O Estado de São Paulo, 26/mar
Corretores, especialistas e compradores são unânimes: a grande motivação por trás dos novos empreendimentos na região central é o potencial de valorização dos imóveis. Aliada à boa localização, à infraestrutura e às opções culturais, a esperança de que os projetos de revitalização saiam do papel e valorizem os apartamentos move tanto investidores interessados nos imóveis quanto quem decide mudar-se para o centro.
Esse é um dos principais motivos que levaram a turismóloga Vilmara Souza, de 28 anos, a querer se mudar para o centro. Ela mora na Freguesia do Ó, na zona norte, trabalha no Edifício Itália, na região da República, e quer se mudar para o centro para ficar mais perto do serviço. 'Morar lá hoje é muito melhor do que há cinco, dez anos. E ainda vai melhorar bastante', diz ela, que está interessada no lançamento do Parque Dom Pedro II.
Só naquela região a Prefeitura planeja demolir o Viaduto Diário Popular e fazer uma grande reforma no parque, além de revitalizar a Rua do Gasômetro. 'Fica bem mais perto do meu trabalho e todo mundo está dizendo que vai valorizar bastante se todos esses projetos realmente saírem', afirma Vilmara.
A mesma expectativa move o aeronauta André Miller, que quer comprar um imóvel no centro para o irmão, que vive nos Estados Unidos. 'Pelo que ficamos sabendo, há bastante expectativa. Várias regiões do centro já melhoraram e aqui pode acontecer o mesmo.'
Atualmente, o preço médio do m² dos lançamentos no Bom Retiro e no Parque Dom Pedro é de R$ 5 mil - o que já é similar a novos empreendimentos em áreas como Santana, Saúde e Lapa. Uma unidade de 2 dormitórios no Downtown Smart Living, por exemplo, vale R$ 265 mil. Já os apartamentos de 3 quartos no Aquarela Paulistana, no Bom Retiro, custam R$ 360 mil. Mas a expectativa do mercado é de que eles valorizem mais do que em bairros fora do centro.
Lucro. Um exemplo dessa valorização é o Edifício Novo Centro República, lançado pela construtora TPA no ano passado, que deve ficar pronto em 2012. Os apartamentos de 1 e 2 quartos foram totalmente vendidos por cerca de R$ 4 mil o m², em média. Hoje, segundo a construtora, há quem esteja revendendo os imóveis por R$ 6 mil o m² - o que representa uma valorização de 50% em menos de um ano.
Apesar das altas expectativas, Luiz Paulo Pompéia, da Embraesp, lembra que ainda há bastante resistência na classe média alta em ir morar no centro. 'Dá para dizer que a cabeça das pessoas está começando a mudar, mas ainda há vários problemas a resolver nessas regiões, principalmente a segurança.'
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ao fazer comentário clique na opção conta do google ou anônimo para realizar o comentário