DCI, 29/out
A Caixa Econômica Federal não está mais sozinha na concessão de crédito imobiliário para pessoas físicas. Os bancos privados despertaram da crise para atender à explosão da expansão de moradias no Brasil. "Há um déficit habitacional de seis milhões de residências. Essa pode ser uma alavanca do crescimento do crédito, existe um potencial muito grande", vislumbra o diretor de negócios imobiliários do Banco Santander Brasil, José Roberto Machado.
No balanço do banco, divulgado ontem, o Santander relatou que seu crédito imobiliário cresceu 30,7% nos últimos 12 meses. A soma das carteiras de pessoa física e jurídica totalizou R$ 11, 233 bilhões, ante R$ 8,593 bilhões do ano passado. O destaque do terceiro trimestre é que a linha de crédito para pessoas jurídicas cresceu 42% e atingiu R$ 5,119 bilhões, contra R$ 3,606 bilhões no ano passado.
A carteira imobiliária do Santander para pessoas físicas apresentou crescimento de 22,6% e alcançou R$ 6,114 bilhões, ante R$ 4,978 bilhões registrados no mesmo período de 2009.
Machado aponta que o Santander pode manter a expansão nos próximos dois ou três anos. "A originação é bem maior que a carteira de R$ 11,2 bilhões. O estoque já contratado pelas construtoras e incorporadoras é de R$ 18 bilhões", calcula Machado.
O Santander trabalha com taxas entre 9,5% e 10,5% ao ano no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e entre 12,5% e 13% ao ano para o crédito pré-fixado. "Alongamos os prazos para até 30 anos e inovamos ao captar vendas até na internet", contou Machado.
Outro concorrente da Caixa, o HSBC apresentou crescimento de 45% no mesmo período. O superintendente de crédito imobiliário do HSBC, Jaime Chiganças, informou que a carteira saltou de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,6 bilhão até o fim de setembro. "Devemos alcançar R$ 2 bilhões em 2010 e projetamos crescimento de 40% em 2011 e outros 40% em 2012", estima Chiganças.
Para além de 2013, a preocupação dele, como a do setor, é com uma provável falta de recursos da poupança para financiar a crescente demanda.
"Num primeiro momento teremos de aumentar a captação da poupança. O setor está se mobilizando para propor novos produtos para incentivar a captação de recursos", cita Chiganças.
"Da nossa carteira, 90% dos recursos vieram da poupança e outros 10% através das LCIs [Letras de Crédito Imobiliário]", detalhou o superintendente.
O HSBC financiou 5,5 mil clientes pessoa física em 2010, quase um terço de seus 17 mil clientes em crédito imobiliário. As taxas para imóveis até R$ 150 mil possuem juros de 8,9% ao ano; para imóveis entre R$ 150 mil e 500 mil a taxa está em 10,5% ao ano; e para imóveis acima do valor de R$ 500 mil a taxa praticada é de 10,9% ao ano.
Outro grande concorrente da Caixa é o Bradesco, que está avançando nas faixas mais populares de renda. "Não participamos do programa 'Minha Casa, Minha Vida' (MCMV), mas o Bradesco financia imóveis a partir da faixa de R$ 30 mil com recursos da poupança", afirmou ao DCI, o diretor da área de crédito imobiliário do Bradesco, Claudio Borges.
Segundo Borges, o Bradesco fez a contratação de 47 mil novos imóveis em 2010 com 740 obras em andamento. "34% das unidades são para a faixa entre 3 a 10 salários mínimos", destacou. As contratações pelo Bradesco representaram R$ 6,7 bilhões até setembro, com crescimento de 22% em relação a 2009. O saldo de crédito em carteira acumulou R$ 9,5 bilhões até o final de setembro. "75% são para construtoras e incorporadoras e 25% para pessoas físicas", detalhou Borges.
A concessão de crédito atual está em torno de R$ 1 bilhão por mês. "Vejo um cenário para 2011, igual ou maior do que fizemos até agora", vislumbrou Borges.
Caixa
A contratação de unidades pela Caixa cresceu 1,25%, de 896.908 imóveis em 2009 para 908.155 em 2010. Em volume de recursos, a contratação cresceu 20,6%, de R$ 47,05 bilhões em 2009 para R$ 56,74 bilhões em 2010.
Do volume de unidades, a contratação do "Minha Casa, Minha Vida" avançou 51,9% para 418.512 imóveis, sendo 46% delas com recursos do Orçamento Geral da União e 54% originado de recursos do FGTS. Juros de 5% (até 3 salários mínimos); 6% (até 6 sm), e de 8,16% ao ano (até 10 sm).
No SFH com recursos da poupança houve queda de 21% nas contratações, de 621 mil em 2009 para 489 mil em 2010. Os juros variam entre 8,9% ao ano no SFH e 11,5% ao ano, fora do SFH.
sábado, 30 de outubro de 2010
Eztec mostra como crescer com gestão familiar
Valor Econômico, Daniela D'Ambrosio, 29/out
Todas as segundas e sextas-feiras, o almoço do primeiro escalão da construtora Eztec tem endereço certo: a casa do patriarca e fundador da empresa, Ernesto Zarzur. Todos os diretores, a maioria deles da família, alguns gerentes e até outros funcionários são convidados para saborear pratos típicos da culinária libanesa. Aos 76 anos, 60 no mercado imobiliário, o ativo empresário - trabalha de segunda à sexta e nos fins de semana visita os plantões - hoje preside o conselho de administração da Eztec, uma companhia listada em bolsa. E seus sócios têm motivos para festejar. A margem líquida de 43,6% no terceiro trimestre, quase três vezes a média do setor.
É nesse ambiente agregador e literalmente familiar, com uma típica administração à moda antiga, que Zarzur ainda dá as diretrizes da empresa que fundou há 30 anos. O grupo controlador tem 70,9% da empresa - 27,5% das ações estão no mercado. E é a sua personalidade, inquieta, conservadora e extremamente exigente, que molda a gestão. "Eu nunca recebi nenhum elogio", diz Silvio Zarzur, vice-presidente da companhia e um dos filhos de Ernesto. "Foi a insatisfação permanente que nos trouxe até aqui." O dono das cobranças é um senhor de fala firme e ao mesmo tempo carinhoso - um dos filhos entra na sala e o cumprimenta com um beijo - que impressiona pela familiaridade que tem com números e detalhes dos projetos.
A forte presença da família começou a ser questionada antes da abertura de capital. Dos oito diretores estatutários, cinco têm o sobrenome Zarzur. "Vieram me perguntar se eu estava abrindo capital para dar emprego à minha família", conta Zarzur. "Respondi que não precisava do dinheiro deles, tinha capital, obras e terreno para tocar minha empresa." Quando a Eztec entrou na bolsa, tinha patrimônio de R$ 180 milhões entre terrenos, obras e dinheiro do controlador, mas ganhou fôlego com a injeção de capital de R$ 540 milhões que recebeu do mercado em junho de 2007. "Naquele momento, os executivos de mercado eram caríssimos e meus filhos muito preparados", diz. "Hoje tenho executivos qualificados, que não sofrem assédio da concorrência, dão ótimos resultados e são leais."
Até fazer a abertura de capital, Zarzur nunca tinha feito um único empréstimo para a empresa. E não tinha sequer ficha cadastral em banco. Continua avesso a dívidas e nunca emitiu debênture. No terceiro trimestre, a dívida total fechou em R$ 56 milhões para patrimônio líquido de R$ 1,094 bilhão.
A Eztec está na contramão do resto das companhias abertas em vários sentidos: não está na baixa renda - atua para classe média e alta - e não apostou na diversificação geográfica - concentra seus negócios na cidade de São Paulo. Praticamente só compra terrenos à vista - para não dividir o lucro - e só aceita permutas em casos excepcionais. No terceiro trimestre surpreendeu com margem bruta de 52,1% para uma média de 32% do setor no segundo trimestre.
Ainda que não tenham a cobrança de um pai "bravo", outros executivos devem satisfação aos investidores, que são igualmente exigentes. Qual o segredo, então? "É incontestável que o mercado forte como está nos ajuda, mas o modelo de gestão é fundamental", diz Silvio. Além de ser verticalizada, a empresa adotou um sistema de parametrização, onde cada área tem controle sobre a operação e qualquer desvio precisa ser explicado. Antecipa as contratações para segurar o preço de matéria-prima e mão de obra e, na outra ponta, lança projetos que possam ter preço alto. Com apenas um lançamento no trimestre, vendeu muito apartamento pronto - o que também garante margem mais alta.
Tem uma equipe de 20 pessoas na parte de desenvolvimento e legalização de projeto. "É a área mais cara da empresa e desproporcional ao nosso tamanho, mas precisa ser assim para termos agilidade nas aprovações", diz Silvio.
"Foi uma empresa que escolheu ficar com poucos projetos e rentáveis", diz uma fonte do setor. Sobre o dilema entre crescer e ser rentável, Silvio diz que a Eztec, sim, cresceu. "Em dois anos dobramos de tamanho, mas queremos ter controle sobre capacidade de execução", diz o filho que não esconde a vontade de ganhar um elogio do pai.
Todas as segundas e sextas-feiras, o almoço do primeiro escalão da construtora Eztec tem endereço certo: a casa do patriarca e fundador da empresa, Ernesto Zarzur. Todos os diretores, a maioria deles da família, alguns gerentes e até outros funcionários são convidados para saborear pratos típicos da culinária libanesa. Aos 76 anos, 60 no mercado imobiliário, o ativo empresário - trabalha de segunda à sexta e nos fins de semana visita os plantões - hoje preside o conselho de administração da Eztec, uma companhia listada em bolsa. E seus sócios têm motivos para festejar. A margem líquida de 43,6% no terceiro trimestre, quase três vezes a média do setor.
É nesse ambiente agregador e literalmente familiar, com uma típica administração à moda antiga, que Zarzur ainda dá as diretrizes da empresa que fundou há 30 anos. O grupo controlador tem 70,9% da empresa - 27,5% das ações estão no mercado. E é a sua personalidade, inquieta, conservadora e extremamente exigente, que molda a gestão. "Eu nunca recebi nenhum elogio", diz Silvio Zarzur, vice-presidente da companhia e um dos filhos de Ernesto. "Foi a insatisfação permanente que nos trouxe até aqui." O dono das cobranças é um senhor de fala firme e ao mesmo tempo carinhoso - um dos filhos entra na sala e o cumprimenta com um beijo - que impressiona pela familiaridade que tem com números e detalhes dos projetos.
