Empresários, estudantes e famílias menores influenciam no perfil das novas construções
Sérgio Vieira, do R7 | 15/03/2011
...A procura crescente por imóveis na cidade do Rio de Janeiro está criando um fenômeno já verificado no mercado imobiliário de São Paulo há alguns anos: os grandes e amplos apartamentos estão se tornando “peça de museu” e estão dando espaços a lançamentos com unidades cada vez menores, de acordo com pesquisa inédita divulgada pelo Secovi-Rio nesta terça-feira (15).
Segundo Maria Tereza Mendonça Dias, vice-presidente de finanças e desenvolvimento da instituição, a mudança no perfil da famílias e a chegada de públicos diferentes para viver na capital fluminense contribui para que as incorporadoras e construtoras privilegiem lançamentos de imóveis menores.
- Com mais renda e crédito para a população, os filhos estão deixando as casas mais cedo e comprando imóveis, os estudantes estão se deslocando entre as cidades, as famílias estão ficando menores e o principal, o que é até um orgulho para o Brasil: os empresários estrangeiros estão vindo com multinacionais e outras empresas para a cidade. Essa demanda é sempre maior para imóveis de um quarto e de dois quartos.
Em média, os apartamentos de um quarto que tinham 50,13 metros quadrados em 2009, dois anos depois ficaram ainda menores. As novas unidades estão sendo comercializados, em média, com 46,48 metros quadrados. Já os imóveis novos de dois quartos, que em 2008 tinham 61,68 metros quadrados deram lugar para novas unidades de, em média, 82,25 metros quadrados em 2010.
Quando os dados são analisados por bairros, os menores apartamentos estão no centro da cidade, onde estão localizadas 40% dos imóveis com um quarto, mas que em média têm apenas 42 metros quadrados. As maiores unidades de quarto e sala se encontram, em Recreio dos Bandeirantes e na Barra da Tijuca, ambos na zona oeste, com 63 e 62 metros quadrados, respectivamente.
Ainda segundo a vice-presidente de finanças e desenvolvimento, a tendência para os próximos anos é que os novos lançamentos no mercado carioca priorizem os imóveis de um quarto e dois quartos, já que as perspectivas mostram que a nova classe C continuará a crescer por mais algum tempo.
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