A única disciplina que permanece é a autodisciplina. Bum Phillips
D isciplina é o recurso capaz de lhe dar as melhores condições para que você desfrute a vida em toda a sua plenitude. Há porém aqueles que argumentam que a disciplina limita, devendo portanto o espírito estar livre de qualquer tipo de regra ou limite, a fim de que a criatividade possa desfrutar ampla liberdade. Contudo, a realidade é que a criatividade sem um foco, um alvo, nada mais é do que puro desperdício.
Sem a disciplina de compreender a luz e a perspectiva o artista fica limitado em sua expressão. Sem a disciplina do estudo da língua, e sem a cultura, o escritor não pode transmitir de maneira fluente e adequada seu interior e sua imaginação. Sem disciplina e conhecimento de acordes e ritmos, o músico não consegue expressar sua criatividade.
A disciplina traz vida ao contexto. Ela não confina nem limita, mas capacita e habilita. A disciplina não é a mais fácil das opções, mas é uma atividade que demanda tempo integral. Você não pode ser disciplinado em apenas uma área da sua vida; a disciplina requer consistência. Lembre-se de que para cada esforço disciplinado existem múltiplas recompensas. Olhe ao seu redor, veja o que precisa ser feito, e faça agora. Isso é disciplina.
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Todos os que competem nos jogos se submetem a um treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece; mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para sempre. I Coríntios 9:25 (NVI)
domingo, 22 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Bancos agilizam crédito a grandes construtoras
Brasil Econômico, Ana Paula Ribeiro, 16/mai
Para garantir uma participação maior no crédito à construção, os bancos estão reforçando o atendimento a grandes construtoras e incorporadoras, que são capazes de proporcionar operações com volumes elevados às instituições financeiras. Esse é o exemplo da Caixa Econômica Federal que, para manter a liderança nesse segmento de financiamento, criou uma superintendência específica para o atendimento a 21 dessas grandes companhias.
"A ideia é conseguir criar uma sinergia com as outras superintendências regionais e melhorar os processos", explica o presidente do banco, Jorge Hereda. Com um atendimento centralizado e concentrado nesse grupo de construtoras e incorporadoras, a Caixa pretende ser mais ágil na liberação de recursos para as obras.
A nova superintendência, localizada em São Paulo, começa a funcionar plenamente no próximo dia 23. Antes da criação da área, as grandes construtoras eram atendidas pela área corporate, que é destinada a grandes empresas de todos os setores.
Com uma estrutura reforçada para o atendimento, a Caixa espera um crescimento de 25% nas concessões de crédito imobiliária no ano, chegando a R$ 94,9 bilhões, sendo metade para produção. A meta foi revisada na semana passada - a anterior era alcançar R$ 82 bilhões -, após o desempenho dos quatro primeiro meses do ano.
Até o dia 7 de maio, R$ 21,5 bilhões já haviam sido liberados em operações para compra e construção de unidades habitacionais. O banco público possui cerca de 70% do mercado desse segmento de financiamento.
Outro banco que possui uma área de atendimento específica para grandes empresas do setor da construção civil é o Santander. Segundo a superintendente Alda Rosselli, a divisão é feita por porte das empresas: capital aberto, grandes e médias e varejo (construtoras de menor porte).
De acordo com a executiva, nas grandes companhias, a liberação dos recursos ocorre de forma mais rápida, em até 20 dias. "A análise de crédito da empresa está sempre atualizada, então precisamos checar apenas a viabilidade do empreendimento", explica. Para as empresas de pequeno e médio porte, a média para a liberação é de 40 dias.
Relacionamento com clientes de imóveis se descola dos lucros
Alda explica que as grandes empresas são importantes para impulsionar a carteira de crédito imobiliário, não só de pessoas jurídicas, mas também das físicas. Isso porque essas construtoras têm empreendimentos com um número elevado de unidades habitacionais e o Santander usa esse relacionamento para conceder financiamento imobiliário às pessoas físicas que compraram esses imóveis da construtora.
O Banco do Brasil, que estreou no crédito imobiliário apenas em meados de 2008, criou também uma área destinada ao atendimento de 16 grandes construtoras.
Para o diretor-executivo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis ( Secovi-SP), Celso Pretucci, iniciativas como essa ajudam a colocar o setor de habitação em uma posição relevante como a ocupada na década de 1980, quando tinha uma participação no PIB de 15%. No ano passado, a fatia ficou em 5,3%.
Ritmo de oferta
As seis maiores incorporadoras brasileiras movimentaram R$ 5,67 bilhões em lançamentos no primeiro trimestre do ano. Esse valor é 52% superior ao registrado por Brookfield, Cyrela, Gafisa, MRV, PDG e Rossi em igual período de 2010, quando o total chegou a R$ 3,73 bilhões entre janeiro e março.
Como a expansão de oferta não se traduz de imediato em vendas, os lançamentos não garantiram aumento do lucro líquido consolidado das empresas. No primeiro trimestre, as seis companhias lucraram R$ 623,2 milhões, resultado 7% inferior aos R$ 670,1 milhões do comparativo anual.
A queda reflete parte da aposta das empresas de avançar em regiões do país sem domínio da dinâmica local. "Durante o processo de expansão geográfica, adotamos premissas de viabilidade de projetos", disse a analistas o diretor-presidente da Gafisa, Wilson Amaral. "A segurança que incluímos nos estudos não foi suficiente para entregar a margem normalmente requerida." O executivo anunciou sua saída da empresa após cinco anos.
O desempenho da Gafisa contribuiu para a redução do lucro das i ncorporadoras. A empresa registrou queda 79% no lucro, com R$ 13,7 milhões no primeiro t ri mestre. Nos três primeiros meses de 2010, o resultado havia sido de R$ 79,6 milhões. A previsão é manter o revés no segundo trimestre. "A partir da segunda metade do ano esperamos normalização, aumento de margens e redução do endividamento", disse Amaral.
Essa situação fez com que a margem Ebitda ajustada da Gafisa passasse de 18,6% no primeiro t ri mestre do ano passado para 13,3% entre janeiro e março de 2011. Essa margem é ajustada por despesas não recorrentes e pelo plano de opção da companhia.
A Cyrela também registrou queda consistente, com redução de 57,4% sobre os R$ 174 milhões do primeiro trimestre de 2010. Entre janeiro e março deste ano, o lucro foi de R$ 74 milhões. "Durante o ano, vamos reconhecer empreendimentos com margens melhores", afirma o vice-presidente financeiro Luís Largman.
O resultado de Gafisa e Cyrela não foi acompanhado pel as outras i ncorporadoras. Destaque para a alta de 31,7% no lucro da MRV, que saltou para R$ 152,6 milhões, movimento seguido pela PDG, cuja elevação de 33% no período garantiu R$ 239,1 milhões, ante R$ 180 milhões do intervalo inicial do ano passado.
Para garantir uma participação maior no crédito à construção, os bancos estão reforçando o atendimento a grandes construtoras e incorporadoras, que são capazes de proporcionar operações com volumes elevados às instituições financeiras. Esse é o exemplo da Caixa Econômica Federal que, para manter a liderança nesse segmento de financiamento, criou uma superintendência específica para o atendimento a 21 dessas grandes companhias.
"A ideia é conseguir criar uma sinergia com as outras superintendências regionais e melhorar os processos", explica o presidente do banco, Jorge Hereda. Com um atendimento centralizado e concentrado nesse grupo de construtoras e incorporadoras, a Caixa pretende ser mais ágil na liberação de recursos para as obras.
A nova superintendência, localizada em São Paulo, começa a funcionar plenamente no próximo dia 23. Antes da criação da área, as grandes construtoras eram atendidas pela área corporate, que é destinada a grandes empresas de todos os setores.
Com uma estrutura reforçada para o atendimento, a Caixa espera um crescimento de 25% nas concessões de crédito imobiliária no ano, chegando a R$ 94,9 bilhões, sendo metade para produção. A meta foi revisada na semana passada - a anterior era alcançar R$ 82 bilhões -, após o desempenho dos quatro primeiro meses do ano.
Até o dia 7 de maio, R$ 21,5 bilhões já haviam sido liberados em operações para compra e construção de unidades habitacionais. O banco público possui cerca de 70% do mercado desse segmento de financiamento.
Outro banco que possui uma área de atendimento específica para grandes empresas do setor da construção civil é o Santander. Segundo a superintendente Alda Rosselli, a divisão é feita por porte das empresas: capital aberto, grandes e médias e varejo (construtoras de menor porte).
De acordo com a executiva, nas grandes companhias, a liberação dos recursos ocorre de forma mais rápida, em até 20 dias. "A análise de crédito da empresa está sempre atualizada, então precisamos checar apenas a viabilidade do empreendimento", explica. Para as empresas de pequeno e médio porte, a média para a liberação é de 40 dias.
Relacionamento com clientes de imóveis se descola dos lucros
Alda explica que as grandes empresas são importantes para impulsionar a carteira de crédito imobiliário, não só de pessoas jurídicas, mas também das físicas. Isso porque essas construtoras têm empreendimentos com um número elevado de unidades habitacionais e o Santander usa esse relacionamento para conceder financiamento imobiliário às pessoas físicas que compraram esses imóveis da construtora.
O Banco do Brasil, que estreou no crédito imobiliário apenas em meados de 2008, criou também uma área destinada ao atendimento de 16 grandes construtoras.
Para o diretor-executivo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis ( Secovi-SP), Celso Pretucci, iniciativas como essa ajudam a colocar o setor de habitação em uma posição relevante como a ocupada na década de 1980, quando tinha uma participação no PIB de 15%. No ano passado, a fatia ficou em 5,3%.
Ritmo de oferta
As seis maiores incorporadoras brasileiras movimentaram R$ 5,67 bilhões em lançamentos no primeiro trimestre do ano. Esse valor é 52% superior ao registrado por Brookfield, Cyrela, Gafisa, MRV, PDG e Rossi em igual período de 2010, quando o total chegou a R$ 3,73 bilhões entre janeiro e março.
Como a expansão de oferta não se traduz de imediato em vendas, os lançamentos não garantiram aumento do lucro líquido consolidado das empresas. No primeiro trimestre, as seis companhias lucraram R$ 623,2 milhões, resultado 7% inferior aos R$ 670,1 milhões do comparativo anual.
A queda reflete parte da aposta das empresas de avançar em regiões do país sem domínio da dinâmica local. "Durante o processo de expansão geográfica, adotamos premissas de viabilidade de projetos", disse a analistas o diretor-presidente da Gafisa, Wilson Amaral. "A segurança que incluímos nos estudos não foi suficiente para entregar a margem normalmente requerida." O executivo anunciou sua saída da empresa após cinco anos.
O desempenho da Gafisa contribuiu para a redução do lucro das i ncorporadoras. A empresa registrou queda 79% no lucro, com R$ 13,7 milhões no primeiro t ri mestre. Nos três primeiros meses de 2010, o resultado havia sido de R$ 79,6 milhões. A previsão é manter o revés no segundo trimestre. "A partir da segunda metade do ano esperamos normalização, aumento de margens e redução do endividamento", disse Amaral.
Essa situação fez com que a margem Ebitda ajustada da Gafisa passasse de 18,6% no primeiro t ri mestre do ano passado para 13,3% entre janeiro e março de 2011. Essa margem é ajustada por despesas não recorrentes e pelo plano de opção da companhia.
A Cyrela também registrou queda consistente, com redução de 57,4% sobre os R$ 174 milhões do primeiro trimestre de 2010. Entre janeiro e março deste ano, o lucro foi de R$ 74 milhões. "Durante o ano, vamos reconhecer empreendimentos com margens melhores", afirma o vice-presidente financeiro Luís Largman.
O resultado de Gafisa e Cyrela não foi acompanhado pel as outras i ncorporadoras. Destaque para a alta de 31,7% no lucro da MRV, que saltou para R$ 152,6 milhões, movimento seguido pela PDG, cuja elevação de 33% no período garantiu R$ 239,1 milhões, ante R$ 180 milhões do intervalo inicial do ano passado.
Fora do eixo
Brasil Econômico, Encontro de Contas, 16/mai
A demanda aquecida por escritórios de alto padrão em São Paulo está puxando os preços de regiões secundárias, além do eixo Faria Lima, Paulista e Itaim, confirmou levantamento da Cushman & Wakefield no primeiro trimestre de 2011. O preço médio de locação na cidade de São Paulo permenece em rota ascendente desde o final de 2009, fechando em R$ 92,4 o metro quadrado/mês. Esse preço é 8,5% maior do que no mesmo período de 2010.
A demanda aquecida por escritórios de alto padrão em São Paulo está puxando os preços de regiões secundárias, além do eixo Faria Lima, Paulista e Itaim, confirmou levantamento da Cushman & Wakefield no primeiro trimestre de 2011. O preço médio de locação na cidade de São Paulo permenece em rota ascendente desde o final de 2009, fechando em R$ 92,4 o metro quadrado/mês. Esse preço é 8,5% maior do que no mesmo período de 2010.
Empresas já alugam prédios em obras
Folha de São Paulo, Felipe Vanining Bruni, 17/mai
Para enfrentar o excesso de procura por imóveis corporativos de classe A na cidade de São Paulo, as empresas aumentaram o nível de pré-locação - contrato de aluguel estabelecido antes mesmo da emissão do Habite-se pela prefeitura.
De acordo com a consultoria americana CB Richard Ellis (CBRE), 40% dos escritórios comerciais de classe A com previsão de entrega para 2011 já estão alugados.
"A operação de pré-locação era uma raridade entre 2000 e 2006, quando havia bastante oferta de imóveis no mercado", afirma Adriano Sartori, diretor de locação da CBRE. "Agora está ficando cada vez mais comum."
Isso se deve à escassez de ofertas. A Newmark Knight Frank (NKF), consultoria anglo-americana, estima que a taxa de vacância dos imóveis comerciais tenha atingido 4,8% no primeiro trimestre deste ano em São Paulo.
Trata-se de um dos menores índices na lista de cidades com polos financeiros e industriais de porte mundial e do menor em dez anos na cidade de São Paulo.
DESCENTRALIZAÇÃO
Exemplo da falta de imóveis é que metade da futura oferta de escritórios a ser entregue neste ano está concentrada em apenas quatro empreendimentos: Infinity Tower, no Itaim, Aqua Faria Lima e Pátio Brookfield, na Faria Lima, e Eco Berrini, na Berrini.
Eles somam 112 mil metros quadrados do total de 222 mil metros quadrados que São Paulo receberá. O valor geral de vendas (VGV) desses empreendimentos atingirá R$ 3 bilhões. O aluguel mensal em uma dessas torres na Faria Lima pode chegar a R$ 170 por m2.
Até escritórios com entrega em 2012, como o complexo de três torres do Cidade Jardim Corporate Center, da construtora JHSF, já estão totalmente esgotados.
A maior dificuldade é para as empresas que precisam de áreas acima de 1.000 m2, afirma o presidente da NKF, Carlos Pacheco.
"Temos três clientes nessa situação e eles estão assustados com os preços altos e a falta de opções", afirma.
"Oferta pulverizada entre vários bairros é fácil, o problema é abrigar grandes empresas que precisam de andares inteiros."
A Resource, empresa de tecnologia da informação que faturou R$ 200 milhões em 2010, teve de espalhar seus escritórios devido à falta de um local que acolhesse seus 2.500 funcionários.
Hoje, a Resource dispõe, além da sede no bairro Jardim São Luís, na zona sul paulistana, de mais cinco escritórios em diferentes regiões de São Paulo.
"A falta de uma sede para todos aumenta custos e dificulta a sinergia", diz Gilmar Batistela, presidente da Resource. "Acabamos adotando definitivamente uma solução provisória
Para enfrentar o excesso de procura por imóveis corporativos de classe A na cidade de São Paulo, as empresas aumentaram o nível de pré-locação - contrato de aluguel estabelecido antes mesmo da emissão do Habite-se pela prefeitura.
De acordo com a consultoria americana CB Richard Ellis (CBRE), 40% dos escritórios comerciais de classe A com previsão de entrega para 2011 já estão alugados.
"A operação de pré-locação era uma raridade entre 2000 e 2006, quando havia bastante oferta de imóveis no mercado", afirma Adriano Sartori, diretor de locação da CBRE. "Agora está ficando cada vez mais comum."
Isso se deve à escassez de ofertas. A Newmark Knight Frank (NKF), consultoria anglo-americana, estima que a taxa de vacância dos imóveis comerciais tenha atingido 4,8% no primeiro trimestre deste ano em São Paulo.
Trata-se de um dos menores índices na lista de cidades com polos financeiros e industriais de porte mundial e do menor em dez anos na cidade de São Paulo.
DESCENTRALIZAÇÃO
Exemplo da falta de imóveis é que metade da futura oferta de escritórios a ser entregue neste ano está concentrada em apenas quatro empreendimentos: Infinity Tower, no Itaim, Aqua Faria Lima e Pátio Brookfield, na Faria Lima, e Eco Berrini, na Berrini.
Eles somam 112 mil metros quadrados do total de 222 mil metros quadrados que São Paulo receberá. O valor geral de vendas (VGV) desses empreendimentos atingirá R$ 3 bilhões. O aluguel mensal em uma dessas torres na Faria Lima pode chegar a R$ 170 por m2.
Até escritórios com entrega em 2012, como o complexo de três torres do Cidade Jardim Corporate Center, da construtora JHSF, já estão totalmente esgotados.
A maior dificuldade é para as empresas que precisam de áreas acima de 1.000 m2, afirma o presidente da NKF, Carlos Pacheco.
"Temos três clientes nessa situação e eles estão assustados com os preços altos e a falta de opções", afirma.
"Oferta pulverizada entre vários bairros é fácil, o problema é abrigar grandes empresas que precisam de andares inteiros."
A Resource, empresa de tecnologia da informação que faturou R$ 200 milhões em 2010, teve de espalhar seus escritórios devido à falta de um local que acolhesse seus 2.500 funcionários.
Hoje, a Resource dispõe, além da sede no bairro Jardim São Luís, na zona sul paulistana, de mais cinco escritórios em diferentes regiões de São Paulo.
"A falta de uma sede para todos aumenta custos e dificulta a sinergia", diz Gilmar Batistela, presidente da Resource. "Acabamos adotando definitivamente uma solução provisória
PDG Realty acelera ritmo de entrega de imóveis
Jornal do Commercio, 16/mai
A construtora e incorporadora PDG Realty registrou lucro líquido ajustado de R$ 239,1 milhões no primeiro trimestre do ano, crescimento de 33% ante o ganho de igual intervalo de 2010. A estimativa média de seis analistas, segundo pesquisa Reuters, era de lucro de R$ 223,5 milhões nos três primeiros meses deste ano.
O salto no lucro ocorre em meio à conclusão do processo de integração das operações da Agre, adquirida em maio de 2010. A PDG também herdou, na ocasião, um alto volume de obras atrasadas, saldo que vem zerando ao longo dos últimos meses.
Nos três primeiros meses deste ano, a empresa entregou 8,5 mil unidades, equivalentes a 56% do previsto para o primeiro semestre. Para o fechado de 2011, a meta é de entrega de 35 mil unidades.
"Cada trimestre está sendo conseqüência de decisões certas tomadas lá atrás. No setor, as decisões demoram a aparecer. Tomamos uma decisão muito acertada em adquirir a Agre. O mercado tinha muitas dúvidas quanto à integração e entregas", disse o diretor financeiro e de Relações com Investidores da PDG, Michel Wurman.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado da companhia somou R$ 359,8 milhões no trimestre encerrado em março, aumento de 24% sobre um ano antes, com a margem caindo de 26% para 23,8%. Enquanto isso, a receita líquida foi 35% maior ano a ano, alcançando R$ 1,513 bilhão.
O ganho da líder do setor no País foi impulsionado por um incremento de 67% nos lançamentos e de 26% nas vendas contratadas no primeiro trimestre, que somaram R$ 1,758 bilhão e R$ 1,704 bilhão, respectivamente.
Em termos de lançamentos, a PDG cumpriu, até março, 19% do ponto médio da meta traçada para o ano, que é de R$ 9 bilhões a R$ 10 bilhões.
A velocidade de vendas da companhia, medida pela relação de Venda Sobre Oferta (VSO), ficou em 29% entre janeiro e março, acima do esperado pela própria empresa. "A velocidade de vendas em 2011 deve ser menor que no último ano, mas o primeiro trimestre surpreendeu", afirmou Wur¬man, que disse esperar nível em torno de 27%.
Os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2010 foram apresentados proforma, como se a PDG já houvesse incorporado a Agre na ocasião.
A construtora e incorporadora PDG Realty registrou lucro líquido ajustado de R$ 239,1 milhões no primeiro trimestre do ano, crescimento de 33% ante o ganho de igual intervalo de 2010. A estimativa média de seis analistas, segundo pesquisa Reuters, era de lucro de R$ 223,5 milhões nos três primeiros meses deste ano.
O salto no lucro ocorre em meio à conclusão do processo de integração das operações da Agre, adquirida em maio de 2010. A PDG também herdou, na ocasião, um alto volume de obras atrasadas, saldo que vem zerando ao longo dos últimos meses.
Nos três primeiros meses deste ano, a empresa entregou 8,5 mil unidades, equivalentes a 56% do previsto para o primeiro semestre. Para o fechado de 2011, a meta é de entrega de 35 mil unidades.
"Cada trimestre está sendo conseqüência de decisões certas tomadas lá atrás. No setor, as decisões demoram a aparecer. Tomamos uma decisão muito acertada em adquirir a Agre. O mercado tinha muitas dúvidas quanto à integração e entregas", disse o diretor financeiro e de Relações com Investidores da PDG, Michel Wurman.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado da companhia somou R$ 359,8 milhões no trimestre encerrado em março, aumento de 24% sobre um ano antes, com a margem caindo de 26% para 23,8%. Enquanto isso, a receita líquida foi 35% maior ano a ano, alcançando R$ 1,513 bilhão.
O ganho da líder do setor no País foi impulsionado por um incremento de 67% nos lançamentos e de 26% nas vendas contratadas no primeiro trimestre, que somaram R$ 1,758 bilhão e R$ 1,704 bilhão, respectivamente.
Em termos de lançamentos, a PDG cumpriu, até março, 19% do ponto médio da meta traçada para o ano, que é de R$ 9 bilhões a R$ 10 bilhões.
A velocidade de vendas da companhia, medida pela relação de Venda Sobre Oferta (VSO), ficou em 29% entre janeiro e março, acima do esperado pela própria empresa. "A velocidade de vendas em 2011 deve ser menor que no último ano, mas o primeiro trimestre surpreendeu", afirmou Wur¬man, que disse esperar nível em torno de 27%.
Os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2010 foram apresentados proforma, como se a PDG já houvesse incorporado a Agre na ocasião.
Veja dicas de como quitar antes a casa financiada
FGTS, herança e prêmio de loteria podem ser atalho para mutuário quitar
Reprodução
Qualquer pessoa que tenha um financiamento imobiliário pode,
R7
Com o crédito imobiliário em alta no mercado, os prazos dos financiamentos da casa própria costumam se estender por até 30 anos, de acordo com a parcela e o tempo de pagamento escolhidos pelo comprador.
Se você tem casa financiada ou pretende comprar uma com a "ajudinha" do banco, saiba que você pode liquidar a dívida a qualquer momento, seja por meio do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), pela grana extra do 13º salário, uma herança e até um prêmio de loteria.
