Depois dos resultados fracos de agosto, vendas cresceram 70% em setembro, chegando a 2.785 imóveis
18 de novembro de 2010
Fabiana Holtz - O Estado de S.Paulo
A venda de imóveis novos na cidade de São Paulo registrou forte recuperação em setembro ante o mês anterior, com salto de 70%, somando 2.785 imóveis. Na Região Metropolitana de São Paulo, que engloba 38 cidades além da capital, as vendas cresceram 23,5%, somando 4.723 unidades. Os dados são da Pesquisa sobre Mercado Imobiliário, realizada mensalmente pelo Departamento de Economia e Estatística do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).
O resultado da capital, que corresponde a 59% do total da região metropolitana, ficou abaixo do total de setembro de 2009, quando foram vendidas 5.049 unidades. Já no acumulado de janeiro a setembro deste ano foram vendidas 24.605 unidades na cidade de São Paulo, com um declínio de 1,9% sobre igual período de 2009, quando foram comercializados 25.087 imóveis.
A exemplo do que ocorreu com as vendas, o volume de lançamentos na Capital ficou 77,2% acima do apurado em agosto (1.633 moradias). Em setembro, os imóveis de dois dormitórios concentraram 37,8% no volume (1.054 imóveis). O destaque, porém, ficou para o segmento de quatro dormitórios, com 32,6% do total vendido no mês, o que corresponde a 908 unidades.
Conforme o levantamento, o indicador Vendas sobre Oferta (VSO) na Capital acelerou de 17,4% em agosto para 26,4% em setembro. Por segmento, o de dois dormitórios liderou, com VSO de 37%, seguido pelo nicho de quatro dormitórios, com 27,2%. Do total de setembro, 2.217 unidades foram vendidas no período de lançamento - 79,6% das unidades.
Em termos de área útil, a venda de unidades residenciais de até 130 m² atingiu 78,1%. Entre os segmentos, imóveis com área útil entre 46 m² e 65 m² tiveram melhor desempenho no mês, com 1.027 vendas e participação de 36,9% e VSO de 34,6%.
De janeiro a setembro, a Região Metropolitana de São Paulo comercializou 46.445 moradias. Segundo o Secovi, esse cálculo é feito com base no acompanhamento dos imóveis lançados por um período de até 36 meses desde a colocação em oferta.
Em nota, a entidade destaca o bom momento da economia, com redução do desemprego para 6,2%; previsão de 2,5 milhões de empregos em 2010, conforme Ministério do Trabalho; e possibilidade de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para níveis acima de 7%. Com isso, o economista-chefe da entidade, Celso Petrucci, estima que o mercado imobiliário da Capital fechará o ano com 36 mil unidades vendidas, com lançamentos entre 33 mil e 35 mil unidades.
Na avaliação de Petrucci, é provável que as incorporadoras e construtoras estejam concentrando os lançamentos no público de maior renda em razão da impossibilidade de viabilizar unidades residenciais na cidade de São Paulo, principalmente de dois dormitórios, para a classe onde existe maior demanda.
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