quarta-feira, 23 de março de 2011

Nova estação do metrô de SP abre corrida imobiliária no Butantã

RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO

A abertura da estação Butantã do metrô de São Paulo converterá o bairro da zona oeste da cidade em próximo alvo do mercado imobiliário.

Estação Butantã do metrô de SP abre na segunda-feira

A inauguração será na segunda-feira, anunciou ontem o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em entrevista em Sorocaba (99 km de São Paulo). A estação, da linha 4-amarela, funcionará de segunda a sexta e em feriados, das 8h às 15h.

O "boom", segundo o setor imobiliário, se dará a partir da Operação Urbana Vila Sônia, que a prefeitura quer enviar à Câmara neste ano.

Por enquanto, a valorização no entorno da estação --cujo imóvel, imenso e prateado, é confundido por pedestres com um shopping-- não se sobressaiu em relação ao restante da cidade.

A operação urbana consiste na venda de títulos que permitem às empreiteiras construir acima do limite estabelecido pelo zoneamento.

Com ela, é possível fazer um prédio mais alto e, em consequência, colocar mais apartamentos à venda e tornar o empreendimento viável economicamente.

Foi assim com a operação urbana Faria Lima, por exemplo, no entorno da avenida de mesmo nome.

Juca Varella/Folhapress

Nova estação do metrô de São Paulo abre corrida imobiliária na região do Butantã, na zona oeste da cidade

TEM PARA ONDE CRESCER

A avaliação do setor é que o Butantã tem para onde crescer; o bairro ficou em um modesto 42º lugar entre os 96 distritos da cidade em lançamentos imobiliários em 2010, segundo o Secovi (sindicato da habitação).

"O metrô é indutor enorme de desenvolvimento. Cabe à prefeitura fazer a análise de quanto essa estrutura comporta. O segredo é compactar a cidade de forma adequada e sustentável, para não criar adensamento excessivo", afirma Cláudio Bernardes, vice-presidente do Secovi.

É exatamente o que temem os moradores.

"O metrô é muito bem-vindo. O problema é que ele transforma o entorno de forma negativa e fomenta um adensamento exagerado", afirma Sérgio Reze, morador da região e diretor do Movimento Defenda São Paulo.

As consequências, diz, são o aumento do trânsito e a substituição de pequenos imóveis por prédios.

O resultado, acrescenta, é a saída de moradores antigos, o encarecimento dos imóveis, a verticalização excessiva. E o maior risco de enchentes, causado pela impermeabilização do solo.

"O Butantã é uma reserva de área verde em São Paulo, pouco verticalizada, não sofreu alagamento." Ele não quer o bairro transformado em uma "Moema".

Os prédios não são responsáveis pelas enchentes, diz o Secovi, pois são obrigados a manter áreas verdes e permeáveis, além de reservatórios para água da chuva.

Construtoras rumam ao Norte e ao Nordeste

DCI, 11/mar


Tidas como líderes em construção civil até os próximos cinco anos, com destaque para o período de eventos como a Copa do Mundo como agente impulsionador do setor, as regiões Norte e Nordeste se destacaram com quase duas mil obras na área da construção civil brasileira e a movimentação de U$ 58 bilhões, apenas no ano passado.

Para a consultoria ITCnet, as regiões são a bola da vez no setor e, para 2011, a expectativa é um crescimento na casa dos 14% em números de obras, que elevaria as regiões a 2.276 novas construções este ano. O otimismo vem na onda do ano passado, que pode ser considerado de ouro para o setor de construção civil, com um movimento estimado de US$ 325,5 bilhões em todo território nacional entre obras comerciais, industriais e residenciais.

A aposta em construção civil para os próximos anos também foi passada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que prevê investimentos de R$ 607 bilhões no Brasil até 2014, fatia superior aos outros investimentos do banco para o Brasil. "Obras como construção ou revitalização de estádios, melhoria e ampliação de rodovias, construção de shopping e hotéis são parte fundamental desse boom de construção civil que vive o norte e nordeste", afirmou Sheila Schavarria, professora de Engenharia Civil da FEI.

"Boa parte dos investimentos anunciados pelo BNDS serão no Norte e Nordeste", disse a acadêmica, que completou, "mesmo sem dados oficiais, as tendências de mercado é que muitos investimentos públicos quanto iniciativas privadas migrem com mais força e mais dinheiro para essa regiões", disse.

Para acompanhar o bom momento de investimentos nas regiões, a construtora e incorporadora Rossi Residencial anunciou recentemente uma parceria com a construtora Norcon para atuação na Região do Nordeste, de acordo com a empresa, o negócio tem potencial para valor geral de vendas (VGV) de R$ 300 milhões.

Por meio da parceria, a Rossi atuará em Sergipe, Pernambuco, Alagoas e na Bahia com empreendimentos econômicos.

Do VGV previsto para este ano, R$ 194 milhões caberão à Rossi, sendo o restante destinado aos parceiros no desenvolvimento dos projetos imobiliários.

Joint venture

E esta não foi a primeira intervenção do grupo Rossi para investimentos no nordeste. No final de 2010, a construtora lançou uma joint venture em Goiás para atuar, principalmente, no segmento econômico de imóveis de até R$ 250 mil. A nova empresa, com controle e lucro divididos meio a meio entre a Rossi e a goiana Toctao Engenharia, entrou em operação em janeiro e espera lançar R$ 4,1 bilhões em imóveis, sendo R$ 1,6 bilhão em cinco anos. A Rossi - que pretende aumentar a participação de mercado em Goiás de 5% para de 20% a 30% - será responsável por toda a governança corporativa da Toctao Rossi e vai coordenar o sistema de construção, as finanças e os recursos humanos.

A Toctao entra com conhecimento da demanda regional, mão de obra já contratada e terrenos em "locais estratégicos" no estado. "A maior parte dos terrenos da nova empresa vem da Toctao", diz Cássio Audi, diretor Financeiro da Rossi. Mas, de acordo com o executivo, o estoque total de terrenos já neste início de operações da joint venture é suficiente para abrigar 19.360 apartamentos ou casas. "De 80% a 90% dos empreendimentos devem ser para o segmento econômico. Temos terrenos grandes para esse projeto", disse o executivo.

Estados em destaque

Com 1.997 obras em 2010, e a expectativa de crescer 14% em 2011 os estados que se destacaram em 2010 na construção civil foram: Bahia, líder nos estados no segmento alimentício, com 13 novas fábricas; Ceará, que obteve 18 novas instalações para o segmento de energia e telefonia; e Pernambuco, que abriu ano passado 17 novas fábricas só de consumo.

"Temos percebido um crescimento muito maior da Região Nordeste em relação à evolução média nacional. Nos últimos dois anos, Ceará está se destacando, com crescimento dos índices bem próximos aos de Pernambuco e Bahia, que historicamente sempre foram maiores", diz Viviane Guirão, diretora de Pesquisas do ITCNet.

"Com a crescente importância desses estados, que se tornaram mais atraentes aos investidores nos últimos cinco anos, a tendência é manter essa crescente, já que é uma área que ainda tem muito potencial para crescer", completa Viviane .

De acordo com a especialista, exemplos como o Ceará, que recebeu o maior número de obras em energia e telefonia dos estados, exemplifica este dado. "há uma necessidade crescente de aumento de tecnologia nessa região, dada a importância dela para o Brasil, por isso esse número alto de investimento", concluiu.

De olho nesse bom momento, a Eternit Multiprodutos, especializada no segmento de coberturas, painéis e placas, anunciou a construção de uma nova fábrica , localizado no Distrito Industrial do Porto de Pecem, Município de Caucaia (CE). "A Eternit iniciou prospecção e estudos para instalação da nova fábrica em 2010, e concluiu que a Região Nordeste seria ideal para abrigar a nova unidade que atenderá também às demandas de outras regiões do País", afirma Élio A. Martins, presidente do Grupo Eternit.

Ainda sem divulgar os números oficiais de investimentos para a construção da nova unidade, Martins afirmou apenas que a escolha da Região Nordeste também resulta do bom prospecto de crescimento dessa região na construção civil nos próximos anos. "Nosso trabalho é voltado também para atender crescimento de demanda da construção civil, achando soluções para as incorporadoras nos diferentes estados do País. Hoje oferecemos ao mercado linhas de telhas de fibrocimento, placas cimentícias para sistemas construtivos, telhas de concreto, telhas metálicas, louças sanitárias e sistemas de aquecimento solar, dentre outros produtos que serão muito mais usados no nordeste e norte nos próximos anos", diz Martins.

Alphaville recebe onda de lançamentos comerciais

Valor Econômico, Daniela D'Ambrosio, 16/mar


Na tentativa de encontrar novos eixos comerciais para instalar seus arranha-céus envidraçados, as grandes construtoras de prédios comerciais começam a procurar - e criar, com sucesso - outras fronteiras de crescimento. Diante da saturação e dos elevados preços de endereços consagrados como Faria Lima, Paulista e Berrini, os incorporadores começam a caminhar, por exemplo, para a Marginal Pinheiros, na região da Ponte João Dias, em São Paulo. Mas a grande eleita é a região de Alphaville e Tamboré - que até 2014 terá mais de 700 mil m2 de prédios comerciais de alto padrão. Mais do que existe hoje na Berrini, que sozinha concentra cerca de 480 mil m2 de edifícios corporativos comparáveis aos melhores do mundo.

As empresas estão ativas e olhando terrenos na direção sul da cidade de São Paulo, na região do Alto da Boa Vista, mas ainda não iniciaram a construção de grandes torres, porque a opção de serviços ainda é limitada. Um pouco antes desse novo eixo, aWTorre e BTG Pactual tornaram-se sócios para construção do que será o maior prédio comercial de São Paulo depois do Shopping Morumbi. Mas é em Alphaville, primeiro eixo de desenvolvimento fora da capital - que as construções estão a todo vapor. A região atraiu, de uma só vez, todas as grandes incorporadoras: Odebrecht Realizações Imobiliárias, Tishman Speyer, Brookfield e Vemonte. O perfil da região, predominantemente residencial, com indústrias, galpões e centros logísticos, está mudando rapidamente.

Até dois anos atrás, havia apenas salinhas comerciais pequenas e agora os prédios com padrão de Faria Lima e Berrini chegam à região. Segundo pesquisa da CB Richard Ellis, até 2008, os novos espaços de escritórios disponíveis em Alphaville crescia 6% ao ano, em média. A partir de 2008, a taxa de crescimento anual ultrapassou 20%. Entre 2008 e 2010, o volume total de edifícios corporativos cresceu 44%, ainda de acordo com a consultoria. "Quando havia oferta considerável em São Paulo e os preços não eram tão altos, não fazia sentido ir para lá e ninguém queria ouvir falar da região", diz Adriano Sartori, diretor de locação da CB Richard Ellis. "Agora, há muitas empresas considerando mudar para lá", completa.

Três grandes nomes já estão instaladas em Alphaville: a Amil (que alugou 13 mil m2), a Philips , que transferiu sua sede para lá e alugou 10 mil m2, e a Redecard. "Há poucos anos, seria inconcebível uma empresa como a Redecard, cujos sistemas não podem falhar nunca, ir para lá", diz ele.

A chegada de dois grandes shoppings à região de Alphaville - Iguatemi e General Shopping (da Brascan) - e a infraestrutura disponível são considerados atrativos importantes para os novos inquilinos. Mas o que conta mesmo é o preço - além do ISS reduzido. Durante muito tempo, o metro quadrado de escritórios era alugado entre R$ 30 e R$ 40. No ano passado, os contratos em prédios de altíssimo padrão (os chamados triple A) oscilaram entre R$ 55 e R$ 60. Agora, já se fala em mais de R$ 60. Ainda assim, é muito menos do que nas principais regiões de São Paulo, onde os preços variam de R$ 100 a R$ 150 o aluguel do metro quadrado.

Obviamente, essa valorização já se reflete nos preços dos terrenos, que rapidamente subira, de R$ 1,5 mil para R$ 2,5 mil a R$ 3 mil o metro quadrado.