A forte presença da família começou a ser questionada antes da abertura de capital. Dos oito diretores estatutários, cinco têm o sobrenome Zarzur. "Vieram me perguntar se eu estava abrindo capital para dar emprego à minha família", conta Zarzur. "Respondi que não precisava do dinheiro deles, tinha capital, obras e terreno para tocar minha empresa." Quando a Eztec entrou na bolsa, tinha patrimônio de R$ 180 milhões entre terrenos, obras e dinheiro do controlador, mas ganhou fôlego com a injeção de capital de R$ 540 milhões que recebeu do mercado em junho de 2007. "Naquele momento, os executivos de mercado eram caríssimos e meus filhos muito preparados", diz. "Hoje tenho executivos qualificados, que não sofrem assédio da concorrência, dão ótimos resultados e são leais."
Até fazer a abertura de capital, Zarzur nunca tinha feito um único empréstimo para a empresa. E não tinha sequer ficha cadastral em banco. Continua avesso a dívidas e nunca emitiu debênture. No terceiro trimestre, a dívida total fechou em R$ 56 milhões para patrimônio líquido de R$ 1,094 bilhão.
A Eztec está na contramão do resto das companhias abertas em vários sentidos: não está na baixa renda - atua para classe média e alta - e não apostou na diversificação geográfica - concentra seus negócios na cidade de São Paulo. Praticamente só compra terrenos à vista - para não dividir o lucro - e só aceita permutas em casos excepcionais. No terceiro trimestre surpreendeu com margem bruta de 52,1% para uma média de 32% do setor no segundo trimestre.
Ainda que não tenham a cobrança de um pai "bravo", outros executivos devem satisfação aos investidores, que são igualmente exigentes. Qual o segredo, então? "É incontestável que o mercado forte como está nos ajuda, mas o modelo de gestão é fundamental", diz Silvio. Além de ser verticalizada, a empresa adotou um sistema de parametrização, onde cada área tem controle sobre a operação e qualquer desvio precisa ser explicado. Antecipa as contratações para segurar o preço de matéria-prima e mão de obra e, na outra ponta, lança projetos que possam ter preço alto. Com apenas um lançamento no trimestre, vendeu muito apartamento pronto - o que também garante margem mais alta.
Tem uma equipe de 20 pessoas na parte de desenvolvimento e legalização de projeto. "É a área mais cara da empresa e desproporcional ao nosso tamanho, mas precisa ser assim para termos agilidade nas aprovações", diz Silvio.
"Foi uma empresa que escolheu ficar com poucos projetos e rentáveis", diz uma fonte do setor. Sobre o dilema entre crescer e ser rentável, Silvio diz que a Eztec, sim, cresceu. "Em dois anos dobramos de tamanho, mas queremos ter controle sobre capacidade de execução", diz o filho que não esconde a vontade de ganhar um elogio do pai.
Allianz simplifica plano residencial
Jornal do Commercio, 29/out
A Allianz adicionou à sua prateleira de produtos o 'Residência Essencial', que o corretor pode vender a partir de R$ 76,70 ou em quatro parcelas de R$ 19,18 sem juros. São seis tipos de planos, variando apenas o preço. 0 produto cobre os principais riscos do imóvel, é de fácil contratação e tem serviços de assistência 24 horas. "Nossa intenção foi entregar um produto autoexplicativo ao mercado e desmistificar a ideia que o brasileiro faz do custo deste produto", destaca o superintendente da seguradora, Rafael Rodrigues.
A Allianz adicionou à sua prateleira de produtos o 'Residência Essencial', que o corretor pode vender a partir de R$ 76,70 ou em quatro parcelas de R$ 19,18 sem juros. São seis tipos de planos, variando apenas o preço. 0 produto cobre os principais riscos do imóvel, é de fácil contratação e tem serviços de assistência 24 horas. "Nossa intenção foi entregar um produto autoexplicativo ao mercado e desmistificar a ideia que o brasileiro faz do custo deste produto", destaca o superintendente da seguradora, Rafael Rodrigues.
Prazo de entrega estendido
O Dia, Cristiane Campos, 29/out
O boom do mercado imobiliário já começa a comprometer o prazo de entrega das chaves da casa nova e até o padrão de qualidade das construções. O setor estuda ampliar o período de conclusão dos imóveis comprados na planta, que passaria dos atuais 30 a 36 meses para entre 40 e 48 meses (4 anos). Construtoras já se mobilizam em busca de alternativas. Segundo Pesquisa da Ademi (Associação de Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário), foram lançadas na cidade 10.551 unidades comerciais e residenciais, de janeiro a setembro deste ano.
De acordo com o presidente da Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio), Roberto Kauff mann, a entidade promoverá seminário em novembro para tratar do tema, "O número de reclamações por atraso e qualidade do imóvel está aumentando.
O setor já tomou conhecimento do problema. Isso se deve ao grande volume de obras, principalmente das empresas que abriram capital, e há também um gerenciamento de obra inadequado", explica Kauffmann, que, semana passada, esteve em São Paulo para tratar do assunto na CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
Para o diretor da Basimóvel, Ariovaldo Rocha Filho, falta planejamento nas empresas que atrasam as obras. "Hoje, temos construtoras como a Calçada, que está antecipando em um ano a entrega do empreendimento Vision na Barra da Tijuca. O mesmo acontece com a Fernandes Araújo", afirma.
Seguro garante a entrega do imóvel
0 presidente do Sinduscon-Rio, Roberto Kauffmann, recomenda a quem compra um imóvel na planta escolher empreendimentos em que a obra é financiada por agente financeiro como a Caixa Econômica Federal, Itaú e Santan der, entre outros. Isso porque existe o seguro "término de obra". Outra orientação é verificar se o quadro técnico da empresa está registrado no Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
O gerente comercial da Fernandes Araújo, Paulo César Andrade, afirma que a empresa percebe a falta de mão de obra no mercado, mas isso não a impede de tocar as construções. "É um diferencial que oferecemos. Mas, além de tudo, é uma forma de mostrar nosso respeito ao consumidor".
O boom do mercado imobiliário já começa a comprometer o prazo de entrega das chaves da casa nova e até o padrão de qualidade das construções. O setor estuda ampliar o período de conclusão dos imóveis comprados na planta, que passaria dos atuais 30 a 36 meses para entre 40 e 48 meses (4 anos). Construtoras já se mobilizam em busca de alternativas. Segundo Pesquisa da Ademi (Associação de Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário), foram lançadas na cidade 10.551 unidades comerciais e residenciais, de janeiro a setembro deste ano.
De acordo com o presidente da Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio), Roberto Kauff mann, a entidade promoverá seminário em novembro para tratar do tema, "O número de reclamações por atraso e qualidade do imóvel está aumentando.
O setor já tomou conhecimento do problema. Isso se deve ao grande volume de obras, principalmente das empresas que abriram capital, e há também um gerenciamento de obra inadequado", explica Kauffmann, que, semana passada, esteve em São Paulo para tratar do assunto na CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
Para o diretor da Basimóvel, Ariovaldo Rocha Filho, falta planejamento nas empresas que atrasam as obras. "Hoje, temos construtoras como a Calçada, que está antecipando em um ano a entrega do empreendimento Vision na Barra da Tijuca. O mesmo acontece com a Fernandes Araújo", afirma.
Seguro garante a entrega do imóvel
0 presidente do Sinduscon-Rio, Roberto Kauffmann, recomenda a quem compra um imóvel na planta escolher empreendimentos em que a obra é financiada por agente financeiro como a Caixa Econômica Federal, Itaú e Santan der, entre outros. Isso porque existe o seguro "término de obra". Outra orientação é verificar se o quadro técnico da empresa está registrado no Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
O gerente comercial da Fernandes Araújo, Paulo César Andrade, afirma que a empresa percebe a falta de mão de obra no mercado, mas isso não a impede de tocar as construções. "É um diferencial que oferecemos. Mas, além de tudo, é uma forma de mostrar nosso respeito ao consumidor".
domingo, 24 de outubro de 2010
Um imóvel é demolido a cada 10 horas em São Paulo
Por causa do boom imobiliário, quase 600 prédios são lançados por ano na capital paulista. A cidade perdeu em três anos exatas 2.692 casas
Por Agência Estado
SAIBA MAISSão Paulo - A cada dia, 2,5 imóveis são demolidos, em média, na cidade de São Paulo. É a ponta mais visível - e, para muitos urbanistas, perversa - do boom do mercado imobiliário, que lança quase 600 prédios por ano na capital paulista. Com a escassez de espaços urbanos, principalmente terrenos vagos em áreas nobres, a solução é destruir - segundo levantamento exclusivo feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, a cidade perdeu em três anos exatas 2.692 casas.
A pesquisa foi feita com base em todos os deferimentos de alvarás de execução de demolição publicados no Diário Oficial da Cidade de São Paulo de 1.º de janeiro de 2008 até quarta-feira passada. Neste ano, já foram demolidos 664 imóveis. No ano passado, foram 933, e em 2008, 1.095. Traduzindo os números, isso significa que uma casa acabou sendo derrubada a cada dez horas para dar lugar a prédios, espigões ou condomínios residenciais e comerciais.
Exemplos desse cenário não faltam, principalmente em bairros que até a década passada eram predominantemente ocupados por casas - como Vila Mariana, Ipiranga e Vila Olímpia, na zona sul; Pinheiros e Pompeia, na zona oeste; Tucuruvi, na zona norte; e Mooca e Vila Prudente, na zona leste. Para as empresas especializadas em demolições, trata-se de um mercado exemplar, que cresce quase 80% ao ano. Mas para urbanistas, a transformação faz os endereços perderem um pedaço importante da própria memória.
