sábado, 19 de março de 2011

Rio de Janeiro: o boom imobiliário na periferia

Não é novidade para ninguém que o mercado imobiliário no Rio de Janeiro está aquecido. Hoje, em alguns dos endereços mais valorizados da cidade, como a orla da praia de Ipanema ou o entorno da lagoa Rodrigo de Freitas, o metro quadrado chega a valer 50 000 reais. No centro da cidade, os preços por metro quadrado dos aluguéis de escritórios superam os dos pontos mais caros de São Paulo. A novidade, agora, é que o boom imobiliário também se estende a áreas da periferia e inclui os terrenos de indústrias.

Nesta quinta-feira (17), durante um almoço em São Paulo com empresários do setor de equipamentos industriais – entre eles um carioca –, uma parte da conversa foi sobre a atual fase de crescimento do Rio de Janeiro, que gerou uma bolha de preços imobiliários. Ele citou como exemplo a área que hoje abriga os estaleiros Enavi e Renave, em Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara, que lhe foi oferecida há pouco tempo. Segundo ele, o complexo, com três diques flutuantes, dois diques secos, um alojamento para 250 pessoas e saída para o mar, estaria à venda por incríveis 300 milhões de euros – o equivalente a 700 milhões de reais. “Há alguns anos, ninguém pagaria nem cinco milhões de reais por essas instalações”, disse o empresário.

A rápida valorização é justificada pela escassez de bons terrenos na cidade. O crescimento vertiginoso da indústria ligada ao petróleo e as obras de infraestrutura para a Copa têm agravado a situação. Há ainda uma alta nos imóveis de favelas pacificadas e nos de sua vizinhança. E quando se trata de áreas próximas ao mar, como mostra o exemplo, não são apenas aquelas de frente para as belas praias de Ipanema e do Leblon que estão com preços estratosféricos…

Fonte Revista Exame.

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