sábado, 5 de novembro de 2011

Crédito imobiliário originado da poupança sobe 560%, afirma BC

Os saldos dos financiamentos habitacionais com cartas de crédito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) cresceram entre 2002 e 2010. O aumento de 560% ocupou o espaço de outras aplicações imobiliárias.

De acordo com o Relatório de Economia Bancária e Crédito, do Banco Central, em 2002 foram direcionados para o financiamento habitacional R$ 20,718 bilhões do SBPE; já em 2010, o valor subiu para R$ 136,688 bilhões.

Em 2002, foi concedido R$ 1,174 bilhão para a aquisição de imóveis, sendo que R$ 495,7 milhões foram para imóveis novos, e R$ 679 milhões, para usados. Em 2010, o valor direcionado à aquisição de imóveis subiu para R$ 31,785 bilhões, sendo R$ 8,843 bilhões para imóveis novos e R$ 22,942 bilhões para usados.

No ano de 2002, foram adquiridos 7,1 mil imóveis novos e 11,5 mil unidades usadas; já oito anos depois os beneficiados pelo financiamento compraram 58,1 mil imóveis novos e 161,5 mil usados com o recurso.

No que se refere à construção de imóveis, foram destinados, em 2002, R$ 573,6 milhões para empresas e R$ 20,2 milhões para pessoas físicas; já em 2010 o montante passou para R$ 22,273 bilhões para empresas e R$ 1,933 bilhão para pessoas físicas.

Com os recursos, em 2002 foram construídas 10,3 mil unidades; oito anos depois foram construídos 196,7 milhões.

O governo deve aprofundar os estudos sobre a poupança para que mudanças não prejudiquem o crédito imobiliário. A observação é do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).

De acordo com a entidade, nos últimos sete anos a oferta crescente de recursos provenientes da poupança impulsionou o mercado imobiliário e alavancou a construção e o País.

Entretanto, com o crescimento do crédito para construção e com aquisição de imóveis a uma taxa de 50%, enquanto a poupança avança 15%, os recursos, avalia o Sindicato, poderão ser insuficientes para atender à demanda a partir de 2013, o que cria a necessidade de aumentar para 70% o percentual de recursos das cadernetas que as entidades financeiras devem destinar obrigatoriamente para crédito imobiliário. Atualmente este valor é de 65%.

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