Folha de São Paulo, 27/mai
No interior, econômicos dominam lançamentos em metade das cidades
A capital paulista não teve nenhum lançamento imobiliário com valor do metro quadrado abaixo de R$ 3.000 nos primeiros quatro meses do ano, de acordo com o levantamento da imobiliária Coelho da Fonseca.
Já no interior do Estado o cenário é muito diferente.
Seis das 15 cidades desse grupo, com lançamentos registrados na Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) no período, tiveram todos os novos imóveis nessa faixa de preço, considerada pelo estudo como segmento econômico.
Na capital, o predomínio foi de unidades de médio padrão em todas as regiões, exceto na oeste, em que a maior parte foi de alto padrão (60% do total).
O centro e a zona norte tiveram 100% dos imóveis lançados no segmento de médio padrão. A zona leste, 75%. E a zona sul teve 43% de médio padrão -também a maior parcela em relação aos demais segmentos.
"O valor dos terrenos na capital está muito alto para que sejam feitos imóveis econômicos", diz Fátima Rodrigues, diretora de lançamentos da Coelho da Fonseca.
Nesse cenário, as construtoras, em busca de alternativas, vêm ampliando a atuação em outras regiões, como no interior de SP e em outros Estados do país.
"Em SP, a vocação para o segmento de imóveis econômicos está no interior, e não na capital", diz Rodrigues.
"Por muito tempo, regiões fora da capital ficaram desassistidas; faltavam lançamentos. No último ano, isso mudou, tanto no interior de SP quanto em outros Estados, como Bahia", completa.
Rodrigues também destaca a maior necessidade de planejar bem os lançamentos na cidade de SP hoje, em razão dos valores altos.
"É preciso estudar muito o perfil da região, a demanda e o tempo entre um lançamento e outro."
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