O jornal Estado de São Paulo, em matéria de hoje, noticia que no primeiro semestre deste ano, do total de imóveis financiados, 187 mil utilizaram recursos das cadernetas de poupança e 278 mil usaram recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo a reportagem, mesmo com a constante quebra de recordes, é pequena a participação do crédito imobiliário nas carteiras dos bancos privados.
Os bancos estimam que neste ano cerca de 450 mil imóveis serão financiados com recursos das cadernetas de poupança. Ao se incluir os valores do FGTS, o número de imóveis poderá chegar à casa dos 930 mil, totalizando R$ 77 bilhões de créditos. Caso o crescimento se mantenha nessas proporções nos próximos anos, os financiamentos poderão, em 2014, ultrapassar R$ 500 bilhões, ou seja, 11% do Produto Interno Bruto (PIB), ante os atuais 4%.
Um fator de grande importância nesse aumento é a ascensão das classes D e E para a classe C, vez que está havendo aumento de renda. A constante e sucessiva quebra de recordes de empréstimos demonstra otimismo tanto dos construtores como das famílias. Entre 2009 e 2010, a parcela dos empréstimos destinados à construção aumentou bastante, e isto é bastante positivo, vez que significa que haverá oferta para atender à demanda. Vale ressaltar que ao contrário do que ocorria há algum tempo, está havendo crédito fácil para aquisição imóveis usados.
O Brasil tem leis bancárias rigorosas desde as liquidações de bancos, na década passada. Ao expandir o crédito imobiliário, de longo prazo, será preciso manter a prudência, evitando que haja no futuro aumento da inadimplência, hoje baixíssima nas operações com alienação fiduciária.
Fonte http://imoveisemercado.wordpress.com/2010/08/15/credito-imobiliario-nao-tem-peso-nas-carteiras-dos-bancos/