O gerente regional da construção civil da Caixa, Nédio Henrique Rosselli Filho, explica que qualquer pessoa que tenha um financiamento imobiliário pode, "a qualquer tempo, amortizar parte dessa dívida".
- Você entra com o recurso, que pode ser o Fundo de Garantia, poupança, uma herança, um prêmio de loteria, o 13º salário, enfim, e procura o banco. Se você devia R$ 100 mil e vai pagar R$ 50 mil, então, seu contrato será recalculado em cima do novo saldo devedor. Ou seja, você vai deixar de pagar juros daquela parte que você está quitando e sua prestação tende a cair bastante, se você optar por manter o prazo contratual.
Ele lembra que ainda existe a hipótese de manter o valor da prestação e reduzir o prazo do financiamento.
- Se você acha que essa prestação é confortável e não pesa no orçamento mensal, você vai pagar o saldo devedor em menos tempo. Essa redução do prazo também é bem significativa.
Nesse caso, reduzir o número de parcelas não quer dizer que você vai quitar uma determinada quantidade de prestações, já que o contrato será recalculado - e terá os mesmos juros do acordo antigo.
- Se sua dívida era R$ 120 mil e você vai dar R$ 20 mil, não é que você vai quitar as últimas 20 prestações. Dos R$ 120 mil, você vai passar a dever R$ 100 mil e, sobre isso, será calculada a mesma taxa de juros, o mesmo prazo, só eu um novo valor.
FGTS
A arma mais comum do mutuário para abater parte da dívida do financiamento é o FGTS, aquela grana que sai do seu salário e fica em uma conta da Caixa Econômica Federal.
Nos três primeiros meses deste ano, 78 mil pessoas lançaram mão desse recurso para reduzir o débito com a Caixa Econômica Federal. Ao todo, R$ 563,9 milhões das contas dos contribuintes tiveram esse destino - mais que o dobro do volume do ano passado.
O número de operações desse tipo é bem maior que o registrado no ano passado, quando 40,9 mil brasileiros usaram R$ 264,6 milhões do FGTS para quitar parte ou o total da dívida do financiamento.
O gerente da Caixa lembra, no entanto, que existem pelo menos cinco regras básicas para usar o FGTS para abater a dívida do financiamento da casa própria.
- O imóvel não pode ter valor acima de R$ 500 mil; tem que estar localizado no município onde a pessoa exerça sua atividade profissional (na Grande São Paulo, é permitido que seja de cidades diferentes); tem que ser destinado à moradia de quem está comprando; o comprador não pode ter imóvel próprio na cidade; e não pode ter financiamento em outra região do país. .
Reprodução
Qualquer pessoa que tenha um financiamento imobiliário pode,
R7
Com o crédito imobiliário em alta no mercado, os prazos dos financiamentos da casa própria costumam se estender por até 30 anos, de acordo com a parcela e o tempo de pagamento escolhidos pelo comprador.
Se você tem casa financiada ou pretende comprar uma com a "ajudinha" do banco, saiba que você pode liquidar a dívida a qualquer momento, seja por meio do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), pela grana extra do 13º salário, uma herança e até um prêmio de loteria.
O gerente regional da construção civil da Caixa, Nédio Henrique Rosselli Filho, explica que qualquer pessoa que tenha um financiamento imobiliário pode, "a qualquer tempo, amortizar parte dessa dívida".
- Você entra com o recurso, que pode ser o Fundo de Garantia, poupança, uma herança, um prêmio de loteria, o 13º salário, enfim, e procura o banco. Se você devia R$ 100 mil e vai pagar R$ 50 mil, então, seu contrato será recalculado em cima do novo saldo devedor. Ou seja, você vai deixar de pagar juros daquela parte que você está quitando e sua prestação tende a cair bastante, se você optar por manter o prazo contratual.
Ele lembra que ainda existe a hipótese de manter o valor da prestação e reduzir o prazo do financiamento.
- Se você acha que essa prestação é confortável e não pesa no orçamento mensal, você vai pagar o saldo devedor em menos tempo. Essa redução do prazo também é bem significativa.
Nesse caso, reduzir o número de parcelas não quer dizer que você vai quitar uma determinada quantidade de prestações, já que o contrato será recalculado - e terá os mesmos juros do acordo antigo.
- Se sua dívida era R$ 120 mil e você vai dar R$ 20 mil, não é que você vai quitar as últimas 20 prestações. Dos R$ 120 mil, você vai passar a dever R$ 100 mil e, sobre isso, será calculada a mesma taxa de juros, o mesmo prazo, só eu um novo valor.
FGTS
A arma mais comum do mutuário para abater parte da dívida do financiamento é o FGTS, aquela grana que sai do seu salário e fica em uma conta da Caixa Econômica Federal.
Nos três primeiros meses deste ano, 78 mil pessoas lançaram mão desse recurso para reduzir o débito com a Caixa Econômica Federal. Ao todo, R$ 563,9 milhões das contas dos contribuintes tiveram esse destino - mais que o dobro do volume do ano passado.
O número de operações desse tipo é bem maior que o registrado no ano passado, quando 40,9 mil brasileiros usaram R$ 264,6 milhões do FGTS para quitar parte ou o total da dívida do financiamento.
O gerente da Caixa lembra, no entanto, que existem pelo menos cinco regras básicas para usar o FGTS para abater a dívida do financiamento da casa própria.
- O imóvel não pode ter valor acima de R$ 500 mil; tem que estar localizado no município onde a pessoa exerça sua atividade profissional (na Grande São Paulo, é permitido que seja de cidades diferentes); tem que ser destinado à moradia de quem está comprando; o comprador não pode ter imóvel próprio na cidade; e não pode ter financiamento em outra região do país. .
Média do imóvel de R$ 210 mil
O mercado imobiliário cearense tem animado os investidores e assustado alguns consumidores. O motivo é o valor médio dos imóveis na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF): R$ 210 mil, segundo informações do presidente da Rede Imobiliária Cearense (RIC), Sílvio Oliveira. "Isso é a demanda maior que a oferta, não tem jeito. Se há muita gente procurando moradia, o preço vai subir. Existem áreas, como o Meireles, onde não tem mais como construir".
E o crescimento é mesmo alto. Oliveira diz que, entre os anos de 2009 e 2010, o incremento no número de unidades vendidas em Fortaleza foi de 44,5%, sendo que o salto no montante chegou a cerca de 70% no mesmo período. A expectativa para 2011 continua positiva. "Vamos crescer não menos que 30%", aposta.
Um dos motivos para que isso se realize é a mudança no perfil do cliente da Capital. Agora, os mutuários têm mais poder de barganha, alto conhecimento da realidade do mercado e são munidos de facilidades, como os financiamentos. A hora é de apostar mais na compra, e menos no aluguel. "É possível adquirir um imóvel a partir de R$ 200,00 mensais", ressalta o presidente da RIC.
Alinhamento
Além do aumento do lucro evidente, outra razão para o empresariado comemorar é alinhamento do mercado cearense com o nacional. "Nós crescemos, comparativamente, no mesmo patamar que o País. Já representamos 2% do faturamento brasileiro", confirma. Contudo, ele diz também que para garantir o sucesso dessas vendas as empresas precisam se profissionalizar e ter mais sensibilidade da dinâmica desse negócio que deve ser de concorrência sustentável. "Nós trabalhamos numa espécie de aliança de negócios, propondo uma força de vendas compartilhada, muito mais abrangente e agressiva, do que a venda individualizada. Esse é o caminho, o futuro", diz.
Para Oliveira, foi a adoção de práticas como essa, que permitiram que hoje a RIC tivesse 20% de participação no mercado imobiliário local.
Outras ações foram discutidas ontem durante o Encontro das Maiores e Melhores Redes de Imóveis do Brasil, que aconteceu no Hotel Gran Marquise.
O evento contou com a participação de 13 imobiliárias cearenses associadas e mais 15 associações de outros estados, que agrupam outras empresas. Ao todo, a Rede conta com mais de 100 empresas em todo o País.
E o crescimento é mesmo alto. Oliveira diz que, entre os anos de 2009 e 2010, o incremento no número de unidades vendidas em Fortaleza foi de 44,5%, sendo que o salto no montante chegou a cerca de 70% no mesmo período. A expectativa para 2011 continua positiva. "Vamos crescer não menos que 30%", aposta.
Um dos motivos para que isso se realize é a mudança no perfil do cliente da Capital. Agora, os mutuários têm mais poder de barganha, alto conhecimento da realidade do mercado e são munidos de facilidades, como os financiamentos. A hora é de apostar mais na compra, e menos no aluguel. "É possível adquirir um imóvel a partir de R$ 200,00 mensais", ressalta o presidente da RIC.
Alinhamento
Além do aumento do lucro evidente, outra razão para o empresariado comemorar é alinhamento do mercado cearense com o nacional. "Nós crescemos, comparativamente, no mesmo patamar que o País. Já representamos 2% do faturamento brasileiro", confirma. Contudo, ele diz também que para garantir o sucesso dessas vendas as empresas precisam se profissionalizar e ter mais sensibilidade da dinâmica desse negócio que deve ser de concorrência sustentável. "Nós trabalhamos numa espécie de aliança de negócios, propondo uma força de vendas compartilhada, muito mais abrangente e agressiva, do que a venda individualizada. Esse é o caminho, o futuro", diz.
Para Oliveira, foi a adoção de práticas como essa, que permitiram que hoje a RIC tivesse 20% de participação no mercado imobiliário local.
Outras ações foram discutidas ontem durante o Encontro das Maiores e Melhores Redes de Imóveis do Brasil, que aconteceu no Hotel Gran Marquise.
O evento contou com a participação de 13 imobiliárias cearenses associadas e mais 15 associações de outros estados, que agrupam outras empresas. Ao todo, a Rede conta com mais de 100 empresas em todo o País.
Imóvel comercial tem boa rentabilidade
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
Os imóveis comerciais tiveram no primeiro trimestre a menor taxa de retorno sobre o investimento dos últimos 18 meses. O rendimento médio aos proprietários atingiu 5%, aponta o IGMI-C (Índice Geral do Mercado Imobiliário-Comercial). "Mesmo com menor resultado em 18 meses, a rentabilidade ainda é alta", destacou o pesquisador do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), Paulo Picchetti.
Considerando o período de 12 meses encerrados no fim de março, os ganhos médios atingiram 23,7%. O resultado está acima de outros tipos de investimentos. A caderneta de poupança apresenta retorno médio anual de 6%. O os títulos do Tesouro Nacional garantem, em média, 15% de lucro em 12 meses.
Na ponta do lápis, se um investidor comprou sala comercial por R$ 300 mil há um ano, ele teria lucrado R$ 71,1 mil. Com o mesmo valor aplicado na poupança, os ganhos atingiriam, aproximadamente, R$ 18 mil.
Até em relação ao mercado de ações, que normalmente apresenta a maior rentabilidade no longo prazo, o mercado imobiliário está mais atrativo. Em um ano encerrado no fim de abril, o Ibovespa caiu 2,71%. "Hoje a Bolsa de Valores não está tão atrativa pela repatriação do capital estrangeiro", explicou o corretor de investimentos Heitor Esplugues.
BOLSA DE VALORES - Para resgatar o montante investido nas empresas nacionais, os investidores estrangeiros vendem suas ações a preços que o mercado aceite. Como eles mantêm grandes quantidades de papéis, acabam vendendo mais barato e puxam para baixo os demais títulos das empresas que são sócios, contribuindo para a queda verificada neste início de ano.
Esplugues alertou que, apesar do mercado imobiliário ter uma das melhores rentabilidades entre os investimentos, sua liquidez é baixa, ou seja, há dificuldade para vender ou alugar um imóvel.
CÁLCULO - A lucratividade dos imóveis comerciais considera o retorno de capital, que é a valorização da unidade, de 1,8%, e a rentabilidade da renda, como a de aluguéis, que atingiu 3,2%.
A explicação para a queda na rentabilidade desta modalidade de investimento é o ciclo natural do mercado imobiliário. Segundo o pesquisador do Ibre/FGV, os retornos chegaram ao pico em 2009. E é comum que haja oscilações nos percentuais considerando a série histórica. Antes de despencar no primeiro trimestre, o resultado mais baixo tinha sido verificado no terceiro trimestre de 2009, quando atingiu 4,9%.
Para chegar ao retorno médio, a pesquisa capta variações de imóveis como salas comerciais, lajes, galpões, shoppings, hotéis. O percentual indica o quanto um proprietário está lucrando quando loca sua propriedade.
Do Diário do Grande ABC
Os imóveis comerciais tiveram no primeiro trimestre a menor taxa de retorno sobre o investimento dos últimos 18 meses. O rendimento médio aos proprietários atingiu 5%, aponta o IGMI-C (Índice Geral do Mercado Imobiliário-Comercial). "Mesmo com menor resultado em 18 meses, a rentabilidade ainda é alta", destacou o pesquisador do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), Paulo Picchetti.
Considerando o período de 12 meses encerrados no fim de março, os ganhos médios atingiram 23,7%. O resultado está acima de outros tipos de investimentos. A caderneta de poupança apresenta retorno médio anual de 6%. O os títulos do Tesouro Nacional garantem, em média, 15% de lucro em 12 meses.
Na ponta do lápis, se um investidor comprou sala comercial por R$ 300 mil há um ano, ele teria lucrado R$ 71,1 mil. Com o mesmo valor aplicado na poupança, os ganhos atingiriam, aproximadamente, R$ 18 mil.
Até em relação ao mercado de ações, que normalmente apresenta a maior rentabilidade no longo prazo, o mercado imobiliário está mais atrativo. Em um ano encerrado no fim de abril, o Ibovespa caiu 2,71%. "Hoje a Bolsa de Valores não está tão atrativa pela repatriação do capital estrangeiro", explicou o corretor de investimentos Heitor Esplugues.
BOLSA DE VALORES - Para resgatar o montante investido nas empresas nacionais, os investidores estrangeiros vendem suas ações a preços que o mercado aceite. Como eles mantêm grandes quantidades de papéis, acabam vendendo mais barato e puxam para baixo os demais títulos das empresas que são sócios, contribuindo para a queda verificada neste início de ano.
Esplugues alertou que, apesar do mercado imobiliário ter uma das melhores rentabilidades entre os investimentos, sua liquidez é baixa, ou seja, há dificuldade para vender ou alugar um imóvel.
CÁLCULO - A lucratividade dos imóveis comerciais considera o retorno de capital, que é a valorização da unidade, de 1,8%, e a rentabilidade da renda, como a de aluguéis, que atingiu 3,2%.
A explicação para a queda na rentabilidade desta modalidade de investimento é o ciclo natural do mercado imobiliário. Segundo o pesquisador do Ibre/FGV, os retornos chegaram ao pico em 2009. E é comum que haja oscilações nos percentuais considerando a série histórica. Antes de despencar no primeiro trimestre, o resultado mais baixo tinha sido verificado no terceiro trimestre de 2009, quando atingiu 4,9%.
Para chegar ao retorno médio, a pesquisa capta variações de imóveis como salas comerciais, lajes, galpões, shoppings, hotéis. O percentual indica o quanto um proprietário está lucrando quando loca sua propriedade.
VERDADEIRAMENTE LIVRE
Algo de suprema importância na vida, é ser capaz a qualquer momento, de sacrificar o que somos para ser aquilo que podemos vir a ser. Charles Du Bos
P ara ser verdadeiramente livre é requerido que você faça aquilo que frequentemente as pessoas de um modo geral evitam fazer: pensar por si mesmas. Aqueles que não investem o tempo e o esforço em sinceramente buscar a verdade, tornam-se vulneráveis à tirania e ao abuso.
Uma vida de qualidade requer um esforço na busca da qualidade através do seu esforço próprio em pensar, raciocinar e agir com integridade. Não existe substitutos ou atalhos para isso. Uma vida com Deus, em sincero esforço e compromisso trazem os frutos da alegria. Ignorar princípios estabelecidos por Deus e a ausencia de esforço e alienação trazem os frutos do sofrimento.
A verdadeira liberdade não consiste em ser livre “de” mas sim em ser livre “para” – livre para realizar, livre para pensar e livre para fazer uma diferença. Na próxima vez que alguém lhe oferecer algum tipo de realização sem esforço e sem compromisso, pense imediatamente no absurdo de tal proposta. Aprenda com as outras pessoas, mas não permita que elas pensem por você. Esse é um trabalho exclusivamente seu e sua também será a recompensa..
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Bendigo o Senhor, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina. Salmos 16:7
P ara ser verdadeiramente livre é requerido que você faça aquilo que frequentemente as pessoas de um modo geral evitam fazer: pensar por si mesmas. Aqueles que não investem o tempo e o esforço em sinceramente buscar a verdade, tornam-se vulneráveis à tirania e ao abuso.
Uma vida de qualidade requer um esforço na busca da qualidade através do seu esforço próprio em pensar, raciocinar e agir com integridade. Não existe substitutos ou atalhos para isso. Uma vida com Deus, em sincero esforço e compromisso trazem os frutos da alegria. Ignorar princípios estabelecidos por Deus e a ausencia de esforço e alienação trazem os frutos do sofrimento.
A verdadeira liberdade não consiste em ser livre “de” mas sim em ser livre “para” – livre para realizar, livre para pensar e livre para fazer uma diferença. Na próxima vez que alguém lhe oferecer algum tipo de realização sem esforço e sem compromisso, pense imediatamente no absurdo de tal proposta. Aprenda com as outras pessoas, mas não permita que elas pensem por você. Esse é um trabalho exclusivamente seu e sua também será a recompensa..
Nélio DaSilva
Para Meditação:
Bendigo o Senhor, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina. Salmos 16:7
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Lançamento de imóveis cai 27% no Grande ABC
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
O mercado imobiliário na região começou o ano com retração. O número de empreendimentos lançados no Grande ABC caiu 27,4% no primeiro trimestre em comparação com os três primeiros meses de 2010. O balanço do mercado imobiliário realizado pela Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC) mostra que foram lançadas 1.589 unidades, contra 2.189, na mesma base de comparação.
O presidente da associação, Milton Bigucci, considera que o resultado já era previsto. "Como a nossa base do ano passado foi alta, o volume de lançamentos não ocorrerá na mesma proporção. Estamos crescendo, mas de forma sustentável e menor. O mercado está aquecido há cinco anos."
Ele destaca que em 2010 as construtoras colocaram no mercado imóveis que estavam previstos para anos anteriores (2008 e 2009), o que não ocorreu devido à crise financeira. "Quando a economia mundial se estabilizou os empresários lançaram todos os empreendimentos que estavam, até então, na gaveta. Por isso essa diferença."
PERFIL
Das 1.589 unidades colocadas no mercado entre janeiro e março, que somaram R$ 418,9 milhões, 66% têm dois dormitórios e 25% têm três quartos, representando 91% do total. O foco são imóveis na faixa de R$ 170 mil, pertencentes à faixa econômica. "A classe C é a fatia que deve ser abastecida nos próximos anos, já que concentra a maior parcela da população", explica o empresário.
No primeiro trimestre, o destaque foram as cidades de Diadema e São Caetano, com 435 unidades lançadas e 426, respectivamente. Diadema, assim como no ano passado, continua na mira das construtoras, uma vez que está bem localizada geograficamente e tem disponibilidade de terrenos. Bigucci conta que o município está em pleno desenvolvimento e isso atrai, principalmente, moradores da Capital.
Além da localização, outro atrativo que a região oferece é o preço do metro quadrado, de R$ 3.834 - valor 30% menor em relação à Capital (R$ 5.177). "Isso se reflete diretamente no valor do imóvel", completa o presidente da Acigabc.
O levantamento da associação é realizado em cinco cidades: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá e Diadema. A justificativa é a concentração do mercado imobiliário nesses municípios, que representam 80% do mercado
Do Diário do Grande ABC
O mercado imobiliário na região começou o ano com retração. O número de empreendimentos lançados no Grande ABC caiu 27,4% no primeiro trimestre em comparação com os três primeiros meses de 2010. O balanço do mercado imobiliário realizado pela Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC) mostra que foram lançadas 1.589 unidades, contra 2.189, na mesma base de comparação.
O presidente da associação, Milton Bigucci, considera que o resultado já era previsto. "Como a nossa base do ano passado foi alta, o volume de lançamentos não ocorrerá na mesma proporção. Estamos crescendo, mas de forma sustentável e menor. O mercado está aquecido há cinco anos."
Ele destaca que em 2010 as construtoras colocaram no mercado imóveis que estavam previstos para anos anteriores (2008 e 2009), o que não ocorreu devido à crise financeira. "Quando a economia mundial se estabilizou os empresários lançaram todos os empreendimentos que estavam, até então, na gaveta. Por isso essa diferença."
PERFIL
Das 1.589 unidades colocadas no mercado entre janeiro e março, que somaram R$ 418,9 milhões, 66% têm dois dormitórios e 25% têm três quartos, representando 91% do total. O foco são imóveis na faixa de R$ 170 mil, pertencentes à faixa econômica. "A classe C é a fatia que deve ser abastecida nos próximos anos, já que concentra a maior parcela da população", explica o empresário.
No primeiro trimestre, o destaque foram as cidades de Diadema e São Caetano, com 435 unidades lançadas e 426, respectivamente. Diadema, assim como no ano passado, continua na mira das construtoras, uma vez que está bem localizada geograficamente e tem disponibilidade de terrenos. Bigucci conta que o município está em pleno desenvolvimento e isso atrai, principalmente, moradores da Capital.
Além da localização, outro atrativo que a região oferece é o preço do metro quadrado, de R$ 3.834 - valor 30% menor em relação à Capital (R$ 5.177). "Isso se reflete diretamente no valor do imóvel", completa o presidente da Acigabc.
O levantamento da associação é realizado em cinco cidades: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá e Diadema. A justificativa é a concentração do mercado imobiliário nesses municípios, que representam 80% do mercado
terça-feira, 17 de maio de 2011
Do mercado financeiro ao imóvel
Crise levou investidor a diversificar suas aplicações. Mas especialistas alertam que especular pode ser muito arriscado
13 de maio de 2011 | 0h 00
Leia a notícia
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Marisa Folgato - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
Além da família interessada em realizar o sonho da casa própria, a valorização dos imóveis ocorrida nos últimos anos tem atraído investidores. Não só os tradicionais, que compram para alugar depois, mas um outro tipo: aquele que costumava aplicar no mercado financeiro e resolveu diversificar os investimentos depois da crise, adquirindo um apartamento na planta, por exemplo, para vender meses depois.
Mas especialistas alertam: quem espera retornos altos e a curto prazo deve tomar cuidado. Esse não é o perfil do setor imobiliário. "O mercado está chegando a uma maturidade e a especulação imobiliária é arriscadíssima", alerta o presidente do Secovi, João Crestana.
Segundo ele, o imóvel é um bem estável, mas a liquidez é mais complicada do que a moeda, a ação. "Quem compra na planta e espera vender com alto lucro em um ano pode se decepcionar e vai ver que a valorização em curto prazo não é melhor do que em outros investimentos.''
Para Crestana deve se manter mesmo no mercado o investidor tradicional. ''Aquele que compra imóvel para alugar, aumentar a renda. Como faziam os imigrantes italianos, portugueses, libaneses.'' De acordo com o presidente do Secovi, o aluguel representa, em média, de 0,8 a 1% do valor do imóvel residencial. Já no comercial gira em torno de 1 a 2%. Um bom setor para investir, avalia, é o de hotelaria. ''Não só por conta de eventos, como a Copa, mas por causa do crescimento do País mesmo, que pede a construção de novos empreendimentos.''
O economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci, diz que os maiores índices de valorização dos imóveis ocorreram entre o segundo semestre de 2009 e o primeiro de 2010. "A puxada de preço já aconteceu. Há quem compre na planta e espere uma valorização de 50% em um, dois ou três anos, que é o tempo da obra, em média, Mas ninguém sabe o que vai acontecer, ainda mais em 30 meses."
Como nossos avós- Na Gafisa, nos últimos dois anos os investidores passaram a aparecer com mais força. "Cerca de 10% dos clientes adquirem imóveis residenciais para investimento, tanto aluguel quanto revenda e não compram apenas uma unidade, mas 2,5 em média", afirma o diretor superintendente de Marketing e Vendas da empresa, Luiz Carlos Siciliano. Em alguns empreendimentos comerciais, essa porcentagem chega a 30%.
O diretor verificou que, depois da crise da bolsa de 2008, algumas pessoas ficaram assustadas. "Houve uma diversificação de investimentos de parte desse público, que voltou um pouco ao tempo dos nossos avós que juntavam dinheiro para comprar imóvel, um bem sólido, capaz de dar uma renda e ser futura herança para a família", diz Siciliano. Ele explicou que os imóveis de menor metragem, como os de dois dormitórios, têm maior liquidez para aluguéis.
Para Siciliano, o momento ainda é positivo para a aquisição de imóveis como investimento. "Quem compra na planta tem um fluxo melhor de pagamento e pode ter um bom retorno, dependendo da localização, dos serviços na região e da oferta de empreendimentos", explica. "A Gafisa lançou há dois anos um imóvel no Brooklin, por exemplo, ao custo de R$ 5,5 mil o metro quadrado e hoje está em R$ 8 mil, uma valorização superior a qualquer índice." Mas ressalta que algumas regiões valorizam mais e outras menos. O retorno pode não ser tão bom.
"Sempre tem uma valorização entre a compra na planta e a venda, mas quem adquire um imóvel nessas condições assume riscos, como ocorrer qualquer problema na obra, atrasos, e o custo do capital", afirma a coordenadora de projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo. Segundo Ana, o imóvel também não tem grande liquidez. "E o investidor vai ter gastos, como condomínio, quando a obra for entregue." Nas unidades de dois dormitórios o giro é maior e a facilidade de vendas também. Já os de maior padrão imobilizam o capital. "O investidor costuma procurar mais os empreendimentos comerciais."
A diretora comercial da Área de Locação e Vendas da Lello Imóveis, Roseli Hernandes, concorda. "A maioria dos imóveis residenciais são mais comprados para moradia", explica. Mesmo assim, ela afirma que quem adquire para locar depois encontra bons rendimentos: o aluguel de um imóvel de dois dormitórios, por exemplo, fica entre 0,7 e 0,9% do valor da propriedade por mês. "Já no alto padrão a rentabilidade não passa de 0,4%."
Ela diz que comprar em lançamento para revender tem sido um bom negócio. "Até agora, porque daqui para frente preços dos imóveis vão ganhar estabilização e pode não haver margem interessante de lucro para revenda", analisa. Mas explica que no mercado de imóveis não se pode generalizar. "Cada prédio é uma situação." Segundo ela, se uma região tem poucas oportunidades, a chance de venda é melhor; se há grande oferta, o retorno vai ser menor e pode até empatar.
Regina alerta que a pessoa deve avaliar bem as vantagens e desvantagens de comprar um lançamento, a empresa, outros imóveis construídos, a seriedade. "E até se pode esperar até três anos, se a obra não atrasar, para usufruir do imóvel ou sua necessidade é uma unidade usada."
Avaliar o plano de pagamento também é indispensável. Pode parecer atraente no início, com as prestações mais baixas no período da construção, e não caber no bolso depois. "Há planos com intermediárias, semestrais, anuais, e já vi muitas pessoas que não estavam preparadas para isso."
A diretora acrescenta que há projetos levando 600 famílias para um condomínio. "Vale saber como é o acesso, a portaria, o estacionamento, se o número de elevadores e da estrutura de lazer são suficientes para tanta gente, ou vai se decepcionar." E não se esquecer do preço do condomínio. "Ele é menos quando há mais unidades, por exemplo." Nos prédios mais antigos, ele pode ser maior, por causa dos gastos com manutenção.
ESCOLHA BEM UM IMÓVEL NA PLANTA
Escolha bem o bairro: avalie a mobilidade, os serviços disponíveis, escolas, creches. Veja se não é perto de cemitério, favela, se não tem feira na rua, enchente. Veja o local durante o dia e à noite.
Conhecer quem vai vender o produto. A sociedade de propósitos específicos oferece maior conforto e segurança para o comprador. Tem um CNPJ diferente e não carrega eventuais problemas da principal incorporadora.
Visitar outras obras da empresa, em construção e/ou entregues há 2 ou 3 anos. Ir ao local, falar com porteiro, zelador e até algum morador, saber se prazos foram
cumpridos, se materiais são de qualidade, se há problemas de construção. Consultar órgãos de defesa do consumidor sobre a situação da empresa.
Ver se cabe no bolso: não se deixe levar pela prestação mais baixa durante a construção. Lembrar que depois de pronta, com o financiamento, ela vai aumentar muito. Outra
despesa que vem após a entrega: o condomínio. Ver se é viável.
Acompanhe o estágio das obras por meio de visitas ao empreendimento ou pela internet. Muitas empresas oferecem o serviço em seus sites.
Quando receber o imóvel, leia as instruções de uso e o Manual do Proprietário para certificar-se das garantias da sua unidade. Os prazos legais são diferentes para os componentes.
Apostas
CELSO PFTRUCCI
ECONOMISTA-CHEFE DO SECOVI
"Há quem compre na planta e espere uma valorização de 50%. Mas ninguém sabe o que vai acontecer em 30 meses"
ROSELI HERNANDES
DIRETORA DA ÁREA DE LOCAÇÃO E VENDAS DA LELLO IMÓVEIS
"Daqui para a frente, os preços vão se estabilizar e pode não haver margem interessante
de lucro"
LUIZ CARLOS SICILIANO
DIRETOR DE MARKETING E VENDAS DA GAFISA
"Houve uma diversificação por parte desses clientes investidores"
13 de maio de 2011 | 0h 00
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Marisa Folgato - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
Além da família interessada em realizar o sonho da casa própria, a valorização dos imóveis ocorrida nos últimos anos tem atraído investidores. Não só os tradicionais, que compram para alugar depois, mas um outro tipo: aquele que costumava aplicar no mercado financeiro e resolveu diversificar os investimentos depois da crise, adquirindo um apartamento na planta, por exemplo, para vender meses depois.
Mas especialistas alertam: quem espera retornos altos e a curto prazo deve tomar cuidado. Esse não é o perfil do setor imobiliário. "O mercado está chegando a uma maturidade e a especulação imobiliária é arriscadíssima", alerta o presidente do Secovi, João Crestana.
Segundo ele, o imóvel é um bem estável, mas a liquidez é mais complicada do que a moeda, a ação. "Quem compra na planta e espera vender com alto lucro em um ano pode se decepcionar e vai ver que a valorização em curto prazo não é melhor do que em outros investimentos.''
Para Crestana deve se manter mesmo no mercado o investidor tradicional. ''Aquele que compra imóvel para alugar, aumentar a renda. Como faziam os imigrantes italianos, portugueses, libaneses.'' De acordo com o presidente do Secovi, o aluguel representa, em média, de 0,8 a 1% do valor do imóvel residencial. Já no comercial gira em torno de 1 a 2%. Um bom setor para investir, avalia, é o de hotelaria. ''Não só por conta de eventos, como a Copa, mas por causa do crescimento do País mesmo, que pede a construção de novos empreendimentos.''
O economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci, diz que os maiores índices de valorização dos imóveis ocorreram entre o segundo semestre de 2009 e o primeiro de 2010. "A puxada de preço já aconteceu. Há quem compre na planta e espere uma valorização de 50% em um, dois ou três anos, que é o tempo da obra, em média, Mas ninguém sabe o que vai acontecer, ainda mais em 30 meses."
Como nossos avós- Na Gafisa, nos últimos dois anos os investidores passaram a aparecer com mais força. "Cerca de 10% dos clientes adquirem imóveis residenciais para investimento, tanto aluguel quanto revenda e não compram apenas uma unidade, mas 2,5 em média", afirma o diretor superintendente de Marketing e Vendas da empresa, Luiz Carlos Siciliano. Em alguns empreendimentos comerciais, essa porcentagem chega a 30%.
O diretor verificou que, depois da crise da bolsa de 2008, algumas pessoas ficaram assustadas. "Houve uma diversificação de investimentos de parte desse público, que voltou um pouco ao tempo dos nossos avós que juntavam dinheiro para comprar imóvel, um bem sólido, capaz de dar uma renda e ser futura herança para a família", diz Siciliano. Ele explicou que os imóveis de menor metragem, como os de dois dormitórios, têm maior liquidez para aluguéis.
Para Siciliano, o momento ainda é positivo para a aquisição de imóveis como investimento. "Quem compra na planta tem um fluxo melhor de pagamento e pode ter um bom retorno, dependendo da localização, dos serviços na região e da oferta de empreendimentos", explica. "A Gafisa lançou há dois anos um imóvel no Brooklin, por exemplo, ao custo de R$ 5,5 mil o metro quadrado e hoje está em R$ 8 mil, uma valorização superior a qualquer índice." Mas ressalta que algumas regiões valorizam mais e outras menos. O retorno pode não ser tão bom.
"Sempre tem uma valorização entre a compra na planta e a venda, mas quem adquire um imóvel nessas condições assume riscos, como ocorrer qualquer problema na obra, atrasos, e o custo do capital", afirma a coordenadora de projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo. Segundo Ana, o imóvel também não tem grande liquidez. "E o investidor vai ter gastos, como condomínio, quando a obra for entregue." Nas unidades de dois dormitórios o giro é maior e a facilidade de vendas também. Já os de maior padrão imobilizam o capital. "O investidor costuma procurar mais os empreendimentos comerciais."
A diretora comercial da Área de Locação e Vendas da Lello Imóveis, Roseli Hernandes, concorda. "A maioria dos imóveis residenciais são mais comprados para moradia", explica. Mesmo assim, ela afirma que quem adquire para locar depois encontra bons rendimentos: o aluguel de um imóvel de dois dormitórios, por exemplo, fica entre 0,7 e 0,9% do valor da propriedade por mês. "Já no alto padrão a rentabilidade não passa de 0,4%."
Ela diz que comprar em lançamento para revender tem sido um bom negócio. "Até agora, porque daqui para frente preços dos imóveis vão ganhar estabilização e pode não haver margem interessante de lucro para revenda", analisa. Mas explica que no mercado de imóveis não se pode generalizar. "Cada prédio é uma situação." Segundo ela, se uma região tem poucas oportunidades, a chance de venda é melhor; se há grande oferta, o retorno vai ser menor e pode até empatar.
Regina alerta que a pessoa deve avaliar bem as vantagens e desvantagens de comprar um lançamento, a empresa, outros imóveis construídos, a seriedade. "E até se pode esperar até três anos, se a obra não atrasar, para usufruir do imóvel ou sua necessidade é uma unidade usada."
Avaliar o plano de pagamento também é indispensável. Pode parecer atraente no início, com as prestações mais baixas no período da construção, e não caber no bolso depois. "Há planos com intermediárias, semestrais, anuais, e já vi muitas pessoas que não estavam preparadas para isso."
A diretora acrescenta que há projetos levando 600 famílias para um condomínio. "Vale saber como é o acesso, a portaria, o estacionamento, se o número de elevadores e da estrutura de lazer são suficientes para tanta gente, ou vai se decepcionar." E não se esquecer do preço do condomínio. "Ele é menos quando há mais unidades, por exemplo." Nos prédios mais antigos, ele pode ser maior, por causa dos gastos com manutenção.
ESCOLHA BEM UM IMÓVEL NA PLANTA
Escolha bem o bairro: avalie a mobilidade, os serviços disponíveis, escolas, creches. Veja se não é perto de cemitério, favela, se não tem feira na rua, enchente. Veja o local durante o dia e à noite.
Conhecer quem vai vender o produto. A sociedade de propósitos específicos oferece maior conforto e segurança para o comprador. Tem um CNPJ diferente e não carrega eventuais problemas da principal incorporadora.
Visitar outras obras da empresa, em construção e/ou entregues há 2 ou 3 anos. Ir ao local, falar com porteiro, zelador e até algum morador, saber se prazos foram
cumpridos, se materiais são de qualidade, se há problemas de construção. Consultar órgãos de defesa do consumidor sobre a situação da empresa.
Ver se cabe no bolso: não se deixe levar pela prestação mais baixa durante a construção. Lembrar que depois de pronta, com o financiamento, ela vai aumentar muito. Outra
despesa que vem após a entrega: o condomínio. Ver se é viável.
Acompanhe o estágio das obras por meio de visitas ao empreendimento ou pela internet. Muitas empresas oferecem o serviço em seus sites.
Quando receber o imóvel, leia as instruções de uso e o Manual do Proprietário para certificar-se das garantias da sua unidade. Os prazos legais são diferentes para os componentes.
Apostas
CELSO PFTRUCCI
ECONOMISTA-CHEFE DO SECOVI
"Há quem compre na planta e espere uma valorização de 50%. Mas ninguém sabe o que vai acontecer em 30 meses"
ROSELI HERNANDES
DIRETORA DA ÁREA DE LOCAÇÃO E VENDAS DA LELLO IMÓVEIS
"Daqui para a frente, os preços vão se estabilizar e pode não haver margem interessante
de lucro"
LUIZ CARLOS SICILIANO
DIRETOR DE MARKETING E VENDAS DA GAFISA
"Houve uma diversificação por parte desses clientes investidores"
Imóveis comerciais: Nasce uma bolha?
Preços em alta, oferta em expansão, estrangeiros comprando - a euforia do mercado imobiliário comercial está passando dos limites?
De tempos em tempos, um mercado passa por aquela fase em que não parece haver alternativa para os preços senão subir, subir e subir. Como bem se viu na bolha imobiliária americana,essa é uma fase que pode ser perigosa. Pois um fenômeno dessa natureza parece estar ganhando forma num importante segmento do mercado imobiliário brasileiro - o comercial. Há, espalhados pelo país, diversos exemplos desse comportamento. A BNCorp, incorporadora que tem o Bank of America Merrill Lynch e a construtora Bueno Netto como sócios, passou a ser procurada, seis meses atrás, por fundos estrangeiros interessados em comprar um prédio inteiro que a empresa lançaria na rua Oscar Freire, uma das mais valorizadas de São Paulo. Em vez de vender, a BNCorp decidiu esperar e lançá-lo em maio. "Achamos que podemos conseguir preços melhores", diz Danilo Camargo, diretor da BNCorp. Há,é inegável,uma série de razões para fundamentar o otimismo de Camargo. Um levantamento da consultoria imobiliária CB Richard Ellis mostra que investidores estrangeiros e nacionais destinaram 3,6 bilhões de reais à compra de edifícios de escritórios em 2010, um recorde. Além deles, milhares de pessoas físicas aplicaram parte das economias em salas comerciais, espaços que geralmente variam de 50 a 200 metros quadrados e são ocupados por profissionais liberais. Boa parte desses imóveis foi lançada recentemente e só ficará pronta nos próximos anos. O que ainda ninguém sabe é se haverá empresas, médicos e advogados dispostos a ocupar esses escritórios quando eles forem entregues - ou se muitos investidores vão acabar com um mico nas mãos.
O segmento que apresenta mais motivos para preocupação é o das salas comerciais. Em São Paulo, maior mercado do país, foram lançados 7500 escritórios desse tipo em 2010, o triplo de 2008. Estima-se que mais da metade dos imóveis tenha sido comprada por pequenos investidores, interessados em revender as salas com lucro no futuro ou alugá-las para receber uma renda mensal. "Hoje, a procura por esses espaços é grande, porque ficamos muito tempo sem construir. E isso que o investidor vê. Mas o mercado deverá estar saturado daqui a alguns anos", diz Fernando Kenworthy, presidente da Fibra Experts, incorporadora do grupo Vicunha. Com medo de não haver demanda, a empresa desistiu de lançar um conjunto de salas comercias na zona oeste de São Paulo - agora, o empreendimento terá prédios residenciais e lojas. Como Kenworthy, cada vez mais executivos temem que o mercado das salinhas passe por uma crise parecida com a dos flats na década de 90. Na época, a procura por flats estava em alta, houve uma série de lançamentos e milhares de pequenos investidores passaram a aplicar nesses quartos, recebendo uma renda mensal que variava de acordo com a ocupação. O movimento, porém, foi desordenado e a oferta superou, de longe, a demanda. O número de flats aumentou cerca de cinco vezes, o que deixou milhares de quartos vagos. O mercado levou quase dez anos para se recuperar.
A situação dos prédios de escritórios corporativos, ocupados por grandes empresas, é diferente. A oferta desses imóveis está crescendo no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas num ritmo menor do que o das salas comerciais: o aumento médio anual desde 2008 foi de pouco mais de 20%. O que preocupa, aqui, são os preços. Os alugueis estão entre os maiores do mundo e continuam subindo. Segundo EXAME apurou, no edifício Brookfield Malzoni, que está sendo construído na avenida Faria Lima, em São Paulo, o aluguel médio é de160 reais o metro quadrado, o equivalente ao que se paga na região próxima à Times Square, em Nova York. Apesar do preço alto, o prédio já está todo alugado e algumas empresas chegaram a disputar andares (o dono do prédio, o banco BTG Pactual, não quis dar entrevista). Há concorrência para alugar e também para investir nesses empreendimentos. A Previ, maior fundo de pensão do país, mudou sua política interna para conseguir aplicar em prédios comerciais. "Antes, só investíamos quando o imóvel estava pronto, mas começamos a perder negócios para outros fundos, que entravam na fase de construção. Agora, vamos para o início da cadeia", diz Renê Sanda, diretor da Previ. A gestora coreana Mirae levou três anos para fechar seu primeiro negócio imobiliário no país porque não achava projetos."Muitos donos de empreendimentos não querem vender porque esperam conseguir preços melhores", diz Steve Kim, diretor da Mirae.
Parece a bolsa em 2007
O que atrai os investidores é o diagnóstico de que existe uma falta crônica de imóveis comerciais no país. Um levantamento da Richard Ellis indica que, nas principais cidades do mundo, há cerca de cinco escritórios para cada habitante - aqui, a proporção é de um para um. Há menos espaços comerciais em São Paulo do que em Atlanta, por exemplo. Além disso, em razão da expansão econômica, mais empresas contrataram e precisaram de novos escritórios, o que fez a taxa de imóveis vagos cair para o menor nível da história no Rio e em São Paulo. A questão é como esse mercado vai se ajustar ao ambiente de juros maiores e crescimento menor esperado para os próximos anos. "Como aconteceu na bolsa em 2006 e 2007, há muita gente investindo em imóveis achando que a curva é só ascendente, e obviamente não funciona assim", diz Carlos Betancourt, sócio da Bracor, empresa de investimentos imobiliários que tem o bilionário Sam Zell entre seus sócios. Betancourt decidiu vender: neste ano, os imóveis da Bracor foram comprados pela gestora Prosperitas por 3 bilhões de reais. Os próximos meses vão mostrar se ele fez um bom negócio ou se os investidores que estão aumentando a aposta no setor é que vão ganhar.
"Como aconteceu na bolsa em 2006 e 2007, há muita gente investindo em imóveis achando que a curva é só ascendente", diz um executivo
Com reportagem de Alexandre Moschella
Revista Exame/AC
De tempos em tempos, um mercado passa por aquela fase em que não parece haver alternativa para os preços senão subir, subir e subir. Como bem se viu na bolha imobiliária americana,essa é uma fase que pode ser perigosa. Pois um fenômeno dessa natureza parece estar ganhando forma num importante segmento do mercado imobiliário brasileiro - o comercial. Há, espalhados pelo país, diversos exemplos desse comportamento. A BNCorp, incorporadora que tem o Bank of America Merrill Lynch e a construtora Bueno Netto como sócios, passou a ser procurada, seis meses atrás, por fundos estrangeiros interessados em comprar um prédio inteiro que a empresa lançaria na rua Oscar Freire, uma das mais valorizadas de São Paulo. Em vez de vender, a BNCorp decidiu esperar e lançá-lo em maio. "Achamos que podemos conseguir preços melhores", diz Danilo Camargo, diretor da BNCorp. Há,é inegável,uma série de razões para fundamentar o otimismo de Camargo. Um levantamento da consultoria imobiliária CB Richard Ellis mostra que investidores estrangeiros e nacionais destinaram 3,6 bilhões de reais à compra de edifícios de escritórios em 2010, um recorde. Além deles, milhares de pessoas físicas aplicaram parte das economias em salas comerciais, espaços que geralmente variam de 50 a 200 metros quadrados e são ocupados por profissionais liberais. Boa parte desses imóveis foi lançada recentemente e só ficará pronta nos próximos anos. O que ainda ninguém sabe é se haverá empresas, médicos e advogados dispostos a ocupar esses escritórios quando eles forem entregues - ou se muitos investidores vão acabar com um mico nas mãos.
O segmento que apresenta mais motivos para preocupação é o das salas comerciais. Em São Paulo, maior mercado do país, foram lançados 7500 escritórios desse tipo em 2010, o triplo de 2008. Estima-se que mais da metade dos imóveis tenha sido comprada por pequenos investidores, interessados em revender as salas com lucro no futuro ou alugá-las para receber uma renda mensal. "Hoje, a procura por esses espaços é grande, porque ficamos muito tempo sem construir. E isso que o investidor vê. Mas o mercado deverá estar saturado daqui a alguns anos", diz Fernando Kenworthy, presidente da Fibra Experts, incorporadora do grupo Vicunha. Com medo de não haver demanda, a empresa desistiu de lançar um conjunto de salas comercias na zona oeste de São Paulo - agora, o empreendimento terá prédios residenciais e lojas. Como Kenworthy, cada vez mais executivos temem que o mercado das salinhas passe por uma crise parecida com a dos flats na década de 90. Na época, a procura por flats estava em alta, houve uma série de lançamentos e milhares de pequenos investidores passaram a aplicar nesses quartos, recebendo uma renda mensal que variava de acordo com a ocupação. O movimento, porém, foi desordenado e a oferta superou, de longe, a demanda. O número de flats aumentou cerca de cinco vezes, o que deixou milhares de quartos vagos. O mercado levou quase dez anos para se recuperar.
