Construção civil sonha crescer de 5% a 6% ao ano, garante Eduardo Zaidan, diretor de economia do Sinduscon
13 de maio de 2011 | 0h 00
Marilena Rocha - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O ESTADO
Nem o boom de 2007 e nem a letargia das duas décadas que precederam aquele momento de grande euforia no setor imobiliário. A construção civil sonha com um crescimento contínuo de 5% a 6% ao ano. "O ideal é isso mesmo, um crescimento perene e sem sobressaltos", define o diretor de economia do Sindicato da Construção (SindusCon-SP), Eduardo Zaidan.
Ele recorda os percalços vividos nos anos 80. "A construção civil passou pelo inferno, pelo purgatório. O Brasil ficou adormecido nessa área por uns 20 ou 25 anos. É como a história da pessoa que entra numa academia e quer ter musculatura da noite para o dia. Vai conseguir só fraturas, pois o certo é conseguir musculatura obedecendo a um trabalho diário e constante e não como um atleta só de fim de semana. Para a construção civil essa arritmia no crescimento é mortal", compara.
Destaca ainda que a construção civil acompanha a economia do País. "Se a economia brasileira está bem e saudável, a construção civil também assim estará. Mas, a construção envolve alto valor unitário, precisando de financiamentos de longo prazo. E a inflação é sempre uma grande inimiga do longo prazo", adverte.
O Brasil tem hoje 3,6 milhões de famílias vivendo em construções precárias. Outras 2,6 milhões dividem o mesmo teto e estima-se que, até 2020, cerca de 17 milhões de jovens vão deixar as casas dos pais. Ao olhar para o déficit habitacional ainda grande no Brasil - 6,2 milhões de moradias, segundo a Fundação Getúlio Vargas - Zaidan diz acreditar em novos anos de crescimento do setor imobiliário. "Vai crescer sim, mas sem taxas espetaculares", aposta.
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