Na primeira reportagem, o Jornal Nacional apresenta as vantagens e desvantagens de se comprar um imóvel na planta, um novo ou um usado.
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O mercado imobiliário vive um momento de vendas em alta, no Brasil. A procura é tanta que, em São Paulo, no primeiro semestre deste ano, alguns apartamentos ficaram quase 80% mais caros do que no mesmo período do ano passado.
A partir desta segunda, o Jornal Nacional vai exibir uma série de reportagens sobre o assunto, uma espécie de passo a passo da compra da casa própria. E o primeiro deles é a escolha do imóvel.
A casa própria já não é uma miragem. Mas tentar encontrar o lar dos sonhos é de tirar o sono. “Traumatizante. Quando o apartamento é bom, o preço é exorbitante. Quando o preço cabe no bolso, o apartamento ou está muito ruim, ou precisa de muita reforma ou é minúsculo. Então está complicada a situação”, alegou a advogada Regiane Giurati.
Já são cinco meses de procura. Regiane tem dinheiro, só que até agora não achou um apartamento. “Tinha feito a proposta, praticamente tudo certo, apareceu outra proposta e o proprietário me deixou na mão, foi atrás da outra”, lamentou.
Parece óbvio, mas uma decisão que deve ser tomada logo no início é sobre em que bairro morar. É o tipo de indefinição que rouba um tempo precioso.
O valor do metro quadrado varia muito dependendo da localização. Regiane quase optou por um bairro mais afastado do Centro de São Paulo.
“Lá a vantagem era o preço. A desvantagem, o trânsito. Aí a opção é qualidade de vida”, disse.
Escolhida a localização, o comprador deve definir o tamanho do imóvel e se faz questão de área de lazer. É bom checar a iluminação natural e o nível de ruídos.
No Brasil, as pessoas trocam de casa em média a cada sete, oito anos. Apesar desse intervalo, a compra nem sempre é planejada. Quando a mudança é urgente, uma opção é descartada imediatamente: a do imóvel na planta.
Este tipo de negócio é uma alternativa para quem tem pouco dinheiro para entrada, já que o período de pagamento é maior. Até a entrega das chaves, as parcelas são corrigidas pela inflação. O imóvel se valoriza durante a obra. O preço inicial é menor porque o comprador assume o risco de ele não ficar pronto. Para evitar surpresas, é fundamental visitar outros prédios da construtora e checar o memorial de incorporação.
“O documento mais importante na compra de imóvel novo, sem dúvida, é o memorial de incorporação, que é como a certidão de nascimento. Se este documento tiver completo e atualizado, uma grande segurança já advirá ao comprador”, explicou o João Crestana, presidente do Secovi-SP.
Outra opção é o imóvel novo, pronto. Ele sai mais caro. Em tese, requer menos manutenção do que um usado, mas exige um gasto extra. “Colocar os pisos na sala e nos quartos. Você vai ter uma reserva para comprar os armários para a cozinha e para os quartos”, destacou o consultor imobiliário Sebastião Bittencourt.
Já uma casa ou um apartamento usado custa menos, costuma ter área útil maior e, dependendo da conservação, o comprador ganha poder de barganha.
“Se uma família está disposta a assumir uma reforma e riscos de manutenção maiores de um prédio, porque comprou mais barato, é um negócio a ser considerado também”, acredita João Crestana.
Só não dá para relaxar na análise dos documentos do imóvel e do dono. Eles podem ser a origem de um tremendo pesadelo no futuro. Tudo o que não quer quem sonha com uma nova casa.
Fonte Globo.com
Agradecimento especial a Débora que nos envio esta matéria.