A situação dos prédios de escritórios corporativos, ocupados por grandes empresas, é diferente. A oferta desses imóveis está crescendo no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas num ritmo menor do que o das salas comerciais: o aumento médio anual desde 2008 foi de pouco mais de 20%. O que preocupa, aqui, são os preços. Os alugueis estão entre os maiores do mundo e continuam subindo. Segundo EXAME apurou, no edifício Brookfield Malzoni, que está sendo construído na avenida Faria Lima, em São Paulo, o aluguel médio é de160 reais o metro quadrado, o equivalente ao que se paga na região próxima à Times Square, em Nova York. Apesar do preço alto, o prédio já está todo alugado e algumas empresas chegaram a disputar andares (o dono do prédio, o banco BTG Pactual, não quis dar entrevista). Há concorrência para alugar e também para investir nesses empreendimentos. A Previ, maior fundo de pensão do país, mudou sua política interna para conseguir aplicar em prédios comerciais. "Antes, só investíamos quando o imóvel estava pronto, mas começamos a perder negócios para outros fundos, que entravam na fase de construção. Agora, vamos para o início da cadeia", diz Renê Sanda, diretor da Previ. A gestora coreana Mirae levou três anos para fechar seu primeiro negócio imobiliário no país porque não achava projetos."Muitos donos de empreendimentos não querem vender porque esperam conseguir preços melhores", diz Steve Kim, diretor da Mirae.
Parece a bolsa em 2007
O que atrai os investidores é o diagnóstico de que existe uma falta crônica de imóveis comerciais no país. Um levantamento da Richard Ellis indica que, nas principais cidades do mundo, há cerca de cinco escritórios para cada habitante - aqui, a proporção é de um para um. Há menos espaços comerciais em São Paulo do que em Atlanta, por exemplo. Além disso, em razão da expansão econômica, mais empresas contrataram e precisaram de novos escritórios, o que fez a taxa de imóveis vagos cair para o menor nível da história no Rio e em São Paulo. A questão é como esse mercado vai se ajustar ao ambiente de juros maiores e crescimento menor esperado para os próximos anos. "Como aconteceu na bolsa em 2006 e 2007, há muita gente investindo em imóveis achando que a curva é só ascendente, e obviamente não funciona assim", diz Carlos Betancourt, sócio da Bracor, empresa de investimentos imobiliários que tem o bilionário Sam Zell entre seus sócios. Betancourt decidiu vender: neste ano, os imóveis da Bracor foram comprados pela gestora Prosperitas por 3 bilhões de reais. Os próximos meses vão mostrar se ele fez um bom negócio ou se os investidores que estão aumentando a aposta no setor é que vão ganhar.
"Como aconteceu na bolsa em 2006 e 2007, há muita gente investindo em imóveis achando que a curva é só ascendente", diz um executivo
Com reportagem de Alexandre Moschella
Revista Exame/AC
Imóveis - A maior alta do mundo. Uma pesquisa exclusiva da revista exame mostra que os preços dos imóveis no Brasil subiram 25% em 12 meses, um recorde global. Ficou caro? Imóveis comerciais. Nasce uma bolha?
Imóveis - A maior alta do mundo. Uma pesquisa exclusiva da revista exame mostra que os preços dos imóveis no Brasil subiram 25% em 12 meses, um recorde global. Ficou caro? Imóveis comerciais. Nasce uma bolha?
A maior alta do mundo
Uma pesquisa exclusiva mostra que os preços dos imóveis no país subiram 25% em 12 meses, um recorde global. Em dois anos, o aumento passou de 50%. Ficou caro?
Giuliana Napolitano.
Em Junho de 2010, quando Exame publicou sua primeira pesquisa anual sobre o mercado imobiliário brasileiro, muitos tiveram a impressão de que aquela euforia havia atingido um teto impossível de superar: de acordo com os números, levantados pelo instituto Ibope Inteligência, o Brasil tinha o terceiro mercado mais aquecido do planeta, somente atrás de Hong Kong e Singapura. Um ano depois,eis aqui a constatação: sim, era possível. O mercado imobiliário brasileiro viveu, em 2010, um período de euforia sem paralelo em sua história. Mais de 1milhão de casas e apartamentos foram financiados no ano, duas vezes mais do que em 2008. As vendas nunca foram tão velozes. Em média,um novo prédio leva quatro meses para ser completamente vendido nas principais capitais do país, três vezes mais rápido do que cinco anos atrás - e há dezenas de casos de condomínios que são comercializados num único fim de semana, alguns em poucas horas. O segundo levantamento EXAME/Ibope traduz em números esse aquecimento: os preços dos imóveis novos subiram 26% nos últimos 12 meses em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Os usados aumentaram 24% no mesmo período. A alta média, de 25%, foi a maior do mundo, segundo dados de 37 países levantados pela consultoria especializada Global Property Guide. Em dois anos, os imoveis brasileiros valorizaram 52% - apenas o riquíssimo mercado de Hong Kong teve desempenho melhor.
A incrível escalada de preços de imóveis no Brasil é explicada por um inédito descompasso entre oferta e demanda. Nos últimos três anos, o volume anual de lançamentos das principais incorporadoras dobrou. Parece muito, mas é muito pouco: a demanda continua bastante superior à oferta, uma pesquisa da Fundação João Pinheiro,órgão ligado ao governo de Minas Gerais que mede o déficit habitacional do país, aponta que há gente com dinheiro e sem casa em todas as faixas de renda - entre os que recebem mais de dez salários mínimos por mês, o "déficit"é calculado em170000 moradias. Estima-se que as empresas precisariam construir meio milhão de imóveis amais todos os anos para fazer frente à procura.Os motores do mercado são velhos conhecidos: mais crédito, mais renda e cada vez mais consumidores dispostos a comprar casas e apartamentos. "Nosso cliente típico está na faixa dos 35 anos e vai casar ou sair da casados pais", diz Michel Wurman, vice-presidente financeiro da PDG, a maior incorporadora do país. "Com o crescimento da economia e do emprego, as pessoas se sentem mais seguras para fazer uma compra desse porte. E conseguem pagar, porque existe financiamento."
A expansão imobiliária dos últimos anos está provocando transformações urbanas no país inteiro. Dezenas de novos bairros vêm surgindo nas principais capitais brasileiras. Um destaque é Águas Claras, região administrativa do Distrito Federal. Águas Claras foi fundada oficialmente na década de 80, depois que o governo local regularizou a posse de terrenos invadidos. Até os anos 90, havia pouquíssimos prédios ali,boa parte das moradias era destinada a moradores de baixa renda. De lá para cá, foram lançados mais de 800 empreendimentos, muitos de classe média e alta,e a população cresceu quase quatro vezes, para cerca de 150000 habitantes. Em Porto Alegre, surgiu o bairro Jardim Europa numa área que era ocupada por um bosque até 2006. Há cerca de 1000 imóveis no local. Em Belo Horizonte, em pouco mais de dez anos foram construídos 3 000 apartamentos e casas em Belvedere, na zona sul. "Já faltam terrenos para novas construções nesse bairro", diz Alexandre Gribel, diretor da Gribel Pactual, corretora do grupo Brasil Brokers. Esses novos bairros crescem rapidamente porque seus preços são bem menores do que os das regiões centrais. O metro quadrado de um apartamento novo em Águas Claras, por exemplo, custa 4441 reais,menos da metade do que é cobrado em média em Brasília.
Hoje, a capital federal é a terceira cidade mais cara do país, segundo a pesquisa EXAME/Ibope. O campeão de preços continua sendo o Rio de Janeiro, onde o metro quadrado de um imóvel novo custa 6 528 reais essa é a média, mas há, no Leblon, apartamentos sendo negociados por até 40 000 reais o metro quadrado. "Estrangeiros, especialmente americanos e chineses, que estão vindo para o Rio trabalhar na indústria de petróleo, querem morar perto da praia, e isso tem feito os preços subir ainda mais", diz Bianca Carvalho, diretora da incorporadora carioca Concal. Também há uma grande expectativa sobre como as obras de infraestrutura para a Copa e a Olimpíada vão mexer com o mercado. Espera-se que bairros como Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes sejam beneficiados, porque o plano é que haja estações de metrô ali e que a avenida das Américas, que liga esses locais à zona sul do Rio, seja duplicada. Como os projetos ainda não saíram do papel, a alta dos preços dos imóveis nesses bairros foi inferior à média da cidade no último ano. Um lugar que já começou a valorizar, e muito, foi a região do porto, que deve passar por uma revitalização. A maioria das incorporadoras está procurando terrenos para construir apartamentos e escritórios ali. "Os preços dos terrenos já subiram muito, os proprietários querem ganhar dez vezes mais do que pagaram", diz um executivo do setor. Em São Paulo, cidade onde os preços mais aumentaram em 12 meses, o valor do metro quadrado de imóveis novos em Moema e Perdizes, bairros da zona oeste e sudoeste da cidade, chega a 20 000 reais.
Com a expansão imobiliária dos últimos anos, dezenas de bairros com milhares de casas e apartamentos surgiram nas maiores cidades do país
Mas, assim como aconteceu no ano passado, a nova pesquisa EXAME/ Ibope faz surgir a pergunta: agora está caro? Atingiu-se um teto? Diante de uma demanda tão poderosa, a tentação é imaginar que o setor imobiliário só pode continuar em sua trajetória atual e que os preços, embora já tenham subido muito, vão continuar em alta. Há estatísticas que ajudam a embasar essa tese. Segundo um relatório do banco J.P. Morgan, o valor de uma casa ou apartamento no país corresponde a 5,5 vezes a renda média anual das famílias, menos da metade da proporção de China e Singapura. Num ranking de preços feito anualmente pela Global Property Guide em 94 países, o Brasil aparece na 65a posição. Por esses critérios, portanto, ainda há muito que valorizar. O crédito imobiliário, mesmo depois de ter crescido cerca de dez vezes em cinco anos, ainda responde por 4% do PIB, um dos menores percentuais do mundo. Com pouco financiamento disponível, há menos espaço para especulação e altas de preço descoladas da realidade, como se viu nos Estados Unidos e na Europa (a situação é diferente no segmento de imóveis comerciais, veja na pág. 48). "Quem mais compra imóvel residencial no Brasil é o consumidor final, porque a demanda é gigantesca. Na China, por exemplo, os investidores movimentam o mercado e criam uma procura artificial", diz David Lynn, autor do livro Emerging Market Real Estate Investment, lançado em 2010, e diretor do ING Clarion, um dos maiores fundos de investimento em imóveis do mundo, com 23 bilhões de dólares de patrimônio.
O risco é comprar um imóvel em bairros onde há prédios demais em construção, como ocorreu no Morumbi, em São Paulo
Apesar de esses cálculos mostrarem que o potencial ainda é enorme, há no horizonte um conjunto de riscos que não podem ser ignorados por quem quer comprar seu imóvel nos próximos meses. "A tendência de longo prazo é positiva. Mas nenhum setor está livre de solavancos, e o mercado imobiliário começa a entrar numa fase mais complicada", diz Flávio Queiroz, analista da corretora do banco Santander. Claramente, há em 2011 ameaças que não estavam no radar no eufórico ano de 2010, em que a economia brasìleira cresceu 7,5%. A perspectiva de menos crescimento econômico e mais inflação tem levado alguns consumidores a pensar duas vezes antes de comprar, dizem executivos do setor. "É um efeito psicológico, que pode se agravar se a inflação oficial passar de dois dígitos", diz Nicholas Reade, presidente da incorporadora Brookfield. "As pessoas ficam com medo de assumir compromissos de longo prazo.
Num setor que só funciona se houver crédito, outro perigo é a possibilidade de faltar capital para os empréstimos quando se esgotarem os recursos da caderneta de poupança, a principal fonte de financiamento de imóveis. As previsões variam para os bancos, o dinheiro acaba em 2013; para empresários, pode durar um pouco mais. Mas o fato é que o crédito imobiliário cresce a uma taxa muito superior à da poupança. O excedente teria de ser financiado com outros tipos de recurso, como a emissão de títulos imobiliários, num sistema semelhante ao que ocorre na maioria dos países.
É possível que os recursos da caderneta de poupança não sejam mais suficientes para financiar a compra de imóveis daqui a dois anos
Aqui, esse tipo de mecanismo ainda é incipiente. "O mercado terá de aprender a conviver com fontes alternativas, em que os juros podem variar mais do que hoje", diz Fabio Nogueira, diretor da empresa financeiro-imobiliária Brazilian Finance & Real Estate.
Há, ainda, riscos que são consequência direta da expansão dos últimos anos. Para quem faz parte do contingente de milhões de brasileiros sem imóvel e pretende comprar uma casa, o perigo é colocar dinheiro numa região em que há excesso de oferta. Nenhum dos bairros centrais pesquisados pelo Ibope teve queda de preço nos últimos 12 meses, mas em alguns lugares a oferta desordenada fez com que a valorização fosse menor que a média. E o caso do Morumbi, na zona sul de São Paulo. O bairro concentrou 15% de todos os lançamentos da cidade em 12 meses, e os preços subiram 12%, menos da metade da média geral da capital paulista. Algo semelhante está acontecendo em Salvador, no entorno da avenida Luís Viana Filho, conhecida como Paralela. "Se eu fosse comprar um imóvel hoje, compraria para morar, mas não para investir e tentar ganhar dinheiro no curto prazo", diz Roberto Miranda de Lima, presidente no Brasil da gestora britânica Autonomy, que tem 2 bilhões de reais em imoveis comerciais no pais e está captando um novo fundo para investir aqui. "O risco de errar a mão está aumentando.
Os números da euforia. O preço dos imóveis residenciais subiu, mas não ficou alto internacionalmente. Apartamentos e casas em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre tiveram, em média, a maior valorização do mundo em 12 meses(o número do Brasil vai até abril de 2011. Os dados globais são de 2010).
Apesar da alta, os imóveis brasileiros ainda estão relativamente baratos: o país ocupa a 65. posição num ranking de preços feito em 94 países (valor por metro quadrado - nas principais cidades):
1. Mônaco = 59.814 dólares
2. Inglaterra = 23.358 dólares
3. Rússia = 18.487 dólares
4. Singapura = 16.644 dólares
5. Hong Kong = 16.422 dólares
64. Argentina = 2.625 dólares
65. Brasil = 2.616 dólares
Aqui os preços dos imóveis correspondem a 5,5 vezes a renda média anual das famílias, um patamar inferior ao da China e da India:
Brasil (São Paulo)...................... 5,5
India (Mumbai)......................... 6,3
Singapura............................... 12,9
China (Pequim)......................... 13,5
São Paulo : A Cidade que mais valorizou no último ano. O preço dos imóveis novos subiu 31%, e o dos usados, 28% em São Paulo nos últimos 12 meses - foram as maiores altas do período entre as cidades pesquisadas pelo instituto Ibope Inteligência. A valorização está levando as incorporadoras a lançar casas e, principalmente, apartamentos cada vez menores, para que o preço final seja acessível a um número maior de compradores.
A demanda por esses imóveis tem crescido acima da média. A incorporadora MaxCasa lançou recentemente um prédio de 70 apartamentos com preço médio de 8.500,00 reais o metro quadrado no Campo Belo, bairro em que o metro quadrado não costumava custar mais de 6.000 reais. "Vendemos tudo num dia, sinal de que o preço provavelmente estava errado", diz José Paim, presidente da MaxCasa.
Região Bairros Novos Preço m2 em reais Usados Preço m2 em reais
Noroeste
Freguesia do Ó, Jaraguá e Limão
4.255 reais (+31%) 3.226 reais (+ 38%)
Oeste
Barra Funda,Lapa, Perdizes V.Leopoldina
6.792 reais (+38%) 5.110 reais (+27%)
Sudoeste
Alto de Pinheiros, Itaim,Jd.Paulista, Moema,Morumbi, VilaMariana
7.384 reais (+31%) 6.020 reais (+32%)
Sul
Campo Limpo,Sto. Amaro e Socorro
4.250 reais (+13%) 3.900 reais (+33%)
Centro
Bela Vista,Consolação,Sé e Liberdade
5.717 reais (+41%) 5.200 reais (+39%)
Sudeste
Aricanduva,Ipiranga,Mooca e Tatuapé
4.860 reais (+26%) 3.781 reais (+24%)
Leste
Itaquera,Penha e V. Matilde
2.992 reais (+10%) 2.908 reais (+19%)
Norte Casa Verde,Santana e Tucuruvi
4.663 reais (+31%) 3.669 reais (+18%)
O Preço dos imóveis residenciais em São Paulo subiu nos últimos 12 meses:
Novos Usados
2010 = 4.519 para 2011 = 5.920 reais (+31%) 2010 = 3.916 para 2011 = 5.012 reais (+28%)
Em 2 anos :
Novos = 62%
Usados = 46%
Jardim Paulista = O Bairro mais caro:
Novos - Alta em 12 meses e preço médio por m2 ( 9.102,00 +39%)
Usados - Alta em 12 meses e preço médio por m2 ( 6.959,00 +49%)
Perdizes = O Bairro que mais valorizou:
Novos - Alta em 12 meses e preço médio por m2 ( 8.157,00 +57%)
Usados - Alta em 12 meses e preço médio por m2 ( 5.414,00 +41%)
A maior alta do mundo
Uma pesquisa exclusiva mostra que os preços dos imóveis no país subiram 25% em 12 meses, um recorde global. Em dois anos, o aumento passou de 50%. Ficou caro?
Giuliana Napolitano.
Em Junho de 2010, quando Exame publicou sua primeira pesquisa anual sobre o mercado imobiliário brasileiro, muitos tiveram a impressão de que aquela euforia havia atingido um teto impossível de superar: de acordo com os números, levantados pelo instituto Ibope Inteligência, o Brasil tinha o terceiro mercado mais aquecido do planeta, somente atrás de Hong Kong e Singapura. Um ano depois,eis aqui a constatação: sim, era possível. O mercado imobiliário brasileiro viveu, em 2010, um período de euforia sem paralelo em sua história. Mais de 1milhão de casas e apartamentos foram financiados no ano, duas vezes mais do que em 2008. As vendas nunca foram tão velozes. Em média,um novo prédio leva quatro meses para ser completamente vendido nas principais capitais do país, três vezes mais rápido do que cinco anos atrás - e há dezenas de casos de condomínios que são comercializados num único fim de semana, alguns em poucas horas. O segundo levantamento EXAME/Ibope traduz em números esse aquecimento: os preços dos imóveis novos subiram 26% nos últimos 12 meses em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Os usados aumentaram 24% no mesmo período. A alta média, de 25%, foi a maior do mundo, segundo dados de 37 países levantados pela consultoria especializada Global Property Guide. Em dois anos, os imoveis brasileiros valorizaram 52% - apenas o riquíssimo mercado de Hong Kong teve desempenho melhor.
A incrível escalada de preços de imóveis no Brasil é explicada por um inédito descompasso entre oferta e demanda. Nos últimos três anos, o volume anual de lançamentos das principais incorporadoras dobrou. Parece muito, mas é muito pouco: a demanda continua bastante superior à oferta, uma pesquisa da Fundação João Pinheiro,órgão ligado ao governo de Minas Gerais que mede o déficit habitacional do país, aponta que há gente com dinheiro e sem casa em todas as faixas de renda - entre os que recebem mais de dez salários mínimos por mês, o "déficit"é calculado em170000 moradias. Estima-se que as empresas precisariam construir meio milhão de imóveis amais todos os anos para fazer frente à procura.Os motores do mercado são velhos conhecidos: mais crédito, mais renda e cada vez mais consumidores dispostos a comprar casas e apartamentos. "Nosso cliente típico está na faixa dos 35 anos e vai casar ou sair da casados pais", diz Michel Wurman, vice-presidente financeiro da PDG, a maior incorporadora do país. "Com o crescimento da economia e do emprego, as pessoas se sentem mais seguras para fazer uma compra desse porte. E conseguem pagar, porque existe financiamento."
A expansão imobiliária dos últimos anos está provocando transformações urbanas no país inteiro. Dezenas de novos bairros vêm surgindo nas principais capitais brasileiras. Um destaque é Águas Claras, região administrativa do Distrito Federal. Águas Claras foi fundada oficialmente na década de 80, depois que o governo local regularizou a posse de terrenos invadidos. Até os anos 90, havia pouquíssimos prédios ali,boa parte das moradias era destinada a moradores de baixa renda. De lá para cá, foram lançados mais de 800 empreendimentos, muitos de classe média e alta,e a população cresceu quase quatro vezes, para cerca de 150000 habitantes. Em Porto Alegre, surgiu o bairro Jardim Europa numa área que era ocupada por um bosque até 2006. Há cerca de 1000 imóveis no local. Em Belo Horizonte, em pouco mais de dez anos foram construídos 3 000 apartamentos e casas em Belvedere, na zona sul. "Já faltam terrenos para novas construções nesse bairro", diz Alexandre Gribel, diretor da Gribel Pactual, corretora do grupo Brasil Brokers. Esses novos bairros crescem rapidamente porque seus preços são bem menores do que os das regiões centrais. O metro quadrado de um apartamento novo em Águas Claras, por exemplo, custa 4441 reais,menos da metade do que é cobrado em média em Brasília.
Hoje, a capital federal é a terceira cidade mais cara do país, segundo a pesquisa EXAME/Ibope. O campeão de preços continua sendo o Rio de Janeiro, onde o metro quadrado de um imóvel novo custa 6 528 reais essa é a média, mas há, no Leblon, apartamentos sendo negociados por até 40 000 reais o metro quadrado. "Estrangeiros, especialmente americanos e chineses, que estão vindo para o Rio trabalhar na indústria de petróleo, querem morar perto da praia, e isso tem feito os preços subir ainda mais", diz Bianca Carvalho, diretora da incorporadora carioca Concal. Também há uma grande expectativa sobre como as obras de infraestrutura para a Copa e a Olimpíada vão mexer com o mercado. Espera-se que bairros como Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes sejam beneficiados, porque o plano é que haja estações de metrô ali e que a avenida das Américas, que liga esses locais à zona sul do Rio, seja duplicada. Como os projetos ainda não saíram do papel, a alta dos preços dos imóveis nesses bairros foi inferior à média da cidade no último ano. Um lugar que já começou a valorizar, e muito, foi a região do porto, que deve passar por uma revitalização. A maioria das incorporadoras está procurando terrenos para construir apartamentos e escritórios ali. "Os preços dos terrenos já subiram muito, os proprietários querem ganhar dez vezes mais do que pagaram", diz um executivo do setor. Em São Paulo, cidade onde os preços mais aumentaram em 12 meses, o valor do metro quadrado de imóveis novos em Moema e Perdizes, bairros da zona oeste e sudoeste da cidade, chega a 20 000 reais.
Com a expansão imobiliária dos últimos anos, dezenas de bairros com milhares de casas e apartamentos surgiram nas maiores cidades do país
Mas, assim como aconteceu no ano passado, a nova pesquisa EXAME/ Ibope faz surgir a pergunta: agora está caro? Atingiu-se um teto? Diante de uma demanda tão poderosa, a tentação é imaginar que o setor imobiliário só pode continuar em sua trajetória atual e que os preços, embora já tenham subido muito, vão continuar em alta. Há estatísticas que ajudam a embasar essa tese. Segundo um relatório do banco J.P. Morgan, o valor de uma casa ou apartamento no país corresponde a 5,5 vezes a renda média anual das famílias, menos da metade da proporção de China e Singapura. Num ranking de preços feito anualmente pela Global Property Guide em 94 países, o Brasil aparece na 65a posição. Por esses critérios, portanto, ainda há muito que valorizar. O crédito imobiliário, mesmo depois de ter crescido cerca de dez vezes em cinco anos, ainda responde por 4% do PIB, um dos menores percentuais do mundo. Com pouco financiamento disponível, há menos espaço para especulação e altas de preço descoladas da realidade, como se viu nos Estados Unidos e na Europa (a situação é diferente no segmento de imóveis comerciais, veja na pág. 48). "Quem mais compra imóvel residencial no Brasil é o consumidor final, porque a demanda é gigantesca. Na China, por exemplo, os investidores movimentam o mercado e criam uma procura artificial", diz David Lynn, autor do livro Emerging Market Real Estate Investment, lançado em 2010, e diretor do ING Clarion, um dos maiores fundos de investimento em imóveis do mundo, com 23 bilhões de dólares de patrimônio.