"Vai ter muita migração de empresa para lá, sobretudo das áreas de back office", diz Luis Fernando Davantel, presidente da Veremonte, empresa que comprou uma área de 80 mil metros quadrados, que já possui 60 mil m2 de área construída (pertenceu ao BCN) e está reformando os prédios. A empresa também irá construir de 50 mil m2 a 60 mil para a construção de um hospital - está em negociações com quatro grandes grupos - além de centro de diagnóstico, um prédio para salas médicas e hotel.

A Odebrecht Realizações Imobiliárias está apostando alto na região. Acaba de entregar um prédio de alto padrão integrado ao futuro shopping Iguatemi - com valor geral de vendas (VGV) estimado em R$ 300 milhões. O prédio foi totalmente vendido a um grupo pequeno de investidores, entre pessoas físicas e fundos. "Nossa expectativa não era vender tão rápido, achamos que só venderíamos 100% do prédio depois de alugado", afirma Paulo Melo, diretor da OR.

A empresa também está construindo outro prédio corporativo de 100 mil m2 , além de um edifício com salas comerciais e quatro torres residenciais. "Trata-se de uma região promissora, com ritmo de crescimento mais acelerado que São Paulo", diz Melo. "O padrão sócio-econômico da região é alto, é como se fosse um bairro de São Paulo." O PIB per capita de Barueri é o terceiro maior do Estado de São Paulo, R$ 100,8 mil atrás apenas das cidades de Louveira e Alumínio.

A americana Tishman Speyer foi a primeira a investir na região. Tem 300 mil m2 na região. Já construiu uma torre - alugada para a Redecard e Philips - que foi vendida para a BR Properties em abril do ano passado por R$ 180 milhões. A segunda torre está em construção, com término previsto para outubro deste ano e o complexo todo deve ter um total de seis torres. "Empresas que precisam de espaços grandes, entre 5 mil a 10 mil m2 querem ir para lá", diz Daniel Cherman, presidente da Tishman no Brasil. "Na primeira torre, alugamos quando o prédio estava pronto, na segunda fase os contratos devem ser fechados seis meses antes da entrega."

Outra empresa que vislumbrou o crescimento da região foi a Brookfield: comprou toda a área que ainda pertencia à Tamboré S.A. Em janeiro de 2008 pagou R$ 288 milhões por cerca de quatro milhões de metros quadrados, onde vai desenvolver, principalmente, prédios residenciais - já de olho na demanda que os prédios corporativos vão gerar. Ao lado do shopping, também está construindo um prédio corporativo de um de salas de escritório. "Do ponto de vista estratégico, não dá para ficar fora dessa região", diz Alessandro Vedrossi, diretor da Brookfield

Rentabilidade de imóveis residenciais em 2010 superou poupança, IGP-M e INCC

O Globo Online, Flávia Monteiro, 16/mar


Investir em imóveis residenciais foi um bom negócio em 2010. Pelo menos é o que mostram dados divulgados nesta terça-feira pelo Secovi Rio. Segundo a pesquisa, a rentabilidade acumulada de janeiro a dezembro deixou longe, em quase todos os bairros da cidade, as variações de índices como a poupança (6,22%), o IGP-M (11,32%) e o INCC (7,57%) neste mesmo período. É importante destacar que a pesquisa não levou em conta os valores a serem pagos com o IR e o imposto sobre lucro imobiliário cobrado na venda. Ipanema foi o bairro que registrou a maior rentabilidade da Zona Sul: 79,36% para as unidades de três quartos. Em seguida, aparecem Copacabana (60,91%) e Leblon (59,23%), com apartamentos da mesma tipologia.

Entre os imóveis de dois quartos, a rentabilidade variou entre 36,31% (Jardim Botânico) e 53,79 % (Copacabana). Os dados constam do recém-lançado Panorama do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro 2010, uma publicação que reúne pesquisas e análises do setor feitas pela equipe do sindicato.

Fora da Zona Sul, a maior rentabilidade foi registrada no Centro: 90,24% para as unidades de quarto e sala. Em seguida, surgem os apartamentos de um quarto na Tijuca e Vila Isabel, com rentabilidade de 60,22% e 70,21%, respectivamente.

- Nesses bairros, os bons resultados se devem à valorização dos aluguéis gerada pela influência positiva das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) no mercado imobiliário. Mas não é só isso. Os investimentos em infraestrutura e a perspectiva de um crescimento econômico expressivo também estão contribuindo para essa valorização - diz Maria Teresa Mendonça Dias, vice-presidente de Finanças e de Desenvolvimento do Secovi Rio.

Mesmo a Barra da Tijuca, onde a oferta ainda supera a demanda na maioria das regiões, houve boa rentabilidade: de 46,23% no caso dos apartamentos de dois quartos e de 40,20% no dos três quartos.

Para a realização da pesquisa, o sindicato considerou que os imóveis analisados estavam alugados e continuaram ocupados após a compra. Foram levados em conta os ganhos com locação e a valorização do valor de venda do imóvel no período analisado.

O Secovi Rio destaca que, para cálculo exato, é preciso descontar o Imposto de Renda sobre o valor arrecadado com aluguéis - tabela progressiva para pessoa física e 15% no caso de pessoa jurídica. Também deve ser considerado o valor do imposto sobre lucro imobiliário (15%), calculado sobre a diferença entre o valor de compra e de venda do imóvel, após depreciação. É importante lembrar que existe isenção desse imposto no caso de imóveis vendidos por menos de R$ 440 mil e quando há compra de outra unidade dentro de 180 dias.

Imóveis no Rio estão ficando menores

Empresários, estudantes e famílias menores influenciam no perfil das novas construções

Sérgio Vieira, do R7 | 15/03/2011

...A procura crescente por imóveis na cidade do Rio de Janeiro está criando um fenômeno já verificado no mercado imobiliário de São Paulo há alguns anos: os grandes e amplos apartamentos estão se tornando “peça de museu” e estão dando espaços a lançamentos com unidades cada vez menores, de acordo com pesquisa inédita divulgada pelo Secovi-Rio nesta terça-feira (15).

Segundo Maria Tereza Mendonça Dias, vice-presidente de finanças e desenvolvimento da instituição, a mudança no perfil da famílias e a chegada de públicos diferentes para viver na capital fluminense contribui para que as incorporadoras e construtoras privilegiem lançamentos de imóveis menores.

- Com mais renda e crédito para a população, os filhos estão deixando as casas mais cedo e comprando imóveis, os estudantes estão se deslocando entre as cidades, as famílias estão ficando menores e o principal, o que é até um orgulho para o Brasil: os empresários estrangeiros estão vindo com multinacionais e outras empresas para a cidade. Essa demanda é sempre maior para imóveis de um quarto e de dois quartos.

Em média, os apartamentos de um quarto que tinham 50,13 metros quadrados em 2009, dois anos depois ficaram ainda menores. As novas unidades estão sendo comercializados, em média, com 46,48 metros quadrados. Já os imóveis novos de dois quartos, que em 2008 tinham 61,68 metros quadrados deram lugar para novas unidades de, em média, 82,25 metros quadrados em 2010.

Quando os dados são analisados por bairros, os menores apartamentos estão no centro da cidade, onde estão localizadas 40% dos imóveis com um quarto, mas que em média têm apenas 42 metros quadrados. As maiores unidades de quarto e sala se encontram, em Recreio dos Bandeirantes e na Barra da Tijuca, ambos na zona oeste, com 63 e 62 metros quadrados, respectivamente.

Ainda segundo a vice-presidente de finanças e desenvolvimento, a tendência para os próximos anos é que os novos lançamentos no mercado carioca priorizem os imóveis de um quarto e dois quartos, já que as perspectivas mostram que a nova classe C continuará a crescer por mais algum tempo.

LIDANDO COM A IRA

Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus. Apóstolo Tiago

T odos nós sabemos o que é ira, porque nós a experimentamos com muita freqüência. Às vezes ela vem através de uma simples chateação; outras vezes, motivada por uma profunda indignação. A ira é uma completa, normal, perfeita e saudável emoção humana. Porém, quando fora de controle, pode se tornar destrutiva e gerar muitas dores e uma quantidade enorme de problemas.

A melhor maneira de lidar com a ira é mudando a sua maneira de pensar. Pessoas iradas têm a tendência de se exaltar, xingar e usar palavras e termos que reflitam o seu interior. Quando uma pessoa está dominada pela ira, o seu raciocínio passa a assumir uma postura exagerada e extremamente dramática. Aqui é que a mudança tem que tomar lugar. Ao invés de dizer: “Oh! Isso é horrível, tudo está arruinado!” diga a si mesmo: “Isso é frustrante, mas Deus está no controle. Eu estou irado com esta situação, mas isso não é o fim do mundo, e radicalizar na minha ira – absolutamente – não irá me ajudar em nada.”

Lembre-se de que você jamais poderá eliminar a ira. Esta é uma emoção como qualquer outra. Nesta vida sempre haverá novas oportunidades para que você se ire. A vida está carregada de imensas frustrações, dores, perdas e as imprevisíveis atitudes das outras pessoas. Essas coisas você não pode mudar. Mas – decididamente – você pode mudar a maneira como esses eventos venham a lhe afetar. Ire-se mas não peque. :

Nélio DaSilva

Para Meditação:

Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Efésios 4.26

Imóveis residenciais

Folha de São Paulo, Mercado Aberto, 22/mar


Foram comercializados 830 imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo, em janeiro, segundo levantamento do Secovi-SP. O movimento ficou 45% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado (1.508 imóveis).

Mesmo com queda no volume das vendas, o número de lançamentos aumentou para 601 unidades. Em janeiro do ano passado, 590 unidades haviam sido lançadas.

Imóvel rentável

O Globo, Negócios & Cia, 22/mar


A taxa de capitalização de espaços corporativos classe A em 2010 ficou em 11% em São Paulo e 10,5% no Rio. O índice de rentabilidade de investidores imobiliários está na 1ª edição do relatório de investimentos da Colliers. Os números superam a média de cidades como Toronto (6,6%) e Nova York (6%). Na área industrial, vão a 12,5% no Rio e a 11,5% em São Paulo.

A rentabilidade nas alturas é resultado de crédito farto, preços sobrevalorizados e oferta reduzida de imóveis, diz Sandra Ralston, vice-presidente da Colliers Brasil. A taxa, contudo, está em queda, devido à alta no preço dos imóveis. Há também a percepção de menor risco no negócio, pela estabilidade econômica. Nesse ritmo, a retração será lenta, de 0,5 a um ponto em 2012.

Aluguel novo teve alta anual de 15,1%

Jornal do Commercio, 22/mar


Os aluguéis de casas e apartamentos contratados em fevereiro deste ano na cidade de São Paulo apresentaram alta média de 0,9% em relação ao que era praticado em janeiro, conforme a Pesquisa Mensal de Locação Residencial do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).

ANO. No acumulado dos últimos doze meses, o valor das novas locações subiu uma média de 15,14%. Em nota, Francisco Crestana, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, aponta que apesar da falta generalizada de moradias para alugar na capital estar refletindo nos preços dos contratos novos, o percentual de incremento está em queda. "É a primeira vez, desde novembro de 2010, que a elevação fica abaixo de 1%, um claro sinal de que, mesmo lentamente, oferta e demanda começam a se equilibrar na cidade", afirmou.

Conforme a entidade, em levantamentos anteriores, foi informada alta de 1,6%, em novembro; de 1,9%, em dezembro; e de 1,2%, em janeiro último.

As unidades de três dormitório registraram a maior elevação em fevereiro (2,5%), à frente do preço dos imóveis de dois quartos (0,5%) e de um (0,4%). A modalidade de garantia mais utilizada em fevereiro foi o fiador, presente em 50% dos contratos fechados, seguido do depósito de até três meses (30%) e o seguro-fiança (20%).

PDG lucra 60% mais no ano e se consolida na liderança do setor

Valor Econômico, Daniela D'Ambrosio, 22/mar


Para 2011, a previsão é atingir entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões em lançamentos.

Em quatro anos de operações depois da abertura de capital - em janeiro de 2007 -, a PDG deixou de ser a empresa de construção originária do Pactual, de tamanho médio, com participação em diferentes ativos - de imobiliária à empresa de loteamentos e residenciais - para assumir a liderança do setor residencial. Saiu de 5 mil unidades entregues em 2009 para 20 mil em 2010 e deve atingir 35 mil este ano.