"Há um empobrecimento histórico de São Paulo, a unidade da vizinhança fica extremamente prejudicada", diz o arquiteto e historiador Benedito Lima de Toledo, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Agência Estado
SAIBA MAISSão Paulo - A cada dia, 2,5 imóveis são demolidos, em média, na cidade de São Paulo. É a ponta mais visível - e, para muitos urbanistas, perversa - do boom do mercado imobiliário, que lança quase 600 prédios por ano na capital paulista. Com a escassez de espaços urbanos, principalmente terrenos vagos em áreas nobres, a solução é destruir - segundo levantamento exclusivo feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, a cidade perdeu em três anos exatas 2.692 casas.
A pesquisa foi feita com base em todos os deferimentos de alvarás de execução de demolição publicados no Diário Oficial da Cidade de São Paulo de 1.º de janeiro de 2008 até quarta-feira passada. Neste ano, já foram demolidos 664 imóveis. No ano passado, foram 933, e em 2008, 1.095. Traduzindo os números, isso significa que uma casa acabou sendo derrubada a cada dez horas para dar lugar a prédios, espigões ou condomínios residenciais e comerciais.
Exemplos desse cenário não faltam, principalmente em bairros que até a década passada eram predominantemente ocupados por casas - como Vila Mariana, Ipiranga e Vila Olímpia, na zona sul; Pinheiros e Pompeia, na zona oeste; Tucuruvi, na zona norte; e Mooca e Vila Prudente, na zona leste. Para as empresas especializadas em demolições, trata-se de um mercado exemplar, que cresce quase 80% ao ano. Mas para urbanistas, a transformação faz os endereços perderem um pedaço importante da própria memória.
"Há um empobrecimento histórico de São Paulo, a unidade da vizinhança fica extremamente prejudicada", diz o arquiteto e historiador Benedito Lima de Toledo, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Kinea, do Itaú, capta R$ 260 mi em fundo imobiliário
Arrecadação do fundo, que aplicará em edifícios de escritórios no Rio e em São Paulo, foi feita entre os clientes do Itaú Personnalité
Fernando Scheller - O Estado de S.Paulo
O Kinea, braço de investimentos do Itaú, encerrou nesta semana a captação de um fundo imobiliário de R$ 260 milhões para investimentos em edifícios de escritórios e centros de logística. Trata-se do primeiro fundo lastreado em aluguéis - a instituição mantinha opção de investimento em incorporação residencial, com capital de R$ 150 milhões.
Mesmo antes do fim da captação, R$ 170 milhões foram aplicados na compra de dois edifícios no Centro do Rio de Janeiro. Os dois prédios têm como clientes a Caixa e Banco do Brasil, embora hoje sejam ocupados pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
De acordo o responsável pela área imobiliária do Kinea, Carlos Martins, a intenção inicial era levantar R$ 350 milhões, mas o valor diminuiu porque as negociações de um imóvel que o fundo tinha em vista não foram adiante. O executivo diz que o objetivo é investir os R$ 90 milhões restantes em São Paulo, em regiões como Faria Lima, Vila Olímpia ou Avenida Paulista.
O investimento se justifica pela baixa taxa de vacância de áreas de escritórios em São Paulo e no Rio. Segundo a consultoria Jones Lang LaSalle, o equilíbrio do mercado é de 15% de áreas disponíveis - porém, na Vila Olímpia, os espaços vagos somam 3,4%. "O mercado está do lado do locador", diz Mariana Hanania, da Cushman & Wakefield.
Martins diz que o Kinea prioriza o item localização na hora de escolher seus imóveis. Como a intenção é comprar edifícios inteiros, a chance de que o fundo venha a atuar em prédios "AAA"é pequena: neste segmento, o valor de um empreendimento pode passar de R$ 1 bilhão. "Procuramos imóveis bem localizados, com os itens básicos para as empresas", diz Martins.
A entrada do banco de investimento do Itaú neste mercado não é casual. O patrimônio líquido dos fundos imobiliários teve forte crescimento este ano, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), somando R$ 7 bilhões ao fim de setembro. No fim de 2009, o valor estava em R$ 5,1 bilhões.
Segundo o consultor de investimentos Sérgio Belleza Filho, o BTG Pactual tem sido particularmente agressivo no setor: além de recentemente ter ajudado no desembolso de R$ 680 milhões por uma das torres do Ventura Corporate Tower, no Rio, o banco tem cinco fundos imobiliários de R$ 1 bilhão em análise pela CVM.
O consultor afirma que a expansão do setor está relacionada à entrada dos clientes pessoa física no segmento - fruto direto da mudança na legislação que isentou o investimento de imposto de renda. "Bancos como Bradesco e Itaú ainda vão oferecer os fundos nas agências. É uma operação muito fácil de explicar."
Para captar R$ 260 milhões, o Kinea recorreu a correntistas do Itaú Personnalité - foram 2,7 mil, que aplicaram um mínimo de R$ 30 mil. Martins, do Kinea, diz que o fundo é perpétuo e a intenção é expandir a captação: "Vamos pulverizar o risco."
Fernando Scheller - O Estado de S.Paulo
O Kinea, braço de investimentos do Itaú, encerrou nesta semana a captação de um fundo imobiliário de R$ 260 milhões para investimentos em edifícios de escritórios e centros de logística. Trata-se do primeiro fundo lastreado em aluguéis - a instituição mantinha opção de investimento em incorporação residencial, com capital de R$ 150 milhões.
Mesmo antes do fim da captação, R$ 170 milhões foram aplicados na compra de dois edifícios no Centro do Rio de Janeiro. Os dois prédios têm como clientes a Caixa e Banco do Brasil, embora hoje sejam ocupados pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
De acordo o responsável pela área imobiliária do Kinea, Carlos Martins, a intenção inicial era levantar R$ 350 milhões, mas o valor diminuiu porque as negociações de um imóvel que o fundo tinha em vista não foram adiante. O executivo diz que o objetivo é investir os R$ 90 milhões restantes em São Paulo, em regiões como Faria Lima, Vila Olímpia ou Avenida Paulista.
O investimento se justifica pela baixa taxa de vacância de áreas de escritórios em São Paulo e no Rio. Segundo a consultoria Jones Lang LaSalle, o equilíbrio do mercado é de 15% de áreas disponíveis - porém, na Vila Olímpia, os espaços vagos somam 3,4%. "O mercado está do lado do locador", diz Mariana Hanania, da Cushman & Wakefield.
Martins diz que o Kinea prioriza o item localização na hora de escolher seus imóveis. Como a intenção é comprar edifícios inteiros, a chance de que o fundo venha a atuar em prédios "AAA"é pequena: neste segmento, o valor de um empreendimento pode passar de R$ 1 bilhão. "Procuramos imóveis bem localizados, com os itens básicos para as empresas", diz Martins.
A entrada do banco de investimento do Itaú neste mercado não é casual. O patrimônio líquido dos fundos imobiliários teve forte crescimento este ano, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), somando R$ 7 bilhões ao fim de setembro. No fim de 2009, o valor estava em R$ 5,1 bilhões.
Segundo o consultor de investimentos Sérgio Belleza Filho, o BTG Pactual tem sido particularmente agressivo no setor: além de recentemente ter ajudado no desembolso de R$ 680 milhões por uma das torres do Ventura Corporate Tower, no Rio, o banco tem cinco fundos imobiliários de R$ 1 bilhão em análise pela CVM.
O consultor afirma que a expansão do setor está relacionada à entrada dos clientes pessoa física no segmento - fruto direto da mudança na legislação que isentou o investimento de imposto de renda. "Bancos como Bradesco e Itaú ainda vão oferecer os fundos nas agências. É uma operação muito fácil de explicar."
Para captar R$ 260 milhões, o Kinea recorreu a correntistas do Itaú Personnalité - foram 2,7 mil, que aplicaram um mínimo de R$ 30 mil. Martins, do Kinea, diz que o fundo é perpétuo e a intenção é expandir a captação: "Vamos pulverizar o risco."
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Imóveis de 2 dormitórios são destaque em agosto, mês de queda nas vendas
De acordo com Pesquisa do Secovi-SP, segmento respondeu por 72% do total movimentado na fase de lançamento e quase a metade do volume comercializado em agosto
O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo apresentou redução de 48,4% nas vendas em agosto, com 1.638 unidades comercializadas. Os dados são da Pesquisa sobre Mercado Imobiliário realizada mensalmente pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP.
Comportamento semelhante foi registrado em termos de lançamentos pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio – Embraesp, com 1.633 unidades colocadas no mercado no oitavo mês deste ano, equivalente à queda de 36,8% sobre 2.582 moradias disponibilizadas em julho.
A pesquisa do Secovi-SP apurou VSO (Vendas Sobre Oferta) de 17,4% em agosto, contra 28,6% do mês anterior. O indicador é expresso em porcentagem e mede a relação entre o volume de unidades vendidas e a oferta existente no mês. Apesar da queda pontual de agosto, o VSO médio acumulado no ano foi de 21,9%, superior aos 14,3% percebidos entre janeiro e agosto de 2009.
Segmentação das vendas – Em agosto, a fase de Lançamento (primeiros 180 dias) respondeu por 64,3% (1.053 unidades) do total escoado e apresentou VSO de 22,7%. Já o Pós-Lançamento, do sétimo ao 36º mês desde o lançamento, registrou a comercialização de 585 unidades (35,7%) e VSO de 12,2%. Vale ressaltar, no mês, a participação do segmento de 2 dormitórios nas vendas. Somente no período de Lançamento, 758 unidades foram negociadas, o equivalente a 72% do movimento. O nicho ainda representou quase a metade do total comercializado, com 49,1% (805 unidades).
Das moradias novas vendidas em agosto, 83,7% possuíam área útil média de até 130 m² (1.371 unidades). Destaque para unidades de área útil entre 46 m² e 65 m², com 695 imóveis comercializados e índice desempenho (VSO) de 33,4%.
Acumulado do ano – O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo registrou, de janeiro a agosto, um total de 21.820 unidades vendidas – crescimento de 8,9% em relação a igual período do ano passado. Já o volume lançado atingiu 17.781 moradias, alta de 25,5% em comparação aos mesmos oito meses de 2009.
O montante de negócios realizados até o oitavo mês de 2010 chegou a R$ 8,3 bilhões, um incremento de 29,2% sobre os R$ 6,4 bilhões contabilizados entre janeiro e agosto do ano anterior.
