaca.
O engenheiro Rafael Santos Silva, 27, comprou um seminovo de dois quartos em Osasco por R$ 150 mil.
Otimista com a rentabilidade do investimento, ele espera revender o imóvel no ano que vem por R$ 30 mil a mais. "Com a diferença, espero poder comprar um apartamento do mesmo nível na capital paulista, onde os preços chegam a dobrar", diz.
IGP-M tem nova alta e encarece o aluguel
O Globo, Karina Lignelli, 26/fev
Índice usado como indexador de contratos sobe 1% e acumula variação de 11,3% em 12 meses
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) deu um novo salto. Usado como indexador de vários tipos de contratos, como os de aluguel, o indicador registrou alta de 1% em fevereiro - em janeiro, ficou em 0,79%. De acordo com dados divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-M já acumula uma variação de 11,3% em 12 meses.
O Índice de Preços do Atacado (IPA), que representa 60% do IGP-M, subiu de 0,76% para 1,20%. O destaque nesse segmento ficou por conta do grupo de produtos agropecuários (commodities), cujos preços estão 19,08% mais altos que em junho de 2008, período pré-crise global.
- As quebras de safras provocaram falta de produtos no mundo todo, e a demanda está alta - explicou o coordenador de análises econômicas do Ibre/FGV, Salomão Quadros.
No Índice de Preços no Consumidor (IPC), a variação foi de 0,67%, depois de subir 1,08% em janeiro. Dos sete grupos de despesas que compõem o indicador, cinco registraram baixas, com destaque para alimentação, que vinha em trajetória positiva e recuou de 1,47% para 0,24%. Entre as altas, destaque para a habitação, que subiu 0,22% para 0,51%. Por último, o INCC (que mede os custos na construção civil e representa 10% do total do IGP-M), registrou taxa de 0,39% em fevereiro, contra 0,37% de janeiro.
Segundo Quadros, ainda é cedo para fazer previsões sobre o fim das altas.
- Novos aumentos das commodities são esperados, mas não na amplitude de 2010. A diminuição da inflação deverá acontecer, mas num ritmo que exige paciência.
Ruim para quem aluga, bom para quem compra
A divulgação do índice não é boa notícia para quem aluga um imóvel. Mas, segundo o vice-presidente do Secovi-Rio (sindicato da habitação), Leonardo Schneider, a compra de unidades para locação se tornou um ótimo negócio, bem mais rentável do que investir em ações ou fundos de renda fixa.
- Quem pretende alugar vai ter que negociar e administrar essa alta dos preços da melhor forma possível - afirmou.
Índice usado como indexador de contratos sobe 1% e acumula variação de 11,3% em 12 meses
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) deu um novo salto. Usado como indexador de vários tipos de contratos, como os de aluguel, o indicador registrou alta de 1% em fevereiro - em janeiro, ficou em 0,79%. De acordo com dados divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-M já acumula uma variação de 11,3% em 12 meses.
O Índice de Preços do Atacado (IPA), que representa 60% do IGP-M, subiu de 0,76% para 1,20%. O destaque nesse segmento ficou por conta do grupo de produtos agropecuários (commodities), cujos preços estão 19,08% mais altos que em junho de 2008, período pré-crise global.
- As quebras de safras provocaram falta de produtos no mundo todo, e a demanda está alta - explicou o coordenador de análises econômicas do Ibre/FGV, Salomão Quadros.
No Índice de Preços no Consumidor (IPC), a variação foi de 0,67%, depois de subir 1,08% em janeiro. Dos sete grupos de despesas que compõem o indicador, cinco registraram baixas, com destaque para alimentação, que vinha em trajetória positiva e recuou de 1,47% para 0,24%. Entre as altas, destaque para a habitação, que subiu 0,22% para 0,51%. Por último, o INCC (que mede os custos na construção civil e representa 10% do total do IGP-M), registrou taxa de 0,39% em fevereiro, contra 0,37% de janeiro.
Segundo Quadros, ainda é cedo para fazer previsões sobre o fim das altas.
- Novos aumentos das commodities são esperados, mas não na amplitude de 2010. A diminuição da inflação deverá acontecer, mas num ritmo que exige paciência.
Ruim para quem aluga, bom para quem compra
A divulgação do índice não é boa notícia para quem aluga um imóvel. Mas, segundo o vice-presidente do Secovi-Rio (sindicato da habitação), Leonardo Schneider, a compra de unidades para locação se tornou um ótimo negócio, bem mais rentável do que investir em ações ou fundos de renda fixa.
- Quem pretende alugar vai ter que negociar e administrar essa alta dos preços da melhor forma possível - afirmou.
Setor da construção espera edificar 2,1 bi de m2 para habitação até 2020
Folha de São Paulo, Mercado Aberto, 28/fev
Até 2020, o Brasil terá de construir 2,1 bilhões de metros quadrados de edificações -o equivalente a mais de três vezes a área de Cingapura-, segundo a Abramat (associação da indústria de material de construção).
O volume seria capaz de suprir uma necessidade habitacional de 20 milhões de novas moradias entre 2009 e 2020, de acordo com a entidade, que baseou seus cálculos em projetos de residências de 105 m2 em média de área total.
O tamanho dos números alerta o mercado não só pela quantidade de terrenos que serão demandados, cerca de 900 milhões de metros quadrados, mas também pela capacidade da mão de obra, com 2,7 milhões de postos de trabalho adicionais.
"O governo tem ajudado a desenvolver a economia com programas de construção, como o PAC e o Minha Casa. Mas, para mantermos, é preciso ter competitividade", afirma Melvyn Fox, presidente da Abramat, que lista carga tributária e concorrência chinesa como fatores preocupantes.
A pressão sobre os custos de terra e trabalho pode inibir investimentos.
A indústria de material de construção tem hoje utilização de cerca de 87% de sua capacidade instalada.
"É alto, mas não chega a preocupar, se o nível de indústrias investindo na ampliação da capacidade for alto", diz Fox.
Os números fazem parte de um estudo da Abramat sobre competitividade do país no setor, que será levado ao governo no final de março.
Até 2020, o Brasil terá de construir 2,1 bilhões de metros quadrados de edificações -o equivalente a mais de três vezes a área de Cingapura-, segundo a Abramat (associação da indústria de material de construção).
O volume seria capaz de suprir uma necessidade habitacional de 20 milhões de novas moradias entre 2009 e 2020, de acordo com a entidade, que baseou seus cálculos em projetos de residências de 105 m2 em média de área total.
O tamanho dos números alerta o mercado não só pela quantidade de terrenos que serão demandados, cerca de 900 milhões de metros quadrados, mas também pela capacidade da mão de obra, com 2,7 milhões de postos de trabalho adicionais.
"O governo tem ajudado a desenvolver a economia com programas de construção, como o PAC e o Minha Casa. Mas, para mantermos, é preciso ter competitividade", afirma Melvyn Fox, presidente da Abramat, que lista carga tributária e concorrência chinesa como fatores preocupantes.
A pressão sobre os custos de terra e trabalho pode inibir investimentos.
A indústria de material de construção tem hoje utilização de cerca de 87% de sua capacidade instalada.
"É alto, mas não chega a preocupar, se o nível de indústrias investindo na ampliação da capacidade for alto", diz Fox.
Os números fazem parte de um estudo da Abramat sobre competitividade do país no setor, que será levado ao governo no final de março.
Financiar casa pede projeção no futuro
Folha de São Paulo, André Palhano, 28/fev
Consumidor deve projetar evolução de renda, gastos e preço dos imóveis durante o prazo de financiamento
Prestações com índice de correção alto podem trazer surpresas ao mutuário, que deve optar por taxas baixas
É uma pergunta que 9 milhões de brasileiros que desejam comprar um imóvel nos próximos 10 meses, segundo pesquisa do Instituto Data Popular, devem estar se fazendo neste momento: afinal, vale ou não vale a pena utilizar crédito imobiliário?
Quais são as vantagens e desvantagens associadas?
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, a resposta mais honesta é: depende.
Assim como qualquer outro produto financeiro, linhas de crédito imobiliário têm prós e contras na comparação com outras opções para levantar dinheiro.
O que determina o que é melhor ou pior são as necessidades e capacidade de pagamento de cada pessoa.
A empresária Sandra Sasaki, por exemplo, conhece os dois lados dessa moeda. Num momento de aperto, quase perdeu um apartamento por conta das altas prestações atreladas ao CUB (Custo Unitário Básico), índice de inflação da construção, que disparara na época.
Passado o susto, vendeu o apartamento não quitado e financiou outro imóvel, com parcelas fixas. "Fizemos a coisa certa. Se estivesse usando essas parcelas para pagar um aluguel, hoje não teria meu apartamento."
Foi o que fez o comerciante José Marcelo Cunha da Silva, 38, que conseguiu financiamento na BM Sua Casa, financeira especializada em crédito imobiliário, que libera carta de crédito, na hora, pela internet. Feitas as simulações, ele pagará R$ 900 de prestação, valor próximo do de seu aluguel.
JUROS E PRAZOS
Juro baixo e prazo longo são os principais atrativos para quem financia imóvel.
"Para a pessoa física, as taxas de juros do crédito imobiliário são imbatíveis, com prazos de até 30 anos", afirma Luiz França, diretor do Itaú e presidente da Abecip (associação das empresas de crédito imobiliário).
A explicação é que a fonte de recursos -poupança e FGTS- é barata para os bancos. O apetite das instituições financeiras aumentou nos últimos três anos com a perspectiva de queda dos juros e com a melhora nas garantias devido à alienação das casas.
Por outro lado, o mutuário fica incomodado ao perceber que financiando acabará pagando o dobro ou o triplo do valor do imóvel à vista. Com juros anuais de 12%, a dívida duplica após seis anos.
Entra aqui a necessidade de calcular perdas e ganhos na ponta do lápis. Quanto a pessoa consegue pagar de entrada em um financiamento? As parcelas cabem tranquilamente no bolso?
Se fosse aplicar o dinheiro para comprar à vista, qual seria o rendimento dessa aplicação? Quanto paga de aluguel hoje e daqui cinco anos?