No primeiro balanço anual de operação consolidada, após a aquisição da Agre em março do ano passado, a PDG atingiu um lucro líquido de R$ 875 milhões, alta de 60% em relação aos números pro forma de 2009. O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização alcançou R$ 1,5 bilhão - números recordes da indústria imobiliária brasileira.

A receita líquida da companhia foi de R$ 5,8 bilhão, alta de 60% sobre 2009. A empresa lançou R$ 7 bilhões - ponto médio da projeção, entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões. Para este ano, a previsão é atingir entre R$ 9 e R$ 10 bilhões em lançamentos. "Nosso objetivo é manter o histórico de consistência que apresentamos desde o começo, independentemente das condições de mercado", afirma Zeca Grabowsky, presidente da companhia desde a sua criação.

Nessa nova fase, também abandona o sobrenome baixa renda, que cultivou por cerca de dois anos, para uma companhia que atua na média renda. Do banco de terrenos, 42% do VGV está entre R$ 170 mil e R$ 500 mil., 26% acima de R$ 500 mil e 31% até R$ 170 mil (dentro do Minha Casa, Minha Vida).

A PDG comprou um ativo reconhecidamente problemático, mas, pelo que os números indicam, conseguiu imprimir a mentalidade de banco - totalmente focada em resultados e eficiência operacional - na companhia resultante. A margem bruta saiu de 29,5% para 30,3%. A margem líquida ficou estável em 15,1%, em linha com o setor, mas ainda abaixo dos níveis que a PDG vinha apresentando antes da aquisição. Em 2009, a PDG teve margem líquida de 17%. "É mais do que nós e o mercado achávamos que poderíamos alcançar."

Os tão aclamados ganhos de escala das aquisições já aparecem no balanço de 2010. A PDG mostra que está conseguindo digerir bem a Agre. O gigantismo da nova companhia traz, naturalmente, números superlativos em vendas e receitas. Mas, na mesma proporção, faz crescer despesas com vendas e administrativas. "Estamos conseguindo fazer as despesas administrativas crescerem menos do que a empresa", afirma Michel Wurman, diretor financeiro e de relações com investidores. "Em 2011, essa diluição deve ser ainda maior."

As despesas com vendas saíram de R$ 215 milhões em 2009 para R$ 324,4 milhões no ano passado, aumento de 109%. Já as despesas gerais e administrativas aumentaram apenas 11%, de R$ 277,9 milhões para R$ 289,2 milhões. O corpo de diretores da companhia unificada é o mesmo de antes da compra da Agre. O ganho de escala fica evidente quando se compara os números. As despesas gerais e administrativas sobre a receita bruta caiu de 7,3% para 4,8%. Quando se inclui as despesas com vendas nessa conta, a redução é de 13% em 2009 para 10,2% em 2010.

A Agre era uma colcha de retalhos que reuniu três empresas em dificuldades - Abyara, Klabin Segall e Agra - e trouxe, além do elevado endividamento, uma herança de obras atrasadas. Renegociou a dívida entre julho e setembro e tratou de recuperar o tempo perdido nas obras. Com a renegociação da dívida, acalmou os investidores, mas ainda tem muita explicação a dar aos compradores. A média de atraso da Agre vai de seis a 12 meses, além dos seis meses de carência contratuais.

Não por acaso, a companhia lançou uma campanha institucional na qual assina PDG como "Poder de Garantir". No anúncio, diz que a nova marca substitui as demais e faz uma espécie de 'mea culpa'. "Não dá para apagar o passado, vamos garantir o que prometemos na gestão PDG", diz Grabowsky.

Na comparação entre o terceiro e o quarto trimestres, a receita subiu de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,8 bilhão. "É um sinal de que as obras estão andando", diz. Segundo o executivo, 2011 é o ano chave para a companhia porque irá concentrar boa parte das entregas dos empreendimentos em atraso.

A unificação da marca segue a linha de redução de custos e maior eficiência.

Mercado imobiliário está na mão de mulheres

campinas - O Brasil tornou-se um país feminino. A presença da mulher como chefe de família, como executiva e em atividades que anteriormente eram exercidas somente por homens cresce a cada dia e hoje a mulher ocupa todas as áreas do mercado de trabalho. Atualmente, as mulheres já representam mais de 40% da População Economicamente Ativa (PEA), o que gera uma mudança de parâmetros.

Profissionais e empresas estão atentos a essa nova configuração e destacam a divergência nas características entre homens e mulheres quando ambos procuram fechar um negócio.



Dados da Caixa Econômica Federal referentes à contratação de financiamentos habitacionais apontam que nos últimos 10 anos o percentual de mulheres que contratam esse serviço cresceu. Em 2000, nacionalmente as mulheres representaram 30,2% das contratações, este ano elas representam 36,1%. O ano de 2007 registrou o maior índice com a marca de 39,7%.



A participação feminina acontece também no mercado imobiliário, onde elas ocupam cargos de gerência nas imobiliárias e têm poder de decisão nas escolhas quando o assunto é comprar ou alugar imóveis. Estudo encomendado pela Homehunters os "Caçadores de Lares", maior administradora de imóveis de Campinas, apontou que a decisão para a escolha de um imóvel é das mulheres. O diretor do grupo Homehunters, Mauro Vanti Macedo, disse que cerca de 90% dos negócios residenciais feitos pela administradora têm o crivo da mulher. "É ela quem faz a triagem, visita os imóveis e escolhe, restando a apenas alguns homens a assinatura do contrato, quando não é feito pela própria cliente", revela.



Mauro Macedo disse que o lar é uma coisa da mulher, pois ela é quem cuida do lar e permanece mais tempo nele e até mesmo a mulher executiva também é a mais responsável pelo lar. Na avaliação do diretor da Homehunters, a mulher tem muito mais bom senso, conhece muito mais as necessidades familiares do que o próprio homem. Na visita ao imóvel, a mulher é mais detalhista e permanece mais tempo no local diferentemente do homem, que circula no imóvel com mais rapidez e tem uma visão panorâmica. "No plano de moradia, a mulher é mais exigente, muito responsável, faz a triagem e é quem manda entre 80% a 90% dos casos", comenta.



Mauro Macedo diz que no plano de imóveis comerciais, o homem faz a triagem e corresponde a 60% a 70% dos casos. A mulher corresponde a 30%. "No residencial é muito interessante porque elas são responsáveis pela triagem. Elas veem de 12 a 15 imóveis e às vezes selecionam dois ou três e levam o marido só no que elas escolheram para ele validar ou mostram mais algum para tirar a dúvida e para não dizer que não deu opção para ele", diz.



A Homehunters administra cerca de 2.300 imóveis e é, portanto a maior de Campinas. A empresa é especializada no atendimento de estrangeiros executivos que se mudam para Campinas para fixar residência. Normalmente o executivo estrangeiro vem primeiro e depois trás a família. Mauro Macedo revelou que normalmente ele faz a triagem do imóvel sozinho e aluga o imóvel. No período de férias escolares deles vem a mulher com os filhos.

"O executivo manda fotos do imóvel alugado para a mulher e quando ela chega, vê o imóvel e diz que não vai ficar ali porque o entorno é distante de onde os filhos vão estudar e o comércio é insatisfatório. Com isso, muitas vezes o executivo que está morando no imóvel há três meses rescinde o contrato, paga a multa e a gente arruma outro imóvel atendendo aos anseios da mulher. Muitas vezes este executivo escolhe a casa devido a um fluxo fácil para sair pela estrada e ir para a indústria", revelou.



Mauro Macedo disse que a mulher fica ligada nisso e faz a pesquisa. Ela conversa com vizinhos sobre a região, com amigas para saber como é o condomínio que elas moram e a localização, muitas vezes visitam os condomínios, verificam o entorno se há facilidade de acesso a comércio próximo e ao colégio dos filhos. O homem não se preocupa com esses detalhes.



O crescimento da participação feminina nos negócios também é flagrante dentro da própria Homehunters. Cerca de 80% dos 100 funcionários são mulheres e 100% da liderança é feminina com exceção de Mauro Macedo que é o diretor-geral. Muitas dessas mulheres estão há muito tempo na imobiliária, que neste mês completou 16 anos de existência. Mauro Macedo destaca que as mulheres que trabalham na Homehunters são extremamente profissionais e atentas aos detalhes. "A gerente Administrativa Financeira de todo o grupo é mulher. Está comigo desde que fundei a empresa há 16 anos. A gerente de Locação responsável por todas as unidades é mulher. As gerentes de vendas responsáveis por essas unidades são mulheres. Solícitas, sabem como atender cada tipo de cliente e os cativam, pela simpatia e atenção, além de serem muito focadas em suas atividades", comenta.

Fonte DCI de 23/03/11

SUA PERSPECTIVA

Ser feliz não significa que tudo esteja perfeito ao seu redor; significa que você decidiu olhar para além das imperfeições. Gary Woodman

Q uando você olha para este mundo, qual é a primeira coisa que chama a sua atenção? Você focaliza nos problemas, nos medos, nos desapontamentos ou você vê a beleza deste mundo criado magistralmente por Deus com toda sua riqueza, exuberância e positivas possibilidades?

Se você olhar a vida pelas lentes do negativismo, a vida vai responder e se ajustar ao máximo para preencher a sua expectativa. Por outro lado, a recíproca é essencialmente verdadeira. Seria porventura irrealístico olhar para o lado bom e positivo das coisas e ter mesmo uma expectativa melhor da vida? Não! Isso porque a realidade em si mesma é neutra, o que você recebe depende da sua perspectiva e o que você faz com ela.

As circunstâncias e eventos da vida estão – em sua grande maioria – completamente fora do seu controle. Todavia, você pode controlar a sua maneira de perceber, responder, adaptar e, sim, até mesmo de prosperar sob a sua influência. Existem bondade, beleza, amor, alegria e inúmeras oportunidades para você escolher. Olhe realisticamente para o mundo, veja o que há de melhor e traga isso para a sua vida.

Nélio DaSilva

Para Meditação:

Quantas são as tuas obras Senhor. Fizeste todas elas com sabedoria! Salmos 104:24

segunda-feira, 21 de março de 2011

Contratos novos de aluguel sobem 15% em um ano em São Paulo

DE SÃO PAULO

Os contratos novos de locação residencial assinados em fevereiro na capital paulista tiveram aumento médio de 0,9% em relação aos valores negociados em janeiro.

No acumulado dos últimos 12 meses, o acréscimo é de 15,14%, segundo os dados do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo divulgados nesta segunda-feira.

Segundo Francisco Crestana, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, apesar da falta generalizada de moradias para alugar na capital paulista estar refletindo nos preços dos contratos novos, o percentual de incremento encontra-se em queda.

"É a primeira vez, desde novembro de 2010, que a elevação fica abaixo de 1%, um claro sinal de que, mesmo lentamente, oferta e demanda começam a se equilibrar na cidade". De acordo com o Secovi, as altas ficaram em 1,6% em novembro, 1,9% em dezembro e 1,2% em janeiro.

As unidades de três dormitório registraram a maior elevação em fevereiro (2,5%), à frente do preço dos imóveis de dois quartos (0,5%) e de um (0,4%).

A modalidade de garantia mais utilizada em fevereiro foi o fiador, presente em 50% dos contratos fechados, seguido do depósito de até três meses (30%) e o seguro-fiança (20%).

Poupança até R$ 100 tem mais 3 milhões de clientes

Brasil Econômico, Maria Lúcia Filgueiras, 16/mar


O aumento de renda do brasileiro está se refletindo nos dados de depósitos nos extremos de faixas de patrimônio. Conforme o balanço de 2010 divulgado pelo Banco Central sobre as aplicações que são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o aumento de contas e saldos se verifica desde os clientes com aplicação até R$ 100 como acima de R$ 1 milhão.

Nas cadernetas de poupança, o número de clientes com até R$ 5 mil aplicados somou 84,95 milhões de pessoas, ante 80,45 milhões em 2009. Desses 4,5 milhões de clientes adicionais, quase 3 milhões estão em contas de até R$ 100 e, em quatro anos, foram 11 milhões de clientes a mais nessa faixa. " Há uma parcela grande de novos poupadores na caderneta, de gente que agora começou a ver dinheiro sobrar para poupar", destaca Mauro Calil, consultor de investimentos e diretor da Calil Estudos e Formação de Patrimônio.