O risco é comprar um imóvel em bairros onde há prédios demais em construção, como ocorreu no Morumbi, em São Paulo
Apesar de esses cálculos mostrarem que o potencial ainda é enorme, há no horizonte um conjunto de riscos que não podem ser ignorados por quem quer comprar seu imóvel nos próximos meses. "A tendência de longo prazo é positiva. Mas nenhum setor está livre de solavancos, e o mercado imobiliário começa a entrar numa fase mais complicada", diz Flávio Queiroz, analista da corretora do banco Santander. Claramente, há em 2011 ameaças que não estavam no radar no eufórico ano de 2010, em que a economia brasìleira cresceu 7,5%. A perspectiva de menos crescimento econômico e mais inflação tem levado alguns consumidores a pensar duas vezes antes de comprar, dizem executivos do setor. "É um efeito psicológico, que pode se agravar se a inflação oficial passar de dois dígitos", diz Nicholas Reade, presidente da incorporadora Brookfield. "As pessoas ficam com medo de assumir compromissos de longo prazo.
Num setor que só funciona se houver crédito, outro perigo é a possibilidade de faltar capital para os empréstimos quando se esgotarem os recursos da caderneta de poupança, a principal fonte de financiamento de imóveis. As previsões variam para os bancos, o dinheiro acaba em 2013; para empresários, pode durar um pouco mais. Mas o fato é que o crédito imobiliário cresce a uma taxa muito superior à da poupança. O excedente teria de ser financiado com outros tipos de recurso, como a emissão de títulos imobiliários, num sistema semelhante ao que ocorre na maioria dos países.
É possível que os recursos da caderneta de poupança não sejam mais suficientes para financiar a compra de imóveis daqui a dois anos
Aqui, esse tipo de mecanismo ainda é incipiente. "O mercado terá de aprender a conviver com fontes alternativas, em que os juros podem variar mais do que hoje", diz Fabio Nogueira, diretor da empresa financeiro-imobiliária Brazilian Finance & Real Estate.
Há, ainda, riscos que são consequência direta da expansão dos últimos anos. Para quem faz parte do contingente de milhões de brasileiros sem imóvel e pretende comprar uma casa, o perigo é colocar dinheiro numa região em que há excesso de oferta. Nenhum dos bairros centrais pesquisados pelo Ibope teve queda de preço nos últimos 12 meses, mas em alguns lugares a oferta desordenada fez com que a valorização fosse menor que a média. E o caso do Morumbi, na zona sul de São Paulo. O bairro concentrou 15% de todos os lançamentos da cidade em 12 meses, e os preços subiram 12%, menos da metade da média geral da capital paulista. Algo semelhante está acontecendo em Salvador, no entorno da avenida Luís Viana Filho, conhecida como Paralela. "Se eu fosse comprar um imóvel hoje, compraria para morar, mas não para investir e tentar ganhar dinheiro no curto prazo", diz Roberto Miranda de Lima, presidente no Brasil da gestora britânica Autonomy, que tem 2 bilhões de reais em imoveis comerciais no pais e está captando um novo fundo para investir aqui. "O risco de errar a mão está aumentando.
Os números da euforia. O preço dos imóveis residenciais subiu, mas não ficou alto internacionalmente. Apartamentos e casas em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre tiveram, em média, a maior valorização do mundo em 12 meses(o número do Brasil vai até abril de 2011. Os dados globais são de 2010).
Apesar da alta, os imóveis brasileiros ainda estão relativamente baratos: o país ocupa a 65. posição num ranking de preços feito em 94 países (valor por metro quadrado - nas principais cidades):
1. Mônaco = 59.814 dólares
2. Inglaterra = 23.358 dólares
3. Rússia = 18.487 dólares
4. Singapura = 16.644 dólares
5. Hong Kong = 16.422 dólares
64. Argentina = 2.625 dólares
65. Brasil = 2.616 dólares
Aqui os preços dos imóveis correspondem a 5,5 vezes a renda média anual das famílias, um patamar inferior ao da China e da India:
Brasil (São Paulo)...................... 5,5
India (Mumbai)......................... 6,3
Singapura............................... 12,9
China (Pequim)......................... 13,5
São Paulo : A Cidade que mais valorizou no último ano. O preço dos imóveis novos subiu 31%, e o dos usados, 28% em São Paulo nos últimos 12 meses - foram as maiores altas do período entre as cidades pesquisadas pelo instituto Ibope Inteligência. A valorização está levando as incorporadoras a lançar casas e, principalmente, apartamentos cada vez menores, para que o preço final seja acessível a um número maior de compradores.
A demanda por esses imóveis tem crescido acima da média. A incorporadora MaxCasa lançou recentemente um prédio de 70 apartamentos com preço médio de 8.500,00 reais o metro quadrado no Campo Belo, bairro em que o metro quadrado não costumava custar mais de 6.000 reais. "Vendemos tudo num dia, sinal de que o preço provavelmente estava errado", diz José Paim, presidente da MaxCasa.
Região Bairros Novos Preço m2 em reais Usados Preço m2 em reais
Noroeste
Freguesia do Ó, Jaraguá e Limão
4.255 reais (+31%) 3.226 reais (+ 38%)
Oeste
Barra Funda,Lapa, Perdizes V.Leopoldina
6.792 reais (+38%) 5.110 reais (+27%)
Sudoeste
Alto de Pinheiros, Itaim,Jd.Paulista, Moema,Morumbi, VilaMariana
7.384 reais (+31%) 6.020 reais (+32%)
Sul
Campo Limpo,Sto. Amaro e Socorro
4.250 reais (+13%) 3.900 reais (+33%)
Centro
Bela Vista,Consolação,Sé e Liberdade
5.717 reais (+41%) 5.200 reais (+39%)
Sudeste
Aricanduva,Ipiranga,Mooca e Tatuapé
4.860 reais (+26%) 3.781 reais (+24%)
Leste
Itaquera,Penha e V. Matilde
2.992 reais (+10%) 2.908 reais (+19%)
Norte Casa Verde,Santana e Tucuruvi
4.663 reais (+31%) 3.669 reais (+18%)
O Preço dos imóveis residenciais em São Paulo subiu nos últimos 12 meses:
Novos Usados
2010 = 4.519 para 2011 = 5.920 reais (+31%) 2010 = 3.916 para 2011 = 5.012 reais (+28%)
Em 2 anos :
Novos = 62%
Usados = 46%
Jardim Paulista = O Bairro mais caro:
Novos - Alta em 12 meses e preço médio por m2 ( 9.102,00 +39%)
Usados - Alta em 12 meses e preço médio por m2 ( 6.959,00 +49%)
Perdizes = O Bairro que mais valorizou:
Novos - Alta em 12 meses e preço médio por m2 ( 8.157,00 +57%)
Usados - Alta em 12 meses e preço médio por m2 ( 5.414,00 +41%)
Resultados da PDG Realty são bem avaliados e ações avançam 2,14%
13 de maio de 2011 • 17h29 Por: Equipe InfoMoney
SÃO PAULO – As ações da PDG Realty (PDGR3) avançaram 2,14% nesta sexta-feira (13), respondendo bem à divulgação de resultados do primeiro trimestre, que agradou Barcays e Citigroup. A valorização colocou a empresa na posição de terceira maior alta do Ibovespa - que por sua vez recuou 1,20%.
As ações, que terminaram cotadas a R$ 9,53, chegaram a cotação máxima de R$ 9,65 no intraday, alta de 3,43%, e movimentaram R$ 217,02 milhões.
Resultados
Na noite da véspera, a companhia divulgou seus resultados, que agradaram o analista Guilherme Vilazante, do Barclays. Ele ressaltou as margens acima de suas expectativas.
Na opinião de Vilazante, a empresa é a mais segura do setor durante esse período de volatilidade, já que herdou vários projetos e terras da Agre, que garantirão margens acima dos pares para a PDG por pelo menos dois anos.
As margens, contudo, estiveram abaixo das estimativas de DanMcGoey e Bruno Brandão, do Citi, para quem o resultado esteve forte, mas em linha com o esperado. De acordo com os analistas, isso não deve impedir que as margens terminem o ano compatíveis com o guidance da companhia.
O analista do Barclays destaca ainda os lançamentos no primeiro trimestre, que já atingiram 18,5% do ponto médio do guidance para o ano, e são bons volumes para o período . Ele chama a atenção para o desafio da companhia de manter esses lançamentos no atual nível, afirmando que o volume deverá ser 15% menor no futuro.
Recomendação
Vilazante reitera sua recomendação overweight à PDGR3, com preço-alvo de R$ 13,00 - upside de 36,41% em relação ao fechamento da sexta-feira. O Citi, por sua vez, coloca um target de R$ 13,40 para os ativos, potencial de valorização de 40,61%.
SÃO PAULO – As ações da PDG Realty (PDGR3) avançaram 2,14% nesta sexta-feira (13), respondendo bem à divulgação de resultados do primeiro trimestre, que agradou Barcays e Citigroup. A valorização colocou a empresa na posição de terceira maior alta do Ibovespa - que por sua vez recuou 1,20%.
As ações, que terminaram cotadas a R$ 9,53, chegaram a cotação máxima de R$ 9,65 no intraday, alta de 3,43%, e movimentaram R$ 217,02 milhões.
Resultados
Na noite da véspera, a companhia divulgou seus resultados, que agradaram o analista Guilherme Vilazante, do Barclays. Ele ressaltou as margens acima de suas expectativas.
Na opinião de Vilazante, a empresa é a mais segura do setor durante esse período de volatilidade, já que herdou vários projetos e terras da Agre, que garantirão margens acima dos pares para a PDG por pelo menos dois anos.
As margens, contudo, estiveram abaixo das estimativas de DanMcGoey e Bruno Brandão, do Citi, para quem o resultado esteve forte, mas em linha com o esperado. De acordo com os analistas, isso não deve impedir que as margens terminem o ano compatíveis com o guidance da companhia.
O analista do Barclays destaca ainda os lançamentos no primeiro trimestre, que já atingiram 18,5% do ponto médio do guidance para o ano, e são bons volumes para o período . Ele chama a atenção para o desafio da companhia de manter esses lançamentos no atual nível, afirmando que o volume deverá ser 15% menor no futuro.
Recomendação
Vilazante reitera sua recomendação overweight à PDGR3, com preço-alvo de R$ 13,00 - upside de 36,41% em relação ao fechamento da sexta-feira. O Citi, por sua vez, coloca um target de R$ 13,40 para os ativos, potencial de valorização de 40,61%.
Revitalização da região do São Vito
Revitalização da região do São Vito
deve ser concluída até 2016
Maior parte do orçamento da obra será destinada para contruções de novos túneis
Luciana Sarmento, do R7.
Um boulevard vai ligar as unidades do Sesc e do Senac ao mercado municipal
...A Prefeitura de São Paulo afirmou, nesta quarta-feira (4), que pretende começar a tocar a revitalização da região do Parque Dom Pedro II já neste ano.
A proposta do projeto é reintegrar a área verde ao entorno, melhorar o sistema viário e ocupar com equipamentos de educação e serviço os espaços que antes pertenciam aos prédios São Vito e Mercúrio.
A primeira fase será concluída até 2013 e prevê a demolição do viaduto Diário Popular e a construção de um pontilhão (acesso) sobre o rio Tamanduateí, que interligará os bairros do Pari e Brás ao centro da cidade e ao terminal de ônibus do Parque Dom Pedro.
O edital de licitação para a obra de construção do pontilhão está sendo elaborado pela Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras e já em fase final. Segundo a pasta, a previsão é que o acesso esteja pronto no primeiro semestre de 2012.
Na parte oeste, vizinha ao terminal de ônibus, o projeto de reurbanização propõe a construção de um centro de compras e um estacionamento público. O prefeito explicou que estas obras vão dinamismo ao eixo comercial da rua 25 de março, entre a ladeira General Carneiro e a avenida Rangel Pestana.
- Teremos um shopping popular, voltado para os micro e pequeno comerciantes. Estamos combatendo com muita determinação aqueles que fazem o comércio ilegal de mercadorias.
Já no eixo norte, no espaço que era ocupado pelos edifícios São Vito e Mercúrio, a Prefeitura de São Paulo serão instaladas uma unidade do Sesc e outra do Senac. Segundo Kassab, que assinou nesta quarta-feira um protocolo de intenções com o presidente do Sesc e do Senac de São Paulo, Abram Szajman, esses equipamentos estarão interligados ao Mercado Municipal por um boulevard.
Prefeitura divulgará revitalização na quarta
...O projeto de revitalização custará 1,5 bilhão aos cofres públicos e deve terminar só em 2016, após a gestão do prefeito Gilberto Kassab. Para ele, a mudança de administração não deve retardar ou cancelar os projetos de recuperação da área do antigo São Vito.
- Não tem sentido que uma administração futura não dê sequencia [ao projeto de revitalização]. É um projeto da cidade e não de gestão.
A maior parte do orçamento (R$ 1,1 bilhão) previsto será destinada à construção de dois túneis subterrâneos próximos às margens do rio Tamanduateí. Segundo o prefeito, a ideia é melhorar o trânsito na região da avenida dos Estados.
Projeto habitacional
Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, a revitalização da região prevê um projeto habitacional, que seria construído na continuidade da rua 25 de Março.
- Nós identificamos a possibilidade de você ter comércio intenso nos térreos, como é de sua característica, mas os edifícios serem de uso misto, e portanto, residenciais nos pavimentos superiores. Mas isso é uma coisa que vai ser construída. Como essas áreas são privadas, o ideal é que consigamos implementar essas novas edificações intensificando o uso da região, mas com a participação dos atuais proprietários de imóveis, sem ter a necessidade de desapropriação.
deve ser concluída até 2016
Maior parte do orçamento da obra será destinada para contruções de novos túneis
Luciana Sarmento, do R7.
Um boulevard vai ligar as unidades do Sesc e do Senac ao mercado municipal
...A Prefeitura de São Paulo afirmou, nesta quarta-feira (4), que pretende começar a tocar a revitalização da região do Parque Dom Pedro II já neste ano.
A proposta do projeto é reintegrar a área verde ao entorno, melhorar o sistema viário e ocupar com equipamentos de educação e serviço os espaços que antes pertenciam aos prédios São Vito e Mercúrio.
A primeira fase será concluída até 2013 e prevê a demolição do viaduto Diário Popular e a construção de um pontilhão (acesso) sobre o rio Tamanduateí, que interligará os bairros do Pari e Brás ao centro da cidade e ao terminal de ônibus do Parque Dom Pedro.
O edital de licitação para a obra de construção do pontilhão está sendo elaborado pela Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras e já em fase final. Segundo a pasta, a previsão é que o acesso esteja pronto no primeiro semestre de 2012.
Na parte oeste, vizinha ao terminal de ônibus, o projeto de reurbanização propõe a construção de um centro de compras e um estacionamento público. O prefeito explicou que estas obras vão dinamismo ao eixo comercial da rua 25 de março, entre a ladeira General Carneiro e a avenida Rangel Pestana.
- Teremos um shopping popular, voltado para os micro e pequeno comerciantes. Estamos combatendo com muita determinação aqueles que fazem o comércio ilegal de mercadorias.
Já no eixo norte, no espaço que era ocupado pelos edifícios São Vito e Mercúrio, a Prefeitura de São Paulo serão instaladas uma unidade do Sesc e outra do Senac. Segundo Kassab, que assinou nesta quarta-feira um protocolo de intenções com o presidente do Sesc e do Senac de São Paulo, Abram Szajman, esses equipamentos estarão interligados ao Mercado Municipal por um boulevard.
Prefeitura divulgará revitalização na quarta
...O projeto de revitalização custará 1,5 bilhão aos cofres públicos e deve terminar só em 2016, após a gestão do prefeito Gilberto Kassab. Para ele, a mudança de administração não deve retardar ou cancelar os projetos de recuperação da área do antigo São Vito.
- Não tem sentido que uma administração futura não dê sequencia [ao projeto de revitalização]. É um projeto da cidade e não de gestão.
A maior parte do orçamento (R$ 1,1 bilhão) previsto será destinada à construção de dois túneis subterrâneos próximos às margens do rio Tamanduateí. Segundo o prefeito, a ideia é melhorar o trânsito na região da avenida dos Estados.
Projeto habitacional
Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, a revitalização da região prevê um projeto habitacional, que seria construído na continuidade da rua 25 de Março.
- Nós identificamos a possibilidade de você ter comércio intenso nos térreos, como é de sua característica, mas os edifícios serem de uso misto, e portanto, residenciais nos pavimentos superiores. Mas isso é uma coisa que vai ser construída. Como essas áreas são privadas, o ideal é que consigamos implementar essas novas edificações intensificando o uso da região, mas com a participação dos atuais proprietários de imóveis, sem ter a necessidade de desapropriação.
Caixa supera R$ 400 milhões em crédito imobiliário na região
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
O mercado imobiliário no Grande ABC resiste ao impacto da restrição ao crédito. O volume liberado pela Caixa Econômica Federal neste ano, até ontem, superava os R$ 400 milhões, afirmou o gerente regional de negócios da construção civil, Rafael Arcanjo. Ele não informou, com exatidão, o montante. Em 2010, de janeiro até 14 de maio, o banco emprestou R$ 426 milhões no segmento.
Desta maneira a região apresenta resultados emparelhados ao registro nacional. Em entrevista coletiva na sexta-feira, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, disse que o banco atingia R$ 21 bilhões em crédito habitacional no País, valor próximo ao ano anterior, o que representa estabilidade.
"Enquanto muitos falam em restrição de crédito e estagnação da construção civil, nós (Caixa) esperamos ter crescimento de até 25% neste ano, em relação a 2010, no que diz respeito a crédito contratado. O setor mantém expansão sustentável e ascendente", avaliou Hereda.
Para superar a casa dos R$ 400 milhões, o banco contou com o resultado do 7º Feirão Caixa da Casa Própria de São Paulo, realizado no Centro de Exposição Imigrantes. No primeiro quadrimestre, a instituição fechou 6.790 contratos cujo montante atingiu R$ 361,8 milhões. Arcanjo afirmou que o feirão contribuiu para que esse valor saltasse à próxima centena de milhões, no acumulado do ano até o 15º dia deste mês.
FEIRÃO - Arcanjo não tinha os resultados referentes ao Grande ABC do Feirão. "É difícil ter esses números. Dependemos dos parceiros (construtoras, incorporadoras e imobiliárias) e eles não conseguem distinguir, de pronto, se os imóveis que venderam são, ou não, da região", disse.
O porta-voz calcula que os resultados acompanharam os números estaduais. "Foi proporcional. No ano passado foi R$ 1,8 bilhão. Neste ano atingimos R$ 2 bilhões", pontuou. Em 2010, a região representou 6,5% do volume monetário total do evento, cerca de R$ 122 milhões. A expectativa é que neste ano os valores aproximaram-se de R$ 130 milhões.
DIRETO AO ASSUNTO - O número de visitantes no evento caiu de 19 mil para cerca de 15 mil na comparação anual. Neste ano, o feirão durou três dias, enquanto que em 2010 foram quatro dias. Arcanjo afirmou que o público está mais qualificado a cada edição. "Nas primeiras, muitos passavam no feirão para conhecer. Desta vez o público foi com o objetivo de comprar imóvel", disse.
QUADRIMESTRE - A Caixa emprestou R$ 361,8 milhões entre janeiro e abril na região. Para imóveis de até R$ 170 mil, o banco financiou R$ 261,3 milhões, montante em que o programa de subsídio Minha Casa, Minha Vida está inserido. Foram 5.670 contratos de imóveis novos e usados.
Para imóveis acima de R$ 170 mil, a instituição liberou R$ 45,2 milhões. E pelo Construcard, para a compra de materiais de construção e móveis planejados, R$ 55,2 milhões
Do Diário do Grande ABC
O mercado imobiliário no Grande ABC resiste ao impacto da restrição ao crédito. O volume liberado pela Caixa Econômica Federal neste ano, até ontem, superava os R$ 400 milhões, afirmou o gerente regional de negócios da construção civil, Rafael Arcanjo. Ele não informou, com exatidão, o montante. Em 2010, de janeiro até 14 de maio, o banco emprestou R$ 426 milhões no segmento.
Desta maneira a região apresenta resultados emparelhados ao registro nacional. Em entrevista coletiva na sexta-feira, o presidente da Caixa, Jorge Hereda, disse que o banco atingia R$ 21 bilhões em crédito habitacional no País, valor próximo ao ano anterior, o que representa estabilidade.
"Enquanto muitos falam em restrição de crédito e estagnação da construção civil, nós (Caixa) esperamos ter crescimento de até 25% neste ano, em relação a 2010, no que diz respeito a crédito contratado. O setor mantém expansão sustentável e ascendente", avaliou Hereda.
Para superar a casa dos R$ 400 milhões, o banco contou com o resultado do 7º Feirão Caixa da Casa Própria de São Paulo, realizado no Centro de Exposição Imigrantes. No primeiro quadrimestre, a instituição fechou 6.790 contratos cujo montante atingiu R$ 361,8 milhões. Arcanjo afirmou que o feirão contribuiu para que esse valor saltasse à próxima centena de milhões, no acumulado do ano até o 15º dia deste mês.
FEIRÃO - Arcanjo não tinha os resultados referentes ao Grande ABC do Feirão. "É difícil ter esses números. Dependemos dos parceiros (construtoras, incorporadoras e imobiliárias) e eles não conseguem distinguir, de pronto, se os imóveis que venderam são, ou não, da região", disse.
O porta-voz calcula que os resultados acompanharam os números estaduais. "Foi proporcional. No ano passado foi R$ 1,8 bilhão. Neste ano atingimos R$ 2 bilhões", pontuou. Em 2010, a região representou 6,5% do volume monetário total do evento, cerca de R$ 122 milhões. A expectativa é que neste ano os valores aproximaram-se de R$ 130 milhões.
DIRETO AO ASSUNTO - O número de visitantes no evento caiu de 19 mil para cerca de 15 mil na comparação anual. Neste ano, o feirão durou três dias, enquanto que em 2010 foram quatro dias. Arcanjo afirmou que o público está mais qualificado a cada edição. "Nas primeiras, muitos passavam no feirão para conhecer. Desta vez o público foi com o objetivo de comprar imóvel", disse.
QUADRIMESTRE - A Caixa emprestou R$ 361,8 milhões entre janeiro e abril na região. Para imóveis de até R$ 170 mil, o banco financiou R$ 261,3 milhões, montante em que o programa de subsídio Minha Casa, Minha Vida está inserido. Foram 5.670 contratos de imóveis novos e usados.
Para imóveis acima de R$ 170 mil, a instituição liberou R$ 45,2 milhões. E pelo Construcard, para a compra de materiais de construção e móveis planejados, R$ 55,2 milhões
MONOTRILHO DO ABC NÃO TEM NEM AINDA EMPRESA QUE VAI ELABORAR O PROJETO, MAS A PROPAGANDA JÁ ESTÁ FEITA!