Acrescente-se a essas indagações a explosão dos preços dos imóveis nos últimos anos. Em São Paulo, o metro quadrado útil dos lançamentos subiu 177% desde 2000.
Embora os especialistas afirmem que a tendência é de desaceleração, esperar uma queda nos preços pode resultar em frustração.
É o que ocorreu com a produtora cultural Vivian Schaeffer, que desistiu de comprar uma cobertura por um ótimo preço, aguardando a possibilidade de adquiri-la à vista no futuro. "Perdi uma grande oportunidade. Hoje esse imóvel vale quatro vezes mais", lamenta a produtora.
Consumidor deve projetar evolução de renda, gastos e preço dos imóveis durante o prazo de financiamento
Prestações com índice de correção alto podem trazer surpresas ao mutuário, que deve optar por taxas baixas
É uma pergunta que 9 milhões de brasileiros que desejam comprar um imóvel nos próximos 10 meses, segundo pesquisa do Instituto Data Popular, devem estar se fazendo neste momento: afinal, vale ou não vale a pena utilizar crédito imobiliário?
Quais são as vantagens e desvantagens associadas?
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, a resposta mais honesta é: depende.
Assim como qualquer outro produto financeiro, linhas de crédito imobiliário têm prós e contras na comparação com outras opções para levantar dinheiro.
O que determina o que é melhor ou pior são as necessidades e capacidade de pagamento de cada pessoa.
A empresária Sandra Sasaki, por exemplo, conhece os dois lados dessa moeda. Num momento de aperto, quase perdeu um apartamento por conta das altas prestações atreladas ao CUB (Custo Unitário Básico), índice de inflação da construção, que disparara na época.
Passado o susto, vendeu o apartamento não quitado e financiou outro imóvel, com parcelas fixas. "Fizemos a coisa certa. Se estivesse usando essas parcelas para pagar um aluguel, hoje não teria meu apartamento."
Foi o que fez o comerciante José Marcelo Cunha da Silva, 38, que conseguiu financiamento na BM Sua Casa, financeira especializada em crédito imobiliário, que libera carta de crédito, na hora, pela internet. Feitas as simulações, ele pagará R$ 900 de prestação, valor próximo do de seu aluguel.
JUROS E PRAZOS
Juro baixo e prazo longo são os principais atrativos para quem financia imóvel.
"Para a pessoa física, as taxas de juros do crédito imobiliário são imbatíveis, com prazos de até 30 anos", afirma Luiz França, diretor do Itaú e presidente da Abecip (associação das empresas de crédito imobiliário).
A explicação é que a fonte de recursos -poupança e FGTS- é barata para os bancos. O apetite das instituições financeiras aumentou nos últimos três anos com a perspectiva de queda dos juros e com a melhora nas garantias devido à alienação das casas.
Por outro lado, o mutuário fica incomodado ao perceber que financiando acabará pagando o dobro ou o triplo do valor do imóvel à vista. Com juros anuais de 12%, a dívida duplica após seis anos.
Entra aqui a necessidade de calcular perdas e ganhos na ponta do lápis. Quanto a pessoa consegue pagar de entrada em um financiamento? As parcelas cabem tranquilamente no bolso?
Se fosse aplicar o dinheiro para comprar à vista, qual seria o rendimento dessa aplicação? Quanto paga de aluguel hoje e daqui cinco anos?
Acrescente-se a essas indagações a explosão dos preços dos imóveis nos últimos anos. Em São Paulo, o metro quadrado útil dos lançamentos subiu 177% desde 2000.
Embora os especialistas afirmem que a tendência é de desaceleração, esperar uma queda nos preços pode resultar em frustração.
É o que ocorreu com a produtora cultural Vivian Schaeffer, que desistiu de comprar uma cobertura por um ótimo preço, aguardando a possibilidade de adquiri-la à vista no futuro. "Perdi uma grande oportunidade. Hoje esse imóvel vale quatro vezes mais", lamenta a produtora.
Bolha da vez
Folha de São Paulo, Tonis Sciarretta, 28/fev
Imóveis da classe média chegaram perto do pico de valorização nos grandes centros. Especulação com aumento de preço pode não dar certo em 2011
Não será diferente no Brasil. O preço dos imóveis disparou em todos os países que tiveram a combinação de aumento na renda, crédito farto e escassez de oferta nas áreas mais disputadas dos grandes centros urbanos.
Só faltam juros menores e condições de financiamento mais camaradas para acelerar o processo. Aquela euforia emergente de futuro brilhante adiante, que também alimenta a alta dos preços, o Brasil tem faz tempo.
A má notícia é que as condições de temperatura e pressão mudaram desde o ano passado. Agora, os juros vão é subir. Os bancos devem apertar a liberação de empréstimos e a economia vai esfriar um pouco.
Só que as construtoras e o mercado imobiliário se preparavam para mais um ano de crescimento acelerado, acima de dois dígitos.
O resultado são estoques e preços nas alturas, que não combinam com períodos de desaceleração e abrem caminho para bons negócios.
Segundo Luiz Paulo Pompéia, economista da consultoria Embraesp, especializada em avaliação de imóveis, é improvável que os preços caiam em São Paulo, mas também será difícil crescer no ritmo visto até 2010.
No ano passado, o preço dos apartamentos novos saltou 34,4% -a maior alta desde 1996, quando a Embraesp começou a fazer a pesquisa.
Para o consultor, os imóveis com maior potencial de valorização são os voltados para a classe C. A indústria tem, segundo ele, 15 anos de trabalho pela frente para zerar a falta de habitações.
Nos anos 2000, poucos investimentos renderam mais do que os imóveis em regiões selecionadas. Em São Paulo, os preços dos apartamentos novos saltaram 177,88% de 2000 até 2010, segundo a Embraesp.
A valorização dos lançamentos inflaciona toda a cadeia imobiliária. Puxa junto os preços dos poucos terrenos ainda existentes e também os imóveis mais antigos, além dos custos de produtos e serviços da construção.
"As construtoras estão preocupadas com aquele investidor que compra um apartamento na planta esperando vendê-lo com preço maior pouco antes da entrega das chaves. São pessoas que podem não ter como pagar as prestações se não venderem o imóvel. É um pequeno subprime brasileiro", disse Pompéia.
Apesar da preocupação, ninguém acredita que estamos próximo de uma ressaca, como ocorre nos EUA e na Europa desde 2008.
A razão é que o crédito imobiliário é pequeno e primitivo demais no Brasil. Ainda não anda com as próprias pernas e precisa de recursos subsidiados da poupança, com juros tabelados.
Com juros na casa de 12% ao ano, os valores financiados dobram em seis anos.
Quem faz um empréstimo por 30 anos com essa taxa facilmente deverá mais, no meio do financiamento, do que valerá o imóvel, deixando o banco sem garantia.
Imóveis da classe média chegaram perto do pico de valorização nos grandes centros. Especulação com aumento de preço pode não dar certo em 2011
Não será diferente no Brasil. O preço dos imóveis disparou em todos os países que tiveram a combinação de aumento na renda, crédito farto e escassez de oferta nas áreas mais disputadas dos grandes centros urbanos.
Só faltam juros menores e condições de financiamento mais camaradas para acelerar o processo. Aquela euforia emergente de futuro brilhante adiante, que também alimenta a alta dos preços, o Brasil tem faz tempo.
A má notícia é que as condições de temperatura e pressão mudaram desde o ano passado. Agora, os juros vão é subir. Os bancos devem apertar a liberação de empréstimos e a economia vai esfriar um pouco.
Só que as construtoras e o mercado imobiliário se preparavam para mais um ano de crescimento acelerado, acima de dois dígitos.
O resultado são estoques e preços nas alturas, que não combinam com períodos de desaceleração e abrem caminho para bons negócios.
Segundo Luiz Paulo Pompéia, economista da consultoria Embraesp, especializada em avaliação de imóveis, é improvável que os preços caiam em São Paulo, mas também será difícil crescer no ritmo visto até 2010.
No ano passado, o preço dos apartamentos novos saltou 34,4% -a maior alta desde 1996, quando a Embraesp começou a fazer a pesquisa.
Para o consultor, os imóveis com maior potencial de valorização são os voltados para a classe C. A indústria tem, segundo ele, 15 anos de trabalho pela frente para zerar a falta de habitações.
Nos anos 2000, poucos investimentos renderam mais do que os imóveis em regiões selecionadas. Em São Paulo, os preços dos apartamentos novos saltaram 177,88% de 2000 até 2010, segundo a Embraesp.
A valorização dos lançamentos inflaciona toda a cadeia imobiliária. Puxa junto os preços dos poucos terrenos ainda existentes e também os imóveis mais antigos, além dos custos de produtos e serviços da construção.
"As construtoras estão preocupadas com aquele investidor que compra um apartamento na planta esperando vendê-lo com preço maior pouco antes da entrega das chaves. São pessoas que podem não ter como pagar as prestações se não venderem o imóvel. É um pequeno subprime brasileiro", disse Pompéia.
Apesar da preocupação, ninguém acredita que estamos próximo de uma ressaca, como ocorre nos EUA e na Europa desde 2008.
A razão é que o crédito imobiliário é pequeno e primitivo demais no Brasil. Ainda não anda com as próprias pernas e precisa de recursos subsidiados da poupança, com juros tabelados.
Com juros na casa de 12% ao ano, os valores financiados dobram em seis anos.
Quem faz um empréstimo por 30 anos com essa taxa facilmente deverá mais, no meio do financiamento, do que valerá o imóvel, deixando o banco sem garantia.