Além da nova classe média, Calil destaca que a poupança é usada para períodos mais curtos, entre uma aplicação e outra, como venda de um imóvel para compra de outro, e também por investidores que querem j untar quantias maiores para aplicações mais sofisticadas. De um ano para outro, o saldo de caderneta aumentou R$ 60 bilhões, também ajudado pelo incremento de milionários. O número de clientes com mais de R$ 1 milhão na caderneta passou de 4,96 mil pessoas para 6,13 mil em um ano e aumentaram o saldo para R$ 23,54 bilhões, alta de 19%.

Essa faixa de investidores também aumentou de forma considerável em aplicações ligadas ao financiamento imobiliário. Em 2009, 2,8 mil clientes tinham aplicação em Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e 273 em Letras Hipotecárias (LH). No ano passado, cada instrumento teve, respectivamente 5 mil e 350 clientes. Nas LCI, o crescimento total de clientes, em todas as faixas de depósito, foi de 283%e o saldo aumentou 89%, para R$ 29,22 bilhões.

" De um lado há um movimento forte dos bancos na oferta desses produtos. De outro, o investidor busca diversificação de carteira, mas tem de avaliar o risco e retorno desses produtos", pondera Calil. Concentração A maior parte de créditos garantidos pelo FGC está em produtos de milionários, fatia de 45%. O percentual já foi maior, em 2008 chegou a 48%, mas chama atenção o ritmo de crescimento dessas contas.

Em quatro anos, o número de clientes acima de R$ 1 milhão mais que dobrou, enquanto o volume total de clientes aumentou 29%. O saldo dos milionários saltou 99% no período, acima do ritmo de aumento do saldo total, de 95,34%, e bem superior ao crescimento de saldo das contas até R$ 5 mil, de 31,37%.

Segundo o BC, 89% dos clientes em depósitos garantidos pelo FGC respondem por pouco mais de 5% do saldo financeiro, que são aqueles com créditos de até R$ 5 mil. Os clientes acima de R$ 1 milhão representam 0,05% do total de pessoas. Para Calil, a mobilidade socioeconômica tende a aumentar nos próximos cinco anos. "Os dois extremos estão crescendo, com mais milionários e novos poupadores pequenos."

Governo aprova processo de despejo em três meses e fora dos tribunais

O Conselho de Ministros aprovou hoje um pacote de medidas para incentivar a reabilitação urbana e o mercado de arrendamento.
Os processos de despejo em caso de incumprimento dos inquilinos – nomeadamente o não pagamento das rendas por um período de três meses – vão passar a ter um novo procedimento, que permitirá que tudo fique concluído em três meses em vez dos actuais 18 meses que demora em média uma acção de despejo nos tribunais.

Tal como o Negócios hoje noticiou, este procedimento de despejo, vai correr fora dos tribunais, sob a responsabilidade de conservadores, advogados, agentes de execução, notários ou solicitadores.

O processo incluirá cinco passos, sendo que, se o inquilino se recusar a sair, vai ser possível pedir a intervenção de um juiz que terá de tomar uma decisão em cinco dias.

Depois de ter o aval do Juiz, a entidade encarregue do despejo poderá forçar a entrada na casa e mudar a fechadura, ficando o inquilino com 15 dias para retirar os seus bens.

O Governo garante que serão acauteladas situações de “fragilidade social”.

As novas medidas foram aprovadas em Conselho de Ministros e fazem parte de um pacote que visa “incentivar a reabilitação urbana para promover a competitividade e o emprego, através da dinamização dos sectores económicos ligados a estas actividades”, anunciou o Governo em comunicado.

O objectivo é “dinamizar o mercado do arrendamento e colocar mais imóveis disponíveis para serem arrendados”, pelo que “são reforçados os mecanismos para assegurar que os proprietários têm meios à sua disposição para reagir perante o incumprimento do contrato”.

Os diplomas em causa foram aprovados na generalidade e vão agora ser submetidos a consultas junto das entidades interessadas, nomeadamente proprietários e inquilinos.

Fonte Jornal de Notícias Portugal

Alma do negócio

O Globo, Negócios & Cia, 18/mar


Parceiras no residencial America Condomínio Clube, PDG CHL e RJZ Cyrela investirão mais de R$ 2 milhões no lançamento. A campanha, que estreia dia 22, será estrelada por Ana Maria Braga e Luciano Huck. neste fim de semana, a PDG apresenta a primeira campanha com a nova identidade visual Vai comunicar o uso do nome PDG antes das outras marcas.

NA RAIZ DO PROBLEMA

Enfrentar um determinado desafio requer esforço. Porém, aquele esforço investido é apenas por um período relativamente curto de tempo; todavia, fugir do desafio requer um esforço ainda maior e sem um fim à vista. Frank Bonnet

C uidado com as soluções fáceis que acabam se transformando num problema maior do que aquele que você está tentando resolver. Não há nada a ganhar com uma cura que venha a ser pior do que a doença. E certamente que não existe nada a ganhar de uma solução que meramente apenas mascara ou retarda o desconforto sem – realmente – ir na raiz do problema.

Quanto mais cedo você começar a trabalhar no problema, mais rapidamente o problema irá ficar para trás de você. Quanto mais cedo você lidar com a raiz do problema, mais eficientes os seus esforços se tornarão.

Verdadeiramente eliminar a causa do problema, realmente demanda mais trabalho do que simplesmente tentar eliminar os sintomas. Porém, quando o trabalho – ainda que difícil - é feito para remover o problema, ele é removido para sempre. Vá à raiz do problema e os seus esforços serão _ decididamente – recompensados.

Nélio DaSilva

Para Meditação:

O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? Salmos 27:1-3

Estrangeiros fazem casas por aqui

O Globo, Luciana Calaza e Geralda Doca, 20/mar


O megainvestidor do setor imobiliário Sam Zell já disse que o Brasil seria sua escolha, caso tivesse de fazer uma única aposta nos próximos anos. Seguindo os passos de Zell, investidores estrangeiros têm dirigido um novo olhar para a construção civil brasileira. Ingleses, portugueses, espanhóis e chineses passaram a considerar prédios residenciais e comerciais dos grandes centros do país como um bom destino para seu dinheiro. Em parceria com a Apex, a Adit Brasil (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico) captou em 2010 cerca de R$30 milhões em investimentos externos para a construção.

Segundo analistas, esse total representará R$316 milhões em valor de venda nos próximos dois anos - tempo em que as unidades terão sido negociadas. E, diz o presidente da Adit Brasil, Luiz Henrique Lessa, esses números ainda vão crescer, já que outras empresas estrangeiras estão em negociação com empresários brasileiros.

Quebrando um paradigma no setor, a habitação para baixa renda, que conta com subsídios do governo, chama especialmente a atenção dos investidores, que desembarcam no Brasil em associações com empresas das regiões Sudeste e Nordeste.

- Esse balanço demonstra que um novo cenário se desenha no mercado brasileiro. Com o dinamismo da nossa economia, prevemos que nos próximos anos o Brasil ganhará mais destaque aos olhos dos investidores internacionais - conclui Lessa.

Para cada real investido, R$12 foram produzidos

Para atrair tais investimentos, a Adit Brasil investiu cerca de R$2,5 milhões, o que gerou retorno concreto de 1.200% do valor inicial. Ou seja, a cada R$1 investido outros R$12 foram gerados. O recurso aplicado pelas duas instituições possibilitou a realização de 111 contatos com investidores internacionais, a vinda de 78 investidores para conhecer o Brasil, 30 empresas brasileiras visitadas por esses investidores e a participação de 470 empresários estrangeiros nos seminários internacionais promovido pela Adit em Nova York, Londres, Madri e Lisboa.

O presidente do Sinduscon-Rio, Roberto Kauffmann, diz que entre os interessados estão europeus e chineses que atuam na Venezuela e querem se instalar também no Brasil. Ele conta que há cerca de três meses recebeu do Consulado da China uma sondagem em nome de dez empresários, sendo que a metade estava interessada no segmento habitacional de baixa renda.

Lessa ressalta que o Minha Casa, Minha Vida é um sucesso internacional e vem atraindo investimentos de grupos estrangeiros. Como não são "elegíveis" a atuar no programa federal, os investidores firmam parceria com empresas locais, através de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE).

Britânica tem projeto de 25 mil unidades

Entre as empresas que fizeram negócios no Brasil em 2010 está o fundo de investimento inglês Charlemagne Capital, que negociou, junto com a empresa alagoana Record Engenharia, a construção de um edifício de 312 unidades. Outra britânica, a RG Salamanca, foi além e fechou com a Ecocil, do Rio Grande do Norte, 14 prédios para a classe média, num total de 1.311 unidades. E já estão nos planos da dupla 25 mil unidades para o Minha Casa Minha Vida. Os portugueses do grupo Avistar, por sua vez, se associaram à construtora Teto Planejamento para erguer um prédio de 110 unidades também dentro do Minha Casa.

- O trabalho da Adit Brasil ajudou muito. É difícil obter referências corretas de empresas e nesse ponto eles são expert - atestou o presidente da Ecocil, Sílvio Bezerra.

Kauffmann cita ainda como exemplo do investimento estrangeiro a JB Homes, do grupo do megaempresário americano Donald Trump, que tem uma fábrica de kits para construção (fabricação pré-moldada) na Carolina do Sul e quer trazer a tecnologia para o Rio. Segundo Kauffmann, os executivos do grupo já planejam, inclusive, um projeto piloto na Zona Oeste, para servir de showroom para empresários brasileiros.

Para ajudar a consolidar a imagem de nosso mercado imobiliário como um dos mais lucrativos, a Adit Brasil, junto com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), prepara um modelo de como os empresários devem apresentar seus projetos a investidores e quais informações devem disponibilizar.

Habitação popular está vivendo uma mudança de paradigmas, diz mercado

O interesse na habitação popular, especialmente, é motivo de comemoração: tanto os empreendedores quanto especialistas afirmam que, desde o fim do Banco Nacional de Habitação (BNH), na década de 1980, não havia no país uma política para o setor. O movimento, que começou de forma tímida em 1999 com o Programa de Arrendamento Residencial (PAR), ganhou fôlego com o Minha Casa, Minha Vida, de 2009.

- A habitação popular no Brasil vive uma quebra de paradigma - comemora a consultora da CBIC, Maria Henriqueta, lembrando que a classe baixa nunca foi alvo do setor.

Mas, segundo Luiz Henrique Lessa, da Adit Brasil, muitos investidores, principalmente do segmento imobiliário, ainda têm dificuldade em optar por projetos brasileiros devido à falta de informações e à estrutura necessária.

- O que o investidor quer entender claramente é o ciclo de investimento do projeto, seus riscos e a estrutura de gestão - avalia Lessa.

Para Paulo Simão, presidente da CBIC, parceira da Adit no projeto de consultoria, este é o momento do Brasil:

- Não devemos omitir as nossas carências e problemas, até porque muitos deles compõem o leque de oportunidades para os estrangeiros.

Não são poucos os especialistas, entretanto, que enxergam nessa inundação de capital uma formação de bolha. Para o economista Luís Carlos Ewald, professor da FGV, um crescimento veloz demais poderá causar um colapso adiante:

- As pessoas estão comprando por causa de um cenário de juros mais baixos e parcelas viáveis. É um cenário que alimenta a alta de preços. Mas, com inflação contida, uma hora essa alta de preços vai acabar. E quem for tentar revender o imóvel, não vai conseguir ou perderá dinheiro.

Construtoras agora são incorporadoras

Fortes subsídios federais e um modelo baseado em parcerias com o setor privado, estados e municípios ajudam a explicar os ganhos de escala na produção de novas unidades para a baixa renda, dizem especialistas. Antes, explica a consultora da CBIC, Maria Henriqueta, a Caixa Econômica repassava os recursos para estados e prefeituras - que respondiam pela elaboração de projetos, regularização de terrenos e só depois realizavam licitação para escolha da construtora. Agora, o processo se inverteu:

- A habitação popular era promovida pelo setor público, cabendo ao privado a função de empreiteira. A grande virada está na incorporação feita agora pelas empresas: elas procuram terrenos, elaboram projetos e vendem ao governo.

