A repressão da Prefeitura aos camelôs irregulares da Feira da Madrugada está causando explosão no preço dos aluguéis das lojas comerciais no Brás. O preço do m² de boxes bem localizados nos centros de compra popular da região já ultrapassa os R$ 800 mensais. O valor bate até o preço médio de shoppings e ruas caras de São Paulo.
Segundo pesquisa feita pela consultoria Cushman & Wakefield em junho, o aluguel médio mensal do m² na Oscar Freire, por exemplo, era de R$ 230. E o do Shopping Iguatemi, de R$ 744.
Mas o cerco às barracas ilegais e o aumento do poder de compra da classe C brasileira está alavancando a procura em zonas comerciais mais populares da capital, como na Rua 25 de Março e no Brás, de forma inédita. Na primeira, considerada o maior centro comercial da América Latina, o m² dos boxes chega a custar R$ 1 mil.
O crescimento no preço do aluguel no Brás é mais recente, mas empresários já apostam nos shoppings populares como solução para as mais de 20 mil pessoas que vão ficar desempregadas, caso a fiscalização na Feira da Madrugada permaneça.
Nos quarteirões próximos da feira, pelo menos cinco grandes shoppings populares estão sendo construídos por empresários ávidos por absorver a massa de comerciantes desempregados.
Apenas o New Mall, que está sendo erguido na esquina das Ruas João Teodoro e Rodrigues do Santos, vai ter mais de 420 lojas. Nele, o aluguel de um boxe de metros 5 m² ultrapassa os R$ 4 mil mensais nas áreas mais bem posicionadas.
Já na Rua Oriente, a duas quadras do Pátio do Pari – onde funciona a feirinha -, está sendo erguido o mais alto: um prédio de quatro andares que será totalmente dividido em boxes de 5 m² a 20 m².
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