Na Irlanda, megaleilão expõe falência do mercado imobiliário
17/11/2010 - 08:57 | Renata Giraldi/ Agência Brasil | Brasília
Irlanda recusa ajuda financeira e mercados caem frente à instabilidade na zona do euro
Reunidos nessa terça-feira (16/11) em Bruxelas, os representantes dos 16 países que compõem a zona do euro analisaram os riscos de crises econômicas atingindo a Irlanda e Portugal, em um primeiro momento, seguidos pela Itália e a Espanha. O FMI (Fundo Monetário Internacional) enviará uma equipe nos próximos dias para examinar especificamente o caso irlandês. A instabilidade na zona do euro afetou os mercados mundiais, que registraram perdas.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem o dia em baixa de 1,67%. O dólar comercial subiu 0,93%, a R$ 1,740 - maior valor desde setembro. A Bolsa de Nova York também teve queda: o Índice Dow Jones registrou baixa de 1,59%, enquanto a Nasdaq caiu 1,75%. As bolsas da Europa tiveram resultados ainda piores: Londres fechou em baixa de 2,38%, enquanto Paris teve queda de 2,63%.
Em comunicado expedido ontem, o FMI informou que representantes do órgão participarão de conversas com integrantes da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu no esforço de “determinar a melhor maneira para fornecer a ajuda necessária para combater riscos.
Inicialmente, porém,o governo irlandês rejeitou a ajuda financeira. O primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, afirmou que seu governo não havia pedido ajuda financeira. Segundo ele, a economia irlandesa é sustentável pelo menos até o próximo ano. No entanto, especialistas afirmam que a instabilidade no mercado financeiro pode colocar o país sob pressão.
Em discurso realizado pouco antes do encontro, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disse que a União Europeia enfrenta uma “crise de sobrevivência” devido aos déficits na zona do euro.
No começo do ano, a Grécia recorreu à ajuda internacional para conter a crise econômica que afetou o país. Observadores do Conselho Europeu analisam com atenção as situações em Portugal, na Itália e Espanha. Para eles, há ameaças de instabilidade nesses países.
Irlanda recusa ajuda financeira e mercados caem frente à instabilidade na zona do euro
Reunidos nessa terça-feira (16/11) em Bruxelas, os representantes dos 16 países que compõem a zona do euro analisaram os riscos de crises econômicas atingindo a Irlanda e Portugal, em um primeiro momento, seguidos pela Itália e a Espanha. O FMI (Fundo Monetário Internacional) enviará uma equipe nos próximos dias para examinar especificamente o caso irlandês. A instabilidade na zona do euro afetou os mercados mundiais, que registraram perdas.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem o dia em baixa de 1,67%. O dólar comercial subiu 0,93%, a R$ 1,740 - maior valor desde setembro. A Bolsa de Nova York também teve queda: o Índice Dow Jones registrou baixa de 1,59%, enquanto a Nasdaq caiu 1,75%. As bolsas da Europa tiveram resultados ainda piores: Londres fechou em baixa de 2,38%, enquanto Paris teve queda de 2,63%.
Em comunicado expedido ontem, o FMI informou que representantes do órgão participarão de conversas com integrantes da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu no esforço de “determinar a melhor maneira para fornecer a ajuda necessária para combater riscos.
Inicialmente, porém,o governo irlandês rejeitou a ajuda financeira. O primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, afirmou que seu governo não havia pedido ajuda financeira. Segundo ele, a economia irlandesa é sustentável pelo menos até o próximo ano. No entanto, especialistas afirmam que a instabilidade no mercado financeiro pode colocar o país sob pressão.
Em discurso realizado pouco antes do encontro, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, disse que a União Europeia enfrenta uma “crise de sobrevivência” devido aos déficits na zona do euro.
No começo do ano, a Grécia recorreu à ajuda internacional para conter a crise econômica que afetou o país. Observadores do Conselho Europeu analisam com atenção as situações em Portugal, na Itália e Espanha. Para eles, há ameaças de instabilidade nesses países.
Caixa vai financiar as construtoras
O Dia, 06/fev
Linhas de crédito vão beneficiar pequenas e grandes empresas
A Caixa Econômica Federal lançou duas linhas de crédito para produção imobiliária: Plano de Financiamento à Construção Civil (PEC) e Financiamento à Produção para Micro e Pequena Empresa. As novas modalidades têm o fim de contribuir para reduzir o déficit habitacional no País. O anúncio foi feito em evento na sede do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
"Há alguns anos, a Caixa fazia restrição ao financiamento à produção. Em 1996, por exemplo, tínhamos 22 mil unidades em estoque. Os números hoje mostram robustez do sistema. Este ano, iniciamos com R$ 63 bilhões a serem distribuídos nas linhas de crédito oferecidas pela instituição", destaca Valter Gonçalves Nunes, superintendente da Caixa.
De acordo com a gerente da Superintendência Nacional de Habitação da instituição, Maria Carmem Amorim Madoz, os últimos três anos apresentaram um volume expressivo na contratação de imóveis na planta: "Com isso, conseguimos quebrar o paradigma do Plano Empresa e lançamos os dois produtos para as empresas do setor".
O PEC é voltado para financiamento à produção de empreendimentos residenciais, comerciais e mistos. Vale para companhias com faturamento anual acima de R$ 15 milhões. A segunda linha é destinada para micro e pequenas empresas com ganho anual de até R$ 15 milhões.
Linhas de crédito vão beneficiar pequenas e grandes empresas
A Caixa Econômica Federal lançou duas linhas de crédito para produção imobiliária: Plano de Financiamento à Construção Civil (PEC) e Financiamento à Produção para Micro e Pequena Empresa. As novas modalidades têm o fim de contribuir para reduzir o déficit habitacional no País. O anúncio foi feito em evento na sede do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
"Há alguns anos, a Caixa fazia restrição ao financiamento à produção. Em 1996, por exemplo, tínhamos 22 mil unidades em estoque. Os números hoje mostram robustez do sistema. Este ano, iniciamos com R$ 63 bilhões a serem distribuídos nas linhas de crédito oferecidas pela instituição", destaca Valter Gonçalves Nunes, superintendente da Caixa.
De acordo com a gerente da Superintendência Nacional de Habitação da instituição, Maria Carmem Amorim Madoz, os últimos três anos apresentaram um volume expressivo na contratação de imóveis na planta: "Com isso, conseguimos quebrar o paradigma do Plano Empresa e lançamos os dois produtos para as empresas do setor".
O PEC é voltado para financiamento à produção de empreendimentos residenciais, comerciais e mistos. Vale para companhias com faturamento anual acima de R$ 15 milhões. A segunda linha é destinada para micro e pequenas empresas com ganho anual de até R$ 15 milhões.
PDG unifica marcas e lança nova estratégia de comunicação
A PDG tornou-se a maior incorporadora em valor de mercado das Américas em 2010. Processo de integração das empresas adquiridas pelo grupo — CHL, Goldfarb, Agre e LN — ocorreu ao longo de 2010
Em 2010, após estudo profundo de branding realizado pela Ana Couto Branding & Design, a PDG, maior incorporadora das Américas em valor de mercado, decidiu unificar as marcas das empresas do grupo. A partir de fevereiro de 2011, a CHL, Goldfarb, Agre e LN passam a responder como PDG, com discurso unificado, que tem como objetivo aumentar a visibilidade nacional, expandir o contato com os diferentes públicos de interesse e consolidar a empresa como a primeira opção do mercado de construção civil para compra e investimento em imóveis. A mudança será gradual, começando pelas campanhas publicitárias de produtos e pelo novo portal.
Todas as operações serão preservadas e comandadas pelo CEO, Zeca Grabowsky. Para ele, a empresa terá uma “imagem” única e otimizará os investimentos em campanhas publicitárias, que agora terão a mesma identidade e proporcionarão maior reconhecimento da marca.
— A comunicação será mais eficiente e a PDG se firmará em todo o território nacional, potencializando seus resultados. Daremos a correta percepção de tamanho da companhia. Somos todos PDG. Todas as campanhas publicitárias seguirão uma única linha de comunicação, diferente dos anúncios de lançamentos já existentes — ressalta Zeca.
O novo logotipo tem como base o quadrado, forma que mostra por meio das linhas retas, a racionalidade, essencial na hora de fechar um negócio. Para dar vida à imagem, três cores foram inseridas: roxo, cinza e amarelo, que serão usadas de acordo com perfil de cada empreendimento. O estudo criou usos diferenciados e mensagens específicas para os diversos públicos. Para anúncios do segmento AA, o cinza e o branco devem prevalecer. No segmento AB, o roxo, o branco e o cinza serão predominantes, com fotos que mostram sofisticação e elegância. Para a classe C, as cores escolhidas são o roxo e o amarelo, com imagens que reforçam a alegria.
A PDG nasceu em 2003 como uma área de investimentos no ramo imobiliário dentro do banco Pactual. Em 2006, tornou-se uma unidade de negócio independente. Com a abertura de capital em janeiro de 2007, a empresa iniciou o crescimento rumo ao topo do mercado: adquiriu a Goldfarb, focada no segmento econômico; a CHL, líder do Rio de Janeiro; em 2010, a AGRE, com capilaridade expressiva e forte presença em São Paulo, Norte e Nordeste; e, também em 2010, a LN, com quem já atuava em parceria no Paraná e Santa Catarina. Com sua expertise financeira e a aquisição dessas unidades de negócios estratégicas, que tem mais de 40 anos de experiência no mercado, a PDG tornou-se a maior incorporadora das Américas em valor de mercado e está presente em mais de 100 cidades, onde entregou cerca de 65 mil unidades. A empresa representa solidez e segurança em sua gestão e prevê, para 2011, guidance de lançamentos entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões. Hoje, atua em todos os segmentos, do alto luxo ao econômico.
A PDG Sul – PR/SC/RS
Na região Sul do País, a PDG atua no mercado imobiliário no segmento A, A/B e C com empreendimentos em Porto Alegre, Alvorada, Canoas, Novo Hamburgo e Caxias do Sul no Rio Grande do Sul; São José e Joinville em Santa Catarina e ainda Londrina e Curitiba no Paraná. A PDG soma 17 obras em andamento totalizando 787.393,79m² m2 em construção que dão forma a 5.375 unidades de imóveis.