Para o consultor José Pereira Gonçalves, a diferença entre o Minha Casa e os programas anteriores é que a União colocou no Orçamento, explicitamente, o aporte (de R$14 bilhões) à baixa renda - setor em que só crédito é insuficiente, diante da capacidade limitada de pagamento.

PDG unifica suas marcas, e nome CHL sai de cena

O Globo, 20/mar


- Vai ser uma morte lenta - diz Rogério Chor, sobre a saída de cena do nome CHL, sua antiga empresa, adquirida integralmente em 2009 pela PDG, maior incorporada das Américas em valor de mercado. Chor explica que a decisão de unificar as marcas da PDG - da qual hoje é diretor executivo - é resultado de um profundo estudo de branding, feito com o objetivo de aumentar a visibilidade do grupo em âmbito nacional. As outras empresas adquiridas pela PDG são a Goldfarb e a Agre.

- A mudança será gradual, começando pelas campanhas publicitárias e pelo novo portal. Durante cerca de um ano, os produtos do Rio terão a marca CHL/PDG - explica Chor, acrescentando que o nome da incorporadora será usado nos empreendimentos voltados para todos os segmentos.

Todas as operações serão comandadas pelo CEO da PDG, Zeca Grabowsky.

Uma combinação de cores para cada tipo de público

O novo logotipo tem como base o quadrado, com três cores inseridas: roxo, cinza e amarelo, que serão usadas segundo o perfil de cada empreendimento. Para anúncios do segmento AA, o cinza e o branco devem prevalecer. No segmento AB, o roxo, o branco e o cinza serão predominantes, com fotos que mostram sofisticação e elegância.

Para a classe C, as cores escolhidas são o roxo e o amarelo, com imagens que reforçam a alegria. O estudo de branding foi realizado pela Ana Couto Branding & Design. Em 2007, a PDG comprara 50% da CHL, empresa que nos últimos dois anos liderou o ranking de lançamentos no Estado do Rio.

De volta

O Globo, Ancelmo Gois, 20/mar


Depois de vender quase todas as suas ações da Gafisa, o megainvestidor imobiliário americano Sam Zell, 68 anos, negocia a compra de uma incorporadora no Paraná. A ideia é comprar incorporadoras menores e juntar tudo.

IGP-M perde força

Valor Econômico, 21/mar


O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado como referência para reajuste em contratos de aluguel, diminuiu na segunda prévia de março e registrou taxa de 0,59%. No mesmo período de fevereiro, a alta foi de 0,88%. Com o resultado, o índice acumula no ano alta de 2,40% e, nos últimos 12 meses, de 10,91%. De acordo com dados divulgados na sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), todos os três componentes do IGP-M tiveram decréscimo na segunda leitura do mês. No caso do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPA), que é responsável por 60% do IGP-M, a taxa caiu de 1,07% para 0,68%, com a influência principalmente das matérias-primas brutas - de 2,86% para 0,68%.

sábado, 19 de março de 2011

Rio de Janeiro: o boom imobiliário na periferia

Não é novidade para ninguém que o mercado imobiliário no Rio de Janeiro está aquecido. Hoje, em alguns dos endereços mais valorizados da cidade, como a orla da praia de Ipanema ou o entorno da lagoa Rodrigo de Freitas, o metro quadrado chega a valer 50 000 reais. No centro da cidade, os preços por metro quadrado dos aluguéis de escritórios superam os dos pontos mais caros de São Paulo. A novidade, agora, é que o boom imobiliário também se estende a áreas da periferia e inclui os terrenos de indústrias.

Nesta quinta-feira (17), durante um almoço em São Paulo com empresários do setor de equipamentos industriais – entre eles um carioca –, uma parte da conversa foi sobre a atual fase de crescimento do Rio de Janeiro, que gerou uma bolha de preços imobiliários. Ele citou como exemplo a área que hoje abriga os estaleiros Enavi e Renave, em Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara, que lhe foi oferecida há pouco tempo. Segundo ele, o complexo, com três diques flutuantes, dois diques secos, um alojamento para 250 pessoas e saída para o mar, estaria à venda por incríveis 300 milhões de euros – o equivalente a 700 milhões de reais. “Há alguns anos, ninguém pagaria nem cinco milhões de reais por essas instalações”, disse o empresário.

A rápida valorização é justificada pela escassez de bons terrenos na cidade. O crescimento vertiginoso da indústria ligada ao petróleo e as obras de infraestrutura para a Copa têm agravado a situação. Há ainda uma alta nos imóveis de favelas pacificadas e nos de sua vizinhança. E quando se trata de áreas próximas ao mar, como mostra o exemplo, não são apenas aquelas de frente para as belas praias de Ipanema e do Leblon que estão com preços estratosféricos…

Fonte Revista Exame.

Brasileiros investem em imóveis de luxo em Miami

Ramo imobiliário e da decoração estão se beneficiando da entrada de brasileiros endinheirados no mercado americano
The Miami Herald | 18/03/2011 05:45


A corretora brasileira Fabiana Pimenta (à esquerda) com a funcionária pública Maria Helena Abreu: demanda por imóveis em Miami

A corretora brasileira Fabiana Pimenta, da imobiliária Fortune International, está sentada em um sofá de couro branco do apartamento modelo do Jade Ocean, com sua ampla vista para o mar e decoração Fendi, esperando para iniciar mais uma visita do empreendimento de Sunny Isles Beach.

Fabiana, que se mudou para a Flórida para frequentar uma faculdade americana, agora respira um pouco mais aliviada. Em janeiro deste ano, ela e sua equipe – que inclui o irmão que mora em São Paulo – venderam 15 apartamentos de alto padrão no sul da Flórida, todos eles para brasileiros.


Foto: The Miami Herald Ampliar
A corretora de imóveis Fabiana Pimenta

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Ela diz que as unidades de 640 metros quadrados, com três dormitórios e vista para o mar e para a cidade, são as preferidas dos compradores brasileiros. Há sete meses Fabiana vendeu por US$ 4 milhões a última cobertura do Jade Ocean, com 1.500 metros quadrados, para um brasileiro.

Uma turma de brasileiros montados na grana está criando uma explosão de vendas nas agências imobiliárias e em outros negócios da região que vão de encontro ao gosto dos milionários. Foram tantas as unidades do Jade Ocean vendidas para brasileiros que o dispositivo touch-screen usado pelos proprietários - para acessar os serviços de concierge, fazer compras no vizinho empório Epicure ou marcar um horário no spa do condomínio - foi traduzido para o português.

Os brasileiros também gostam do pacote de decoração intitulado Casa Fendi, que inclui cama, travesseiros, revestimento de parede em couro crocô, iluminação e móveis elegantes. Este e outros pacotes de decoração podem ser adquiridos pelos compradores, que em poucos meses podem voltar ao condomínio e encontrar o apartamento completamente equipado.

“Quando levo compradores em potencial para conhecer um imóvel, raramente volto sem fechar um negócio”, diz Fabiana, cuja especialidade é o mercado brasileiro. “Quando eles visitam um imóvel, eles compram”, ela complementou.

Um pé no Brasil, outro nos EUA

A funcionária pública brasileira Maria Helena Abreu divide seu tempo entre Belo Horizonte e Brasília, onde trabalha em um órgão público. Recentemente ela retornou a Miami depois de dez anos sem ir à cidade. Ela chegou à procura de um apartamento de dois ou três dormitórios.

Na semana passada, Maria Helena voltou ao Brasil com o marido e a filha – João Batista e Isabel – sem realizar a compra, mas eles estão pensando em adquirir uma unidade do empreendimento Icon Brickell. “Miami é muito parecida com o Rio. A cidade se desenvolveu muito desde a última vez que estive aqui – e para melhor. Ela se transformou em uma cidade que eu adoro. As pessoas são muitos gentis, a cidade é linda, as praias são excelentes e o clima é maravilhoso”, ela explica. Além disso, a funcionária pública diz que tem muitos amigos brasileiros que já compraram apartamentos na cidade.

“Os brasileiros gostam de seguir as tendências dos outros – das pessoas certas, das famílias certas”, disse Edgardo Defortuna, CEO da imobiliária Fortuna International. Os brasileiros são responsáveis por aproximadamente um quarto das vendas atuais da empresa.


Foto: The Miami Herald
A designer de interiores Mirtha Arrarian: "é em São Paulo que está o dinheiro"

Outro ponto que atrai os brasileiros para o sul da Flórida é a sensação de liberdade e segurança que eles sentem ali. Os corretores contam que muitos deles estão acostumados a circular em carros blindados, acompanhados de seguranças, quando estão no Brasil; além disso, eles adoram poder trabalhar na região de Bal Harbour e SoBe sem serem reconhecidos.

Além das praias, do clima e das compras, a designer de interiores Mirtha Arrarian diz que sua clientela gosta de Miami por sua localização estratégica – no meio do caminho entre a América do Sul e o mercado de artes, antiguidades e moda das capitais européias.

De jato para o aniversário

Esses clientes endinheirados viajam em seus jatos particulares simplesmente para comemorar o aniversário. Eles gostam de visitar as feiras náuticas e assistir as partidas de tênis do Sony Ericsson Open. O evento Art Basel é também uma grande atração.

Ela conta que alguns clientes chegam a comprar uma unidade para a família e outra para os filhos ou para os hóspedes. Apresentadores de TV, celebridades e empreendedores fazem parte de sua clientela de alto padrão – grande parte dela, formada por paulistas. “É lá que está o dinheiro”, disse Mirtha, proprietária do escritório de decoração MAS Interior Design.

Ela conta que a maioria de seus clientes brasileiros prefere a região de South Beach, especialmente nas proximidades de South Pointe Dr. – área conhecida com SoBe Riviera – e costumam comprar unidades de 7 a 10 milhões de dólares, em média. Ela conta que um cliente que recentemente adquiriu um apartamento na região está de olho em um terreno vago para construir um anexo com quadra de tênis, departamento de empregados e mais vagas de garagem.

Enquanto conversa, Mirtha olha a vitrine da Ornare, sofisticada loja brasileira de cozinhas, banheiros e armários com filial no Design District de Miami. “Os brasileiros sonham em ter um closet da Ornare. Agora eles querem ter o mesmo closet em Miami”, ela explica, enquanto examina uma coleção de puxadores em couro e chifre de touro e um closet com portas laqueadas.

O brasileiro Claudio Faria, diretor do showroom da Ornare em Miami, diz que a empresa se empenha para cultivar a conexão Brasil-Miami. Durante a Art Basel, a loja de decoração levou 30 arquitetos brasileiros para a cidade. Enquanto demonstra uma torneira de cozinha ultra-moderna, instalada em um balcão de madeira de demolição, ele diz: “Isso é o supra sumo do design brasileiro: o inesperado”.

E ele parece muito animado com a possibilidade de exibir o design brasileiro não somente para seus conterrâneos que estão comprando imóveis em Miami, mas para o mundo todo. “O Brasil é um país extraordinário que se encontra em um momento extraordinário. Pela primeira vez o país tem uma oportunidade real de apresentar ao mundo seu estilo. O mundo agora está de olho na gente”, ele diz.


Foto: Getty Images
Banhistas na costa da Flórida, onde os brasileiros ampliam o consumo

Preços em queda

Os investidores também estão aproveitando a baixa de preços dos imóveis. O empresário brasileiro Ricardo Dunin se mudou para Miami há 20 anos, quando a economia do Brasil atravessava momentos de crise e a insegurança em sua terra natal o afligia. Durante alguns anos, ele conseguiu ganhar um bom dinheiro no mercado imobiliário, mas, com a crise do segmento, ele se viu forçado a mudar de estratégia.
Mesmo que Dunin e seus sócios tenham mais de 20 projetos de construção de imóveis em andamento no Brasil, atualmente ele se concentra na compra e venda de imóveis nos Estados Unidos. “Neste momento, qualquer coisa que você fizer no Brasil dá certo”, ele diz.

Segundo Dunin, os brasileiros que atualmente investem no sul da Flórida estão aproveitando as ofertas da crise. “Nós todos estamos comprando imóveis nos Estados Unidos pelo custo de reposição. São oportunidades únicas de negócios”, ele diz.

