domingo, 29 de agosto de 2010

Mercado imobiliário amazonense precisa de mil corretores.

O Creci possui 6 mil profissionais cadastrados, mas segundo o Sindimóveis, somente 1,5 mil corretores estão aptos a trabalhar no Amazonas.


Manaus - O mercado imobiliário amazonense tem espaço para, pelo menos, mais mil corretores de imóveis desenvolverem suas atividades, estimam os empresários do setor. O Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Amazonas (Creci) possui 6 mil profissionais cadastrados, mas segundo o Sindicato dos Corretores de Imóveis (Sindimóveis), somente 1,5 mil corretores estão aptos a trabalhar no Estado.

Os profissionais que exercem a profissão na informalidade e que não estão regularizados no Creci têm seu campo de atuação limitado, afirma o proprietário da Nortimóveis, Ricardo Benzecry. “Quem firmar contrato com profissional que não está em dias com o conselho pode ser multado”, disse.

A Lei 6530/78, que regulamenta a profissão de corretor de imóveis e disciplina o funcionamento dos conselhos regionais, prevê aplicação de sanções como multas e suspensão de inscrição aos corretores e empresas que exercem a atividade em desacordo com a legislação.

Segundo Benzecry, a escassez desses profissionais no mercado também reflete o crescimento da construção civil no Amazonas. “O setor triplicou e a quantidade de profissionais não acompanhou isso”, disse.

Corretor de imóveis há 17 anos em Manaus, o empresário Roberto Fiacadori, dono da MCI Imóveis, testemunhou a gradativa expansão do setor na capital do Amazonas. “Manaus está caminhando para ser uma das grandes capitais brasileiras para o setor imobiliário”, avalia.

Para Fiacadori, outro grande problema do mercado é a falta de especialização dos profissionais para a função. “Precisamos treiná-los para um atendimento muito profissional. O corretor fomenta o mercado. É responsável pela venda de empreendimentos dos mais caros aos mais baratos”, frisou.

Os 120 corretores vinculados à MCI, conforme Fiacadori, participam de treinamentos diários sobre técnicas de venda, atendimento ao cliente e conhecimento dos produtos do catálogo de vendas. “O resultado é extremamente positivo, pois com o aperfeiçoamento, o corretor consegue vender mais”, destacou.

Há quatro anos atuando como corretora, Patrícia dos Santos, 26, entrou no ramo imobiliário como secretária em uma empresa. Aos poucos, ela foi se interessando pela profissão e, após três meses fazendo o curso de técnico imobiliário, voltado a formação de corretores, começou a trabalhar na nova função.

“Hoje ganho em uma semana, três vezes mais do que ganhava com o meu salário mensal de secretária. Não quero deixar de ser corretora nunca”, disse.

O curso de técnico imobiliário tem duração de três meses e custa em média R$ 1,5 mil. A lista com o nome das instituições autorizadas a oferecerem o curso no Amazonas pode ser obtida no Creci.