Região Metropolitana de São Paulo
As dificuldades para viabilização de empreendimentos na cidade de São Paulo, derivadas da legislação urbanística vigente, resultaram na fuga dos empreendedores para outros municípios da Região Metropolitana (Grande São Paulo).
Das 4.786 unidades lançadas em agosto, apenas 34,1% estão situadas na capital paulista (1.633 moradias). O comportamento se repete em termos de vendas de imóveis, já que a cidade de São Paulo participou com 42,8% no total de 3.825 habitações negociadas na Região Metropolitana.
Comparando o volume lançado na Grande São Paulo entre agosto (4.786 unidades) e julho (4.092 unidades), observa-se incremento de 17%, enquanto a Capital teve redução de 36,8% em igual período. A Região também apresentou queda de 11,5% nas vendas em relação a julho. O mesmo ocorre com o ritmo de comercialização, ao se comparar o VSO de agosto (15,6%) com o de julho (17,7%).
O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo apresentou redução de 48,4% nas vendas em agosto, com 1.638 unidades comercializadas. Os dados são da Pesquisa sobre Mercado Imobiliário realizada mensalmente pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP.
Comportamento semelhante foi registrado em termos de lançamentos pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio – Embraesp, com 1.633 unidades colocadas no mercado no oitavo mês deste ano, equivalente à queda de 36,8% sobre 2.582 moradias disponibilizadas em julho.
A pesquisa do Secovi-SP apurou VSO (Vendas Sobre Oferta) de 17,4% em agosto, contra 28,6% do mês anterior. O indicador é expresso em porcentagem e mede a relação entre o volume de unidades vendidas e a oferta existente no mês. Apesar da queda pontual de agosto, o VSO médio acumulado no ano foi de 21,9%, superior aos 14,3% percebidos entre janeiro e agosto de 2009.
Segmentação das vendas – Em agosto, a fase de Lançamento (primeiros 180 dias) respondeu por 64,3% (1.053 unidades) do total escoado e apresentou VSO de 22,7%. Já o Pós-Lançamento, do sétimo ao 36º mês desde o lançamento, registrou a comercialização de 585 unidades (35,7%) e VSO de 12,2%. Vale ressaltar, no mês, a participação do segmento de 2 dormitórios nas vendas. Somente no período de Lançamento, 758 unidades foram negociadas, o equivalente a 72% do movimento. O nicho ainda representou quase a metade do total comercializado, com 49,1% (805 unidades).
Das moradias novas vendidas em agosto, 83,7% possuíam área útil média de até 130 m² (1.371 unidades). Destaque para unidades de área útil entre 46 m² e 65 m², com 695 imóveis comercializados e índice desempenho (VSO) de 33,4%.
Acumulado do ano – O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo registrou, de janeiro a agosto, um total de 21.820 unidades vendidas – crescimento de 8,9% em relação a igual período do ano passado. Já o volume lançado atingiu 17.781 moradias, alta de 25,5% em comparação aos mesmos oito meses de 2009.
O montante de negócios realizados até o oitavo mês de 2010 chegou a R$ 8,3 bilhões, um incremento de 29,2% sobre os R$ 6,4 bilhões contabilizados entre janeiro e agosto do ano anterior.
Região Metropolitana de São Paulo
As dificuldades para viabilização de empreendimentos na cidade de São Paulo, derivadas da legislação urbanística vigente, resultaram na fuga dos empreendedores para outros municípios da Região Metropolitana (Grande São Paulo).
Das 4.786 unidades lançadas em agosto, apenas 34,1% estão situadas na capital paulista (1.633 moradias). O comportamento se repete em termos de vendas de imóveis, já que a cidade de São Paulo participou com 42,8% no total de 3.825 habitações negociadas na Região Metropolitana.
Comparando o volume lançado na Grande São Paulo entre agosto (4.786 unidades) e julho (4.092 unidades), observa-se incremento de 17%, enquanto a Capital teve redução de 36,8% em igual período. A Região também apresentou queda de 11,5% nas vendas em relação a julho. O mesmo ocorre com o ritmo de comercialização, ao se comparar o VSO de agosto (15,6%) com o de julho (17,7%).
Aluguel residencial tem alta recorde em São Paulo em setembro
TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO
O mercado imobiliário aquecido levou a um aumento de 12,8%, na média, no valor do aluguel residencial na capital paulista nos últimos 12 meses até setembro.
A variação acumulada é a maior na série histórica do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo, iniciada em janeiro de 2006.
Veja mais notícias nos classificados de imóveis
Ações por problemas em aluguel registram queda no ano, aponta Secovi-SP
Seguro-fiança ganha espaço do fiador no mercado de locação
Considerando apenas setembro, o acréscimo foi de 1,7% ante agosto, com destaque para as moradias de um dormitório (2,4%).
Os dados levam em conta os contratos novos de locação. Para aqueles em andamento, com aniversário em agosto e atualização pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), mensurado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o aumento foi bem inferior (6,99%).
Para Hilton Pecorari Baptista, diretor da entidade, o movimento de alta vai durar pelo menos mais um ano e meio, mesmo com as facilidades no financiamento na compra da casa própria, porque há um público específico para a locação, como estudantes e profissionais que mudam de cidade, recém-casados e quem acaba de se separar.
O inquilino que conserva o imóvel e paga em dia, no entanto, pode tentar negociar um reajuste menor com o locador ao renovar o contrato.
Para João da Rocha Lima Jr., professor titular de "real estate", núcleo que faz parte da Poli/USP, ainda é difícil administrar o aluguel residencial, já que a legislação é desequilibrada a favor do locatário, dificultando a retirada imediata do inquilino em caso de inadimplência. Por isso, completa, os investidores ainda se concentram na locação comercial.
Apesar de estar perdendo espaço, o tipo de garantia mais utilizado ainda é o fiador, que respondeu por 47,5% dos contratos assinados em setembro.
DE SÃO PAULO
O mercado imobiliário aquecido levou a um aumento de 12,8%, na média, no valor do aluguel residencial na capital paulista nos últimos 12 meses até setembro.
A variação acumulada é a maior na série histórica do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo, iniciada em janeiro de 2006.
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Considerando apenas setembro, o acréscimo foi de 1,7% ante agosto, com destaque para as moradias de um dormitório (2,4%).
Os dados levam em conta os contratos novos de locação. Para aqueles em andamento, com aniversário em agosto e atualização pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), mensurado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o aumento foi bem inferior (6,99%).
Para Hilton Pecorari Baptista, diretor da entidade, o movimento de alta vai durar pelo menos mais um ano e meio, mesmo com as facilidades no financiamento na compra da casa própria, porque há um público específico para a locação, como estudantes e profissionais que mudam de cidade, recém-casados e quem acaba de se separar.
O inquilino que conserva o imóvel e paga em dia, no entanto, pode tentar negociar um reajuste menor com o locador ao renovar o contrato.
Para João da Rocha Lima Jr., professor titular de "real estate", núcleo que faz parte da Poli/USP, ainda é difícil administrar o aluguel residencial, já que a legislação é desequilibrada a favor do locatário, dificultando a retirada imediata do inquilino em caso de inadimplência. Por isso, completa, os investidores ainda se concentram na locação comercial.
Apesar de estar perdendo espaço, o tipo de garantia mais utilizado ainda é o fiador, que respondeu por 47,5% dos contratos assinados em setembro.
Empresa que faz filme 3D para o mercado imobiliário chega ao país
GRAZIELLE SCHNEIDER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Arqui300, empresa portuguesa especializada em tecnologias 3D e 4D para o mercado imobiliário, desembarcou oficialmente no mercado brasileiro.
A companhia, que estreou as operações no Salão Imobiliário de São Paulo, traz novas ferramentas de marketing para construtoras e incorporadoras.
Veja mais notícias nos classificados de imóveis
Aluguel residencial tem alta recorde em São Paulo em setembro
Construtoras investem em lojas com apartamento decorado para alavancar vendas
A novidade é a montagem de uma sala de cinema no estande de vendas, na qual o cliente pode "visitar" o empreendimento por meio de filmes 3D e 4D, ferramentas sensoriais e hologramas.
"Desenvolvemos uma nova proposta de comercialização que materializa o futuro", diz Flávio Escobar, sócio-diretor no Brasil.
Ele exemplifica os serviços em um empreendimento náutico. "A cadeira do "cinema" pode fazer algum movimento, como o balancinho do mar. Posso também ter um spray de água, com cheiro de maresia, vento, calor."
PRESENÇA GLOBAL
Fundada há 16 anos, a Arqui300 está em 25 países e já fez mais de 500 filmes.
"Temos no nosso portfólio o maior projeto imobiliário de Dubai, de Bahrein e dois dos maiores da Arábia Saudita. Com essa experiência, criamos grande bagagem cultural", afirma João Pedro Gonçalves, diretor-geral e sócio-fundador da companhia.
Segundo Gonçalves, o mercado brasileiro é um "prolongamento natural" da atividade da empresa.
Entre os empreendimentos que contrataram os serviços no país, está um projeto multiuso da Tecnisa no Distrito Federal de quase 34 km2.
O estande de vendas terá um minicinema para a projeção dos filmes em 3D.
"Hoje, a gente constrói um apartamento-modelo. Imagine construir uma área inteira, com piscina, lojas, [o custo] ficaria inviável", diz Rogério Santos, diretor de marketing da Tecnisa.
Segundo Escobar, "o efeito sobre o cliente é muito maior". "Você acelera a decisão de compra, gasta menos energia para convencer."
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Arqui300, empresa portuguesa especializada em tecnologias 3D e 4D para o mercado imobiliário, desembarcou oficialmente no mercado brasileiro.
A companhia, que estreou as operações no Salão Imobiliário de São Paulo, traz novas ferramentas de marketing para construtoras e incorporadoras.
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A novidade é a montagem de uma sala de cinema no estande de vendas, na qual o cliente pode "visitar" o empreendimento por meio de filmes 3D e 4D, ferramentas sensoriais e hologramas.
"Desenvolvemos uma nova proposta de comercialização que materializa o futuro", diz Flávio Escobar, sócio-diretor no Brasil.
Ele exemplifica os serviços em um empreendimento náutico. "A cadeira do "cinema" pode fazer algum movimento, como o balancinho do mar. Posso também ter um spray de água, com cheiro de maresia, vento, calor."