No verão passado, ele e seus sócios na empresa Lionheart Capital, sediada em Miami, pagaram US$ 120 milhões por 146 unidades de um antigo condomínio da avenida North Ocean, em Singer Island. Esta foi a maior venda de imóveis em conjunto realizada na Flórida nos últimos cinco anos. O prédio do antigo condomínio foi transformado em um Ritz Carlton Residences. “Nunca houve melhor época para os brasileiros comprarem em Miami. Aproximadamente um ano atrás o mercado brasileiro realmente começou a decolar”, diz Fabiana.

Uma confluência de eventos favoreceu as vendas de imóveis para brasileiros na Flórida. O real ganhou força em relação ao dólar, tornando aquisições em território americano muito mais acessíveis. A economia brasileira está forte, colocando dinheiro extra nos bolsos dos brasileiros, além disso, enquanto os preços de imóveis no Brasil estão nas alturas, no Sul da Flórida eles estão em queda franca.

Para Peter Zalewski, diretor da consultoria imobiliária Condo Vultures, de Miami, existe mais um elemento em questão. “Com a economia a todo vapor, existe uma sensação de otimismo. As pessoas falam que este é o século do Brasil. À medida que o nível de confiança das pessoas aumenta, é totalmente natural que elas pensem em comprar imóveis fora do país”, ele explica.

Fabiana é uma das beneficiárias desse otimismo, mas a moça também trabalha duro. O sol já se pôs quando ela conclui a visita do Jade Ocean. Seu celular vibra e ela olha a mensagem. “Ah, mais uma proposta para amanhã”, ela diz.

Por Mimi Whitefield. Tradução: Claudia Batista Arantes

FINAL FELIZ?

Desconforto pode ser – ambos – produtivo e um poderoso incentivo a mudanças. Vai haver ocasiões onde você terá que permitir ou criar desconfortos a fim de alcançar um final feliz. Bruce Hyland

T odos nós gostamos de um final feliz. Gostamos quando o personagem do filme se apaixona e vive feliz com a sua amada para sempre. Porém, de um modo geral, na vida, as coisas nem sempre acabam num final feliz.

Não perca de vista que você trabalha ao lado de pessoas; indivíduos que são imprevisíveis e tantas vezes ilógicos. Se fôssemos máquinas, talvez as coisas funcionariam com mais previsibilidade. Porém, graças a Deus que não somos máquinas. Todos nós temos o dom da vida. Porém, acompanhado desse maravilhoso dom, vêm também as incertezas. As pessoas se ferem, ferem outros, mal interpretam as coisas, falham nos seus julgamentos, são preconceituosas e extremamente falíveis.

Você tem que – em certa dosagem – aceitar infelicidade ou pelo menos algumas infelizes interações a fim de aprimorar o seu relacionamento. Aceite o desconforto, pois ele é absolutamente imprescindível, mesmo quando até mesmo o final não vem a ser um final feliz.

Nélio DaSilva

Para Meditação:

O Senhor é o meu pastor e nada me faltará. Salmos 23:1

sexta-feira, 18 de março de 2011

CHL, construtora líder em unidades lançadas no Estado do Rio, passa a usar a marca PDG

Depois de um profundo estudo de branding, a PDG, maior incorporadora das Américas em valor de mercado, decidiu unificar as marcas das empresas do grupo. Assim, a CHL, líder em número de unidades lançadas no Estado do Rio nos últimos dois anos, assim como a Goldfarb e a Agre, passam a responder como PDG, com discurso unificado, que tem como objetivo aumentar a visibilidade da companhia em âmbito nacional. Todas as operações serão comandadas pelo CEO da PDG, Zeca Grabowsky.

O diretor executivo da PDG, Rogério Chor, que presidia a CHL até a venda da empresa, explica que a marca será usada nos empreendimentos voltados para todos os segmentos, do alto luxo ao econômico, em todo o país.

- E a mudança será gradual, começando pelas campanhas publicitárias de produtos e pelo novo portal. Durante cerca de um ano, os produtos do Rio terão a marca CHL/PDG - explica Chor.


O executivo explica que a imagem única otimizará os investimentos em campanhas publicitárias, que agora proporcionarão maior reconhecimento da marca. A ideia é transmitir a correta percepção de tamanho da companhia.

O novo logotipo tem como base o quadrado, com três cores inseridas: roxo, cinza e amarelo, que serão usadas de acordo com perfil de cada empreendimento. O estudo criou usos diferenciados e mensagens específicas para os diversos públicos. Para anúncios do segmento AA, o cinza e o branco devem prevalecer. No segmento AB, o roxo, o branco e o cinza serão predominantes, com fotos que mostram sofisticação e elegância. Para a classe C, as cores escolhidas são o roxo e o amarelo, com imagens que reforçam a alegria. O estudo de branding foi realizado pela Ana Couto Branding & Design.


A PDG nasceu em 2003 como uma área de investimentos no ramo imobiliário dentro do banco Pactual. Em 2006, tornou-se uma unidade de negócio independente. Com a abertura de capital em janeiro de 2007, a empresa iniciou o crescimento rumo ao topo do mercado: adquiriu a Goldfarb, focada no segmento econômico e com forte presença em São Paulo; a CHL, líder do Rio de Janeiro; e, em 2010, a Agre (união da Agra, Abyara e Klabin Segall), que atua mais vigorosamente em São Paulo e nas regiões Norte e Nordeste.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Para surfar na onda do boom imobiliário

O Globo, Bruno Villas Bôas, 14/mar


Fundos do setor atraem pequenos investidores com rendimento de 26,7% em 2010. Analistas alertam para problemas

Os investidores estão descobrindo aos poucos que podem tirar uma casquinha do boom do setor imobiliário sem necessariamente ter dinheiro suficiente para comprar um apartamento. Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) - com cotas a partir de R$1 mil - têm atraído pessoas físicas em busca da rápida valorização dos imóveis e um rendimento mensal com aluguel. Os fundos têm participação em shoppings, torres de escritórios e condomínios residenciais. E renderam, na média, 26,7% no ano passado, segundo levantamento do consultor Sérgio Belleza Filho. Isso significa um ganho quase três vezes maior que o CDI (9,75%), os juros interbancários que servem de referência na renda fixa.

Segundo Belleza Filho, os ganhos foram influenciados tanto pela valorização dos imóveis quanto pela receita de aluguel, que são depositadas mensalmente na conta corrente dos cotistas desses fundos:

- O mercado tem crescido bastante. Grandes bancos de investimento estão agora distribuindo os FIIs. Na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) existem R$ 2,8 bilhões em novos lançamentos aguardando aprovação - diz o consultor, responsável pelo primeiro fundo do gênero lançado no Brasil.

Entre os fundos com alto desempenho em 2010, o destaque ficou para Continental Square Faria Lima, com rentabilidade de 59,6%. Esse fundo, administrado pela BR Capital e com cotas negociadas na BM&FBovespa, tem parte de um empreendimento homônimo e também é dono de 75% do hotel cinco estrelas Caesar Park, além de mais 18 conjuntos de escritórios de uma torre comercial.

Ritmo de ganhos pode desacelerar este ano

Especialistas em finanças veem com bons olhos a aplicação. Gilberto Braga, professor do Ibmec-Rio, afirma que uma das principais vantagens dos fundos é a isenção de Imposto de Renda (IR) sobre os ganhos com aluguel dos imóveis. Isso vale para o investidor pessoa física que tenha menos de um décimo das cotas totais do fundo. Na venda, o investidor paga 20% de IR sobre o ganho com a valorização da cota.

- É uma boa oportunidade para quem não tem dinheiro para comprar um imóvel sozinho. Mas é preciso pesquisar e sempre buscar diversificar a carteira de investimento - afirma o especialista em finanças.

Foi o que atraiu o estudante de economia Henrique Carvalho, de 22 anos, que comprou cotas de fundos.

- Eu tenho dinheiro em renda fixa e ações. Os fundos foram uma forma de diversificar aproveitando o crescimento do setor.

Gustavo Cerbasi, autor de livros sobre finanças, acredita em mais valorização dos imóveis pela frente, mas alerta que isso pode não ocorrer no mesmo ritmo visto em 2010:

- Os fundos se popularizaram e quem investiu sabe a conveniência de não ter que lidar com a burocracia do setor. Mas as cotas tendem a ter uma valorização proporcionalmente menor. Não se pode esperar o mesmo ganho em um prazo de dois a três anos - diz Cerbasi.

Segundo o especialista, o investidor deve avaliar bem a carteira de imóveis de cada fundo antes de comprar a cota:

- No caso de um shopping, a sugestão é conhecer a região em que o empreendimento será instalado e o poder aquisitivo das pessoas no lugar.

Alguns fundos garantem uma rentabilidade mínima mensal ao cotista nos primeiros meses de aplicação, algo como 0,8% ao mês. Mas parte deles não distribui ganhos acima desse percentual quando os imóveis passam a gerar receita.

Pouca liquidez pode ser problema na venda da cota

Um dos problema do mercado, no entanto, ainda está na baixa liquidez das cotas negociadas na Bolsa. Segundo dados do site Fundo Imobiliário (www.fundoimobiliario.com.br), mais de sete fundos foram negociados em menos da metade dos pregões nos últimos 12 meses. Em janeiro deste ano, embora a rentabilidade tenha sido positiva, com fundos rendendo acima de 1%, muitos tiveram menos de 50 negócios realizados no mês, o que preocupa.

- Quando fala sobre esses fundos, muita gente cita o retorno e infelizmente esquece de falar também dos riscos de liquidez- afirma Fabio Gallo Garcia, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV). - Eu vi um caso em São Paulo que o cotista levou um ano e meio para conseguir sair do investimento.

Para Garcia, os investidores que quiserem assumir esses riscos devem, portanto, estar dispostos a manter a aplicação por mais de dois anos. Ele não teme, no entanto, uma bolha no crescimento do setor.

- Muitos analistas têm dito isso. Mas é um mercado que cresce sobre um déficit habitacional enorme e por causa do aumento de renda da população. Não há bolha de crédito no mercado. O crédito continua muito caro - avalia Garcia.

Uma das primeiras a lançar os FIIs no varejo brasileiro, a Caixa planeja colocar à venda nos próximos meses as cotas de quatro novos fundos. Vitor Hugo dos Santos Pinho, gerente nacional de Fundos Especiais da Caixa, antecipa que um deles será voltado para logística, composto de armazéns e centro de distribuição para empresas.

- Estamos apenas aguardando a aprovação da CVM para começar a distribuir o fundo - explicou Pinho.

Antes de comprar o imóvel, pesquise e faça um reconhecimento geral da área

O Estado de São Paulo, Roberta Scrivano, 14/mar


Especialistas dão dicas para evitar problemas ao proprietário, como descobrir que o local é barulhento, como ocorreu com a pedagoga Claudia

Claudia Charoux, pedagoga de 31 anos, comprou um imóvel usado em Perdizes, bairro da zona oeste de São Paulo conhecido pelas ladeiras íngremes. Foi só depois da mudança que ela se deu conta do barulho que os veículos produzem ao passar por uma valeta seguida de um aclive. "Não dá para dormir. Ou, quando estamos conversando e passa um caminhão ou carro, precisamos aumentar o tom de voz."

Para corrigir o problema (que não foi identificado antes da compra), a pedagoga teria de investir em janelas antirruídos e na refrigeração da casa - já que os vidros dessas janelas especiais são mais grossos e devem ser mantidos fechados. "Seria um gasto bem alto e, ainda assim, não terminaria totalmente com o problema", diz.

Especialistas em mercado imobiliário tomam o caso de Claudia como exemplo para reforçar a recomendação de pesquisa e conhecimento do imóvel a ser comprado para que não haja problemas no futuro.

"Você está comprando a sua casa. É algo para o longo prazo. É preciso atenção aos detalhes", recomenda Marcelo Nogueira, advogado da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH). A entidade, inclusive, presta uma espécie de consultoria gratuita aos interessados em comprar um imóvel. "Ajudamos, por exemplo, a entender o contrato", afirma Nogueira.