Em 2010, após estudo profundo de branding realizado pela Ana Couto Branding & Design, a PDG, maior incorporadora das Américas em valor de mercado, decidiu unificar as marcas das empresas do grupo. A partir de fevereiro de 2011, a CHL, Goldfarb, Agre e LN passam a responder como PDG, com discurso unificado, que tem como objetivo aumentar a visibilidade nacional, expandir o contato com os diferentes públicos de interesse e consolidar a empresa como a primeira opção do mercado de construção civil para compra e investimento em imóveis. A mudança será gradual, começando pelas campanhas publicitárias de produtos e pelo novo portal.
Todas as operações serão preservadas e comandadas pelo CEO, Zeca Grabowsky. Para ele, a empresa terá uma “imagem” única e otimizará os investimentos em campanhas publicitárias, que agora terão a mesma identidade e proporcionarão maior reconhecimento da marca.
— A comunicação será mais eficiente e a PDG se firmará em todo o território nacional, potencializando seus resultados. Daremos a correta percepção de tamanho da companhia. Somos todos PDG. Todas as campanhas publicitárias seguirão uma única linha de comunicação, diferente dos anúncios de lançamentos já existentes — ressalta Zeca.
O novo logotipo tem como base o quadrado, forma que mostra por meio das linhas retas, a racionalidade, essencial na hora de fechar um negócio. Para dar vida à imagem, três cores foram inseridas: roxo, cinza e amarelo, que serão usadas de acordo com perfil de cada empreendimento. O estudo criou usos diferenciados e mensagens específicas para os diversos públicos. Para anúncios do segmento AA, o cinza e o branco devem prevalecer. No segmento AB, o roxo, o branco e o cinza serão predominantes, com fotos que mostram sofisticação e elegância. Para a classe C, as cores escolhidas são o roxo e o amarelo, com imagens que reforçam a alegria.
A PDG nasceu em 2003 como uma área de investimentos no ramo imobiliário dentro do banco Pactual. Em 2006, tornou-se uma unidade de negócio independente. Com a abertura de capital em janeiro de 2007, a empresa iniciou o crescimento rumo ao topo do mercado: adquiriu a Goldfarb, focada no segmento econômico; a CHL, líder do Rio de Janeiro; em 2010, a AGRE, com capilaridade expressiva e forte presença em São Paulo, Norte e Nordeste; e, também em 2010, a LN, com quem já atuava em parceria no Paraná e Santa Catarina. Com sua expertise financeira e a aquisição dessas unidades de negócios estratégicas, que tem mais de 40 anos de experiência no mercado, a PDG tornou-se a maior incorporadora das Américas em valor de mercado e está presente em mais de 100 cidades, onde entregou cerca de 65 mil unidades. A empresa representa solidez e segurança em sua gestão e prevê, para 2011, guidance de lançamentos entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões. Hoje, atua em todos os segmentos, do alto luxo ao econômico.
A PDG Sul – PR/SC/RS
Na região Sul do País, a PDG atua no mercado imobiliário no segmento A, A/B e C com empreendimentos em Porto Alegre, Alvorada, Canoas, Novo Hamburgo e Caxias do Sul no Rio Grande do Sul; São José e Joinville em Santa Catarina e ainda Londrina e Curitiba no Paraná. A PDG soma 17 obras em andamento totalizando 787.393,79m² m2 em construção que dão forma a 5.375 unidades de imóveis.
FGTS amplia limite para compra de imóvel
Valor Econômico, 03/fev
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) elevou o preço máximo dos imóveis financiados com seus recursos, incluindo os enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida. O teto para habitações localizadas nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal passou de R$ 130 mil para R$ 170 mil, informou a assessoria do Ministério do Trabalho e Emprego, após reunião do conselho, em Brasília.
Nas demais capitais, o valor máximo do imóvel dentro do programa foi elevado de R$ 100 mil para R$ 150 mil. Para municípios com população a partir de 250 mil habitantes ou integrantes de regiões metropolitanas, o valor máximo passa de R$ 80 mil para R$ 130 mil. Outra mudança foi a elevação do valor máximo para cidades com população acima de 50 mil habitantes - de R$ 80 mil para R$ 100 mil. Nos demais municípios, o valor ficou em R$ 80 mil.
A justificativa do órgão para o aumento do teto é proporcionar a equivalência com os valores praticados no mercado imobiliário e cobrir o deficit na habitação popular. Segundo o presidente do conselho, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, desde 2007 não havia reajuste desses valores. O FGTS já contribuía com outros programa de habitação popular antes do Minha Casa, Minha Vida. "No Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, os imóveis têm valores bem mais altos do que a média nacional", explicou Lupi.
Para o diretor do SindusconSP, Eduardo Zaidan, a medida deve melhorar o desempenho do mercado mobiliário, pois no fim do 2010 o valor teto já estava impedindo o lançamento de alguns projetos. "O que precisa agora é avaliar a questão da renda. Ver se as novas prestações vão caber no bolso da população", diz ele.
A renda familiar máxima para enquadramento nos financiamentos continua em R$ 4.900 para regiões metropolitanas e municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes, e R$ 3.900 para as demais regiões do país.
Augusto Martinez de Almeida, presidente da construtora Mudar, do Grupo AGM, não acredita que a manutenção das faixas de renda atendidas possa ser um grande problema, pois o impacto nas parcelas não deve ser significativo. "O reajuste vai dar um empurrão nos investimentos, pois será mais fácil viabilizar investimentos no grandes centros", diz ele, lembrando que, de 2009 para cá, os custos aumentaram no setor da construção.
Os financiamentos à população de baixa renda têm taxa nominal de juros de 6% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), sendo que pode chegar a 5% com subsídio para famílias com renda de até R$ 2.790.
O FGTS financia até 90% do valor de imóveis novos ou usados, sendo o prazo de pagamento em até 30 anos. A resolução do Conselho Curador entra em vigor a partir da sua publicação, quando a Caixa Econômica Federal começa a operar com os novos valores.
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) elevou o preço máximo dos imóveis financiados com seus recursos, incluindo os enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida. O teto para habitações localizadas nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal passou de R$ 130 mil para R$ 170 mil, informou a assessoria do Ministério do Trabalho e Emprego, após reunião do conselho, em Brasília.
Nas demais capitais, o valor máximo do imóvel dentro do programa foi elevado de R$ 100 mil para R$ 150 mil. Para municípios com população a partir de 250 mil habitantes ou integrantes de regiões metropolitanas, o valor máximo passa de R$ 80 mil para R$ 130 mil. Outra mudança foi a elevação do valor máximo para cidades com população acima de 50 mil habitantes - de R$ 80 mil para R$ 100 mil. Nos demais municípios, o valor ficou em R$ 80 mil.
A justificativa do órgão para o aumento do teto é proporcionar a equivalência com os valores praticados no mercado imobiliário e cobrir o deficit na habitação popular. Segundo o presidente do conselho, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, desde 2007 não havia reajuste desses valores. O FGTS já contribuía com outros programa de habitação popular antes do Minha Casa, Minha Vida. "No Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, os imóveis têm valores bem mais altos do que a média nacional", explicou Lupi.
Para o diretor do SindusconSP, Eduardo Zaidan, a medida deve melhorar o desempenho do mercado mobiliário, pois no fim do 2010 o valor teto já estava impedindo o lançamento de alguns projetos. "O que precisa agora é avaliar a questão da renda. Ver se as novas prestações vão caber no bolso da população", diz ele.
A renda familiar máxima para enquadramento nos financiamentos continua em R$ 4.900 para regiões metropolitanas e municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes, e R$ 3.900 para as demais regiões do país.
Augusto Martinez de Almeida, presidente da construtora Mudar, do Grupo AGM, não acredita que a manutenção das faixas de renda atendidas possa ser um grande problema, pois o impacto nas parcelas não deve ser significativo. "O reajuste vai dar um empurrão nos investimentos, pois será mais fácil viabilizar investimentos no grandes centros", diz ele, lembrando que, de 2009 para cá, os custos aumentaram no setor da construção.
Os financiamentos à população de baixa renda têm taxa nominal de juros de 6% ao ano mais a Taxa Referencial (TR), sendo que pode chegar a 5% com subsídio para famílias com renda de até R$ 2.790.
O FGTS financia até 90% do valor de imóveis novos ou usados, sendo o prazo de pagamento em até 30 anos. A resolução do Conselho Curador entra em vigor a partir da sua publicação, quando a Caixa Econômica Federal começa a operar com os novos valores.
O Mercado Imobiliário toma conta da Internet
O mercado imobiliário está em franco crescimento no Brasil e uma das ferramentas que vem tomando parte nesse aumento no faturamento do setor é a internet.
Diversas imobiliárias e construtoras encontraram no meio virtual uma possibilidade de ampliar os contatos e divulgação dos imóveis em lançamento, venda e locação.
E não apenas utilizando os recursos do marketing digital, mas também através dos canais de interação, o mercado passou a desenvolver sua comunicação diretamente com o público de forma mais eficaz. Isso porque, segundo informações cedidas pelo F/Nazca, mais de 60 milhões de brasileiros passam pelo menos 25 horas por mês conectados à internet e as redes sociais dominam boa parte desse tempo.
As plataformas móveis também potencializam essa participação, visto que 68% das pessoas que utilizam celulares, iPhones ou smartphones conectam a internet pelo aparelho. Assim, a internet sai na frente como principal ferramenta de busca por imóveis, deixando os classificados dos jornais em segundo plano. Só na cidade de São Paulo, 49% das pessoas usam o meio virtual para procurar imóveis.
Entre as vantagens de atuar na internet, as empresas do ramo aumentam suas expectativas de venda através de email marketing digital e divulgação de lançamentos nas mídias sociais. Importante lembrar que o público se diferencia bastante de acordo com o tipo de empreendimento oferecido.
Para garantir que sua comunicação será realmente feita com o público alvo, portanto, é fundamental fazer uma análise identificando qual é o perfil do seu consumidor na rede, como ele utiliza os canais e de que forma prefere interagir na busca do seu imóvel.
