O Globo
O conceito surgiu nos anos 30, foi abandonado durante os modernistas anos 60 e, ao ser resgatado, virou objeto de desejo. Mais do que isso. As varandas alcançaram status de cômodo e, na contramão dos novos imóveis, cada vez mais compactos, ganharam medidas generosas, como mostra reportagem de Flávia Monteiro publicada no GLOBO deste domingo. Algumas chegam a ocupar até 25% da área total de um apartamento, no caso dos empreendimentos de alto luxo; e cerca de 10%, nos lançamentos populares. Até pouco tempo, estas participações eram de aproximadamente 15% e 5%.
- Nesse novo conceito, as varandas deixaram de ser um espaço para mera contemplação e incorporaram funções que, efetivamente, fazem parte do dia a dia dos moradores. Elas se transformaram numa espécie de quintal flutuante - analisa Celso Rayol, diretor-geral da STA Arquitetura.
Ainda segundo Rayol, o aumento do poder de compra do brasileiro, reflexo da estabilização econômica, obrigou as construtoras a se adaptarem às demandas de um consumidor cada vez mais exigente. Mas não é só isso:
- Houve mudança de comportamento. As pessoas passaram a ficar mais tempo em casa, principalmente, por conta da sensação de segurança.
A pesquisadora Andréa Freire, do Instituto Mediator, especializado em pesquisas para o mercado imobiliário, afirma que a varanda deixou de ser uma extensão do imóvel para se tornar um cômodo efetivo, com vida própria.
- No caso dos empreendimentos populares, elas funcionam como uma espécie de quintal, um espaço que alivia a sensação de confinamento. A metragem pode não ser tão generosa, mas já agrada a partir do momento em que cabe uma churrasqueira portátil. Nas classes mais altas, a preferência é por imóveis onde a varanda não ladeie todos os cômodos.
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