Projeto do Monotrilho que passa por São Bernardo do Campo nem está pronto, só em junho a empresa que vai elaborar estes estudos será escolhida, as obras devem ter a primeira fase concluída só em 2012 e não serão inauguradas por completo, o Governo do Estado de São Paulo não sabe quantos imóveis devem ser desapropriados, mas a propaganda está pronto e até um desenho feito em computador foi divulgado no site da Prefeitura de São Bernardo do Campo.
Monotrilho do ABC vai custar mais de R$ 3 bilhões
E as obras só vão sair do papel no final de 2012
ADAMO BAZANI – CBN
Uma das grandes propagandas para a mobilidade urbana na região do ABC Paulista, o monotrilho previsto para ligar o Alvarenga, bairro de São Bernardo do Campo, até a Estação Tamanduateí, do Metrô, na Capital Paulista, só deve sair do papel no final de 2012 e ao custo de R$ 3,6 bilhões, isso se não houver atrasos por conta do tamanho da obra e aditivos financeiros.
O edital para a empresa que ainda vai elaborar o projeto, alardeado pelo Governo do Estado de São Paulo e pelas prefeituras do ABC, só deve ser publicado em junho.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo confirmou a necessidade de várias desapropriações, mas ainda não tem a noção de quantos imóveis serão demolidos para a construção da estrutura do monotrilho.
O Governo Federal liberou R$ 27,6 milhões só para o projeto básico ser elaborado. Só estudos e papelada, devido ao grande impacto ambiental e urbanístico que um monotrilho provoca, necessitando de mais aprofundamentos para as análises do que pode ou não ser feito.
Como é de costume, a obra não irá ser entregue por completo, segundo admite o próprio Governo do Estado de São Paulo.
No final de 2012, não havendo nenhum problema na execução das obras, só ficará pronto o trecho entre o Metrô Tamanduateí e o centro de São Bernardo do Campo. Do centro da cidade do ABC Paulista ao bairro do Alvarenga ainda não há previsão concreta.
O Monotrilho deve atender inicialmente 200 mil pessoas por dia, um número considerado baixo para o que vai ser investido.
O traçado em São Bernardo do Campo também levantou algumas discussões. Ao sair da estação do Metrô, a estrutura do monotrilho passará pela Avenida Presidente Wilson, Avenida Guido Aliberti, Lauro Gomes e depois vai fazer exatamente o mesmo itinerário dos ônibus e trolebus da Metra, no corredor ABD.
Haverá, portanto, uma sobreposição de itinerários, com oferta de serviços nesta região. Parte dessa sobreposição se explica pelo fato de, considerando suas características técnicas, o monotrilho não pode servir outras áreas com carência nos transportes.
O Monotrilho ABC deve ter 19 estações no seu trajeto.
Adamo Bazani, jornalista da CBN, setorista de transportes
Monotrilho do ABC vai custar mais de R$ 3 bilhões
E as obras só vão sair do papel no final de 2012
ADAMO BAZANI – CBN
Uma das grandes propagandas para a mobilidade urbana na região do ABC Paulista, o monotrilho previsto para ligar o Alvarenga, bairro de São Bernardo do Campo, até a Estação Tamanduateí, do Metrô, na Capital Paulista, só deve sair do papel no final de 2012 e ao custo de R$ 3,6 bilhões, isso se não houver atrasos por conta do tamanho da obra e aditivos financeiros.
O edital para a empresa que ainda vai elaborar o projeto, alardeado pelo Governo do Estado de São Paulo e pelas prefeituras do ABC, só deve ser publicado em junho.
A Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo confirmou a necessidade de várias desapropriações, mas ainda não tem a noção de quantos imóveis serão demolidos para a construção da estrutura do monotrilho.
O Governo Federal liberou R$ 27,6 milhões só para o projeto básico ser elaborado. Só estudos e papelada, devido ao grande impacto ambiental e urbanístico que um monotrilho provoca, necessitando de mais aprofundamentos para as análises do que pode ou não ser feito.
Como é de costume, a obra não irá ser entregue por completo, segundo admite o próprio Governo do Estado de São Paulo.
No final de 2012, não havendo nenhum problema na execução das obras, só ficará pronto o trecho entre o Metrô Tamanduateí e o centro de São Bernardo do Campo. Do centro da cidade do ABC Paulista ao bairro do Alvarenga ainda não há previsão concreta.
O Monotrilho deve atender inicialmente 200 mil pessoas por dia, um número considerado baixo para o que vai ser investido.
O traçado em São Bernardo do Campo também levantou algumas discussões. Ao sair da estação do Metrô, a estrutura do monotrilho passará pela Avenida Presidente Wilson, Avenida Guido Aliberti, Lauro Gomes e depois vai fazer exatamente o mesmo itinerário dos ônibus e trolebus da Metra, no corredor ABD.
Haverá, portanto, uma sobreposição de itinerários, com oferta de serviços nesta região. Parte dessa sobreposição se explica pelo fato de, considerando suas características técnicas, o monotrilho não pode servir outras áreas com carência nos transportes.
O Monotrilho ABC deve ter 19 estações no seu trajeto.
Adamo Bazani, jornalista da CBN, setorista de transportes
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Forasteiros compram 15% dos imóveis novos da região
quinta-feira, 12 de maio de 2011 7:20
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
A possibilidade de comprar apartamentos de luxo mais baratos do que na Capital fez com muitos paulistanos optassem pelo Grande ABC. Construtores afirmam que 15% das vendas de imóveis novos na região são feitas para moradores de São Paulo. Isso porque paga-se aqui até 50% menos para se adquirir imóvel em bairro com a mesma infraestrutura que na Capital.
"Hoje, o carro-chefe está nos condomínios-clubes, onde o morador faz tudo no mesmo lugar. Quem mora na Capital consegue um up grade em sua categoria de vida gastando muito menos do que desembolsaria por lá", explica Tiago
Henrique Lopes, dirigente de uma empresa imobiliária paulistana, que desembarcou na região.
São Caetano e São Bernardo são os municípios que registram o maior interesse desse público. A ideia é usar a proximidade com a Capital e o fácil acesso para atrair clientes.
Aparecido Viana, presidente de uma imobiliária em São Caetano, avisa que no município a falta de terrenos é o que mais dificulta o segmento. "Aqui a atração é ainda maior. Cerca de 30% das vendas de imóveis na cidade são fechadas com pessoas que vivem em São Paulo.
Isso acontece porque o município tem boa infraestrutura e é referência nacional", avalia.
Já São Bernardo sai na frente pela ampla oferta de espaços perto do centro e também pela proximidade com a Rodovia Anchieta. O município possui 2.421 unidades em construção de apartamentos com três quartos para atender a classe B, público com rendimento médio de R$ 3.670, conforme metodologia da Universidade Municipal de São Caetano. "O Grande ABC é um grande canteiro de obras e, apesar de não termos pesquisa sobre isso, sabemos que São Bernardo tem tomado a dianteira na oferta de espaços para esse tipo de público", explica Milton Bigucci Júnior, diretor técnico de uma empresa na cidade.
CUSTO-BENEFÍCIO - Robson Tuneto, diretor de vendas de uma construtora de São Bernardo, considera que a procura por espaços na região seguirá aquecida.
O comerciante Spartacus Rodrigo Soares da Silva, 23 anos, que hoje vive na Mooca, é um dos exemplos de forasteiros que preferiram trocar a Capital pelo Grande ABC. Ele não esconde que o preço teve peso final na decisão. "O apartamento no Baeta Neves saiu por R$ 220 mil. Em São Paulo, espaço parecido custaria R$ 300 mil", conta ele, que procurou por empreendimentos nos bairros do Morumbi e da Saúde.
"O custo-benefício também me pareceu viável. Existe transporte público para o centro e vou estar próximo para me locomover de carro."
Construtoras encontram nicho para sair da estagnação
Com o aumento de forasteiros buscando empreendimentos regionais, as construtoras encontraram nicho para sair da estagnação das vendas locais, uma vez que a região aproveitou o boom dos últimos três anos para abastecer principalmente o mercado interno.
Entre as sete cidades, calcula-se que o deficit esteja entre 80 mil e 100 mil habitações.
A procura ocorre, principalmente, em cidades como Mauá e Diadema, para as classes média (que tem salário médio de R$ 2.094) e DE (com ganhos em torno de R$ 1.105), que passaram a integrar o mercado com o Minha Casa, Minha Vida.
A falta de terrenos com preços baixos nas regiões centrais também contribui para que boa parte dos empreendimentos seja focada para o público de fora, uma vez que o metro quadrado não sai por menos de R$ 3.243.
Mesmo com alta de 37% nos preços, Grande ABC é atrativo
A maior procura por empreendimentos de três e quartos dormitórios fez com que o valor do metro quadrado tivesse alta de até 37% no Grande ABC nos últimos três anos.
Mesmo assim, ainda é mais rentável buscar espaços aqui do que em São Paulo. "Temos requinte e sofisticação que na Capital são inatingíveis para a classe B.
Além disso, temos espaços planejados que agregam lazer e compras com valores muito menores", diz Aparecido Viana.
Para se ter ideia, o custo médio dos imóveis na região se assemelha ao cobrado no Ipiranga, que possui, em sua maioria, imóveis com até 80 m². "O que percebemos é que o Grande ABC está passando por valorização porque a qualidade de vida é melhor do que a da Capital. Além disso, oferece a mesma infraestrutura, melhor segurança e outros termos fundamentais na hora de escolher o produto", destaca Luiz Paulo Pompeia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio).
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
A possibilidade de comprar apartamentos de luxo mais baratos do que na Capital fez com muitos paulistanos optassem pelo Grande ABC. Construtores afirmam que 15% das vendas de imóveis novos na região são feitas para moradores de São Paulo. Isso porque paga-se aqui até 50% menos para se adquirir imóvel em bairro com a mesma infraestrutura que na Capital.
"Hoje, o carro-chefe está nos condomínios-clubes, onde o morador faz tudo no mesmo lugar. Quem mora na Capital consegue um up grade em sua categoria de vida gastando muito menos do que desembolsaria por lá", explica Tiago
Henrique Lopes, dirigente de uma empresa imobiliária paulistana, que desembarcou na região.
São Caetano e São Bernardo são os municípios que registram o maior interesse desse público. A ideia é usar a proximidade com a Capital e o fácil acesso para atrair clientes.
Aparecido Viana, presidente de uma imobiliária em São Caetano, avisa que no município a falta de terrenos é o que mais dificulta o segmento. "Aqui a atração é ainda maior. Cerca de 30% das vendas de imóveis na cidade são fechadas com pessoas que vivem em São Paulo.
Isso acontece porque o município tem boa infraestrutura e é referência nacional", avalia.
Já São Bernardo sai na frente pela ampla oferta de espaços perto do centro e também pela proximidade com a Rodovia Anchieta. O município possui 2.421 unidades em construção de apartamentos com três quartos para atender a classe B, público com rendimento médio de R$ 3.670, conforme metodologia da Universidade Municipal de São Caetano. "O Grande ABC é um grande canteiro de obras e, apesar de não termos pesquisa sobre isso, sabemos que São Bernardo tem tomado a dianteira na oferta de espaços para esse tipo de público", explica Milton Bigucci Júnior, diretor técnico de uma empresa na cidade.
CUSTO-BENEFÍCIO - Robson Tuneto, diretor de vendas de uma construtora de São Bernardo, considera que a procura por espaços na região seguirá aquecida.
O comerciante Spartacus Rodrigo Soares da Silva, 23 anos, que hoje vive na Mooca, é um dos exemplos de forasteiros que preferiram trocar a Capital pelo Grande ABC. Ele não esconde que o preço teve peso final na decisão. "O apartamento no Baeta Neves saiu por R$ 220 mil. Em São Paulo, espaço parecido custaria R$ 300 mil", conta ele, que procurou por empreendimentos nos bairros do Morumbi e da Saúde.
"O custo-benefício também me pareceu viável. Existe transporte público para o centro e vou estar próximo para me locomover de carro."
Construtoras encontram nicho para sair da estagnação
Com o aumento de forasteiros buscando empreendimentos regionais, as construtoras encontraram nicho para sair da estagnação das vendas locais, uma vez que a região aproveitou o boom dos últimos três anos para abastecer principalmente o mercado interno.
Entre as sete cidades, calcula-se que o deficit esteja entre 80 mil e 100 mil habitações.
A procura ocorre, principalmente, em cidades como Mauá e Diadema, para as classes média (que tem salário médio de R$ 2.094) e DE (com ganhos em torno de R$ 1.105), que passaram a integrar o mercado com o Minha Casa, Minha Vida.
A falta de terrenos com preços baixos nas regiões centrais também contribui para que boa parte dos empreendimentos seja focada para o público de fora, uma vez que o metro quadrado não sai por menos de R$ 3.243.
Mesmo com alta de 37% nos preços, Grande ABC é atrativo
A maior procura por empreendimentos de três e quartos dormitórios fez com que o valor do metro quadrado tivesse alta de até 37% no Grande ABC nos últimos três anos.
Mesmo assim, ainda é mais rentável buscar espaços aqui do que em São Paulo. "Temos requinte e sofisticação que na Capital são inatingíveis para a classe B.
Além disso, temos espaços planejados que agregam lazer e compras com valores muito menores", diz Aparecido Viana.
Para se ter ideia, o custo médio dos imóveis na região se assemelha ao cobrado no Ipiranga, que possui, em sua maioria, imóveis com até 80 m². "O que percebemos é que o Grande ABC está passando por valorização porque a qualidade de vida é melhor do que a da Capital. Além disso, oferece a mesma infraestrutura, melhor segurança e outros termos fundamentais na hora de escolher o produto", destaca Luiz Paulo Pompeia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio).
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Em busca de um crescimento sem sobressaltos
Construção civil sonha crescer de 5% a 6% ao ano, garante Eduardo Zaidan, diretor de economia do Sinduscon
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
Nem o boom de 2007 e nem a letargia das duas décadas que precederam aquele momento de grande euforia no setor imobiliário. A construção civil sonha com um crescimento contínuo de 5% a 6% ao ano. "O ideal é isso mesmo, um crescimento perene e sem sobressaltos", define o diretor de economia do Sindicato da Construção (SindusCon-SP), Eduardo Zaidan.
Ele recorda os percalços vividos nos anos 80. "A construção civil passou pelo inferno, pelo purgatório. O Brasil ficou adormecido nessa área por uns 20 ou 25 anos. É como a história da pessoa que entra numa academia e quer ter musculatura da noite para o dia. Vai conseguir só fraturas, pois o certo é conseguir musculatura obedecendo a um trabalho diário e constante e não como um atleta só de fim de semana. Para a construção civil essa arritmia no crescimento é mortal", compara.
Destaca ainda que a construção civil acompanha a economia do País. "Se a economia brasileira está bem e saudável, a construção civil também assim estará. Mas, a construção envolve alto valor unitário, precisando de financiamentos de longo prazo. E a inflação é sempre uma grande inimiga do longo prazo", adverte.
O Brasil tem hoje 3,6 milhões de famílias vivendo em construções precárias. Outras 2,6 milhões dividem o mesmo teto e estima-se que, até 2020, cerca de 17 milhões de jovens vão deixar as casas dos pais. Ao olhar para o déficit habitacional ainda grande no Brasil - 6,2 milhões de moradias, segundo a Fundação Getúlio Vargas - Zaidan diz acreditar em novos anos de crescimento do setor imobiliário. "Vai crescer sim, mas sem taxas espetaculares", aposta.
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
Nem o boom de 2007 e nem a letargia das duas décadas que precederam aquele momento de grande euforia no setor imobiliário. A construção civil sonha com um crescimento contínuo de 5% a 6% ao ano. "O ideal é isso mesmo, um crescimento perene e sem sobressaltos", define o diretor de economia do Sindicato da Construção (SindusCon-SP), Eduardo Zaidan.
Ele recorda os percalços vividos nos anos 80. "A construção civil passou pelo inferno, pelo purgatório. O Brasil ficou adormecido nessa área por uns 20 ou 25 anos. É como a história da pessoa que entra numa academia e quer ter musculatura da noite para o dia. Vai conseguir só fraturas, pois o certo é conseguir musculatura obedecendo a um trabalho diário e constante e não como um atleta só de fim de semana. Para a construção civil essa arritmia no crescimento é mortal", compara.
Destaca ainda que a construção civil acompanha a economia do País. "Se a economia brasileira está bem e saudável, a construção civil também assim estará. Mas, a construção envolve alto valor unitário, precisando de financiamentos de longo prazo. E a inflação é sempre uma grande inimiga do longo prazo", adverte.
O Brasil tem hoje 3,6 milhões de famílias vivendo em construções precárias. Outras 2,6 milhões dividem o mesmo teto e estima-se que, até 2020, cerca de 17 milhões de jovens vão deixar as casas dos pais. Ao olhar para o déficit habitacional ainda grande no Brasil - 6,2 milhões de moradias, segundo a Fundação Getúlio Vargas - Zaidan diz acreditar em novos anos de crescimento do setor imobiliário. "Vai crescer sim, mas sem taxas espetaculares", aposta.
R$ 80 bilhões só em financiamentos
Expectativa é que injeção de recursos em 2011 supere em cerca de 40% o total investido no ano passado, só com recursos da poupança
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
O mercado de crédito estima que deverá se situar entre R$ 75 bilhões e R$ 80 bilhões o total de financiamentos a ser injetado no setor imobiliário até o fim deste ano. Essa mobilização de recursos significaria elevação em torno de 40% sobre o total investido ano passado só com recursos da poupança, que foi de R$ 57 bilhões.
Tradicionalmente, os meses de janeiro e fevereiro são considerados meses fracos para quem trabalha com imóveis. Mas não foi o que aconteceu nesse início de ano, quando fevereiro registrou volume recorde de empréstimos: R$ 5,14 bilhões, representando incremento de 72% quando comparado com os R$ 2,99 bilhões registrados em fevereiro de 2010. Em número de unidades financiadas, o crescimento ainda em fevereiro foi de 42%: 35,1 mil unidades contra 24,7 mil em fevereiro de 2010.
Segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o valor acumulado de financiamentos em 12 meses, considerando o período de fevereiro de 2010 a fevereiro passado, é de R$ 60,1 bilhões. Tal volume representa um acréscimo de 66% em relação aos 12 meses anteriores, ou seja, de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010.
No primeiro mês deste ano, o valor financiado foi 62% maior do verificado em janeiro de 2010: R$ 4,65 bilhões ante R$ 2,88 bilhões. Mas nada se compara com o mês de melhor desempenho em 2010: dezembro atingiu crédito de R$ 6,16 bilhões,aplicados no financiamento de 43,5 mil unidades.
O grande desafio do setor imobiliário é encontrar, no mais curto espaço de tempo, novas fontes de recursos. Os provenientes da poupança estão cada vez mais defasados. O saldo da poupança cresce em média 18% ao ano; a demanda sobe pelo menos 51%. Daí a previsão de dificuldades na obtenção de recursos da poupança a partir de 2013. Por isso, a Associação Brasileira de Administradores de Consórcio aposta num maior crescimento do segmento: o total de novas cotas de consórcio de imóveis subiu 8,8% em relação a 2009: 223,6 mil cotas.
Unidades financiadas
24.700
Unidades financiadas em fevereiro de 2010
35.100
Unidades financiadas em fevereiro de 2011
42%
Foi o crescimento registrado em fevereiro de 2011 em relação ao mesmo mês de 2010
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
O mercado de crédito estima que deverá se situar entre R$ 75 bilhões e R$ 80 bilhões o total de financiamentos a ser injetado no setor imobiliário até o fim deste ano. Essa mobilização de recursos significaria elevação em torno de 40% sobre o total investido ano passado só com recursos da poupança, que foi de R$ 57 bilhões.
Tradicionalmente, os meses de janeiro e fevereiro são considerados meses fracos para quem trabalha com imóveis. Mas não foi o que aconteceu nesse início de ano, quando fevereiro registrou volume recorde de empréstimos: R$ 5,14 bilhões, representando incremento de 72% quando comparado com os R$ 2,99 bilhões registrados em fevereiro de 2010. Em número de unidades financiadas, o crescimento ainda em fevereiro foi de 42%: 35,1 mil unidades contra 24,7 mil em fevereiro de 2010.
Segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o valor acumulado de financiamentos em 12 meses, considerando o período de fevereiro de 2010 a fevereiro passado, é de R$ 60,1 bilhões. Tal volume representa um acréscimo de 66% em relação aos 12 meses anteriores, ou seja, de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010.
No primeiro mês deste ano, o valor financiado foi 62% maior do verificado em janeiro de 2010: R$ 4,65 bilhões ante R$ 2,88 bilhões. Mas nada se compara com o mês de melhor desempenho em 2010: dezembro atingiu crédito de R$ 6,16 bilhões,aplicados no financiamento de 43,5 mil unidades.
O grande desafio do setor imobiliário é encontrar, no mais curto espaço de tempo, novas fontes de recursos. Os provenientes da poupança estão cada vez mais defasados. O saldo da poupança cresce em média 18% ao ano; a demanda sobe pelo menos 51%. Daí a previsão de dificuldades na obtenção de recursos da poupança a partir de 2013. Por isso, a Associação Brasileira de Administradores de Consórcio aposta num maior crescimento do segmento: o total de novas cotas de consórcio de imóveis subiu 8,8% em relação a 2009: 223,6 mil cotas.
Unidades financiadas
24.700
Unidades financiadas em fevereiro de 2010
35.100
Unidades financiadas em fevereiro de 2011
42%
Foi o crescimento registrado em fevereiro de 2011 em relação ao mesmo mês de 2010
Perspectiva de equilíbrio e até de redução de preços
Para especialistas. as unidades de dois dormitórios continuarão em alta, mas haverá espaço para flats e grandes empreendimentos
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
O dois dormitórios continuará em alta neste ano, tanto para a baixa renda como para a classe média inclusive a média-alta. Também terão espaço os grandes empreendimentos de mais de quatro torres, mas com três dormitórios, no máximo. E 2011 marcará ainda a volta dos flats, além de um maior equilíbrio e até pequena redução nos preços.
Deverá prosseguir o movimento de liberação de grandes áreas por parte de indústrias que vão cada vez mais tomar o rumo das estradas. "Assim como o Tatuapé está hoje praticamente sem indústria, grandes terrenos de outros bairros também serão colocados à disposição de novos empreendimentos residenciais ou comerciais", prevê o presidente da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia.
O trânsito e o ar da cidade deverão ser beneficiados por essa tendência, especialmente em áreas como Vila Maria, Vila Guilherme, Moóca, Barra Funda, Vila Leopoldina e Jurubatuba, entre outras. Grandes carretas, responsáveis por boa parte da poluição, não terão mais de circular nessas zonas, que ficarão livres de fábricas.
Os preços deverão se estabilizar e até cair ao longo deste ano, principalmente nas áreas onde a elevação foi muito grande em 2010. "Haverá uma redução de um modo geral em toda a região metropolitana e, principalmente, na Capital, com uma estabilização significativa nos próximos dois anos. Não vão ocorrer os exageros do ano passado. Acho que grande parte do preço elevado de 2010 foi para o bolso do incorporador. Isso não vai mais acontecer. Os preços voltarão para patamares razoáveis."