Aqui, o trabalho de relacionamento ganha corpo nas estratégias de marketing online desenvolvidas junto as redes sociais. O conteúdo é sempre um dos pontos principais, mas no caso do mercado imobiliário, também é preciso estar atento às constantes manifestações públicas virtuais sobre a empresa, as construções e os serviços que cada uma oferece.
Se você faz parte deste segmento, um dos elementos mais importantes para o planejamento das ações de marketing digital é realizar o monitoramento da sua marca e da opinião do público. Só assim você saberá como os projetos estão sendo recebidos, se há realmente retorno neste investimento e qual a qualificação da sua empresa entre os consumidores e clientes em potencial.
Fonte: Aceita.com.br
Diversas imobiliárias e construtoras encontraram no meio virtual uma possibilidade de ampliar os contatos e divulgação dos imóveis em lançamento, venda e locação.
E não apenas utilizando os recursos do marketing digital, mas também através dos canais de interação, o mercado passou a desenvolver sua comunicação diretamente com o público de forma mais eficaz. Isso porque, segundo informações cedidas pelo F/Nazca, mais de 60 milhões de brasileiros passam pelo menos 25 horas por mês conectados à internet e as redes sociais dominam boa parte desse tempo.
As plataformas móveis também potencializam essa participação, visto que 68% das pessoas que utilizam celulares, iPhones ou smartphones conectam a internet pelo aparelho. Assim, a internet sai na frente como principal ferramenta de busca por imóveis, deixando os classificados dos jornais em segundo plano. Só na cidade de São Paulo, 49% das pessoas usam o meio virtual para procurar imóveis.
Entre as vantagens de atuar na internet, as empresas do ramo aumentam suas expectativas de venda através de email marketing digital e divulgação de lançamentos nas mídias sociais. Importante lembrar que o público se diferencia bastante de acordo com o tipo de empreendimento oferecido.
Para garantir que sua comunicação será realmente feita com o público alvo, portanto, é fundamental fazer uma análise identificando qual é o perfil do seu consumidor na rede, como ele utiliza os canais e de que forma prefere interagir na busca do seu imóvel.
Aqui, o trabalho de relacionamento ganha corpo nas estratégias de marketing online desenvolvidas junto as redes sociais. O conteúdo é sempre um dos pontos principais, mas no caso do mercado imobiliário, também é preciso estar atento às constantes manifestações públicas virtuais sobre a empresa, as construções e os serviços que cada uma oferece.
Se você faz parte deste segmento, um dos elementos mais importantes para o planejamento das ações de marketing digital é realizar o monitoramento da sua marca e da opinião do público. Só assim você saberá como os projetos estão sendo recebidos, se há realmente retorno neste investimento e qual a qualificação da sua empresa entre os consumidores e clientes em potencial.
Fonte: Aceita.com.br
Eles querem morar perto da faculdade
Universitários de fora da capital movimentam o mercado imobiliário no início do ano; saiba como encontrar as melhores opções
24 de janeiro de 2011 | 12h 02
ESTADÃO
Ligia Aguilhar, especial para O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Basta a divulgação dos primeiros resultados das provas do vestibular para o mercado imobiliário ficar em polvorosa. Com a aprovação no exame, muitos estudantes que moram em outras cidades ou estados vêm para a capital à procura de um imóvel perto da faculdade.
Segundo um levantamento da imobiliária Lello, o volume de atendimentos aumenta 35% nos meses de dezembro e janeiro por causa dos estudantes. A demanda é maior nas regiões próximas a universidades, como Perdizes, Pacaembu, Pinheiros e Jardins, na zona oeste, Vila Mariana e Moema, na zona sul, Higienópolis, na região central, e em Santo André (SP).
Para conseguir um imóvel com bom preço e boa localização em meio a tanta concorrência, é necessário ter paciência e disposição para percorrer as ruas e imobiliárias da cidade. "O jeito mais fácil é ir de prédio em prédio e conferir se há apartamentos vagos com os porteiros. É melhor negociar diretamente com o proprietário", diz o estudante de direito Gabriel Sala, de 23 anos, que há quatro anos divide um apartamento de dois quartos próximo ao Mackenzie com um amigo.
Ao contrário dele, a maioria dos estudantes prefere morar sozinhos. Segundo a diretora comercial da Lello, Roseli Hernandes, apenas 15%dos estudantes estão interessados em dividir o imóvel. "Os pais preferem que o filho more sozinho. Como os apartamentos de um dormitório são escassos, a maioria é obrigada a alugar os de dois quartos."
A locação de um imóvel de dois dormitórios varia de R$ 1,2 mil a R$ 2,5 mil. Já o de um dormitório tem oscilação maior e pode chegar a até R$ 3 mil.
Alguns fatores podem reduzir o valor do aluguel, como a ausência de garagem no prédio e a localização do imóvel. Quanto mais distante da faculdade, mais barato. "Quem estuda na FAAP, que fica em Higienópolis, por exemplo, pode encontrar preços mais em conta em Santa Cecília, bairro vizinho", diz Roseli.
Outra dica é procurar um apartamento já mobiliado, o que ajuda a reduzir as despesas iniciais.
Na hora de fechar negócio, o estudante deve ter toda a documentação necessária em mãos (veja ao lado). "É bom não perder tempo, porque se a pessoa não aluga na hora, vem outro e fecha negócio", diz Roseli.
Quem mora em outras cidades pode ter dificuldade para ter a documentação aceita, já que a maior parte das imobiliárias exige que o fiador tenha um imóvel na capital. Nesse caso, a solução é recorrer ao seguro fiança, que custa, em média, o equivalente a um mês e meio do aluguel.
Proprietários
Há também quem prefira comprar um imóvel. É o caso de Maria Ester Canesin, que há dois anos comprou um loft para que sua filha, a estudante de Rádio e TV Stefanie Marcon Ventura, 20, saísse de Sorocaba (SP) para estudar na FAAP, em São Paulo. Neste ano, seu outro filho, Caio Henrique Ventura, 18, foi aprovado no vestibular da PUC-SP. Como o loft era pequeno demais para os dois, decidiu alugar temporariamente um imóvel de dois quartos para os irmãos morarem juntos. "Vou procurar um maior para comprar. Prefiro fazer isso do que pagar aluguel", diz ela, que vai gastar R$ 2,2 mil mensais pelo apartamento a uma quadra da PUC-SP. O plano é garantir também o futuro dos filhos, já que os dois não pretendem voltar para a cidade natal.
24 de janeiro de 2011 | 12h 02
ESTADÃO
Ligia Aguilhar, especial para O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Basta a divulgação dos primeiros resultados das provas do vestibular para o mercado imobiliário ficar em polvorosa. Com a aprovação no exame, muitos estudantes que moram em outras cidades ou estados vêm para a capital à procura de um imóvel perto da faculdade.
Segundo um levantamento da imobiliária Lello, o volume de atendimentos aumenta 35% nos meses de dezembro e janeiro por causa dos estudantes. A demanda é maior nas regiões próximas a universidades, como Perdizes, Pacaembu, Pinheiros e Jardins, na zona oeste, Vila Mariana e Moema, na zona sul, Higienópolis, na região central, e em Santo André (SP).
Para conseguir um imóvel com bom preço e boa localização em meio a tanta concorrência, é necessário ter paciência e disposição para percorrer as ruas e imobiliárias da cidade. "O jeito mais fácil é ir de prédio em prédio e conferir se há apartamentos vagos com os porteiros. É melhor negociar diretamente com o proprietário", diz o estudante de direito Gabriel Sala, de 23 anos, que há quatro anos divide um apartamento de dois quartos próximo ao Mackenzie com um amigo.
Ao contrário dele, a maioria dos estudantes prefere morar sozinhos. Segundo a diretora comercial da Lello, Roseli Hernandes, apenas 15%dos estudantes estão interessados em dividir o imóvel. "Os pais preferem que o filho more sozinho. Como os apartamentos de um dormitório são escassos, a maioria é obrigada a alugar os de dois quartos."
A locação de um imóvel de dois dormitórios varia de R$ 1,2 mil a R$ 2,5 mil. Já o de um dormitório tem oscilação maior e pode chegar a até R$ 3 mil.
Alguns fatores podem reduzir o valor do aluguel, como a ausência de garagem no prédio e a localização do imóvel. Quanto mais distante da faculdade, mais barato. "Quem estuda na FAAP, que fica em Higienópolis, por exemplo, pode encontrar preços mais em conta em Santa Cecília, bairro vizinho", diz Roseli.
Outra dica é procurar um apartamento já mobiliado, o que ajuda a reduzir as despesas iniciais.
Na hora de fechar negócio, o estudante deve ter toda a documentação necessária em mãos (veja ao lado). "É bom não perder tempo, porque se a pessoa não aluga na hora, vem outro e fecha negócio", diz Roseli.
Quem mora em outras cidades pode ter dificuldade para ter a documentação aceita, já que a maior parte das imobiliárias exige que o fiador tenha um imóvel na capital. Nesse caso, a solução é recorrer ao seguro fiança, que custa, em média, o equivalente a um mês e meio do aluguel.
Proprietários
Há também quem prefira comprar um imóvel. É o caso de Maria Ester Canesin, que há dois anos comprou um loft para que sua filha, a estudante de Rádio e TV Stefanie Marcon Ventura, 20, saísse de Sorocaba (SP) para estudar na FAAP, em São Paulo. Neste ano, seu outro filho, Caio Henrique Ventura, 18, foi aprovado no vestibular da PUC-SP. Como o loft era pequeno demais para os dois, decidiu alugar temporariamente um imóvel de dois quartos para os irmãos morarem juntos. "Vou procurar um maior para comprar. Prefiro fazer isso do que pagar aluguel", diz ela, que vai gastar R$ 2,2 mil mensais pelo apartamento a uma quadra da PUC-SP. O plano é garantir também o futuro dos filhos, já que os dois não pretendem voltar para a cidade natal.
Financiamento
Folha de São Paulo, Mercado Aberto, 01/fev
Seis em cada dez paulistanos de classe C que procuram imóveis para comprar pretendem pagar com prazo de 21 anos a 30 anos. Apenas 12% querem pagar em até dez anos, segundo pesquisa da Quorum Brasil.
