Universitários de fora da capital movimentam o mercado imobiliário no início do ano; saiba como encontrar as melhores opções
24 de janeiro de 2011 | 12h 02
ESTADÃO
Ligia Aguilhar, especial para O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Basta a divulgação dos primeiros resultados das provas do vestibular para o mercado imobiliário ficar em polvorosa. Com a aprovação no exame, muitos estudantes que moram em outras cidades ou estados vêm para a capital à procura de um imóvel perto da faculdade.
Segundo um levantamento da imobiliária Lello, o volume de atendimentos aumenta 35% nos meses de dezembro e janeiro por causa dos estudantes. A demanda é maior nas regiões próximas a universidades, como Perdizes, Pacaembu, Pinheiros e Jardins, na zona oeste, Vila Mariana e Moema, na zona sul, Higienópolis, na região central, e em Santo André (SP).
Para conseguir um imóvel com bom preço e boa localização em meio a tanta concorrência, é necessário ter paciência e disposição para percorrer as ruas e imobiliárias da cidade. "O jeito mais fácil é ir de prédio em prédio e conferir se há apartamentos vagos com os porteiros. É melhor negociar diretamente com o proprietário", diz o estudante de direito Gabriel Sala, de 23 anos, que há quatro anos divide um apartamento de dois quartos próximo ao Mackenzie com um amigo.
Ao contrário dele, a maioria dos estudantes prefere morar sozinhos. Segundo a diretora comercial da Lello, Roseli Hernandes, apenas 15%dos estudantes estão interessados em dividir o imóvel. "Os pais preferem que o filho more sozinho. Como os apartamentos de um dormitório são escassos, a maioria é obrigada a alugar os de dois quartos."
A locação de um imóvel de dois dormitórios varia de R$ 1,2 mil a R$ 2,5 mil. Já o de um dormitório tem oscilação maior e pode chegar a até R$ 3 mil.
Alguns fatores podem reduzir o valor do aluguel, como a ausência de garagem no prédio e a localização do imóvel. Quanto mais distante da faculdade, mais barato. "Quem estuda na FAAP, que fica em Higienópolis, por exemplo, pode encontrar preços mais em conta em Santa Cecília, bairro vizinho", diz Roseli.
Outra dica é procurar um apartamento já mobiliado, o que ajuda a reduzir as despesas iniciais.
Na hora de fechar negócio, o estudante deve ter toda a documentação necessária em mãos (veja ao lado). "É bom não perder tempo, porque se a pessoa não aluga na hora, vem outro e fecha negócio", diz Roseli.
Quem mora em outras cidades pode ter dificuldade para ter a documentação aceita, já que a maior parte das imobiliárias exige que o fiador tenha um imóvel na capital. Nesse caso, a solução é recorrer ao seguro fiança, que custa, em média, o equivalente a um mês e meio do aluguel.
Proprietários
Há também quem prefira comprar um imóvel. É o caso de Maria Ester Canesin, que há dois anos comprou um loft para que sua filha, a estudante de Rádio e TV Stefanie Marcon Ventura, 20, saísse de Sorocaba (SP) para estudar na FAAP, em São Paulo. Neste ano, seu outro filho, Caio Henrique Ventura, 18, foi aprovado no vestibular da PUC-SP. Como o loft era pequeno demais para os dois, decidiu alugar temporariamente um imóvel de dois quartos para os irmãos morarem juntos. "Vou procurar um maior para comprar. Prefiro fazer isso do que pagar aluguel", diz ela, que vai gastar R$ 2,2 mil mensais pelo apartamento a uma quadra da PUC-SP. O plano é garantir também o futuro dos filhos, já que os dois não pretendem voltar para a cidade natal.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
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