PRESENÇA GLOBAL
Fundada há 16 anos, a Arqui300 está em 25 países e já fez mais de 500 filmes.
"Temos no nosso portfólio o maior projeto imobiliário de Dubai, de Bahrein e dois dos maiores da Arábia Saudita. Com essa experiência, criamos grande bagagem cultural", afirma João Pedro Gonçalves, diretor-geral e sócio-fundador da companhia.
Segundo Gonçalves, o mercado brasileiro é um "prolongamento natural" da atividade da empresa.
Entre os empreendimentos que contrataram os serviços no país, está um projeto multiuso da Tecnisa no Distrito Federal de quase 34 km2.
O estande de vendas terá um minicinema para a projeção dos filmes em 3D.
"Hoje, a gente constrói um apartamento-modelo. Imagine construir uma área inteira, com piscina, lojas, [o custo] ficaria inviável", diz Rogério Santos, diretor de marketing da Tecnisa.
Segundo Escobar, "o efeito sobre o cliente é muito maior". "Você acelera a decisão de compra, gasta menos energia para convencer."
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Tabela da Embraesp serve como referência para o leitor
Liliam Primi, da Agência Estado
SÃO PAULO - O Caderno de Imóveis publica uma tabela de preços elaborada pela Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), chamada Bolsa de Imóveis, para dar uma referência ao leitor que procura um imóvel novo para comprar. Essa tabela é feita com base em dados coletados nos últimos 60 meses, referentes a 220 mil unidades lançadas na região Metropolitana de São Paulo. Os dados são atualizados mensalmente.
O diretor de estudos especiais da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia, afirma que por conta do aquecimento do setor, essa tabela pode conter distorções principalmente em função do longo período pesquisado. "Como o mercado vem passando por um período de elevação expressiva de valor, nossa recomendação para as próximas publicações seria o agrupamento de alguns bairros em função do seu posicionamento geográfico até que o mercado volte a ter um desempenho normal", explica
Segundo Pompeia, "quando o assunto é valor, em um cenário como o que vivemos hoje, o recomendável é utilizar informações do mercado dos últimos dois anos no máximo e não cinco anos como vem sendo praticado na tabela publicada semanalmente no jornal". E também utilizada como base de dados da ferramenta para cálculo do valor do imóvel usado.
O agrupamento é necessário, segundo o diretor, porque nesse período, em alguns bairros da cidade, não existirão lançamentos em número suficiente para o tratamento estatístico. "É por essa razão que os valores apontados tanto na tabela quanto na ferramenta de cálculo online oferecida pelo portal Seu Imóvel, montada a partir da base de dados da tabela, ficam menores do que o praticado no mercado."
A correção está sendo feita pela Embraesp. A publicação da tabela e da ferramenta de cálculo corrigida está prevista para o próximo domingo.
SÃO PAULO - O Caderno de Imóveis publica uma tabela de preços elaborada pela Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), chamada Bolsa de Imóveis, para dar uma referência ao leitor que procura um imóvel novo para comprar. Essa tabela é feita com base em dados coletados nos últimos 60 meses, referentes a 220 mil unidades lançadas na região Metropolitana de São Paulo. Os dados são atualizados mensalmente.
O diretor de estudos especiais da Embraesp, Luiz Paulo Pompéia, afirma que por conta do aquecimento do setor, essa tabela pode conter distorções principalmente em função do longo período pesquisado. "Como o mercado vem passando por um período de elevação expressiva de valor, nossa recomendação para as próximas publicações seria o agrupamento de alguns bairros em função do seu posicionamento geográfico até que o mercado volte a ter um desempenho normal", explica
Segundo Pompeia, "quando o assunto é valor, em um cenário como o que vivemos hoje, o recomendável é utilizar informações do mercado dos últimos dois anos no máximo e não cinco anos como vem sendo praticado na tabela publicada semanalmente no jornal". E também utilizada como base de dados da ferramenta para cálculo do valor do imóvel usado.
O agrupamento é necessário, segundo o diretor, porque nesse período, em alguns bairros da cidade, não existirão lançamentos em número suficiente para o tratamento estatístico. "É por essa razão que os valores apontados tanto na tabela quanto na ferramenta de cálculo online oferecida pelo portal Seu Imóvel, montada a partir da base de dados da tabela, ficam menores do que o praticado no mercado."
A correção está sendo feita pela Embraesp. A publicação da tabela e da ferramenta de cálculo corrigida está prevista para o próximo domingo.
Valor do aluguel em SP acompanha salto no preço dos imóveis
O Estado de São Paulo, Roberta Scrivano, 18/out
A forte alta nos preços dos imóveis em São Paulo está impactando diretamente os aluguéis da capital. O problema principal enfrentado pelos inquilinos é a renovação dos contratos, quando as imobiliárias propõem valores até 150% mais altos do que os pagos antes do vencimento do documento. Em compensação, a rentabilidade para os locadores é das melhores dos últimos anos.
Segundo dados do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), ao menos 50% das novas locações são de imóveis devolvidos pelos antigos locatários. "É um momento péssimo para quem vive de aluguel, mas ótimo para quem investe em imóveis", diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. "Os aluguéis estão cada dia mais altos e vai continuar assim", completa.
Apartamentos de um ou dois dormitórios são os que têm tido maior valorização no aluguel. "A demanda é muito grande", diz Roseli Hernandes, diretora da administradora de imóveis Lello. Empresas como a Lello acumulam longuíssimas listas de espera em alguns bairros da cidade com gente interessada em imóveis desse porte.
Com algumas ligações para imobiliárias que atendem a capital paulista é fácil detectar o aumento expressivo nos preços aos locatários, assim como a falta de imóveis de menor porte disponíveis. Há dois anos, era comum encontrar na região da Avenida Paulista apartamentos de até dois dormitórios e sem vaga na garagem com aluguéis próximos a R$ 900. Hoje, imóvel similar custa ao menos R$ 1,8 mil por mês.
Renovação complicada
A atriz Juliana Guimarães, de 27 anos, mora em uma rua paralela à Avenida Paulista e acabou de passar por situação semelhante. A jovem renovou seu contrato de aluguel em agosto. "Moro em um dois dormitórios, sem vaga na garagem. Por dois anos e meio paguei R$ 800, agora o aluguel foi para R$ 1,5 mil", conta.
Na hora da renovação, Juliana tentou negociar com a imobiliária um preço "mais justo". "Mas eles me disseram que, se eu não quisesse, iriam colocar a placa de aluga-se e propor um aluguel ainda mais alto para o novo interessado", diz.
História parecida é contada pela publicitária Marcela Andrade, de 28 anos. "Moro em Perdizes, no mesmo apartamento desde a faculdade. Estou na terceira renovação de contrato e o preço mais que dobrou", diz.
A jovem, que divide apartamento com duas amigas, conta que, de R$ 900, o aluguel proposto saltou para R$ 2,1 mil. "A imobiliária disse que, se não quisermos, tem quem queira."
Antonio de Julio, especialista em finanças pessoais, critica tamanha valorização. "Fica difícil controlar o orçamento dessa forma", diz. Para Julio, a valorização imobiliária e a consequente alta no valor dos aluguéis são um risco para a economia. "Isso é uma bolha", afirma.
Outro lado
A situação, no entanto, é muito positiva para quem investe em imóveis. "Estamos em uma tendência de alta nos preços", diz Roseli, da Lello. Para ela, no entanto, apesar de haver alta no preço dos aluguéis, ainda há uma defasagem em relação ao preço dos imóveis. "Os aluguéis ainda não estão acompanhando a valorização dos imóveis", afirma.
Bairros como Perdizes, Pinheiros, Moema e Itaim são os que, segundo as construtoras, terão cada vez menos lançamentos de imóveis, apesar de ainda haver forte demanda por essas regiões. "E esses locais são os que têm os preços mais altos", pondera Carlos Eduardo Ferraro, diretor da construtora Obracil.
Indagado sobre se os preços na capital continuarão em alta, Ferraro diz que a tendência é haver uma estabilização. "Estamos chegando ao topo dos preços. Creio que subirá ainda um pouco mais, mas não vamos passar muito do atual limite", diz. Outros analistas discordam e apostam em novas altas.
A forte alta nos preços dos imóveis em São Paulo está impactando diretamente os aluguéis da capital. O problema principal enfrentado pelos inquilinos é a renovação dos contratos, quando as imobiliárias propõem valores até 150% mais altos do que os pagos antes do vencimento do documento. Em compensação, a rentabilidade para os locadores é das melhores dos últimos anos.
Segundo dados do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), ao menos 50% das novas locações são de imóveis devolvidos pelos antigos locatários. "É um momento péssimo para quem vive de aluguel, mas ótimo para quem investe em imóveis", diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. "Os aluguéis estão cada dia mais altos e vai continuar assim", completa.
Apartamentos de um ou dois dormitórios são os que têm tido maior valorização no aluguel. "A demanda é muito grande", diz Roseli Hernandes, diretora da administradora de imóveis Lello. Empresas como a Lello acumulam longuíssimas listas de espera em alguns bairros da cidade com gente interessada em imóveis desse porte.
Com algumas ligações para imobiliárias que atendem a capital paulista é fácil detectar o aumento expressivo nos preços aos locatários, assim como a falta de imóveis de menor porte disponíveis. Há dois anos, era comum encontrar na região da Avenida Paulista apartamentos de até dois dormitórios e sem vaga na garagem com aluguéis próximos a R$ 900. Hoje, imóvel similar custa ao menos R$ 1,8 mil por mês.
Renovação complicada
A atriz Juliana Guimarães, de 27 anos, mora em uma rua paralela à Avenida Paulista e acabou de passar por situação semelhante. A jovem renovou seu contrato de aluguel em agosto. "Moro em um dois dormitórios, sem vaga na garagem. Por dois anos e meio paguei R$ 800, agora o aluguel foi para R$ 1,5 mil", conta.
Na hora da renovação, Juliana tentou negociar com a imobiliária um preço "mais justo". "Mas eles me disseram que, se eu não quisesse, iriam colocar a placa de aluga-se e propor um aluguel ainda mais alto para o novo interessado", diz.
História parecida é contada pela publicitária Marcela Andrade, de 28 anos. "Moro em Perdizes, no mesmo apartamento desde a faculdade. Estou na terceira renovação de contrato e o preço mais que dobrou", diz.