As principais dificuldades na aquisição de imóveis envolvem preço e comprovação da renda pelo comprador.
O programa Minha Casa, Minha Vida é conhecido por apenas um terço dos entrevistados. A maioria não sabe se pode usar o recurso para o financiamento.
Quase todos afirmam que irão buscar financiamento na Caixa Econômica Federal.
O apartamento é o imóvel preferido, especialmente entre os mais jovens. Condomínios fechados não representam grande demanda na cidade de São Paulo, de acordo com o estudo.
Seis em cada dez paulistanos de classe C que procuram imóveis para comprar pretendem pagar com prazo de 21 anos a 30 anos. Apenas 12% querem pagar em até dez anos, segundo pesquisa da Quorum Brasil.
As principais dificuldades na aquisição de imóveis envolvem preço e comprovação da renda pelo comprador.
O programa Minha Casa, Minha Vida é conhecido por apenas um terço dos entrevistados. A maioria não sabe se pode usar o recurso para o financiamento.
Quase todos afirmam que irão buscar financiamento na Caixa Econômica Federal.
O apartamento é o imóvel preferido, especialmente entre os mais jovens. Condomínios fechados não representam grande demanda na cidade de São Paulo, de acordo com o estudo.
China permite a cidades aumentar impostos de imóveis
Com medo de bolha imobiliária que ameaça economia, governo lança mão de medidas para reduzir aumento nos preços da habitação
The New York Times | 31/01/2011 08:04
A+ A-
Compartilhar: O governo da China lançou, na quarta-feira da semana passada, várias medidas destinadas a reduzir o aumento nos preços da habitação e impedir uma bolha imobiliária que ameaça a sua economia.
O Conselho de Estado ordenou que as cidades melhorem o gerenciamento dos estoques de terras, aumentem as taxas de imposto sobre a venda de apartamentos ou casas mantidas há menos de cinco anos e defina metas de controle dos preços para novas moradias. O governo também disse que vai aumentar o valor da entrada para os compradores de segundas residências de 50% para 60%.
As medidas foram divulgadas no website do conselho, depois de uma reunião liderada pelo primeiro-ministro, Wen Jiabao, o principal planejador econômico do país.
O anúncio representa a mais recente tentativa de Pequim de ganhar algum controle sobre uma das questões mais controversas da nação: o acesso à moradia e a perspectiva de que o aumento nos preços dos imóveis poderia pôr em risco o crescimento econômico do país.
Foto: Getty Images
Cidades como Xangai consideram imposto sobre a propriedade que seria destinado a ajudar especuladores (foto de arquivo)
No seu comunicado, o governo disse que as suas políticas já estão em funcionamento e que os preços das propriedades estão sob controle desde abril passado. Mas os desafios continuam, em um mercado que o governo diz estar sendo conduzido por especuladores.
Imposto sobre propriedade
Várias grandes cidades chinesas, incluindo Xangai e Chongqing, estão considerando experimentar com um imposto sobre a propriedade que seria destinado a ajudar os especuladores e reduzir a dependência da venda de terrenos para renda.
Durante grande parte dos últimos seis anos, os preços da habitação subiram rapidamente nas cidades costeiras da China, ou mesmo nas províncias do interior, conforme o país embarcava em uma grande urbanização. Em Xangai, por exemplo, alguns apartamentos estão sendo vendidos pelo equivalente a US$ 10 milhões.
O aumento constante nos preços da habitação criou uma disputa pela compra de terras entre as construtoras. Muitos dos novos bilionários da China são donos de construtoras. Mas mesmo as empresas estatais estão abocanhando grandes extensões de terras, como investimentos especulativos ou para construir arranha-céus de luxo.
Pequim está cada vez mais preocupada com as construtoras, geralmente assistidas pelos governos locais, que ilegalmente confiscam terras, e com a ansiedade crescente entre o público sobre a escassez de moradias a preços acessíveis. Pequim também teme que seus principais bancos estatais possam estar em risco se o mercado imobiliário entrar em colapso.
Acesso
O governo anunciou planos para construir habitações mais acessíveis nas grandes cidades, mas só teve sucesso em impedir o aumento de preços. Os controles do governo pareciam, apenas temporariamente, desacelerar o aumento dos preços da habitação nos últimos seis anos. E então, depois de um tempo, eles começam a subir novamente.
Muitos compradores acreditam que o governo não vai agir com firmeza no mercado porque os governos locais dependem da venda de terras para uma parcela significativa dos seus rendimentos, por isso têm um forte incentivo para manter os preços elevados.
No ano passado, segundo o governo, a venda de terras em todo o país subiu 70%, chegando a mais de US$ 400 bilhões. Em seu anúncio na quarta-feira, o governo prometeu que iria criar uma “mecanismo” de prestação de contas para regular e controlar o mercado imobiliário.
*Por David Barboza
The New York Times | 31/01/2011 08:04
A+ A-
Compartilhar: O governo da China lançou, na quarta-feira da semana passada, várias medidas destinadas a reduzir o aumento nos preços da habitação e impedir uma bolha imobiliária que ameaça a sua economia.
O Conselho de Estado ordenou que as cidades melhorem o gerenciamento dos estoques de terras, aumentem as taxas de imposto sobre a venda de apartamentos ou casas mantidas há menos de cinco anos e defina metas de controle dos preços para novas moradias. O governo também disse que vai aumentar o valor da entrada para os compradores de segundas residências de 50% para 60%.
As medidas foram divulgadas no website do conselho, depois de uma reunião liderada pelo primeiro-ministro, Wen Jiabao, o principal planejador econômico do país.
O anúncio representa a mais recente tentativa de Pequim de ganhar algum controle sobre uma das questões mais controversas da nação: o acesso à moradia e a perspectiva de que o aumento nos preços dos imóveis poderia pôr em risco o crescimento econômico do país.
Foto: Getty Images
Cidades como Xangai consideram imposto sobre a propriedade que seria destinado a ajudar especuladores (foto de arquivo)
No seu comunicado, o governo disse que as suas políticas já estão em funcionamento e que os preços das propriedades estão sob controle desde abril passado. Mas os desafios continuam, em um mercado que o governo diz estar sendo conduzido por especuladores.
Imposto sobre propriedade
Várias grandes cidades chinesas, incluindo Xangai e Chongqing, estão considerando experimentar com um imposto sobre a propriedade que seria destinado a ajudar os especuladores e reduzir a dependência da venda de terrenos para renda.
Durante grande parte dos últimos seis anos, os preços da habitação subiram rapidamente nas cidades costeiras da China, ou mesmo nas províncias do interior, conforme o país embarcava em uma grande urbanização. Em Xangai, por exemplo, alguns apartamentos estão sendo vendidos pelo equivalente a US$ 10 milhões.
O aumento constante nos preços da habitação criou uma disputa pela compra de terras entre as construtoras. Muitos dos novos bilionários da China são donos de construtoras. Mas mesmo as empresas estatais estão abocanhando grandes extensões de terras, como investimentos especulativos ou para construir arranha-céus de luxo.
Pequim está cada vez mais preocupada com as construtoras, geralmente assistidas pelos governos locais, que ilegalmente confiscam terras, e com a ansiedade crescente entre o público sobre a escassez de moradias a preços acessíveis. Pequim também teme que seus principais bancos estatais possam estar em risco se o mercado imobiliário entrar em colapso.
Acesso
O governo anunciou planos para construir habitações mais acessíveis nas grandes cidades, mas só teve sucesso em impedir o aumento de preços. Os controles do governo pareciam, apenas temporariamente, desacelerar o aumento dos preços da habitação nos últimos seis anos. E então, depois de um tempo, eles começam a subir novamente.
Muitos compradores acreditam que o governo não vai agir com firmeza no mercado porque os governos locais dependem da venda de terras para uma parcela significativa dos seus rendimentos, por isso têm um forte incentivo para manter os preços elevados.
No ano passado, segundo o governo, a venda de terras em todo o país subiu 70%, chegando a mais de US$ 400 bilhões. Em seu anúncio na quarta-feira, o governo prometeu que iria criar uma “mecanismo” de prestação de contas para regular e controlar o mercado imobiliário.
*Por David Barboza
Adeus, fiador: apenas o início da mudança
Maria Clara Serra Tamanho do texto A A A Um ano depois, mercado começa a sentir impacto das regras da nova Lei do Inquilinato
As mudanças na Lei do Inquilinato, ocorridas há um ano, podem não ter surtido o efeito esperado pelo mercado — que previa mais agilidade nas ações de despejo e aumento da oferta de imóveis —, mas, na visão do Sindicato da Habitação (Secovi Rio), por exemplo, são inegáveis as melhorias trazidas por ela.
Segundo Antônio Paulo Monnerat, vice-presidente de Locações da entidade, antes da modificação nas regras de locação, o inquilino, mesmo devendo seis meses de aluguel, podia entrar com uma ação de "intenção de pagar" na Justiça, o que paralisava o processo de despejo. Hoje, isso não é mais possível. Ou as mensalidades pendentes são pagas ou o juiz concede uma liminar com prazo de 15 dias para o despejo.
— Apesar de o Judiciário não estar tão ágil quanto a gente imaginava, hoje é possível reaver o imóvel num tempo menor. Antes da lei, a o despejo demorava cerca de um ano e meio. A tendência é que esse prazo caia para quatro ou cinco meses — afirma Monnerat.
Mais oferta
Com mais agilidade nas ações de despejo, esperava-se que proprietários que antes preferiam deixar o imóvel parado para não correr o risco de ver o bem preso ao contrato de locação perdessem o medo. Com isso, a oferta subiria.
O número de imóveis cresceu, mas, de acordo com o gerente geral da corretora Apsa, Márcio Murad, vários fatores, como o boom do mercado imobiliário e o aumento de inquilinos em potencial — com a população saindo mais cedo da casa dos pais — também influenciaram no crescimento.
