Folha de São Paulo, Mercado Aberto, 05/jun
A marginal Pinheiros é o local com o maior número de escritórios de alto padrão em São Paulo, de acordo com estudo da consultoria Binswanger Brazil.
A região abriga 22% dos imóveis comerciais "premium" na cidade. A avenida Brigadeiro Faria Lima aparece em seguida, com 15%.
"A tendência é esse mercado ficar mais concentrado na marginal, que é hoje o maior canteiro de obras de São Paulo", diz Melissa Spinelli, consultora da companhia.
Os escritórios de alto padrão são os das classes A e AA, com área útil mínima de 500 metros quadrados por andar, alta eficiência dos elevadores, acabamentos de qualidade superior, entre outras características.
A região da marginal Pinheiros entre as pontes Transamérica e Morumbi é a que reúne mais possibilidades para a construção de novos empreendimentos, segundo Danilo Camargo, gerente da BNCORP, joint venture entre a construtora Bueno Netto e o Bank of America Merrill Lynch e MaxCap.
"Há terrenos com valores adequados e o zoneamento permite edifícios mais altos", diz Camargo.
Os bairros da Barra Funda e da Vila Olímpia também devem receber uma quantidade maior de escritórios de luxo nos próximos anos, segundo a consultoria imobiliária Colliers International Brasil e a Odebrecht.
"A locomoção urbana dita as tendências de crescimento e esses são os polos mais promissores", diz o presidente da Odebrecht Realizações Imobiliárias, Paul Altit.
Sem revitalização, centro é líder de unidades classe C
O centro de São Paulo, que era ocupado por escritórios "premium" até a década de 1960, hoje concentra 57% das unidades para a classe C, segundo a consultoria imobiliária Jones Lang LaSalle.
A ausência de ar-condicionado central é a principal característica da categoria, que representa 38% dos escritórios da cidade.
"Em algum momento o centro será revitalizado. É uma tendência das grandes metrópoles", diz o presidente Odebrecht Realizações Imobiliárias, Paul Altit.
Para o gerente da BNCORP Danilo Camargo, a renovação da área não ocorrerá nos próximos cinco anos.
"Não há atratividade para reformar prédios no centro, pois o valor de locação é muito baixo", diz Camargo.
Outra opção utilizada por empresas é o aluguel de unidades em prédios menores, que não sofrem restrições urbanísticas.
"São os chamados escritórios de bairro, que têm crescido em importância devido aos problemas de mobilidade", afirma Camargo.
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