domingo, 3 de abril de 2011

PDG quer zerar atrasos e reduzir despesas

Jornal do Commercio, 23/mar


Aquisição de companhia que reunia Agra, Abyara e Klabin Segall, em maio de 2010, permitiu à incorporadora tornar-se líder no setor

Prestes a concluir o processo de integração das operações da Agre, a construtora e incorporadora PDG Realty tem como estratégia para este ano zerar atrasos em obras, concluir entregas e estabilizar despesas. Anunciada em maio de 2010, a aquisição da companhia que reunia Agra, Abyara e Klabin Segall permitiu à PDG "se tornar líder no setor em todos critérios", segundo o presidente-executivo Zeca Grabowsky.

Por outro lado, a companhia herdou alto volume de obras atrasadas, saldo que espera zerar ao longo dos próximos meses. "Obra que foi herdada atrasada não tem milagre, mas 2011 é o ano para zerar atrasos", disse Grabowsky, em teleconferência sobre os resultados financeiros.

A PDG contabilizou entrega de 20 mil unidades em 2010 e, este ano, planeja entregar outras 35 mil, afirmou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Michel Wurman.

De acordo com o executivo, até o final de 2011, as áreas tecnológicas de ambas companhias estarão totalmente integradas. Já a integração em termos de eficiência está entrando na terceira fase. "Podemos melhorar as despesas, pois a Agre passou por um forte processo de redução de custos no ano passado", acrescentou Wurman.

Em 2010, a PDG apurou R$ 324,4 milhões em despesas com vendas, acima dos R$ 215 milhões vistos um ano antes. Enquanto isso, as despesas gerais e administrativas somaram R$ 289,2 milhões.

Segundo Wurman, a meta é registrar cerca de R$ 75 milhões a cada trimestre em despesas gerais e administrativas. Já as despesas com vendas devem ficar entre R$ 80 milões e R$ 90 milhões a cada três meses.

A PDG apresentou lucro líquido ajustado de R$ 213,1 milhões para os últi¬mos três meses de 2010, salto de 74% sobre igual intervalo do ano anterior, quando ainda não havia adquirido a

Agre. Os números referentes a 2009 foram calculados pro forma, como se a PDG já houvesse comprado a Agre na ocasião.

O resultado ficou em linha com a média das estimativas de nove analistas obtidas pela Reuters, que apontava para lucro líquido de R$ 214 milhões para a empresa no período. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia somou R$ 396,3 milhões, avanço de 69% sobre um ano antes. A margem passou de 21,2% para 21,9%.

No fechado do ano passado, a PDG contabilizou lucro líquido de R$ 875,3 milhões, 60% superior ao obtido em 2009. Enquanto isso, a geração de caixa operacional, medida pelo Ebitda, foi de R$ 1,475 bilhão em 2010, com margem de 25,4%.

A PDG já havia divulgado no início de janeiro vendas contratadas de R$ 1,756 bilhão para o período de outubro a dezembro, volume 38% supe¬rior ao apurado um ano antes. No fechado de 2010, a companhia teve vendas de R$ 6,52 bilhões, crescimento de 53% sobre o total comercializado no ano anterior. Com isso, a PDG apurou receita líquida de R$ 1,811 bilhão no quarto trimestre e R$ 5,805 bilhões no ano como um todo, crescimento de, respectivamente, 64% e 60%.

A velocidade de vendas - medida pela relação de venda sobre oferta - ficou em 30% no trimestre e 61% em 12 meses. Os lançamentos somaram R$ 2,11 bilhões nos últimos três meses de 2010, alta anual de 36%. Em todo o ano passado, a empresa lançou R$ 7 bi¬lhões, número 64% maior na comparação com 2009.

Os lançamentos em 2010 atingiram o ponto-médio da meta traçada pela PDG para os 12 meses passados, que era de R$ 6,5 bilhões a R$ 7,5 bilhões.

Para 2011, a companhia reinterou que estima lançamentos da ordem de R$ 9 bilhões a R$ 10 bilhões. A Cyrela, que passou a ocupar a segunda posição no setor, reduziu este mês sua meta de lançamentos no ano para entre R$ 7,6 bilhões e R$ 8,5 bilhões, contra projeção anterior de R$ 8,3 bilhões a R$ 9,1 bilhões.

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