terça-feira, 1 de março de 2011

Boom brasileiro atrai franquias imobiliárias

O mercado imobiliário, que vive momento de crescimento acelerado, descobriu o setor de franquias. Há três anos o segmento era inexplorado na área de imóveis, mas atualmente conta com 15 marcas que atuam como redes franqueadoras, entre as quais estão as norte-americanas Century 21 e Re/Max.

Para os investidores, este parece ser um mercado promissor. "Apesar de ser um segmento novo em franchising, o mercado imobiliário tem altas expectativas para 2011, com o lançamento de milhares de empreendimentos no País. A tendência é o mercado se profissionalizar e acirrar mais a boa concorrência, uma vez que as franquias imobiliárias brasileiras devem crescer 30% no período", declara Marina Nascimbem Bechtejew Richter, sócia do escritório Kurita, Bechtejew e Monegaglia Advogados, especializado no tema.

Para Daniela Cassanova, professora de Negócios Imobiliários da Unip, o sistema de franquias imobiliárias junta duas vertentes expressivas: "Franquias estão em franca expansão, independentemente da área, e o mesmo vale para o setor imobiliário, que vive um boom", diz.

A executiva faz menção à imobiliária Auxiliadora Predial, que já trabalha no ramo de franquias no Rio Grande do Sul e chegou a São Paulo este ano, ao investir R$ 500 mil para a entrada no mercado da capital paulista e Grande São Paulo. O objetivo do grupo é fechar o ano com 15 unidades na região. "Nosso grande diferencial é ser uma marca brasileira e atender de perto nossos franqueados", afirmou Antônio Azmus, diretor da Auxiliadora Predial, que detém 33 unidades no sul.

Já a Re/Max, no Brasil desde janeiro de 2010, desenvolveu o software iConnect, que auxilia a venda em 44 países e em 25 idiomas. "Cerca de 60% das vendas mundiais são realizadas por meio do iConnect, e a tendência é que no Brasil esse percentual seja semelhante", afirma Renato Teixeira, presidente da Re/Max Brasil, que tem 68 franquias no País. A rede atua em 81 países e tem mais de 7 mil franqueados, inclusive na Rússia, Índia e China. "As maiores marcas mundiais devem vir para cá nos próximos dois anos. Somos muito assediados." A Re/Max estima ter fechado 2010 com R$ 1 bilhão em vendas.

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