Com os grandes terrenos cada vez mais raros nas áreas nobres, as grandes construções horizontais serão dirigidas cada vez mais para os limites das cidades. Ocorrerá uma redução tanto nos lançamentos de conjuntos residenciais como de escritórios, seja por uma esperada redução na demanda ou até porque o ritmo do ano passado foi muito elevado."
"A cidade cresceu 0,8%, em 2010, um ritmo bem acanhado em relação a anos anteriores. Se considerarmos a sua população em torno de 11 milhões de habitantes, vamos ter necessidade de 27.500 unidades habitacionais por ano. Em 2010 foram produzidas 34 mil unidades", diz Pompéia.
No caso dos comerciais, a tendência será de conjuntos mais espaçosos. O presidente da Embraesp entende que não há mais espaço para a construção de quatro dormitórios porque esse nicho já foi bem atendido nos anos anteriores em bairros como Campo Belo e também porque envolvem maiores riscos de enfrentar problemas de liquidez. O dois dormitórios terá boa procura tanto na classe a ser atendida pelo PAC, como também na classe média alta. Nesse caso serão dois dormitórios grandes em função do amadurecimento da população. "São pessoas ou casais de mais idade que querem um quarto para si e outro para eventuais hóspedes como um filho ou filha em visita."
O luxo ainda tem mercado. "Tem margem para crescer, devendo chegar a 2%, até por causa de altos executivos de empresas internacionais." O dirigente prevê ainda uma volta dos flats, especialmente nos bairros mais nobres. Eles, de certa forma, já se fizeram presentes nos lançamentos de 2010, em apartamentos de um e dois dormitórios que anunciavam serviços hoteleiros "sem serem hotéis". "É natural esse retorno porque eles deixaram de ser construídos há dois anos por causa de uma briga com o sindicato dos hoteleiros, que não concordava com as facilidades que eles têm", explica.
Crescimento
Luiz Paulo Pompéia
PRESIDENTE DA EMBRAESP
"Se considerarmos a população da cidade em torno de 11 milhões de habitantes, vamos ter necessidade de 27.500 unidades habitacionais por ano. Em 2010 foram produzidas 34 mil unidades"
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
O dois dormitórios continuará em alta neste ano, tanto para a baixa renda como para a classe média inclusive a média-alta. Também terão espaço os grandes empreendimentos de mais de quatro torres, mas com três dormitórios, no máximo. E 2011 marcará ainda a volta dos flats, além de um maior equilíbrio e até pequena redução nos preços.
Deverá prosseguir o movimento de liberação de grandes áreas por parte de indústrias que vão cada vez mais tomar o rumo das estradas. "Assim como o Tatuapé está hoje praticamente sem indústria, grandes terrenos de outros bairros também serão colocados à disposição de novos empreendimentos residenciais ou comerciais", prevê o presidente da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Luiz Paulo Pompéia.
O trânsito e o ar da cidade deverão ser beneficiados por essa tendência, especialmente em áreas como Vila Maria, Vila Guilherme, Moóca, Barra Funda, Vila Leopoldina e Jurubatuba, entre outras. Grandes carretas, responsáveis por boa parte da poluição, não terão mais de circular nessas zonas, que ficarão livres de fábricas.
Os preços deverão se estabilizar e até cair ao longo deste ano, principalmente nas áreas onde a elevação foi muito grande em 2010. "Haverá uma redução de um modo geral em toda a região metropolitana e, principalmente, na Capital, com uma estabilização significativa nos próximos dois anos. Não vão ocorrer os exageros do ano passado. Acho que grande parte do preço elevado de 2010 foi para o bolso do incorporador. Isso não vai mais acontecer. Os preços voltarão para patamares razoáveis."
Com os grandes terrenos cada vez mais raros nas áreas nobres, as grandes construções horizontais serão dirigidas cada vez mais para os limites das cidades. Ocorrerá uma redução tanto nos lançamentos de conjuntos residenciais como de escritórios, seja por uma esperada redução na demanda ou até porque o ritmo do ano passado foi muito elevado."
"A cidade cresceu 0,8%, em 2010, um ritmo bem acanhado em relação a anos anteriores. Se considerarmos a sua população em torno de 11 milhões de habitantes, vamos ter necessidade de 27.500 unidades habitacionais por ano. Em 2010 foram produzidas 34 mil unidades", diz Pompéia.
No caso dos comerciais, a tendência será de conjuntos mais espaçosos. O presidente da Embraesp entende que não há mais espaço para a construção de quatro dormitórios porque esse nicho já foi bem atendido nos anos anteriores em bairros como Campo Belo e também porque envolvem maiores riscos de enfrentar problemas de liquidez. O dois dormitórios terá boa procura tanto na classe a ser atendida pelo PAC, como também na classe média alta. Nesse caso serão dois dormitórios grandes em função do amadurecimento da população. "São pessoas ou casais de mais idade que querem um quarto para si e outro para eventuais hóspedes como um filho ou filha em visita."
O luxo ainda tem mercado. "Tem margem para crescer, devendo chegar a 2%, até por causa de altos executivos de empresas internacionais." O dirigente prevê ainda uma volta dos flats, especialmente nos bairros mais nobres. Eles, de certa forma, já se fizeram presentes nos lançamentos de 2010, em apartamentos de um e dois dormitórios que anunciavam serviços hoteleiros "sem serem hotéis". "É natural esse retorno porque eles deixaram de ser construídos há dois anos por causa de uma briga com o sindicato dos hoteleiros, que não concordava com as facilidades que eles têm", explica.
Crescimento
Luiz Paulo Pompéia
PRESIDENTE DA EMBRAESP
"Se considerarmos a população da cidade em torno de 11 milhões de habitantes, vamos ter necessidade de 27.500 unidades habitacionais por ano. Em 2010 foram produzidas 34 mil unidades"
Preço foi o grande vilão das vendas no ano passado
O campeão de preço alto, em 2010, está na Vila Olímpia: R$ 18.090,00 o metro quadrado
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
O presidente da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia. reconhece que o preço do metro quadrado útil foi o grande vilão do setor imobiliário, no ano passado. Na unidade de um quarto (alto padrão), o preço médio do metro quadrado era de R$ 7.243,00 na Capital e R$ 6.528,00 na Região Retropolitana; R$ 4.390,00 e R$ 3.579,00, respectivamente, na de dois dormitórios; R$ 4.815,00 e R$ 4.126,00 na de três dormitórios e R$ 6.545,00 e R$ 5.628,00 na de quatro quartos.
Assim, quem buscou imóveis ao longo de 2010 na Capital e na Região Metropolitana, encontrou preços médios na base de R$ 349 mil e R$ 313 mil, respectivamente, em unidades de um dormitório; R$ 250 mil e R$ 193 mil no de dois dormitórios; R$ 409 mil e R$ 324 mil no de três quartos e R$ 1.100 mil e R$ 916 mil no de quatro dormitórios. O campeão de preço alto, ano passado, está na Rua Horácio Lafer (Vila Olímpia): R$ 18.090,00/ m2. O apartamento, com 602 metros quadrados de área útil, tem dez vagas de garagem.
O mercado imobiliário também se mostrou aquecido no setor comercial em 2010. Como as pesquisas da Embraesp já previam em 2008, os escritórios ganharam espaço fora da Paulista e de bairros corporativos. "Em Santana, por exemplo, esse movimento foi mais forte do que esperávamos e vimos três empreendimentos de 491 unidades (64 metros quadrados cada) a R$ 5.903,00 o metro quadrado. Registramos ainda conjuntos maiores de até 166 metros quadrados. E eles se instalaram ainda em áreas nobres", conta Pompéia, citando empreendimento de 126 unidades (44 metros quadrados cada) no Ibirapuera, ao custo de R$ 13.016,00 o metro útil.
No Jabaquara foram lançadas 104 unidades ao preço médio de R$ 6.340,00 o metro quadrado (cada conjunto 42 metros quadrados). A Moóca ganhou 264 unidades (39 metros quadrados cada), na base de R$ 6.907,00 o metro quadrado. Sacomã e Ipiranga registraram três empreendimentos - na Rua Bom Pastor, unidades de 53 metros quadrados tinham preço médio de R$ 7.053,00 o metro quadrado.
Novos escritórios igualmente na Vila Clementino ao custo de R$ 10.537,00 o metro quadrado (132 conjuntos de 38 metros quadrados cada); na Vila Leopoldina, R$ 6.633,00 (458 unidades de 48 metros quadrados cada); na Vila Madalena, R$ 8.787,00 o metro quadrado (164 unidades de 58 metros quadrados cada); na Aclimação, R$ 8.982,00 o metro quadrado (90 unidades de 50 metros quadrados); em Perdizes, R$ 8.376,00 o metro quadrado (823 unidades de 57 metros quadrados); no Campo Belo, R$ 8.243,00 o metro quadrado (120 unidades de 32 metros quadrados; na Barra Funda, R$ 7.296,00 o metro quadrado (304 conjuntos de 35 metros quadrados); na Vila Maria, R$ 5.650,00 o metro quadrado (60 de 31 mertros quadrados cada) e, em Santo Amaro, R$ 7.237,00 o metro quadrado (229 unidades de 41 metros quadrados).
Cidades do ABC e Guarulhos também abriram as portas significativamente para os conjuntos de escritórios. No ABC destaque para 396 unidades de 84 metros quadrados cada por R$ 6.195,00 o metro quadrado. Cotia lançou 181 unidades de 55 metros quadrados cada, ao custo de R$ 5.360,00 o metro qaudrado, enquanto Taboão da Serra deu espaço para 260 unidades de 45 metros quadrados cada, na base de R$ 5.202,00 o metro quadrado. Já Barueri, Alphaville e Tamboré continuam com boa participação no mercado corporativo: 628 unidades lançadas a R$ 5.795,00 o metro quadrado, de conjuntos que variam de 33 metros quadrados a 252 metros quadrados. "É onde encontramos a maior área média de escritórios, 107,50 metros quadrados", destaca Pompeia.
ABSOLUTO
38.199
unidades foram lançadas em 2010.
18.628
unidades eram de dois dormitórios.
PREÇOS
R$ 7.243,00
Era o preço médio do metro quadrado para unidades de um dormitório na Capital, em 2010.
R$ 340 mil
Valor médio das unidades de um dormitório na Capital, em 2010.
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
O presidente da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia. reconhece que o preço do metro quadrado útil foi o grande vilão do setor imobiliário, no ano passado. Na unidade de um quarto (alto padrão), o preço médio do metro quadrado era de R$ 7.243,00 na Capital e R$ 6.528,00 na Região Retropolitana; R$ 4.390,00 e R$ 3.579,00, respectivamente, na de dois dormitórios; R$ 4.815,00 e R$ 4.126,00 na de três dormitórios e R$ 6.545,00 e R$ 5.628,00 na de quatro quartos.
Assim, quem buscou imóveis ao longo de 2010 na Capital e na Região Metropolitana, encontrou preços médios na base de R$ 349 mil e R$ 313 mil, respectivamente, em unidades de um dormitório; R$ 250 mil e R$ 193 mil no de dois dormitórios; R$ 409 mil e R$ 324 mil no de três quartos e R$ 1.100 mil e R$ 916 mil no de quatro dormitórios. O campeão de preço alto, ano passado, está na Rua Horácio Lafer (Vila Olímpia): R$ 18.090,00/ m2. O apartamento, com 602 metros quadrados de área útil, tem dez vagas de garagem.
O mercado imobiliário também se mostrou aquecido no setor comercial em 2010. Como as pesquisas da Embraesp já previam em 2008, os escritórios ganharam espaço fora da Paulista e de bairros corporativos. "Em Santana, por exemplo, esse movimento foi mais forte do que esperávamos e vimos três empreendimentos de 491 unidades (64 metros quadrados cada) a R$ 5.903,00 o metro quadrado. Registramos ainda conjuntos maiores de até 166 metros quadrados. E eles se instalaram ainda em áreas nobres", conta Pompéia, citando empreendimento de 126 unidades (44 metros quadrados cada) no Ibirapuera, ao custo de R$ 13.016,00 o metro útil.
No Jabaquara foram lançadas 104 unidades ao preço médio de R$ 6.340,00 o metro quadrado (cada conjunto 42 metros quadrados). A Moóca ganhou 264 unidades (39 metros quadrados cada), na base de R$ 6.907,00 o metro quadrado. Sacomã e Ipiranga registraram três empreendimentos - na Rua Bom Pastor, unidades de 53 metros quadrados tinham preço médio de R$ 7.053,00 o metro quadrado.
Novos escritórios igualmente na Vila Clementino ao custo de R$ 10.537,00 o metro quadrado (132 conjuntos de 38 metros quadrados cada); na Vila Leopoldina, R$ 6.633,00 (458 unidades de 48 metros quadrados cada); na Vila Madalena, R$ 8.787,00 o metro quadrado (164 unidades de 58 metros quadrados cada); na Aclimação, R$ 8.982,00 o metro quadrado (90 unidades de 50 metros quadrados); em Perdizes, R$ 8.376,00 o metro quadrado (823 unidades de 57 metros quadrados); no Campo Belo, R$ 8.243,00 o metro quadrado (120 unidades de 32 metros quadrados; na Barra Funda, R$ 7.296,00 o metro quadrado (304 conjuntos de 35 metros quadrados); na Vila Maria, R$ 5.650,00 o metro quadrado (60 de 31 mertros quadrados cada) e, em Santo Amaro, R$ 7.237,00 o metro quadrado (229 unidades de 41 metros quadrados).
Cidades do ABC e Guarulhos também abriram as portas significativamente para os conjuntos de escritórios. No ABC destaque para 396 unidades de 84 metros quadrados cada por R$ 6.195,00 o metro quadrado. Cotia lançou 181 unidades de 55 metros quadrados cada, ao custo de R$ 5.360,00 o metro qaudrado, enquanto Taboão da Serra deu espaço para 260 unidades de 45 metros quadrados cada, na base de R$ 5.202,00 o metro quadrado. Já Barueri, Alphaville e Tamboré continuam com boa participação no mercado corporativo: 628 unidades lançadas a R$ 5.795,00 o metro quadrado, de conjuntos que variam de 33 metros quadrados a 252 metros quadrados. "É onde encontramos a maior área média de escritórios, 107,50 metros quadrados", destaca Pompeia.
ABSOLUTO
38.199
unidades foram lançadas em 2010.
18.628
unidades eram de dois dormitórios.
PREÇOS
R$ 7.243,00
Era o preço médio do metro quadrado para unidades de um dormitório na Capital, em 2010.
R$ 340 mil
Valor médio das unidades de um dormitório na Capital, em 2010.
Cresce o número de imóveis lançados
2010 registra um novo recorde de lançamentos no setor imobiliário
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
O setor imobiliário viveu mais um ano excepcional, registrando em 2010 um novo recorde de lançamentos: 70.781 unidades distribuídas pela região metropolitana de São Paulo (Capital e 38 municípios). Esse volume é 32,3% superior ao verificado em 2009 (53.487 unidades) ou 12,3% a mais que em 2008 (63.035), que foi a segunda maior produção desde o boom de 2007 (62.065).
É certo que enfrentou mais uma vez o problema de falta de mão de obra especializada, redução de áreas para construção e, pior, elevação desenfreada do preço do metro quadrado. Mas, no cômputo geral, o balanço foi positivo, especialmente para quem apostou em unidades residenciais de dois dormitórios.
"Foi, sem dúvida, um recorde histórico, o maior número de lançamentos desde 1985, ou seja, desde que a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio realiza estudos e levantamentos nesse sentido", confirma o presidente da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia. "As 70.781 unidades lançadas representaram mais de 12% de acréscimo em relação ao recorde anterior: 63.035 unidades em 2008."
O Estado de São Paulo foi ainda o maior lançador de empreendimentos imobiliários no País em 2010, segundo pesquisa da Lopes Inteligência de Mercado, empresa de consultoria da Lopes. Respondeu por 574 lançamentos com maior valor de venda: R$ 24,4 bilhões, contra os R$ 5,9 bilhões apurados com os 138 lançamentos do segundo colocado, o Rio de Janeiro. Ao todo, considerando-se os principais mercados brasileiros, o País registrou, no ano passado, o lançamento de 1.359 empreendimentos imobiliários com 202 mil unidades e valor geral de vendas de R$ 57 bilhões.
O segmento de dois dormitórios respondeu por 37.666 lançamentos, seguido pelo de três dormitórios, 22.150 lançamentos. Com quatro quartos foram registrados 5.739 lançamentos e 5.226 lançamentos com apenas um dormitório - nesse último caso, a produção mais do que dobrou, já que em 2009 foram lançadas 1.925 unidades de um quarto. O quatro dormitórios, na Região Metropolitana, registrou aumento de apenas 5% em relação a 2009, quando foram lançados 5.466 unidades. Ou seja, o segmento dois dormitórios reinou de fato absoluto, com um acréscimo superior a 37,3%: de 27.426 unidades em 2009 subiu para 37.666 unidades em 2010. "Sem dúvida foi a grande vedete do ano, um produto requisitado pela classe média-média e pelo segmento popular."
Pompéia entende que o programa federal Minha Casa, Minha Vida foi o grande responsável pelo sucesso das unidades de dois quartos. "Isso ocorreu no Brasil todo e não foi diferente em São Paulo. Afinal, o programa começou em abril de 2009 e, em 2010, recebeu força total." Mas também foi significativa a produção de três dormitórios em 2010, na região metropolitana de São Paulo: cresceu 18,6% em relação a 2009, com um total de 22.150 unidades ou 3.480 a mais.
A cada vez menor proporção de grandes terrenos na cidade de São Paulo tem empurrado cada vez mais o processo de industrialização para o entorno das rodovias. "Temos dez importantes rodovias que chegam a São Paulo, ao passo que o Rio conta com apenas cinco. O fato é que a cidade foi crescendo, chegando nos distritos industriais. Os terrenos das indústrias se valorizaram e muitas já venderam parte deles, aplicando os lucros na produção", acredita.
O comportamento da Capital não foi muito diferente do que ocorreu nos outros 38 municípios que integram a Região Metropolitana, com exceção do quatro dormitórios que registrou expressiva queda. Apenas 3.107 unidades de quatro dormitórios foram lançadas, representando uma redução de 33,5% em relação à produção de 2009: 4.675 unidades.
"Essa redução de unidades com quatro ou mais dormitórios pode ser atribuída à superprodução verificada no segmento em 2006, 2007 e 2008. Nesses três anos lançou-se mais que o dobro do que se verificou em 2009 e 2010. Ou ainda, em 2007 e 2008 foram construídos mais quatro dormitórios do que em toda a década de 90. Ou seja, extrapolaram. Daí agora o encolhimento, já que não existe demanda para tanto", argumenta Pompéia.
Das 38.199 unidades lançadas na Capital (quase 21% acima das 31.580 de 2009, mas abaixo das 38.990 de 2007), 18.628 unidades são de dois dormitórios, 12.195 de três dormitórios e 4.269 de apenas um dormitório - nesse último caso, unidades de alto padrão destinadas às classes média-alta e alta.
Também em termos de fração de terreno, Capital e região metropolitana têm a mesma tipologia: 48 m2 de área privativa para unidades de um dormitório; 57 m2 e 54 m2, respectivamente, para dois dormitórios; 85 m2 e 83 m2 para três quartos e 168 m2 e 163 m2 para quatro dormitórios.
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
O setor imobiliário viveu mais um ano excepcional, registrando em 2010 um novo recorde de lançamentos: 70.781 unidades distribuídas pela região metropolitana de São Paulo (Capital e 38 municípios). Esse volume é 32,3% superior ao verificado em 2009 (53.487 unidades) ou 12,3% a mais que em 2008 (63.035), que foi a segunda maior produção desde o boom de 2007 (62.065).
É certo que enfrentou mais uma vez o problema de falta de mão de obra especializada, redução de áreas para construção e, pior, elevação desenfreada do preço do metro quadrado. Mas, no cômputo geral, o balanço foi positivo, especialmente para quem apostou em unidades residenciais de dois dormitórios.
"Foi, sem dúvida, um recorde histórico, o maior número de lançamentos desde 1985, ou seja, desde que a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio realiza estudos e levantamentos nesse sentido", confirma o presidente da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia. "As 70.781 unidades lançadas representaram mais de 12% de acréscimo em relação ao recorde anterior: 63.035 unidades em 2008."
O Estado de São Paulo foi ainda o maior lançador de empreendimentos imobiliários no País em 2010, segundo pesquisa da Lopes Inteligência de Mercado, empresa de consultoria da Lopes. Respondeu por 574 lançamentos com maior valor de venda: R$ 24,4 bilhões, contra os R$ 5,9 bilhões apurados com os 138 lançamentos do segundo colocado, o Rio de Janeiro. Ao todo, considerando-se os principais mercados brasileiros, o País registrou, no ano passado, o lançamento de 1.359 empreendimentos imobiliários com 202 mil unidades e valor geral de vendas de R$ 57 bilhões.
O segmento de dois dormitórios respondeu por 37.666 lançamentos, seguido pelo de três dormitórios, 22.150 lançamentos. Com quatro quartos foram registrados 5.739 lançamentos e 5.226 lançamentos com apenas um dormitório - nesse último caso, a produção mais do que dobrou, já que em 2009 foram lançadas 1.925 unidades de um quarto. O quatro dormitórios, na Região Metropolitana, registrou aumento de apenas 5% em relação a 2009, quando foram lançados 5.466 unidades. Ou seja, o segmento dois dormitórios reinou de fato absoluto, com um acréscimo superior a 37,3%: de 27.426 unidades em 2009 subiu para 37.666 unidades em 2010. "Sem dúvida foi a grande vedete do ano, um produto requisitado pela classe média-média e pelo segmento popular."
Pompéia entende que o programa federal Minha Casa, Minha Vida foi o grande responsável pelo sucesso das unidades de dois quartos. "Isso ocorreu no Brasil todo e não foi diferente em São Paulo. Afinal, o programa começou em abril de 2009 e, em 2010, recebeu força total." Mas também foi significativa a produção de três dormitórios em 2010, na região metropolitana de São Paulo: cresceu 18,6% em relação a 2009, com um total de 22.150 unidades ou 3.480 a mais.
A cada vez menor proporção de grandes terrenos na cidade de São Paulo tem empurrado cada vez mais o processo de industrialização para o entorno das rodovias. "Temos dez importantes rodovias que chegam a São Paulo, ao passo que o Rio conta com apenas cinco. O fato é que a cidade foi crescendo, chegando nos distritos industriais. Os terrenos das indústrias se valorizaram e muitas já venderam parte deles, aplicando os lucros na produção", acredita.
O comportamento da Capital não foi muito diferente do que ocorreu nos outros 38 municípios que integram a Região Metropolitana, com exceção do quatro dormitórios que registrou expressiva queda. Apenas 3.107 unidades de quatro dormitórios foram lançadas, representando uma redução de 33,5% em relação à produção de 2009: 4.675 unidades.
"Essa redução de unidades com quatro ou mais dormitórios pode ser atribuída à superprodução verificada no segmento em 2006, 2007 e 2008. Nesses três anos lançou-se mais que o dobro do que se verificou em 2009 e 2010. Ou ainda, em 2007 e 2008 foram construídos mais quatro dormitórios do que em toda a década de 90. Ou seja, extrapolaram. Daí agora o encolhimento, já que não existe demanda para tanto", argumenta Pompéia.
