domingo, 4 de julho de 2010

Com o crescimento do mercado imobiliário a Ecoeficiência é aposta da Basf para avançar na construção

Belo Monte, Santo Antônio, Jirau. O debate sobre disponibilidade de energia está repleto de planos para ampliar a capacidade de geração. Mas ainda pouco se diz sobre redução de consumo.

A companhia química alemã Basf optou pela trilha da eficiência energética para ampliar seus negócios voltados para a indústria da construção.

Nos últimos anos, a empresa tem investido no desenvolvimento de diversas soluções que, empregadas em imóveis residenciais e comerciais, resultam em queda no consumo de energia e proporcionam maior durabilidade.

As inovações envolvem desde sistemas construtivos que utilizam blocos pré-moldados feitos com placas de poliestireno expandido, pisos e tetos de poliuretano e membrana geotêxtil até tintas de última geração que absorvem o calor.

O uso destes produtos tem o potencial de reduzir em 70% os gastos de energia de um imóvel, relata Diego López Casanello, diretor-geral da Basf na Argentina.

A expectativa da companhia é alta. No ano passado, a Basf faturou € 2,92 bilhões na América do Sul. A indústria da construção foi a segunda maior fonte de receitas em decorrência, principalmente, das vendas de tintas.

"Queremos triplicar nossos negócios com a indústria da construção em 10 anos e os produtos de alto desempenho terão um papel importante em nossa estratégia", diz o executivo.

A empresa não tem poupado esforços para alcançar este objetivo. Há um ano formou um grupo de trabalho no Brasil, composto por profissionais de diferentes perfis, que têm a função de entender as necessidades do construtor, procurar parceiros comerciais que possam usar os insumos da companhia no desenvolvimento de novos produtos e propor soluções.

Outra iniciativa é formar showrooms para os produtos Basf e de seus parceiros, as chamadas Casas de Eficiência Energética. Já há modelos destas casas na Europa, Ásia e América do Norte.

Recentemente, a empresa investiu € 1 milhão para inaugurar uma em Tortuguitas, na Província de Buenos Aires.

O interessado em aumentar o desempenho energético de seu imóvel não teria um desembolso tão alto, segundo a empresa. "Nesta casa showroom apresentamos todo o conjunto de soluções, algumas até com funções sobrepostas", diz o arquiteto Pablo Azqueta, projetista da casa argentina.

"Um imóvel projetado apenas com as principais soluções técnicas de isolamento térmico apresenta um custo inicial 3% superior ao de um imóvel tradicional e uma redução de gastos com energia de 40%", afirma o arquiteto.

Diego Casanello apresenta um cálculo no qual estabelece a relação custo construtivo versus economia com conta elétrica em um prazo de 20 anos. Por esta conta, o dono de um imóvel pode obter uma economia equivalente a 19% do custo inicial do imóvel no período.

Casa no Brasilhttp://www.brasileconomico.com.br/noticias/ecoeficiencia-e-aposta-da-basf-para-avancar-na-construcao_83780.html

Quando se fala em isolamento térmico para redução de gastos de energia, a primeira associação é entre clima frio e sistemas de calefação. Alfred Hackenberger, presidente da Basf na América do Sul, lembra que a relação calor e ar condicionado é também verdadeira e a tecnologia de isolamento térmico se aplica igualmente nestes casos.

Para demonstrar esta situação aos consumidores brasileiros, a com_panhia já decidiu que a próxima Casa de Eficiência Energética será construída no Brasil, mas ainda não há uma previsão do início das obras.

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