Mas, assim como mostra o caso de Claudia, não são só as burocracias contratuais que dão dor de cabeça. No caso de imóveis que ainda não estão prontos, é preciso visitar a unidade decorada para se ter ideia de como será a disposição dos cômodos. "Nem todo mundo consegue visualizar como será o imóvel por meio do desenho da planta", diz Denise Labate Vasconcellos, professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e especialista em mercado imobiliário.

Mais do que visitar a unidade decorada, é importante conhecer outros imóveis erguidos pela mesma construtora. "E daí checar com quem já mora lá como é a construção", diz Nogueira. Denise sugere também que o comprador faça levantamento em entidades de defesa do consumidor (como o Procon) sobre reclamações contra a construtora e a incorporadora no imóvel.

Luminosidade é outro ponto importante. A chamada "face norte" do imóvel é a que recebe mais luz do sol durante todo o dia, dizem corretores imobiliários.

No caso de compra de imóveis usados é importante que se façam visitas em dias variados e em horários distintos, diz Nogueira. "Para ver se de fato há luz, se não tem goteira e se é seguro."

Financiamento. Checar com detalhes o contrato antes de assiná-lo é outra recomendação importante. Mas, mais do que isso, diz Nogueira, é importante que o comprador verifique se terá condições de arcar com os custos do financiamento imobiliário.

Essa indicação é reforçada para quem vai comprar apartamento na planta - uma vez que o financiamento só começa a valer depois da entrega das chaves.

"É preciso levar a situação ao banco para verificar como ficará o financiamento e se sairá da maneira esperada, com prestação que caiba no bolso", recomenda. "Isso tem de ser feito no banco e não na mesa do corretor do imóvel", diz o advogado.

Mercado imobiliário começa 2011 em baixa

Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário

O mercado imobiliário registrou queda nas vendas em janeiro na Capital. Estudo do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo) aponta que foram comercializadas 180 unidades no mês, o que significa recuo de 28,56% contra dezembro. As locações também viraram 2011 em queda. No mês, 870 novos contratos foram formalizados - queda de 5,77% ante o mês anterior. A pesquisa da entidade ouviu 501 imobiliárias.

O resultado é um contraponto ao obtido em dezembro: alta de 29,26% nas comercializações e 5,77% nos aluguéis.

No comparativo de janeiro com o mesmo mês de 2010, as vendas tiveram desempenho ainda pior, baixa de 1,56%. Em contrapartida, a procura por aluguéis cresceu 7,68% no mês em relação a janeiro do ano passado.

O segmento no Grande ABC também iniciou o ano de forma contida, segundo o delegado regional do Creci, Alvarino Lemes. Porém, os resultados são considerados normais por conta do período de férias escolares.

A mudança na gestão da Presidência da República foi outro fator que contribuiu para esfriar o mercado. Segundo Lemes, o setor teria deixado de fazer negociações devido a supostas incertezas na economia, gerando instabilidades. "Mas mudou apenas o presidente. O País continua no rumo certo. A economia deve ficar estável com o mercado tendo mais confiança a partir de agora, com o fim do Carnaval."

ALERTA - Proprietários de imobiliárias da região atestam o balanço mais frio de início de ano, que deve retomar o ritmo de vendas neste mês. Porém, o proprietário de uma delas em Santo André, Miguel Colicchio, disse que o novo fôlego das construtoras pode tornar os valores das unidades impraticáveis até o fim do ano.

O empresário contou que os preços elevados em Santo André já podem ser sentidos desde o ano passado. Ele conta que uma sala comercial de 50 m² (metros quadrados) - no bairro Jardim - custa hoje entre R$ 350 mil e R$ 400 mil. "Está um absurdo. As construtoras repassam para as unidades e fica difícil comercializar. Não sei até onde o mercado absorve tudo isso". Colicchio ressaltou que essa trajetória prejudicará investidores - sem possibilidade de lucrarem frente à incapacidade de vendas.

O proprietário de uma imobiliária de São Caetano, Aparecido Viana, reforça que deverá haver uma manutenção nos custos dos imóveis por conta de reajustes na construção civil. Além disso, a falta de lançamentos, como ocorre em janeiro, por conta das férias, é outro fator que encarece as unidades. Esse problema já atrapalha a região para locações há dois anos, segundo Lemes.

Viana, por sua vez, minimiza bolhas imobiliárias ao afirmar que os valores não estão agressivos. "Não é nada que ponha em risco o mercado", disse, ao descartar a escassez de unidades na região até o fim do ano.

METRO QUADRADO - A pesquisa do Creci-SP aponta que o preço médio do metro quadrado em janeiro era de R$ 1.650,57, valor 31,63% menor do que em dezembro, quando o patamar alcançou R$ 2.414,29.

Nas locações, os apartamentos também eram opção mais popular no mês, com 54,25% das unidades em negociação. Mais da metade de imóveis nesses contratos (58,25%) ficou na faixa de R$ 1.000 ao mês

Os apartamentos representaram a maior fatia de aquisições para o período, 67,78%. As casas ficaram com 32,22% dos contratos. A média de custos das unidades negociadas caiu 1,4% em janeiro ante dezembro.

Os imóveis com valor acima de R$ 200 mil foram os mais requisitados. Conquistando 67,61% as negociações. Financiamentos eram a modalidade preferida para quitar os imóveis - 50% optaram pelos empréstimos, frente aos 48,89% que pagaram à vista, 0,56% em financiamento de proprietários, além de 0,56% por consórcios imobiliários.

O empresário Colicchio, de Santo André, ressalta que, na região, unidades com valor de até R$ 300 mil foram as mais requisitadas. Em São Paulo, a preferência foi por unidades a partir de R$ 200 mil

Fonte Diário do Grande ABC

segunda-feira, 14 de março de 2011

Parcelas decrescentes são usadas em 90% dos financiamentos

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO

Na hora de comprar um imóvel, não basta pesquisar o preço do metro quadrado e a valorização da região.

Para quem pretende financiar o bem, é igualmente importante analisar as formas de amortização da dívida e como será definida a cobrança de juros -se a taxa será pré ou pós-fixada.

Economia favorece taxas pós-fixadas em financiamento de imóvel
Existem duas tabelas de amortização: a Price (Sistema Francês de Amortização) e a SAC (Sistema de Amortização Constante). De acordo com bancos consultados pela Folha, mais de 90% dos financiamentos no país são feitos usando a tabela SAC e a taxa de juros pós-fixada.

"Na SAC, pagam-se parcelas altas no início, mas o valor cai conforme a dívida é amortizada", explica Lúcio Delfino, diretor da ABMH (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação).

No caso da tabela Price, a parcela inicial é menor, mas ela aumenta no decorrer do financiamento. "A amortização do saldo devedor é pequena [pagam-se mais juros] e, por isso, as parcelas tendem a aumentar", explica.

Carlos Cecconello/Folhapress

A psicóloga Fireley Ferreira Lopes consultou amigos para decidir a tabela de amortização

Para Juliano Bello, especialista em negócios imobiliários da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), cada opção deve ser analisada de forma isolada.

"Nem sempre a Price é ruim. Ela pode cair como uma luva no caso de um mutuário que tenha renda baixa para pagar prestações altas no início, mas sabe que vai receber um salário maior."

Entretanto, os critérios para liberar financiamento pela tabela Price são mais rigorosos. Enquanto na SAC as parcelas podem comprometer até 30% da renda líquida, na Price o limite é de 15%.

JUROS

A escolha da taxa de juros também deve ser ponderada. A pós-fixada varia conforme a TR (Taxa Referencial); a pré-fixada não pode ser alterada. Mas, para evitar riscos no caso de aumento brusco da TR, os bancos cobram juros maiores na pré-fixada.

A psicóloga Fireley Ferreira Lopes, 35, ficou confusa ao fazer as simulações de financiamentos imobiliários há três anos. Antes de decidir pela tabela SAC e pela taxa pós-fixada, consultou amigos e administradores.

"Os bancos me mostraram várias simulações enormes, mas não entendi o porquê dos números", relembra.

Jovens elevam fatia no crédito habitacional

DE SÃO PAULO

Mais confiantes na permanência no emprego e no aumento da renda ao longo da vida, a decisão dos consumidores de comprar a casa própria mais cedo já está influenciando o perfil da carteira de crédito habitacional dos grandes bancos no país, informa a reportagem de Tatiana Resende públicada na Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Comprar imóvel mais jovem reduz gasto com seguro obrigatório

Na Caixa Econômica Federal, líder em financiamentos, os clientes com até 30 anos respondiam por 35% dos contratos novos assinados em 2007, considerando a idade na data de assinatura do documento. No ano passado, já eram 39%.

Rodrigo Capote/Folhapress

Carlos Pedroso e Tatiane Caresi compraram o apartamento antes dos 30 anos devido às facilidades de crédito

No Bradesco, a fatia nos novos contratos mais que dobrou nesse período, chegando a 16% no ano passado. "Essa participação vai crescer ainda mais", prevê Claudio Borges, diretor de crédito imobiliário do banco, ressaltando que todas as faixas são importantes, mas quanto mais cedo conseguir fidelizar um cliente, melhor.

No Santander, a fatia nos contratos novos foi de 16,5% para 17,8%. "É mais fácil fidelizar clientes quando você entende o momento de vida dele e oferece o produto certo", afirma a superintendente de negócios imobiliários, Nerian Gussoni.

Editoria de Arte/Folhapress

País precisa de R$ 3 trilhões para suprir deficit habitacional

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

O Brasil precisará de R$ 3 trilhões até 2022 para construir as 23 milhões de moradias necessárias para suprir seu deficit habitacional, de acordo com o Deconcic (Departamento da Indústria da Construção) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

A estimativa foi apresentada em São Paulo em entrevista a jornalistas para apresentação da 19ª Feicon Batimat (Feira Internacional da Construção) que acontece de 15 a 19 de março na capital paulista.

Além disso, o Deconcic prevê que, no mesmo período, sejam investidos R$ 2 trilhões em infraestrutura, em recursos tanto públicos quanto privados. O Brasil, de acordo com o departamento da FIESP, está abaixo da média mundial em qualidade geral de infraestrutura, com nota 3,8. A média global é 4,3, em uma escala que vai até 7.

"Não sabemos planejar, infelizmente. Vamos ter que aprender urgentemente para fazer uma Copa e uma Olimpíada brilhantes", diz Maria Luiza Salomé, diretora do Deconcic.

sábado, 12 de março de 2011

Lucro da Cyrela Commercial Properties dobra no quarto trimestre

Valor Online Tamanho do texto A A A SÃO PAULO - A Cyrela Commercial Properties viu seu lucro líquido praticamente dobrar no quarto trimestre de 2010 para R$ 45,49 milhões, ante o ganho de R$ 23,48 milhões apurado no mesmo período de 2009.

O resultado é decorrente do aumento de aluguéis e da venda de propriedades, de acordo com a companhia, que divulgou nesta sexta-feira seu balanço anual. Os números seguem as normas contábeis internacionais (IFRS).

No período, a receita líquida da empresa saltou de R$ 52 milhões para R$ 126,84 milhões, enquanto a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) quase dobrou, totalizando R$ 66,31 milhões.

Porém, a margem Ebitda recuou de 65,6% no quarto trimestre de 2009 para 52,3%, o que, segundo a CCP, reflete um resultado não recorrente referente à venda de propriedades.

A receita bruta de locação no segmento de escritórios corporativos cresceu 5,5%, para R$ 22,092 milhões, enquanto o ganho proveniente de shoppings centers avançou 6,6%, somando R$ 11,83 milhões. A variação positiva na receita de locação foi impactada principalmente pelas renegociações no preço dos contratos. Em alguns casos, houve reajuste de mais de 35%.

Já a receita com vendas de unidades concluídas saltou 58%, para R$ 27,2 milhões. As despesas administrativas da CCP totalizaram R$ 4,3 milhões no quarto trimestre, uma redução de 49% sobre um ano antes, por conta de uma despesa não recorrente ocorrida em 2009 no valor de R$ 5 milhões.

A dívida líquida da companhia, que vem ampliando seu nível de investimento em novos projetos, totalizou R$ 235,9 milhões ao final do ano passado, ante R$ 182,1 milhões em 2009. O nível de endividamento líquido atual da CCP é de 1,88 vez o Ebitda dos últimso 12 meses, menor que a média do mercado imobiliário, nota a empresa.

