As famílias demoram para encontrar o que procuram e, quando encontram, é muito caro. Donos de imóveis aumentam o valor dos novos aluguéis.
imprimir O problema já fez aumentar em 15% o preço do alugueis em São Paulo só nos últimos 12 meses. É a lei da oferta e da procura. Com poder aquisitivo maior, muita gente está querendo se mudar para bairros melhores ou mais próximos do trabalho. Aproveitando a demanda, os donos de imóveis estão aumentando o valor dos novos aluguéis.
Com as paredes mofadas e muita umidade no ar, quem sofre é Felipe. “Todo o problema respiratório dele de alergia vem recorrente do ambiente insalubre em que ele mora”, conta a empresária Luciana Curi.
Luciana tentou negociar uma reforma com a proprietária da casa, mas nada feito. A empresária decidiu procurar outra para alugar, mas está difícil. “Os alugueis estão muito caros. Só acho por uns R$ 1,3 mil e imóvel menor do que hoje, em que se pagam R$ 1,1 mil”, comenta Luciana.
O Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) está acompanhando esse movimento dos preços. Na cidade de São Paulo, os aluguéis novos subiram mais de 15% nos últimos 12 meses. É mais do que o IGP-M, índice usado pra corrigir os contratos já vigentes de aluguel.
O problema, de acordo com o Secovi, é um descompasso de mercado: mais gente interessada no aluguel do que imóveis para alugar. As famílias demoram para encontrar o que procuram e, quando encontram, é muito caro.
Para o vice-presidente do sindicato, Francisco Crestana, a procura maior reflete o aumento da renda. Já a oferta de imóveis esbarra na falta de interesse de muitos investidores. “Precisava ter mais gente construindo imóveis para alugar. A tributação sobre a receita do aluguel é desanimadora e faz com que o investidor pule fora disso”, aponta Crestana.
A gerente da imobiliária Léa Faggion diz que só este mês apareceram mais de 400 pessoas interessadas em locação, mas eles só têm 170 imóveis para alugar. O cliente nem consegue negociar direito.
“Se ele não alugar, tem quem alugue. Eu tenho pessoas interessadas que dizem: ‘Eu vou pensar, eu te ligo logo’. Quando já ligou, já havia outras propostas na frente e, infelizmente, perdeu o negócio”, comenta Léa Faggion.
Os imóveis de três dormitórios, segundo o Secovi, são os que têm os maiores reajustes nos novos contratos de aluguel, justamente porque são os mais procurados.
Fonte Bom dia Brasil g1 de 28/4/11
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