Das 38.199 unidades lançadas na Capital (quase 21% acima das 31.580 de 2009, mas abaixo das 38.990 de 2007), 18.628 unidades são de dois dormitórios, 12.195 de três dormitórios e 4.269 de apenas um dormitório - nesse último caso, unidades de alto padrão destinadas às classes média-alta e alta.
Também em termos de fração de terreno, Capital e região metropolitana têm a mesma tipologia: 48 m2 de área privativa para unidades de um dormitório; 57 m2 e 54 m2, respectivamente, para dois dormitórios; 85 m2 e 83 m2 para três quartos e 168 m2 e 163 m2 para quatro dormitórios.
Mercado festeja 'período glorioso'
A 18.ª edição do Prêmio Top Imobiliário encontra o setor num momento de prosperidade, que transforma a festa em celebração
13 de maio de 2011 | 0h 00
Márcia Moreno - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
O Top Imobiliário é realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, com a participação do Secovi, com parceria da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), órgão responsável pela elaboração do ranking das empresas - que atribui pontos com base em pesquisas de lançamentos na Região Metropolitana de São Paulo. Neste ano, a 18.ª edição do prêmio, a cerimônia de entrega do prêmio foi realizada ontem, no Terraço Daslu, em São Paulo.
Há 18 anos o mercado imobiliário vive, todos os anos, uma data especial: a premiação do Top Imobiliário. No início, a comemoração era simples, com apenas alguns homenageados. Mas, naquela época, o mercado imobiliário também era apenas uma fração do que é hoje.
Atualmente, o setor vive um período de prosperidade. E neste cenário, o Top Imobiliário virou uma grande festa e uma referência do bom trabalho das empresas do mercado paulista. A ansiedade é grande entre as companhias participantes dos rankings de Incorporadoras, Vendedoras e Construtoras. O resultado, baseado em pesquisas de lançamentos na Região Metropolitana de São Paulo, transformou-se em uma celebração especial.
E só há o que comemorar. A opinião é unânime entre os principais executivos das empresas ligadas ao setor: nunca na história de São Paulo houve um período tão glorioso para a compra e venda de casas, apartamentos e escritórios. "O mercado imobiliário atual está em franca expansão, onde a procura por imóveis é intensa", acredita Mirella Parpinelle, diretora de atendimento da Lopes, empresa primeira colocada no ranking de vendas.
Para ela, "o Prêmio Top Imobiliário é uma marca consolidada no setor - e é reconhecido como o mais sério e prestigiado do País". Ela acredita ser um privilégio para a Lopes estar entre os ganhadores. De acordo com a executiva, o Grupo LPS Brasil registrou recorde em todos os indicadores em 2010 e teve a maior receita líquida do setor de serviços imobiliários.
Segundo Mirella, as vendas contratadas no ano pelo Grupo totalizaram R$ 15,6 billhões. "Esse volume representa um crescimento de 69% em comparação a 2009. O grupo vendeu 56.633 unidades, das quais 34% no setor econômico.
A empresa que cuida da área de segmento econômico no Grupo LPS Brasil é a HabitCasa, terceira colocada no ranking de vendedoras. "Nosso mercado é de fundamental importância para a economia brasileira", afirma o diretor comercial da HabitCasa, Maurílio Scacchetti. "Existe uma demanda muito forte pela compra do primeiro imóvel e estamos conseguindo atender essa procura de uma maneira produtiva - graças à queda de juros e ao alongamento dos prazos de pagamento dos financiamentos. E eu ainda acredito que teremos alguns anos para aproveitar esse momento positivo", aposta.
"O mercado está realmente bem aquecido, com muita demanda", acredita Rosane Ferreira, diretora de incorporação da Cyrela, empresa que aparece em primeiro lugar no ranking de Incorporadoras e em terceiro lugar no ranking de Construtoras. Em São Paulo, a empresa lançou R$ 3 bilhões em 2010. E os investimentos continuam em 2011. A empresa prevê um forte crescimento para este ano, com investimentos de R$ 600 milhões para aquisição de novos terrenos e R$ 3,5 milhões para obras.
A opinião sobre o bom momento para o mercado imobiliário é compartilhada por Bruno Vivanco, diretor de novos negócios da Abyara Brokers, que ficou em segundo lugar no ranking de Empresas Vendedoras. Segundo Vivanco, a Abyara sempre esteve presente no Top Imobiliário. "É um prêmio muito importante para o setor. É um mercado que gera muitos empregos e renda, ajuda o desenvolvimento do País. Desta forma, com a divulgação do Top, o público sabe quem está por trás, que se trata de gente séria, que somos empresas de credibilidade", acredita ele. "É um reconhecimento de toda uma vida e este é um prêmio que marca a nossa vida também."
Vivanco avalia que o mercado imobiliário vive um momento aquecido e comprador. "Os incorporadores estão líquidos, dispostos a gerar novos negócios", comenta. O ano de 2011 é promissor para a Abyara Brokers, ele acredita. "Além da disposição de gerar novos negócios, o mercado vive uma fase de aumento da oferta de crédito e de queda da taxa de juros dos financiamentos, com prazos mais alongados. Isso aumenta as proporções do mercado."
Vivanco afirma que, com o aumento da quantidade de terrenos adquiridos pelas incorporadoras, a velocidade de vendas está diminuindo. "Mas isso não significa baixa demanda, os ótimos resultados das empresas mostram o contrário. Sinto que o cliente está mais seletivo, mais cuidadoso."
Importância reconhecida
O Top Imobiliário foi criado pelo jornal O Estado de S. Paulo com o objetivo de reconhecer a importância e acompanhar o desempenho do mercado imobiliário da Grande São Paulo, o maior do País, e também de focalizar as empresas de destaque no setor durante o ano.
13 de maio de 2011 | 0h 00
Márcia Moreno - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
O Top Imobiliário é realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, com a participação do Secovi, com parceria da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), órgão responsável pela elaboração do ranking das empresas - que atribui pontos com base em pesquisas de lançamentos na Região Metropolitana de São Paulo. Neste ano, a 18.ª edição do prêmio, a cerimônia de entrega do prêmio foi realizada ontem, no Terraço Daslu, em São Paulo.
Há 18 anos o mercado imobiliário vive, todos os anos, uma data especial: a premiação do Top Imobiliário. No início, a comemoração era simples, com apenas alguns homenageados. Mas, naquela época, o mercado imobiliário também era apenas uma fração do que é hoje.
Atualmente, o setor vive um período de prosperidade. E neste cenário, o Top Imobiliário virou uma grande festa e uma referência do bom trabalho das empresas do mercado paulista. A ansiedade é grande entre as companhias participantes dos rankings de Incorporadoras, Vendedoras e Construtoras. O resultado, baseado em pesquisas de lançamentos na Região Metropolitana de São Paulo, transformou-se em uma celebração especial.
E só há o que comemorar. A opinião é unânime entre os principais executivos das empresas ligadas ao setor: nunca na história de São Paulo houve um período tão glorioso para a compra e venda de casas, apartamentos e escritórios. "O mercado imobiliário atual está em franca expansão, onde a procura por imóveis é intensa", acredita Mirella Parpinelle, diretora de atendimento da Lopes, empresa primeira colocada no ranking de vendas.
Para ela, "o Prêmio Top Imobiliário é uma marca consolidada no setor - e é reconhecido como o mais sério e prestigiado do País". Ela acredita ser um privilégio para a Lopes estar entre os ganhadores. De acordo com a executiva, o Grupo LPS Brasil registrou recorde em todos os indicadores em 2010 e teve a maior receita líquida do setor de serviços imobiliários.
Segundo Mirella, as vendas contratadas no ano pelo Grupo totalizaram R$ 15,6 billhões. "Esse volume representa um crescimento de 69% em comparação a 2009. O grupo vendeu 56.633 unidades, das quais 34% no setor econômico.
A empresa que cuida da área de segmento econômico no Grupo LPS Brasil é a HabitCasa, terceira colocada no ranking de vendedoras. "Nosso mercado é de fundamental importância para a economia brasileira", afirma o diretor comercial da HabitCasa, Maurílio Scacchetti. "Existe uma demanda muito forte pela compra do primeiro imóvel e estamos conseguindo atender essa procura de uma maneira produtiva - graças à queda de juros e ao alongamento dos prazos de pagamento dos financiamentos. E eu ainda acredito que teremos alguns anos para aproveitar esse momento positivo", aposta.
"O mercado está realmente bem aquecido, com muita demanda", acredita Rosane Ferreira, diretora de incorporação da Cyrela, empresa que aparece em primeiro lugar no ranking de Incorporadoras e em terceiro lugar no ranking de Construtoras. Em São Paulo, a empresa lançou R$ 3 bilhões em 2010. E os investimentos continuam em 2011. A empresa prevê um forte crescimento para este ano, com investimentos de R$ 600 milhões para aquisição de novos terrenos e R$ 3,5 milhões para obras.
A opinião sobre o bom momento para o mercado imobiliário é compartilhada por Bruno Vivanco, diretor de novos negócios da Abyara Brokers, que ficou em segundo lugar no ranking de Empresas Vendedoras. Segundo Vivanco, a Abyara sempre esteve presente no Top Imobiliário. "É um prêmio muito importante para o setor. É um mercado que gera muitos empregos e renda, ajuda o desenvolvimento do País. Desta forma, com a divulgação do Top, o público sabe quem está por trás, que se trata de gente séria, que somos empresas de credibilidade", acredita ele. "É um reconhecimento de toda uma vida e este é um prêmio que marca a nossa vida também."
Vivanco avalia que o mercado imobiliário vive um momento aquecido e comprador. "Os incorporadores estão líquidos, dispostos a gerar novos negócios", comenta. O ano de 2011 é promissor para a Abyara Brokers, ele acredita. "Além da disposição de gerar novos negócios, o mercado vive uma fase de aumento da oferta de crédito e de queda da taxa de juros dos financiamentos, com prazos mais alongados. Isso aumenta as proporções do mercado."
Vivanco afirma que, com o aumento da quantidade de terrenos adquiridos pelas incorporadoras, a velocidade de vendas está diminuindo. "Mas isso não significa baixa demanda, os ótimos resultados das empresas mostram o contrário. Sinto que o cliente está mais seletivo, mais cuidadoso."
Importância reconhecida
O Top Imobiliário foi criado pelo jornal O Estado de S. Paulo com o objetivo de reconhecer a importância e acompanhar o desempenho do mercado imobiliário da Grande São Paulo, o maior do País, e também de focalizar as empresas de destaque no setor durante o ano.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
FGV: retorno de imóvel comercial é de 5% no trimestre
Por Fabiana Holtz
A taxa de retorno de investimentos em imóveis comerciais no Brasil no primeiro trimestre foi de 5% em relação ao último trimestre do ano passado, de acordo com o Índice Geral do Mercado Imobiliário - Comercial (IGMI-C), divulgado hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em fevereiro, quando o indicador foi lançado, a FGV informou a série histórica dos últimos dez anos do índice e, hoje, apresenta o seu primeiro levantamento trimestral.
Para o cálculo do indicador, os pesquisadores reuniram despesas operacionais, receitas totais, investimentos e vendas de imóveis, fornecidos por um grupo de empresas dos setores financeiro e imobiliário e de fundos de pensão, que são parceiros. O universo da pesquisa foi de 212 imóveis, entre escritórios comerciais, shopping centers, estabelecimentos comerciais, hotéis, imóveis industriais e de logística distribuídos em todo o País. A maior concentração desses imóveis, porém, está em São Paulo (37% do total) e no Rio de Janeiro (26%).
A partir desses dados foi mensurada a taxa de retorno do capital investido, que no primeiro trimestre ficou em 3,2%, e a taxa de retorno de renda (receita com aluguel, por exemplo), que aumentou 1,8%. Com a combinação desses dois resultados se obtém o IGMI-C de 5%.
Nesta edição, o universo da pesquisa foi ampliado, uma vez que no lançamento, o índice contava com 190 imóveis. Por isso, as informações do quarto trimestre foram atualizadas. "A ampliação da amostra não gerou mudanças no índice, apenas uma atualização dos números do trimestre anterior na série histórica, mas o objetivo é não promover mais revisões", explica Paulo Picchetti, pesquisador responsável pelo levantamento.
Pelo índice anualizado, entre janeiro e março a taxa de retorno medida pelo IGMI-C ficou em 23,7%. Segundo a série histórica, no ano de 2010 a rentabilidade de empreendimentos comerciais foi de 25,5%, e superou 600% na década.
Com periodicidade trimestral, o IGMI-C pretende retratar da forma mais abrangente possível a evolução da valorização dos preços e dos rendimentos de imóveis comerciais em todo o País. "Por ser um indicador novo estamos longe de ter um modelo de projeções, ainda não temos como apontar tendências. Nosso objetivo por enquanto é criar uma medida que não existia", afirma Picchetti. Com relação aos imóveis residenciais, o pesquisador revela que os estudos prosseguem e a expectativa é de que seja lançado um indicador específico para o segmento já no próximo ano.
A taxa de retorno de investimentos em imóveis comerciais no Brasil no primeiro trimestre foi de 5% em relação ao último trimestre do ano passado, de acordo com o Índice Geral do Mercado Imobiliário - Comercial (IGMI-C), divulgado hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em fevereiro, quando o indicador foi lançado, a FGV informou a série histórica dos últimos dez anos do índice e, hoje, apresenta o seu primeiro levantamento trimestral.
Para o cálculo do indicador, os pesquisadores reuniram despesas operacionais, receitas totais, investimentos e vendas de imóveis, fornecidos por um grupo de empresas dos setores financeiro e imobiliário e de fundos de pensão, que são parceiros. O universo da pesquisa foi de 212 imóveis, entre escritórios comerciais, shopping centers, estabelecimentos comerciais, hotéis, imóveis industriais e de logística distribuídos em todo o País. A maior concentração desses imóveis, porém, está em São Paulo (37% do total) e no Rio de Janeiro (26%).
A partir desses dados foi mensurada a taxa de retorno do capital investido, que no primeiro trimestre ficou em 3,2%, e a taxa de retorno de renda (receita com aluguel, por exemplo), que aumentou 1,8%. Com a combinação desses dois resultados se obtém o IGMI-C de 5%.
Nesta edição, o universo da pesquisa foi ampliado, uma vez que no lançamento, o índice contava com 190 imóveis. Por isso, as informações do quarto trimestre foram atualizadas. "A ampliação da amostra não gerou mudanças no índice, apenas uma atualização dos números do trimestre anterior na série histórica, mas o objetivo é não promover mais revisões", explica Paulo Picchetti, pesquisador responsável pelo levantamento.
Pelo índice anualizado, entre janeiro e março a taxa de retorno medida pelo IGMI-C ficou em 23,7%. Segundo a série histórica, no ano de 2010 a rentabilidade de empreendimentos comerciais foi de 25,5%, e superou 600% na década.
Com periodicidade trimestral, o IGMI-C pretende retratar da forma mais abrangente possível a evolução da valorização dos preços e dos rendimentos de imóveis comerciais em todo o País. "Por ser um indicador novo estamos longe de ter um modelo de projeções, ainda não temos como apontar tendências. Nosso objetivo por enquanto é criar uma medida que não existia", afirma Picchetti. Com relação aos imóveis residenciais, o pesquisador revela que os estudos prosseguem e a expectativa é de que seja lançado um indicador específico para o segmento já no próximo ano.
Lopes investe em dois milhões de envios mensais de email marketing com Virtual Target
Qua, 11 de Maio de 2011 10:14
Ações de email marketing representam 10% de incremento nas vendas da Imobiliária, que usa a Virtual Target para ações de prospecção, segmentação, endomarketing e envios transacionais
Atuando como a maior empresa de intermediação imobiliária do Brasil, a Lopes é uma companhia de capital aberto, com atuação em 11 estados e Distrito Federal, e trabalha no mercado de lançamento de empreendimentos, revenda de imóveis prontos por meio da Pronto! e financiamento imobiliário através da CrediPronto!, join venture entre Itaú e Lopes. Para alcançar novos clientes, reter e fidelizar quem já faz parte de sua base, a empresa identificou no email marketing a principal ação para conquista de resultados diante de todas as suas campanhas digitais de marketing direto.
Para isso, contratou a VIRID Interatividade Digital e passou a utilizar a plataforma de envio e gestão de email marketing Virtual Target, desenvolvida pela empresa. O aculturamento das campanhas digitais em relação às boas práticas de email marketing possibilitou a Lopes perceber que a ferramenta era fundamental para o alcance de resultados efetivos.
Após dois anos e meio de uso, hoje a Lopes utiliza a plataforma de email marketing para todas as áreas da empresa em ações de prospecção, segmentação e endomarketing, além do uso do conceito de envios transacionais para auxiliar os anunciantes a concluírem seus processos de anúncio no portal da Imobiliária.
“Criamos um modelo de anúncio de imóveis online, que é um serviço novo no Brasil, onde o cliente deve seguir apenas cinco passos para a conclusão de um anúncio. Alguns clientes acabavam parando na segunda, terceira ou quarta etapa e não concluíam o processo. Nosso primeiro passo foi criar emails automáticos que avisavam o cliente que só faltavam um ou dois minutos para concluir o cadastro do imóvel, dependendo da etapa em que ele parou. Em seguida, também iniciamos o envio de emails dando dicas para o cliente para aumentar a liquidez do imóvel anunciado, incluindo foto ou fazendo um pequeno ajuste de preço. O resultado dos dois processos foi muito positivo”, explica Arthur Sindoni, Gerente Executivo de Gestão de Clientes e Gestão de Processos de Negócios da Lopes.
Envios em grande quantidade, porém com foco em segmentação
Atualmente a Lopes envia dois milhões de emails marketing mensalmente a clientes de diferentes perfis – popular, classe média e alto padrão -, além de utilizar a base de empresas parceiras para prospecção no modelo co-registration, ou seja, com prévia autorização para envio das peças. O email marketing é hoje o principal canal de marketing direto da empresa.
Todas as ações são segmentadas, uma vez que a taxa de abertura de emails aumenta de acordo com o conteúdo direcionado ao perfil da base da Lopes. A principal atenção da Lopes está na segmentação e também na qualidade da peça. “O cliente precisa ter potencial interesse pelo empreendimento ou serviço oferecido e a peça precisa cativar e "vender" de forma objetiva. Sabemos também que o assunto do email é um diferencial para o destinatário abrir ou não o email. Realizamos envios cada vez mais segmentados e personalizados para que o cliente de fato se identifique com o que está recebendo”, avalia Sindoni.
Campanhas de email marketing trazem incremento de 10% nas vendas
A aplicação da análise minuciosa de cliques e o fato de direcionar as mensagens em consonância com o perfil do público a ser atingido possibilitaram a Lopes chegar a 10% de incremento em vendas, proveniente das ações de email marketing.
Os resultados são analisados para rever a segmentação, assunto ou mesmo a peça de email. Os cliques são avaliados de forma cruzada com abertura, cliques e geração efetiva de clientes interessados nas ações. A empresa utiliza os relatórios de acesso da Virtual Target e realimenta o sistema de CRM (Customer Relationship Management) com essas informações para elaboração de estratégias fundamentadas nos retornos conquistados.
“Consideramos o email marketing com a Virtual Target uma opção de baixo custo e alto potencial de comunicação, mas sabemos que deve ser usado com atenção para não "saturar" os clientes com excesso de envios. Temos cada vez mais atenção em relação ao contato online com os clientes. Para isso, a comunicação através de email marketing é fundamental”, ressalta Sindoni.
Ações de email marketing representam 10% de incremento nas vendas da Imobiliária, que usa a Virtual Target para ações de prospecção, segmentação, endomarketing e envios transacionais
Atuando como a maior empresa de intermediação imobiliária do Brasil, a Lopes é uma companhia de capital aberto, com atuação em 11 estados e Distrito Federal, e trabalha no mercado de lançamento de empreendimentos, revenda de imóveis prontos por meio da Pronto! e financiamento imobiliário através da CrediPronto!, join venture entre Itaú e Lopes. Para alcançar novos clientes, reter e fidelizar quem já faz parte de sua base, a empresa identificou no email marketing a principal ação para conquista de resultados diante de todas as suas campanhas digitais de marketing direto.
Para isso, contratou a VIRID Interatividade Digital e passou a utilizar a plataforma de envio e gestão de email marketing Virtual Target, desenvolvida pela empresa. O aculturamento das campanhas digitais em relação às boas práticas de email marketing possibilitou a Lopes perceber que a ferramenta era fundamental para o alcance de resultados efetivos.
Após dois anos e meio de uso, hoje a Lopes utiliza a plataforma de email marketing para todas as áreas da empresa em ações de prospecção, segmentação e endomarketing, além do uso do conceito de envios transacionais para auxiliar os anunciantes a concluírem seus processos de anúncio no portal da Imobiliária.
“Criamos um modelo de anúncio de imóveis online, que é um serviço novo no Brasil, onde o cliente deve seguir apenas cinco passos para a conclusão de um anúncio. Alguns clientes acabavam parando na segunda, terceira ou quarta etapa e não concluíam o processo. Nosso primeiro passo foi criar emails automáticos que avisavam o cliente que só faltavam um ou dois minutos para concluir o cadastro do imóvel, dependendo da etapa em que ele parou. Em seguida, também iniciamos o envio de emails dando dicas para o cliente para aumentar a liquidez do imóvel anunciado, incluindo foto ou fazendo um pequeno ajuste de preço. O resultado dos dois processos foi muito positivo”, explica Arthur Sindoni, Gerente Executivo de Gestão de Clientes e Gestão de Processos de Negócios da Lopes.
Envios em grande quantidade, porém com foco em segmentação
Atualmente a Lopes envia dois milhões de emails marketing mensalmente a clientes de diferentes perfis – popular, classe média e alto padrão -, além de utilizar a base de empresas parceiras para prospecção no modelo co-registration, ou seja, com prévia autorização para envio das peças. O email marketing é hoje o principal canal de marketing direto da empresa.
Todas as ações são segmentadas, uma vez que a taxa de abertura de emails aumenta de acordo com o conteúdo direcionado ao perfil da base da Lopes. A principal atenção da Lopes está na segmentação e também na qualidade da peça. “O cliente precisa ter potencial interesse pelo empreendimento ou serviço oferecido e a peça precisa cativar e "vender" de forma objetiva. Sabemos também que o assunto do email é um diferencial para o destinatário abrir ou não o email. Realizamos envios cada vez mais segmentados e personalizados para que o cliente de fato se identifique com o que está recebendo”, avalia Sindoni.
Campanhas de email marketing trazem incremento de 10% nas vendas
A aplicação da análise minuciosa de cliques e o fato de direcionar as mensagens em consonância com o perfil do público a ser atingido possibilitaram a Lopes chegar a 10% de incremento em vendas, proveniente das ações de email marketing.
Os resultados são analisados para rever a segmentação, assunto ou mesmo a peça de email. Os cliques são avaliados de forma cruzada com abertura, cliques e geração efetiva de clientes interessados nas ações. A empresa utiliza os relatórios de acesso da Virtual Target e realimenta o sistema de CRM (Customer Relationship Management) com essas informações para elaboração de estratégias fundamentadas nos retornos conquistados.
“Consideramos o email marketing com a Virtual Target uma opção de baixo custo e alto potencial de comunicação, mas sabemos que deve ser usado com atenção para não "saturar" os clientes com excesso de envios. Temos cada vez mais atenção em relação ao contato online com os clientes. Para isso, a comunicação através de email marketing é fundamental”, ressalta Sindoni.
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