Despejo
O proprietário pode entrar com ação de despejo após dois meses de inadimplência. Se as mensalidades pendentes não forem pagas, o juiz pode conceder uma liminar de desocupação no prazo de 15 dias. A agilidade do Judiciário ainda não é a esperada, com o prazo de despejo variando muito, mas a perspectiva é a de que este processo seja concluído em quatro ou cinco meses.
Fiador
Em contratos firmados com a assinatura do fiador, este poderá pedir o encerramento do compromisso com aviso prévio de 30 dias, após o término do contrato inicial. Ou seja, a renovação não é automática. Nesse caso, o proprietário poderá exigir a substituição do fiador, tendo o inquilino 30 dias para apresentar um substituto.
Quebra de contrato
Durante o contrato, o locador não poderá impedir que o inquilino queira deixar o imóvel. No entanto, este terá que pagar uma multa proporcional ao tempo que faltava para cumprir o contrato.
Sem garantia
O contrato poderá ser firmado sem qualquer garantia, desde que haja concordância do locador. Em caso de inadimplência, o proprietário poderá mover uma ação de despejo com liminar de desocupação em 15 dias, com apenas um mês de atraso. A ação de despejo somente será suspensa se o inquilino pagar a mensalidade no prazo máximo de 15 dias.
As mudanças na Lei do Inquilinato, ocorridas há um ano, podem não ter surtido o efeito esperado pelo mercado — que previa mais agilidade nas ações de despejo e aumento da oferta de imóveis —, mas, na visão do Sindicato da Habitação (Secovi Rio), por exemplo, são inegáveis as melhorias trazidas por ela.
Segundo Antônio Paulo Monnerat, vice-presidente de Locações da entidade, antes da modificação nas regras de locação, o inquilino, mesmo devendo seis meses de aluguel, podia entrar com uma ação de "intenção de pagar" na Justiça, o que paralisava o processo de despejo. Hoje, isso não é mais possível. Ou as mensalidades pendentes são pagas ou o juiz concede uma liminar com prazo de 15 dias para o despejo.
— Apesar de o Judiciário não estar tão ágil quanto a gente imaginava, hoje é possível reaver o imóvel num tempo menor. Antes da lei, a o despejo demorava cerca de um ano e meio. A tendência é que esse prazo caia para quatro ou cinco meses — afirma Monnerat.
Mais oferta
Com mais agilidade nas ações de despejo, esperava-se que proprietários que antes preferiam deixar o imóvel parado para não correr o risco de ver o bem preso ao contrato de locação perdessem o medo. Com isso, a oferta subiria.
O número de imóveis cresceu, mas, de acordo com o gerente geral da corretora Apsa, Márcio Murad, vários fatores, como o boom do mercado imobiliário e o aumento de inquilinos em potencial — com a população saindo mais cedo da casa dos pais — também influenciaram no crescimento.
Despejo
O proprietário pode entrar com ação de despejo após dois meses de inadimplência. Se as mensalidades pendentes não forem pagas, o juiz pode conceder uma liminar de desocupação no prazo de 15 dias. A agilidade do Judiciário ainda não é a esperada, com o prazo de despejo variando muito, mas a perspectiva é a de que este processo seja concluído em quatro ou cinco meses.
Fiador
Em contratos firmados com a assinatura do fiador, este poderá pedir o encerramento do compromisso com aviso prévio de 30 dias, após o término do contrato inicial. Ou seja, a renovação não é automática. Nesse caso, o proprietário poderá exigir a substituição do fiador, tendo o inquilino 30 dias para apresentar um substituto.
Quebra de contrato
Durante o contrato, o locador não poderá impedir que o inquilino queira deixar o imóvel. No entanto, este terá que pagar uma multa proporcional ao tempo que faltava para cumprir o contrato.
Sem garantia
O contrato poderá ser firmado sem qualquer garantia, desde que haja concordância do locador. Em caso de inadimplência, o proprietário poderá mover uma ação de despejo com liminar de desocupação em 15 dias, com apenas um mês de atraso. A ação de despejo somente será suspensa se o inquilino pagar a mensalidade no prazo máximo de 15 dias.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
SAIBA POR QUE
Busque uma razão para viver, mantenha-a em frente de você e você irá encontrar a energia necessária para alcançar tudo o que deseja alcançar. Peter Adams
U ma das melhores técnicas para realizações – absolutamente – não é técnica nenhuma. Tudo consiste em simplesmente entender e compreender o “por que”. São muitas as pessoas que podem lhe oferecer conselhos sobre o que você deve fazer e como fazer. Porém, o que realmente pode lhe impulsionar e capacitá-lo de maneira bem sucedida à realização é saber o porquê você deseja o que deseja.
Em vez de se debater no “como” busque entender a real razão do “por que”. Ao fazer isso você poderá transformar as suas dúvidas e lutas em uma missão de vida. As suas escolhas são feitas por uma razão. Tenha essa razão na sua mente ao viver essas escolhas.
Existe um poder enorme em perseguir um propósito que é verdadeiramente seu. Quando surgirem os obstáculos, e – esteja certo – eles irão surgir, você então encontrará a força em Deus para seguir em frente no propósito que Ele colocou em seu coração. Porém, tudo começa com o “por que”. Saiba o por que, lembre-se sempre do por que e encontre a alegria em realizar o seu mais sincero propósito.
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá. Salmos 37:5
U ma das melhores técnicas para realizações – absolutamente – não é técnica nenhuma. Tudo consiste em simplesmente entender e compreender o “por que”. São muitas as pessoas que podem lhe oferecer conselhos sobre o que você deve fazer e como fazer. Porém, o que realmente pode lhe impulsionar e capacitá-lo de maneira bem sucedida à realização é saber o porquê você deseja o que deseja.
Em vez de se debater no “como” busque entender a real razão do “por que”. Ao fazer isso você poderá transformar as suas dúvidas e lutas em uma missão de vida. As suas escolhas são feitas por uma razão. Tenha essa razão na sua mente ao viver essas escolhas.
Existe um poder enorme em perseguir um propósito que é verdadeiramente seu. Quando surgirem os obstáculos, e – esteja certo – eles irão surgir, você então encontrará a força em Deus para seguir em frente no propósito que Ele colocou em seu coração. Porém, tudo começa com o “por que”. Saiba o por que, lembre-se sempre do por que e encontre a alegria em realizar o seu mais sincero propósito.
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá. Salmos 37:5
Imóveis podem ficar até 67%
sábado, 19 de fevereiro de 2011 7:10
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
A variação nos preços dos imóveis no Grande ABC segue forte, mas ainda abaixo da média na Capital. Enquanto em São Paulo é maior a procura por unidades com um dormitório, cujo preço subiu 53,12% entre 2008 e 2010, na região o maior aumento é notado nos lançamentos com quatro dormitórios, que estão 67,15% mais caros.
Dados da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradores do Grande ABC) mostram o valor médio do imóvel de alto padrão saltou de R$ 481 mil para R$ 804 mil em dois anos. Em seguida, vem o de dois dormitórios, vendido antes por R$ 125 mil e que agora não sai por menos de R$ 171 mil, variação de 36,80%.
Na Capital, índice calculado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e pelo Zap Imóveis identificou que a variação no preço das unidades com dois dormitórios chegou a 50,97% no valor. Para o diretor do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), João Batista Bonadio, a tendência é que os valores fiquem mais altos.
"A demanda por imóveis na região está grande, mas os preços ainda são melhores quando comparados aos praticados na Capital. Enquanto os valores dos apartamentos sobem, a metragem deles está cada vez menor. A procura por imóveis novos e usados cresce."
SÃO CAETANO
Pesquisa de uma imobiliária são-caetanense indica que a maior variação nos preços no período de janeiro de 2008 a janeiro de 2011 ocorreu nas unidades com um dormitório. O valor inflacinou em 80%, encerrando o primeiro mês do ano com média de R$ 180 mil.
O município que ostenta o metro quadrado mais caro do Grande ABC também responde pelo maior número de lançamentos de imóveis com quatro dormitórios ou mais. Ainda segundo a empresa, as unidades com três dormitórios encareceram 50% no período, custando em janeiro cerca de R$ 450 mil.
Santo André e Diadema concentram novos imóveis entre dois e três quartos. Em São Bernardo, a predominância é de unidades com dois dormitórios. No ano passsado, a venda de apartamentos com três quartos representou 25,11% do total comercializado. Para unidades com dois, foi de 61,2%. Quatro dormitórios ou mais somaram 13,7%.
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
A variação nos preços dos imóveis no Grande ABC segue forte, mas ainda abaixo da média na Capital. Enquanto em São Paulo é maior a procura por unidades com um dormitório, cujo preço subiu 53,12% entre 2008 e 2010, na região o maior aumento é notado nos lançamentos com quatro dormitórios, que estão 67,15% mais caros.
Dados da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradores do Grande ABC) mostram o valor médio do imóvel de alto padrão saltou de R$ 481 mil para R$ 804 mil em dois anos. Em seguida, vem o de dois dormitórios, vendido antes por R$ 125 mil e que agora não sai por menos de R$ 171 mil, variação de 36,80%.
Na Capital, índice calculado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e pelo Zap Imóveis identificou que a variação no preço das unidades com dois dormitórios chegou a 50,97% no valor. Para o diretor do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), João Batista Bonadio, a tendência é que os valores fiquem mais altos.
"A demanda por imóveis na região está grande, mas os preços ainda são melhores quando comparados aos praticados na Capital. Enquanto os valores dos apartamentos sobem, a metragem deles está cada vez menor. A procura por imóveis novos e usados cresce."
SÃO CAETANO
Pesquisa de uma imobiliária são-caetanense indica que a maior variação nos preços no período de janeiro de 2008 a janeiro de 2011 ocorreu nas unidades com um dormitório. O valor inflacinou em 80%, encerrando o primeiro mês do ano com média de R$ 180 mil.
O município que ostenta o metro quadrado mais caro do Grande ABC também responde pelo maior número de lançamentos de imóveis com quatro dormitórios ou mais. Ainda segundo a empresa, as unidades com três dormitórios encareceram 50% no período, custando em janeiro cerca de R$ 450 mil.