A jovem, que divide apartamento com duas amigas, conta que, de R$ 900, o aluguel proposto saltou para R$ 2,1 mil. "A imobiliária disse que, se não quisermos, tem quem queira."
Antonio de Julio, especialista em finanças pessoais, critica tamanha valorização. "Fica difícil controlar o orçamento dessa forma", diz. Para Julio, a valorização imobiliária e a consequente alta no valor dos aluguéis são um risco para a economia. "Isso é uma bolha", afirma.
Outro lado
A situação, no entanto, é muito positiva para quem investe em imóveis. "Estamos em uma tendência de alta nos preços", diz Roseli, da Lello. Para ela, no entanto, apesar de haver alta no preço dos aluguéis, ainda há uma defasagem em relação ao preço dos imóveis. "Os aluguéis ainda não estão acompanhando a valorização dos imóveis", afirma.
Bairros como Perdizes, Pinheiros, Moema e Itaim são os que, segundo as construtoras, terão cada vez menos lançamentos de imóveis, apesar de ainda haver forte demanda por essas regiões. "E esses locais são os que têm os preços mais altos", pondera Carlos Eduardo Ferraro, diretor da construtora Obracil.
Indagado sobre se os preços na capital continuarão em alta, Ferraro diz que a tendência é haver uma estabilização. "Estamos chegando ao topo dos preços. Creio que subirá ainda um pouco mais, mas não vamos passar muito do atual limite", diz. Outros analistas discordam e apostam em novas altas.
Nova estratégia de venda no Rio
O Dia, 17/out
Boa parte das construtoras e incorporadoras está adotando a estratégia de montar equipes próprias de venda para comercializar seus empreendimentos, principalmente, as unidades em estoques. A João Fortes Engenharia, por exemplo, acaba de lançar a marca House Vendas. O time conta com 30 corretores de imóveis, coordenados pelo gerente Cláudio Guimarães. Empresas como a Rossi Residencial, Santa Cecília e Concal já utilizam o modelo.
Segundo o diretor da João Fortes Engenharia, Luiz Henrique Rimes, o foco do novo braço de vendas são as unidades remanescentes. "Nosso estoque é pequeno porque sempre vendemos 86% dos empreendimentos lançados, mas é preciso garantir a liquidez para investirmos em novos projetos", explica Rimes.
A construtora Leduca, conhecida no mercado pelas construções de alto luxo, passou a investir no segmento comercial e acaba de criar a marca Global. De acordo com o sócio-diretor da empresa, Paulo Marques, a ideia é conceituar o empreendimento que vão passar a ter características próprias e se tornar referência nos bairros.
"A marca Global terá um projeto padrão como se fosse itens de série que acontece com os carros. O selo terá itens de sustentabilidade. Será um prédio comercial verde", adianta Marques. Até o fim de 2011 serão quatro empreendimentos com a grife Global na Zona Oeste. "Mas a ideia da empresa é expandir o conceito para toda a cidade", afirma Marques.
Boa parte das construtoras e incorporadoras está adotando a estratégia de montar equipes próprias de venda para comercializar seus empreendimentos, principalmente, as unidades em estoques. A João Fortes Engenharia, por exemplo, acaba de lançar a marca House Vendas. O time conta com 30 corretores de imóveis, coordenados pelo gerente Cláudio Guimarães. Empresas como a Rossi Residencial, Santa Cecília e Concal já utilizam o modelo.
Segundo o diretor da João Fortes Engenharia, Luiz Henrique Rimes, o foco do novo braço de vendas são as unidades remanescentes. "Nosso estoque é pequeno porque sempre vendemos 86% dos empreendimentos lançados, mas é preciso garantir a liquidez para investirmos em novos projetos", explica Rimes.
A construtora Leduca, conhecida no mercado pelas construções de alto luxo, passou a investir no segmento comercial e acaba de criar a marca Global. De acordo com o sócio-diretor da empresa, Paulo Marques, a ideia é conceituar o empreendimento que vão passar a ter características próprias e se tornar referência nos bairros.
"A marca Global terá um projeto padrão como se fosse itens de série que acontece com os carros. O selo terá itens de sustentabilidade. Será um prédio comercial verde", adianta Marques. Até o fim de 2011 serão quatro empreendimentos com a grife Global na Zona Oeste. "Mas a ideia da empresa é expandir o conceito para toda a cidade", afirma Marques.
Tecnisa alcança VGV de R$ 1 bilhão em 2010
DCI, 18/set
Na última sexta-feira a Tecnisa divulgou os resultados operacionais preliminares do terceiro trimestre de 2010. De acordo com o comunicado, a companhia lançou 7 empreendimentos, totalizando R$ 655,5 milhões. "Com esses lançamentos, acumulamos nos nove primeiros meses do ano um VGV de R$ 1 bilhão, valor 205% superior ao do mesmo período do ano passado", afirmou a Tecnisa. As vendas contratadas no 3º trimestre totalizaram R$ 423,2 milhões, valor 59% superior ao mesmo período de 2009.
Na última sexta-feira a Tecnisa divulgou os resultados operacionais preliminares do terceiro trimestre de 2010. De acordo com o comunicado, a companhia lançou 7 empreendimentos, totalizando R$ 655,5 milhões. "Com esses lançamentos, acumulamos nos nove primeiros meses do ano um VGV de R$ 1 bilhão, valor 205% superior ao do mesmo período do ano passado", afirmou a Tecnisa. As vendas contratadas no 3º trimestre totalizaram R$ 423,2 milhões, valor 59% superior ao mesmo período de 2009.
Vendas da MRV crescem 12,7% no terceiro trimestre
DCI, 18/out
A construtora e incorporadora MRV Engenharia divulgou um crescimento de 12,7% nas vendas contratadas no terceiro trimestre de 2010 ante o mesmo período de 2009, totalizando R$ 889,7 milhões.
O acumulado dos nove meses até setembro de 2010 é de R$ 2,6 bilhões em vendas, número 25,8% superior ao comercializado no mesmo período de 2009. Até agora, a empresa atingiu 65% do ponto médio da meta de vendas con- tratadas para 2010, que é entre R$ 3,7 bilhões e RS 4,3 bilhões. A empresa mantém a estima¬tiva para o restante do ano.
Dos imóveis vendidos entre julho e setembro, 72% tinham valor entre R$ 80 mil e R$ 130 mil. Os lançamentos da empresa alcançaram R$ 1 bilhão no trimestre em questão, com um aumento de 58,7% em relação a igual período de 2009.
Dos lançamentos do trimestre, 97% tinham valor até R$ 130 mil, sendo 82,6% do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
No acumulado do ano, a empresa lançou R$ 2,7 bilhões, crescimento de 79,5% ' em relação a 2009. Até o mês passado, a empresa tinha banco de terrenos com potencial para lançamento na ordem de R$ 12,4 bilhões.
Outra construtora, a Eztec divulgou que realizou R$ 97,8 milhões em lançamentos no terceiro trimestre, atingindo R$ 633 milhões em volume geral de vendas (VGV) acumula do em 2010. As vendas no trimestre atingiram R$ 118,9 milhões, sendo 50,4% de lançamentos.
A construtora e incorporadora MRV Engenharia divulgou um crescimento de 12,7% nas vendas contratadas no terceiro trimestre de 2010 ante o mesmo período de 2009, totalizando R$ 889,7 milhões.
O acumulado dos nove meses até setembro de 2010 é de R$ 2,6 bilhões em vendas, número 25,8% superior ao comercializado no mesmo período de 2009. Até agora, a empresa atingiu 65% do ponto médio da meta de vendas con- tratadas para 2010, que é entre R$ 3,7 bilhões e RS 4,3 bilhões. A empresa mantém a estima¬tiva para o restante do ano.
Dos imóveis vendidos entre julho e setembro, 72% tinham valor entre R$ 80 mil e R$ 130 mil. Os lançamentos da empresa alcançaram R$ 1 bilhão no trimestre em questão, com um aumento de 58,7% em relação a igual período de 2009.
Dos lançamentos do trimestre, 97% tinham valor até R$ 130 mil, sendo 82,6% do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
No acumulado do ano, a empresa lançou R$ 2,7 bilhões, crescimento de 79,5% ' em relação a 2009. Até o mês passado, a empresa tinha banco de terrenos com potencial para lançamento na ordem de R$ 12,4 bilhões.
Outra construtora, a Eztec divulgou que realizou R$ 97,8 milhões em lançamentos no terceiro trimestre, atingindo R$ 633 milhões em volume geral de vendas (VGV) acumula do em 2010. As vendas no trimestre atingiram R$ 118,9 milhões, sendo 50,4% de lançamentos.
Financiamentos
De acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos já são responsáveis por 62,1% do valor do imóvel. O número é 1,1 ponto percentual maior do que o do ano passado, quando os empréstimos equivaliam a 61,1% do total da unidade. A associação divulgou também que, entre janeiro e agosto, os agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) concederam empréstimos na ordem de R$34 bilhões, 74% a mais do que no mesmo período do ano passado. Foram financiadas 263,7 mil unidades, 47% a mais do que o registrado nos oito primeiros meses de 2009.
Um novo formato de corretagem
O Globo, Franchising, 17/out
Um ano depois de se instalar no Brasil, a franquia americana de imobiliárias RE/MAX está lançando um novo modelo de remuneração para os corretores de imóveis, batizado de "Todos ganham". Com base em seu desempenho de vendas, o corretor é convidado a se tornar um "agente associado RE/MAX", com remuneração de 60% a 80% do total da comissão recebida na negociação. Em contrapartida, ele paga uma taxa fixa mensal que dá direito a acesso à infraestrutura da rede para operar e à utilização da marca, entre outros benefícios.
- Os mais desenvolvidos mercados do mundo funcionam assim. Acredito que este seja o passo mais importante rumo à profissionalização da categoria, desde a criação dos conselhos regionais - afirma o franqueado Newton Neiva, responsável pela operação no Rio.