(Ana Luísa Westphalen | Valor)

sexta-feira, 11 de março de 2011

IGP-M apresenta alta de 0,48% na leitura inicial de março

SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou elevação de 0,48% na primeira medição de março, contra avanço de 0,66% em igual período do mês anterior. Todos os componentes do indicador contribuíram para essa desaceleração, conforme pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), por exemplo, saiu de aumento de 0,76% na apuração inicial de fevereiro para 0,56% nesta pesquisa. Os preços dos produtos agropecuários subiram 0,86% e os preços dos bens industriais tiveram incremento de 0,45%, contra acréscimo de 1,42% e 0,52%, nesta ordem, na parcial do mês passado.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 0,45% para 0,35% de expansão, com atenção para o movimento dos ramos Educação, leitura e recreação (1,63% na primeira prévia de fevereiro para 0,07% na leitura inicial de março), Alimentação (-0,10% para -0,04%) e Transportes (1,53% para 0,80%).

Finalmente, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,23% na prévia de março, após ampliação de 0,52% na pesquisa preliminar de fevereiro. Materiais, equipamentos e serviços subiram 0,44% e Mão de obra verificou estabilidade.

No acumulado do ano, o IGP-M aumentou 2,29%. Em 12 meses, o incremento foi de 10,79%.

(Juliana Cardoso | Valor)

Norte e nordeste terão o maior número de obras em cinco anos

são paulo - Em 5 anos, as empresas de construção civil estarão com os holofotes para o norte e nordeste, e a consultoria ITCnet prevê crescimento na casa dos 14% em número de obras na região este ano, estima Viviane Guirão, diretora do ITCNet. Com meta de vender R$ 300 milhões nessas regiões, a construtora Rossi Residencial fechou parceria com a nordestina Norcon, disse Cássio Audi, diretor Financeiro da Rossi. As indústrias seguem o crescimento habitacional e a Eternit anuncia a construção de nova fábrica em Caucaia (CE).

quinta-feira, 10 de março de 2011

China investirá US$ 200 bilhões para frear preços de imóveis

Governo anunciou que construirá 10 milhões de casas de baixo custo para contornar especulação e evitar possível bolha
09 de março de 2011 | 10h 46
Compartilhar O governo da China anunciou que vai investir cerca de US$ 200 bilhões na construção ou renovação de 10 milhões de casas populares, para contrabalançar o forte aumento de preços no mercado imobiliário do país.

Em janeiro, o preço de novas casas subiu em relação a um ano atrás em 68 de 70 cidades chinesas acompanhadas pelo governo. A preocupação é que o ritmo da inflação incentive a especulação imobiliária e vice-versa, levando a uma bolha no mercado.

As casas subiram em janeiro a um ritmo anual de 6,8% em Pequim - onde o metro quadrado pode chegar a US$ 3 mil - e 1,5% em Xangai.

Mas cidades menores viram aumentos mais acentuados: em Haikou, no sul do país, a elevação foi de 21,6% e em Yueyang e Ganzhou, no centro, os percentuais chegaram a 14,2% e 12,3%, respectivamente.

Analistas esperam que a entrada de novas casas no mercado tenha impacto, já que o número de residências anunciadas nesta quarta-feira pelo governo chinês - 10 milhões - representa mais da metade do número de unidades construídas no ano passado.

Esse total inclui quatro milhões de residências de baixa qualidade que devem ser renovadas.

"Queremos que o atual fornecimento limitado de imóveis seja direcionado para os consumidores que mais precisam de casa própria. Esta é a razão básica por que impusemos medidas regulatórias no mercado", disse o vice-ministro de Habitação do governo chinês, Qi Ji.

"Se os preços dos imóveis não puderem ser estabilizados, se a meta das habitações de baixo custo não for atingida, e se o desenvolvimento social e a estabilidade forem afetados, as autoridades competentes serão investigadas convocadas a fim de assumir sua responsabilidade."

O anúncio desta quarta-feira é parte do compromisso de governo de levantar 36 milhões de residências de baixo custo nos próximos cinco anos, assumido no âmbito do seu plano quinquenal 2011-2015, que está sendo debatido pelo Congresso anual do Partido Comunista chinês.

O correspondente da BBC em Xangai, Chris Hogg, disse que os preços dos imóveis têm subido tanto na China que "está ficando mais e mais difícil para as famílias comprar mesmo que seja um pequeno apartamento".

Segundo o repórter, o governo chinês tem respondido a esse fenômeno com medidas para tentar conter a especulação e desincentivar a compra e venda de imóveis secundários.

Empresas de construção já expressaram sua preocupação com o impacto das novas casas em seus lucros.

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UMA POSITIVA PERSPECTIVA

Focalize 90% do seu tempo nas soluções e apenas 10% na preocupação do problema. Anthony J.D’Angelo

N ão é verdade que quando você se vê envolvido em muita preocupação pelos seus problemas isso lhe dá uma estranha sensação que de alguma maneira você está “resolvendo” o problema? E na realidade você está. Você está fazendo com que ele se torne pior ao lhe dar uma atenção maior através da sua energia e do melhor do seu tempo e ao permitir que as suas preocupações influenciem poderosamente os seus pensamentos.

Qual é o oposto disso? Simplesmente mantenha um foco positivo. Isso não é tão difícil quanto aparenta ser. Isso não custa dinheiro. Isso simplesmente envolve um ajuste nas suas atitudes. Se isso não é tão difícil por que então as pessoas de um modo geral não agem dessa maneira? As pessoas não agem dessa maneira porque viver no negativismo traz algum conforto. Preocupar, lamuriar e reclamar das circunstâncias não exige de você nenhum esforço.

Porém, em contraste, encarar as coisas de uma maneira positiva faz com que você venha a tomar uma ação, a assumir responsabilidades. E para muitas pessoas isso é muito assustador. Deus nos chama a derramar sobre Ele as nossas ansiedades. Isso requer coragem, requer fé, confiança e determinação de crer no Deus que cumpre a Sua palavra. Veja o positivo mesmo em meio as nuvens mais escuras ao seu redor e saiba que essa abordagem poderá leva-lo a lugares que você jamais sonhou chegar mesmo em meio às perguntas sem aparentes respostas.

Nélio DaSilva

Para Meditação:

Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes. Jeremias 33:3

VAI CHEGAR O DIA

Nós não sabemos quem realmente somos até que possamos ver o que somos capazes de fazer. Martha Grimes

V ai chegar o dia em que você irá entender a extensão do seu potencial. Vai chegar a hora em que você irá se perguntar a razão de haver usado nada mais do que uma fração mínima dos talentos que Deus lhe deu. Vai chegar o dia em que você irá se perguntar o motivo de não haver sido mais corajoso e determinado. Vai chegar o tempo em que você decidirá fazer um melhor uso da coragem e da persistência. Nesse dia você ficará maravilhado com os resultados das suas realizações.

Vai chegar o dia em que você não irá mais se preocupar com cada coisa diminuta que surgir em seu caminho. Vai chegar o dia em que você finalmente seguirá corajosamente em direção aos seus sonhos, não importando qual seja o preço que terá que ser pago para que eles se tornem uma realidade.

Vai chegar o dia em que você irá compreender que a sua vida tem um propósito muito especial. Vai chegar o dia em que você irá compreender com uma profundidade muito maior que Deus é que tem lhe dado a bênção de estar vivo. Quanto mais cedo chegar esse dia, mais você irá poder desfrutar a sua vida numa plenitude muito mais rica e abundante.

Nélio DaSilva

Para Meditação:

Tudo posso naquele que me fortalece. Filipenses 4:13

Preços de imóveis subiram 2,1% em fevereiro e 13,2% nos últimos seis meses, segundo o novo índice FipeZap

Karina Lignelli
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Share . ...SÃO PAULO - A valorização do mercado imobiliário, refletida pela demanda bem maior que a oferta, aponta mais uma variação positiva no preço do imóveis residenciais para compra e venda. Segundo o Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados, realizado pelo portal Zap imóveis (uma empresa formada pelo GLOBO e o jornal "O Estado de S. Paulo") em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, em fevereiro a alta foi de 2,1% frente a janeiro. Nos últimos seis meses, a alta chega a 13,2%.

Das sete capitais pesquisadas, o índice acompanha em apenas três o resultado do acumulado dos últimos 12 meses. Entre elas, o Rio de Janeiro foi o que puxou a fila, com alta de 2,8% no mês passado e 41,7% nos últimos 12 meses. São Paulo ficou em segundo, com variação positiva de 2% e 24,5%, e Belo Horizonte em terceiro, com 2,7% e 19,1%.

Pela análise de cerca de 190 mil imóveis anunciados no portal Zap, a Fipe também registrou alta nos preços por número de quartos, sendo que os de um, dois, três e quatro ou mais se valorizaram 2%, 2,2%, 2,1% e 1,8% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. Só no Rio, desde janeiro de 2008 a variação foi positiva em 111% nos casos de um dormitório, em 99% nos de dois, em 97% nos de três e em 80% nos de quatro ou mais. Quanto aos preços por metro quadrado, o maior preço registrado na Zona Sul carioca foi no bairro do Leblon, de R$ 12.512, e o menor no Leme, de R$ 8.571. Na Zona Norte, a maior alta registrada em fevereiro foi no bairro Coelho Neto, R$ 1.176, e a menor em Guadalupe, R$ 815.

De acordo com o vice-presidente do Secovi-Rio, Leonardo Schneider, vários fatores têm puxado a alta nos preços dos imóveis. Entre eles, os investimentos em infraestrutura na cidade para as Olimpíadas e a Copa do Mundo, a grande quantidade de pessoas de fora que têm comprado e investido em imóveis no Rio e até a escassez de terrenos para viabilizar empreendimentos, principalmente na Zona Sul. Já o diretor de Business Intelligence do Zap, Caio Bianchi, aposta no aumento da renda média, acesso maior aos bens de consumo duráveis e à expansão do crédito imobiliário.

- Em 20 anos, nunca houve um aumento na procura por imóveis no Rio tão grande como agora. Só nos dois últimos anos, o aumento foi de 100%, em média. Moradia é um dos itens mais valorizados pelas famílias, e hoje, comparado a outras aplicações financeiras, o investimento em imóveis é imbatível - disse Schneider.

Para ele, só uma nova crise internacional atrapalharia a expansão imobiliária.

- Internamente, o mercado tem muitos indicadores favoráveis, como demanda alta e inadimplência sob controle. Há muito espaço para crescer - conclui.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Pedidos de hipotecas avançam 15,5% nos EUA

Valor Online

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Share SÃO PAULO - As solicitações de empréstimos imobiliários nos Estados Unidos cresceram 15,5% na semana encerrada em 4 de março, com ajuste sazonal, após um recuo de 6,5% nos sete dias anteriores.

Na base sem ajuste, os pedidos de hipotecas aumentaram 16,1% em relação ao levantamento anterior, informa a Mortgage Bankers Association (MBA), entidade que representa a indústria americana de financiamento imobiliário.

O índice de refinanciamento de empréstimos imobiliários acelerou 17,2% no período e atingiu seu maior nível desde a semana finalizada em 14 de janeiro deste ano.

Os pedidos de compra de imóveis avançaram 12,5% em relação à prévia anterior, com ajuste sazonal, atingindo a segunda melhor marca do ano, segundo a MBA. Sem o ajuste, os pedidos aumentaram 14,3% no período e ficaram 14,3% abaixo do registrado na semana equivalente de 2010.

"Na base ajustada, a atividade de pedidos de compra é a mais alta desde maio do ano passado", destacou o vice-presidente de Pesquisa e Economia da MBA, Michael Fratantoni. Segundo ele, o mercado de trabalho está começando a melhorar, abrindo caminho para uma recuperação do setor imobiliário. "Além disso, as taxas de juros hipotecários permaneceram abaixo de 5% pela segunda semana consecutiva, mantendo a acessibilidade para os compradores e levando a um aumento dos pedidos de refinanciamento", acrescentou.

A participação do refinanciamento na atividade de hipotecas avançou para 65,5% em relação à fatia de 64,9% registrada no levantamento anterior.

(Daniela Braun | Valor)