Santo André e Diadema concentram novos imóveis entre dois e três quartos. Em São Bernardo, a predominância é de unidades com dois dormitórios. No ano passsado, a venda de apartamentos com três quartos representou 25,11% do total comercializado. Para unidades com dois, foi de 61,2%. Quatro dormitórios ou mais somaram 13,7%.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Governo quer criar índice de preço para imóveis
VALDO CRUZ
SHEILA D'AMORIM
DE BRASÍLIA
Preocupada com a valorização dos imóveis nos últimos anos, o que pode se transformar numa bolha imobiliária, a presidente Dilma Rousseff decidiu acelerar a criação de um indicador de preços oficial para o setor.
Para isso, segundo assessores, ela assinará um decreto criando uma parceria entre a Caixa Econômica Federal e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para testar e montar o modelo final do Índice de Preços de Imóveis.
O índice deverá medir a evolução do valor de casas e apartamentos em todas as capitais. Inicialmente, os testes serão feitos em, no máximo, cinco cidades. Participam do projeto o Ministério da Fazenda e o Banco Central, que lançou a ideia.
O índice poderá ter usos diversos e enfrenta resistências dentro do próprio governo. Será um indicador de exposição ao risco dos bancos, que financiam os negócios nessa área, e também de renda gerada na economia.
Um problema destacado por parte dos técnicos do governo é que o índice pode acabar se tornando também um indexador do setor, sendo usado por donos de imóveis para reajustar os preços.
Há também a dificuldade em definir o modelo de índice que mais se ajusta à realidade brasileira. Ao contrário de outros setores, o imobiliário tem características específicas e o estoque de imóveis no país é diversificado.
A formação do índice pressupõe ser possível comparar o preço de um mesmo imóvel em vários momentos diferentes. No caso de casas, apartamentos, lojas e demais construções, comerciais ou residenciais, há uma série de fatores que precisam ser considerados no valor final.
Editoria de Arte/Folhapress
Estudo feito pelo IBGE, em dezembro de 2010, aponta, entre os problemas, o fato de que, mesmo acompanhando uma residência determinada, não há garantia de que a qualidade foi mantida.
A depreciação do imóvel, que pode não ter passado por manutenção, afeta o preço. Da mesma forma como melhorias valorizam o bem.
Por isso, o governo trabalha com, pelo menos, quatro métodos distintos já usados em países como EUA, Nova Zelândia, Austrália e Espanha para encontrar o que melhor se aplica ao Brasil.
A Caixa e o IBGE já criaram alguns modelos, que serão testados logo após a assinatura do decreto. O índice será um instrumento de trabalho para os agentes imobiliários, como a Caixa. Por meio dele, técnicos da CEF avaliam que será mais seguro e fácil analisar a concessão de créditos para financiamento de aquisição de imóveis no país.
PESQUISAS
Atualmente, a Caixa já faz pesquisas de mapeamento de preços de imóveis, mas setorizadas, focadas em regiões de cidades em que financia crédito imobiliário.
Para montar um índice nacional e que cubra toda a região das capitais, a decisão do governo foi unir a experiência no setor da Caixa e a do IBGE na coleta de dados.
Assessores da equipe econômica defendem a ideia com o argumento de que, depois da recente crise, todos os países estão buscando monitorar os preços no setor imobiliário. Quanto ao risco de se tornar um indexador, argumenta-se que é preciso criar um controle sobre os preços no setor, como já existe com outros produtos.
SHEILA D'AMORIM
DE BRASÍLIA
Preocupada com a valorização dos imóveis nos últimos anos, o que pode se transformar numa bolha imobiliária, a presidente Dilma Rousseff decidiu acelerar a criação de um indicador de preços oficial para o setor.
Para isso, segundo assessores, ela assinará um decreto criando uma parceria entre a Caixa Econômica Federal e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para testar e montar o modelo final do Índice de Preços de Imóveis.
O índice deverá medir a evolução do valor de casas e apartamentos em todas as capitais. Inicialmente, os testes serão feitos em, no máximo, cinco cidades. Participam do projeto o Ministério da Fazenda e o Banco Central, que lançou a ideia.
O índice poderá ter usos diversos e enfrenta resistências dentro do próprio governo. Será um indicador de exposição ao risco dos bancos, que financiam os negócios nessa área, e também de renda gerada na economia.
Um problema destacado por parte dos técnicos do governo é que o índice pode acabar se tornando também um indexador do setor, sendo usado por donos de imóveis para reajustar os preços.
Há também a dificuldade em definir o modelo de índice que mais se ajusta à realidade brasileira. Ao contrário de outros setores, o imobiliário tem características específicas e o estoque de imóveis no país é diversificado.
A formação do índice pressupõe ser possível comparar o preço de um mesmo imóvel em vários momentos diferentes. No caso de casas, apartamentos, lojas e demais construções, comerciais ou residenciais, há uma série de fatores que precisam ser considerados no valor final.
Editoria de Arte/Folhapress
Estudo feito pelo IBGE, em dezembro de 2010, aponta, entre os problemas, o fato de que, mesmo acompanhando uma residência determinada, não há garantia de que a qualidade foi mantida.
A depreciação do imóvel, que pode não ter passado por manutenção, afeta o preço. Da mesma forma como melhorias valorizam o bem.
Por isso, o governo trabalha com, pelo menos, quatro métodos distintos já usados em países como EUA, Nova Zelândia, Austrália e Espanha para encontrar o que melhor se aplica ao Brasil.
A Caixa e o IBGE já criaram alguns modelos, que serão testados logo após a assinatura do decreto. O índice será um instrumento de trabalho para os agentes imobiliários, como a Caixa. Por meio dele, técnicos da CEF avaliam que será mais seguro e fácil analisar a concessão de créditos para financiamento de aquisição de imóveis no país.
PESQUISAS
Atualmente, a Caixa já faz pesquisas de mapeamento de preços de imóveis, mas setorizadas, focadas em regiões de cidades em que financia crédito imobiliário.
Para montar um índice nacional e que cubra toda a região das capitais, a decisão do governo foi unir a experiência no setor da Caixa e a do IBGE na coleta de dados.
Assessores da equipe econômica defendem a ideia com o argumento de que, depois da recente crise, todos os países estão buscando monitorar os preços no setor imobiliário. Quanto ao risco de se tornar um indexador, argumenta-se que é preciso criar um controle sobre os preços no setor, como já existe com outros produtos.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Crédito imobiliário aprovado no estande nem sempre é liberado
PATRÍCIA BASILIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem compra imóvel na planta geralmente o financia em duas etapas. Na primeira, durante a fase de obras, paga as parcelas diretamente à construtora ou à incorporadora do empreendimento.
Na segunda, após a entrega das chaves, é preciso contratar um financiamento bancário. Para minimizar o risco de não conseguir esse crédito com os bancos, eles começam a ser envolvidos na transação desde o início.
Nos estandes de venda, além de simular o financiamento do imóvel, construtoras analisam em parceria com os bancos a capacidade financeira do comprador.
"Em uma hora o cliente sabe se tem condições de obter um financiamento", destaca Rodrigo Gordinho, diretor comercial da CrediPronto, parceria do banco Itaú e da imobiliária Lopes.
A pré-aprovação, porém, não assegura a liberação do crédito quando o imóvel fica pronto. A renda do cliente, por exemplo, pode mudar.
"A construtora deve alertá-lo sobre esse risco", avisa Renata Reis, supervisora da área de habitação do Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).
Dados do órgão apontam que o número de contratos rescindidos de imóveis novos subiu 23% de 2007 a 2010 na capital paulista;as vendas caíram 1,6% no período, de acordo com o Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).
"As reclamações mais comuns são as de quem não consegue o financiamento ou tem o padrão financeiro reduzido e não pode arcar com as parcelas", diz Reis.
TAXA ILEGAL
A parceria de um banco com a construtora pode dificultar a vida do mutuário que quer financiar o bem com outra instituição financeira.
Nesse caso, é comum a imobiliária cobrar dele a chamada taxa de interveniência. "Ela é ilegal e chega a custar R$ 3.000", adverte Reis.
O engenheiro Fabio Prosdocimi, 54, financiou um imóvel na planta com o banco parceiro da imobiliária, mas antes pesquisou "todas as instituições bancárias".
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem compra imóvel na planta geralmente o financia em duas etapas. Na primeira, durante a fase de obras, paga as parcelas diretamente à construtora ou à incorporadora do empreendimento.
Na segunda, após a entrega das chaves, é preciso contratar um financiamento bancário. Para minimizar o risco de não conseguir esse crédito com os bancos, eles começam a ser envolvidos na transação desde o início.
Nos estandes de venda, além de simular o financiamento do imóvel, construtoras analisam em parceria com os bancos a capacidade financeira do comprador.
"Em uma hora o cliente sabe se tem condições de obter um financiamento", destaca Rodrigo Gordinho, diretor comercial da CrediPronto, parceria do banco Itaú e da imobiliária Lopes.
A pré-aprovação, porém, não assegura a liberação do crédito quando o imóvel fica pronto. A renda do cliente, por exemplo, pode mudar.
"A construtora deve alertá-lo sobre esse risco", avisa Renata Reis, supervisora da área de habitação do Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor).
Dados do órgão apontam que o número de contratos rescindidos de imóveis novos subiu 23% de 2007 a 2010 na capital paulista;as vendas caíram 1,6% no período, de acordo com o Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).
"As reclamações mais comuns são as de quem não consegue o financiamento ou tem o padrão financeiro reduzido e não pode arcar com as parcelas", diz Reis.
TAXA ILEGAL
A parceria de um banco com a construtora pode dificultar a vida do mutuário que quer financiar o bem com outra instituição financeira.
Nesse caso, é comum a imobiliária cobrar dele a chamada taxa de interveniência. "Ela é ilegal e chega a custar R$ 3.000", adverte Reis.
O engenheiro Fabio Prosdocimi, 54, financiou um imóvel na planta com o banco parceiro da imobiliária, mas antes pesquisou "todas as instituições bancárias".
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