Um ano depois de se instalar no Brasil, a franquia americana de imobiliárias RE/MAX está lançando um novo modelo de remuneração para os corretores de imóveis, batizado de "Todos ganham". Com base em seu desempenho de vendas, o corretor é convidado a se tornar um "agente associado RE/MAX", com remuneração de 60% a 80% do total da comissão recebida na negociação. Em contrapartida, ele paga uma taxa fixa mensal que dá direito a acesso à infraestrutura da rede para operar e à utilização da marca, entre outros benefícios.
- Os mais desenvolvidos mercados do mundo funcionam assim. Acredito que este seja o passo mais importante rumo à profissionalização da categoria, desde a criação dos conselhos regionais - afirma o franqueado Newton Neiva, responsável pela operação no Rio.
domingo, 17 de outubro de 2010
Economistas analisam os riscos que a alta de preço dos imóveis produz no mercado
O Globo
O Índice Nacional dos Preços de Imóveis, que está para ser lançado pelo governo federal, reavivou a discussão sobre o mercado imobiliário estar sob risco de bolha. Enquanto os preços disparam, a questão divide a opinião de dois bambas da economia, como mostra reportagem de Flávia Monteiro publicada no Globo deste domingo. Decano da PUC-Rio e especialista em inflação, Luiz Roberto Cunha não antevê qualquer ameaça ao setor. Para ele, tamanha alta é fruto de fatores diversos, entre eles, o desequilíbrio entre a lei da oferta e da procura e a expansão das condições de crédito, mesmo para imóveis de valor mais alto. Já Marcus Valpassos, da Galanto Consultoria, diz que o risco de bolhas é real, principalmente, em locais onde a valorização dos imóveis foi mais expressiva, como os grandes centros urbanos, e não foram acompanhadas por ganhos relevantes de renda da população.
O GLOBO - O Índice Nacional dos Preços de Imóveis servirá, de fato, para monitorar a inflação do setor?
LUIZ ROBERTO CUNHA: Índices de preços setoriais são sempre importantes para acompanhar a evolução média dos preços de qualquer setor. No caso dos imóveis residenciais, deve-se levar em conta que as variações de preços são muito grandes, seja por cidade, por bairro e até por rua. Isso sem contar as características do imóvel. Um índice será sempre uma média, por mais que se especifiquem as diferentes características.
MARCUS VALPASSOS: Sem dúvida. Mas não gosto do termo "inflação" para descrever o objetivo do índice, já que este termo nos remete a uma ideia de evolução do custo de vida que não necessariamente anda junto com preço de imóvel. Ele servirá muito mais para acompanhamento de um setor cada vez mais relacionado a questões de relevância econômica, inclusive definições sobre juros.
E ele será capaz de prever uma bolha no setor?
CUNHA: Nos Estados Unidos, há um índice de preços de imóveis (o Case-Shiller Home Price Indices), produzido por dois economistas, para acompanhar a evolução do preço de venda de imóveis residenciais. Depois deste índice, parte das informações financeiras geradas pela agência Standard & Poor's evoluiu para um índice nacional, com subíndices regionais. É claro que um indicador assim ajuda na análise de evolução dos preços no setor, mas não garante a capacidade de prever bolhas.
VALPASSOS: O preço de determinado ativo é um dos componentes que compõem a possibilidade de que este esteja em processo desequilibrado, porém não é o único. É preciso analisar os motivos da alta a fim de determinar se este movimento é sustentável ou não no médio e longo prazos. Mas, sem um índice de preços confiável que viabilize a realização de estudos no setor, torna-se muito difícil chegar a conclusões a respeito da formação de bolhas.
Por aqui, corremos algum risco de bolha?
CUNHA: A evolução dos preços de imóveis no Brasil, assim como nos EUA e na Europa, varia muito de local para local. Aqui, a alta expressiva que temos visto em grandes cidades reflete vários fatores. Em muitos casos, representa a recuperação de preços depreciados por condições sociais e pelo desequilíbrio entre oferta e demanda. Além, é claro, da expansão das condições de crédito, mesmo para imóveis de valor mais alto, com a consolidação da estabilidade econômica. Assim, as condições no nosso mercado são diferentes de EUA e Europa, e não vejo, não me parece que haja, risco de bolha. Isso é bobagem.
VALPASSOS: Se analisarmos as motivações econômicas por trás dos movimentos dos preços, podemos chegar à conclusão de que não há excessos. O montante de crédito imobiliário ainda é baixo. As taxas de juros ainda podem cair, e a oferta de novos imóveis é limitada. Mas há um fator de instabilidade que é o aumento da dicotomia entre o valor dos imóveis e da renda das famílias proprietárias. A concentração de grande parte da riqueza em um ativo com perspectiva de desvalorização pode levar ao aumento da oferta de venda. Portanto, enxergo, sim, risco de bolhas, principalmente em locais onde a valorização foi mais expressiva e não foi acompanhada por ganho relevante de renda.
O Índice Nacional dos Preços de Imóveis, que está para ser lançado pelo governo federal, reavivou a discussão sobre o mercado imobiliário estar sob risco de bolha. Enquanto os preços disparam, a questão divide a opinião de dois bambas da economia, como mostra reportagem de Flávia Monteiro publicada no Globo deste domingo. Decano da PUC-Rio e especialista em inflação, Luiz Roberto Cunha não antevê qualquer ameaça ao setor. Para ele, tamanha alta é fruto de fatores diversos, entre eles, o desequilíbrio entre a lei da oferta e da procura e a expansão das condições de crédito, mesmo para imóveis de valor mais alto. Já Marcus Valpassos, da Galanto Consultoria, diz que o risco de bolhas é real, principalmente, em locais onde a valorização dos imóveis foi mais expressiva, como os grandes centros urbanos, e não foram acompanhadas por ganhos relevantes de renda da população.
O GLOBO - O Índice Nacional dos Preços de Imóveis servirá, de fato, para monitorar a inflação do setor?
LUIZ ROBERTO CUNHA: Índices de preços setoriais são sempre importantes para acompanhar a evolução média dos preços de qualquer setor. No caso dos imóveis residenciais, deve-se levar em conta que as variações de preços são muito grandes, seja por cidade, por bairro e até por rua. Isso sem contar as características do imóvel. Um índice será sempre uma média, por mais que se especifiquem as diferentes características.
MARCUS VALPASSOS: Sem dúvida. Mas não gosto do termo "inflação" para descrever o objetivo do índice, já que este termo nos remete a uma ideia de evolução do custo de vida que não necessariamente anda junto com preço de imóvel. Ele servirá muito mais para acompanhamento de um setor cada vez mais relacionado a questões de relevância econômica, inclusive definições sobre juros.
E ele será capaz de prever uma bolha no setor?
CUNHA: Nos Estados Unidos, há um índice de preços de imóveis (o Case-Shiller Home Price Indices), produzido por dois economistas, para acompanhar a evolução do preço de venda de imóveis residenciais. Depois deste índice, parte das informações financeiras geradas pela agência Standard & Poor's evoluiu para um índice nacional, com subíndices regionais. É claro que um indicador assim ajuda na análise de evolução dos preços no setor, mas não garante a capacidade de prever bolhas.
VALPASSOS: O preço de determinado ativo é um dos componentes que compõem a possibilidade de que este esteja em processo desequilibrado, porém não é o único. É preciso analisar os motivos da alta a fim de determinar se este movimento é sustentável ou não no médio e longo prazos. Mas, sem um índice de preços confiável que viabilize a realização de estudos no setor, torna-se muito difícil chegar a conclusões a respeito da formação de bolhas.
Por aqui, corremos algum risco de bolha?
CUNHA: A evolução dos preços de imóveis no Brasil, assim como nos EUA e na Europa, varia muito de local para local. Aqui, a alta expressiva que temos visto em grandes cidades reflete vários fatores. Em muitos casos, representa a recuperação de preços depreciados por condições sociais e pelo desequilíbrio entre oferta e demanda. Além, é claro, da expansão das condições de crédito, mesmo para imóveis de valor mais alto, com a consolidação da estabilidade econômica. Assim, as condições no nosso mercado são diferentes de EUA e Europa, e não vejo, não me parece que haja, risco de bolha. Isso é bobagem.
VALPASSOS: Se analisarmos as motivações econômicas por trás dos movimentos dos preços, podemos chegar à conclusão de que não há excessos. O montante de crédito imobiliário ainda é baixo. As taxas de juros ainda podem cair, e a oferta de novos imóveis é limitada. Mas há um fator de instabilidade que é o aumento da dicotomia entre o valor dos imóveis e da renda das famílias proprietárias. A concentração de grande parte da riqueza em um ativo com perspectiva de desvalorização pode levar ao aumento da oferta de venda. Portanto, enxergo, sim, risco de bolhas, principalmente em locais onde a valorização foi mais expressiva e não foi acompanhada por ganho relevante de renda.
Construção eleva projeção de crescimento para até 12%
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) elevou a projeção de crescimento do setor no País de 9% para o patamar de 10% a 12%. Um dos fatores que levou à revisão da estimativa é o nível de emprego do setor, que chegou ao patamar recorde de 2,82 milhões de postos de trabalho em agosto em todo País, segundo pesquisa mensal realizada pelo Sinduscon-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em agosto, o setor empregou 48.576 trabalhadores a mais que em julho, o que representa alta de 1,75% no nível de contratações. No ano, o aumento foi de 14,76%, com a inclusão de 362,7 mil trabalhadores. Nos 12 meses encerrados em agosto, o crescimento foi de 16,51%, com mais 399,5 mil empregados formais.
No Estado de São Paulo, houve saldo positivo de 6,8 mil contratações em agosto, 0,92% a mais que em julho. O total de trabalhadores chegou ao recorde de 749 mil empregados no Estado. No acumulado de janeiro a agosto, o setor contratou 66 mil trabalhadores no Estado e, em 12 meses, 74,6 mil. Na capital paulista, foram contratados 2.575 trabalhadores em agosto, com aumento de 0,75%.
SÃO PAULO - O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) elevou a projeção de crescimento do setor no País de 9% para o patamar de 10% a 12%. Um dos fatores que levou à revisão da estimativa é o nível de emprego do setor, que chegou ao patamar recorde de 2,82 milhões de postos de trabalho em agosto em todo País, segundo pesquisa mensal realizada pelo Sinduscon-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em agosto, o setor empregou 48.576 trabalhadores a mais que em julho, o que representa alta de 1,75% no nível de contratações. No ano, o aumento foi de 14,76%, com a inclusão de 362,7 mil trabalhadores. Nos 12 meses encerrados em agosto, o crescimento foi de 16,51%, com mais 399,5 mil empregados formais.
No Estado de São Paulo, houve saldo positivo de 6,8 mil contratações em agosto, 0,92% a mais que em julho. O total de trabalhadores chegou ao recorde de 749 mil empregados no Estado. No acumulado de janeiro a agosto, o setor contratou 66 mil trabalhadores no Estado e, em 12 meses, 74,6 mil. Na capital paulista, foram contratados 2.575 trabalhadores em agosto, com aumento de 0,75%.
Cenário para ações de construtoras segue em alta, diz JPMorgan
DA REUTERS
Embora as ações de construtoras e incorporadoras já tenham registrado forte valorização este ano, o setor ainda apresenta maior potencial de valorização, afirma o JPMorgan em relatório nesta sexta-feira.
Na visão do banco, o setor deve registrar aumento de 15% a 20% no nível de lançamentos e vendas contratadas em 2011, somado à média de crescimento de entre 40% e 60% prevista para este ano.
"Os lucros devem continuar crescendo a taxas de dois dígitos", afirmam os analistas Adrian Huerta e Marcelo Motta.
Por outro lado, entre os riscos ao setor, o banco aponta inflação, especialmente em termos de custos com mão de obra, e execução, tanto para produção quanto para entregas.
"Ainda é bastante cedo para ver qualquer desenvolvimento negativo nos próximos dois a três trimestres", ponderam os analistas.
Segundo eles, a previsão de aperto inflacionário no ano que vem pode afetar o setor, considerando que o segmento sempre esteve abaixo da média do mercado durante outros períodos similares. "Entretanto, acreditamos que ainda é prematuro antecipar este risco potencial."
Para o próximo ano, o JPMorgan prevê uma manutenção do cenário de valorização, apoiada em resultados robustos para o quarto trimestre de 2010 --que serão reportados no início do ano seguinte.
"Acreditamos que há maior potencial de valorização para o ano que vem (...) na nossa visão, os resultados do quarto trimestre serão bastante fortes e as previsões de crescimento para 2011 terão de ser revisadas para cima."
As ações do setor de construção civil acumulam alta de 52% desde 20 de maio, contra valorização de 28% do Ibovespa, sendo que grande parte dos papéis vem operando perto do maior nível em um ano.
Com base nesse cenário, o JPMorgan elevou os preços-alvo até dezembro de cinco das seis companhias que compõem a carteira teórica do Ibovespa.
O preço-alvo da MRV passou de R$ 16 para R$ 23; o da PDG Realty, de R$ 23 para R$ 30; o da Rossi, de R$ 17 para R$ 22, o da Cyrela, de R$ 28 para R$ 29; e o da Gafisa, de R$ 17 para R$ 18.
Dentre essas empresas, a PDG informou no início deste mês que, no acumulado de janeiro a setembro, suas vendas chegaram a R$ 4,76 bilhões, expansão anual de 59,3%. Já os lançamentos atingiram R$ 4,90 bilhões no período, alta de quase 80%.
Embora as ações de construtoras e incorporadoras já tenham registrado forte valorização este ano, o setor ainda apresenta maior potencial de valorização, afirma o JPMorgan em relatório nesta sexta-feira.
Na visão do banco, o setor deve registrar aumento de 15% a 20% no nível de lançamentos e vendas contratadas em 2011, somado à média de crescimento de entre 40% e 60% prevista para este ano.
"Os lucros devem continuar crescendo a taxas de dois dígitos", afirmam os analistas Adrian Huerta e Marcelo Motta.
Por outro lado, entre os riscos ao setor, o banco aponta inflação, especialmente em termos de custos com mão de obra, e execução, tanto para produção quanto para entregas.
"Ainda é bastante cedo para ver qualquer desenvolvimento negativo nos próximos dois a três trimestres", ponderam os analistas.
Segundo eles, a previsão de aperto inflacionário no ano que vem pode afetar o setor, considerando que o segmento sempre esteve abaixo da média do mercado durante outros períodos similares. "Entretanto, acreditamos que ainda é prematuro antecipar este risco potencial."
Para o próximo ano, o JPMorgan prevê uma manutenção do cenário de valorização, apoiada em resultados robustos para o quarto trimestre de 2010 --que serão reportados no início do ano seguinte.
"Acreditamos que há maior potencial de valorização para o ano que vem (...) na nossa visão, os resultados do quarto trimestre serão bastante fortes e as previsões de crescimento para 2011 terão de ser revisadas para cima."
As ações do setor de construção civil acumulam alta de 52% desde 20 de maio, contra valorização de 28% do Ibovespa, sendo que grande parte dos papéis vem operando perto do maior nível em um ano.
Com base nesse cenário, o JPMorgan elevou os preços-alvo até dezembro de cinco das seis companhias que compõem a carteira teórica do Ibovespa.
O preço-alvo da MRV passou de R$ 16 para R$ 23; o da PDG Realty, de R$ 23 para R$ 30; o da Rossi, de R$ 17 para R$ 22, o da Cyrela, de R$ 28 para R$ 29; e o da Gafisa, de R$ 17 para R$ 18.
Dentre essas empresas, a PDG informou no início deste mês que, no acumulado de janeiro a setembro, suas vendas chegaram a R$ 4,76 bilhões, expansão anual de 59,3%. Já os lançamentos atingiram R$ 4,90 bilhões no período, alta de quase 80%.
Em alguns casos, investimento pode ser menos atraente que poupança.
Ligia Guimarães Do G1, em São Paulo
Quem pensa em comprar um imóvel para ganhar dinheiro com a locação ou venda do bem precisa redobrar o cuidado na hora de escolher o que comprar. Em algumas regiões mais cobiçadas para moradia em São Paulo, o preço subiu demais e há a possibilidade de formação de “bolhas” em bairros ou empreendimentos isolados, de acordo com especialistas ouvidos pelo G1.
Com isso, a rentabilidade do aluguel em alguns casos pode ser menos atraente que a de opções mais simples de aplicação, como renda fixa ou CDBs.
"Podem acontecer casos em que por algum motivo alguém lança um imóvel em um preço muito alto, tem uma euforia de compra e pode acontecer de o comprador não conseguir alugar adequadamente. Mas vai ser pontual de cada produto, específico", diz Luiz Fernando Gambi, diretor da vice-presidência de Locação do Secovi - SP.
Não há, apesar disso, risco de catástrofe econômica como a que ocorreu no "estouro" da bolha imobiliária nos Estados Unidos em 2008, que deixou sequelas até hoje em diversas economias do mundo. Lá, a valorização dos imóveis foi motivada, entre outras coisas, pela demanda artificial criada quando as instituições financeiras passaram a oferecer crédito a quem não tinha condições de pagar.
Os valores não deveriam crescer o tempo todo, não é assim que a economia funciona"
David Lynnr
Aqui, por outro lado, o crescimento da demanda é real, formado por um volume crescente de pessoas que, impulsionadas pelo acesso ao crédito e aumento da renda, querem realizar o sonho do teto próprio. A escassez de terrenos e de mão-de-obra no setor de construção civil também são elementos que empurram os preços para cima.
David Lynn, especialista em mercado imobiliário e diretor do ING Clarion em Nova York, braço de aplicações em imóveis do grupo holandês ING, que administra US$ 43 bilhões, diz que uma bolha de preços pode acontecer no Brasil, mas não seria devastadora como a norte-americana.
"Se os preços de residências subirem a um nível fora do alcance do comprador médio e o volume de transações ultrapassar muito as médias históricas, então haverá um problema. Isso ainda não aconteceu no Brasil, mas aconteceu na China. Poderia potencialmente acontecer no mercado de imóveis para classe média e alta do Brasil", afirmou por telefone o executivo, que é autor do livro 'Emerging Market Real Estate Investment' ('Investimento em imóveis nos mercados emergentes', em português).
Bolhas, diz ele, são comuns em ambientes de crescimento e confiança do mercado e não são necessariamente trágicas. "Não significa que a economia ou a indústria vá quebrar. Poderia ser mais um ajuste necessário nos preços. Os valores não deveriam crescer o tempo todo, não é assim que a economia funciona", afirmou. Para ele, no entanto, o pequeno investidor que pensa em comprar imóvel para investir pode ter um ganho menor que o esperado.
"Mercado imobiliário não é um produto para se pensar em curto prazo. Essa história de comprar hoje para vender amanhã é pra outro tipo de ativo. Sempre recomendamos que o imóvel seja um investimento para quem for investir de médio a longo prazo", diz o vice-presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e presidente da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci-Brasil), Ricardo Yazbek. Ele garante que o importante é buscar qualidade e estudar elementos importantes antes de decidir pela compra, como localização.
No longo prazo, a perspectiva para o setor de imóveis é de valorização. A Caixa Econômica Federal, que lidera o financiamento imobiliário no Brasil, prevê que o crédito para habitação cresça dos atuais 4% para 10% do Produto Interno Bruto nos próximos anos.
Aluguel ou renda fixa?
De acordo com especialistas consultados pelo G1, há casos em que o preço do imóvel cresceu muito mais fortemente do que o valor a ser cobrado pelo aluguel; na prática, o risco é que o investidor pague um preço alto na compra e receba em retorno uma renda mensal desproporcionalmente mais baixa na locação.
Dados do Secovi apontam que, atualmente, a rentabilidade média de quem investe em locação em São Paulo é de 0,7% do valor do imóvel. Por exemplo: se um apartamento custou R$ 150 mil, o proprietário receberia por mês R$ 1.050 pelo aluguel.
Você tem em alguns locais uma procura muito grande e isso gera um descolamento sobre o que seria o valor do aluguel que pudesse compensar"
Luiz Fernando Gambi, do Secovi - SP
Cálculos realizados com base em dados do Secovi - SP pelo professor de finanças da a Faculdade Instituto de Administração (FIA) e do Insper, Ricardo Humberto Rocha, indicam que a rentabilidade média de aluguéis de imóveis de 2 dormitórios em São Paulo pode desapontar quem quer investir em locação. Para unidades de preço entre R$ 400 mil e R$ 600 mil, a rentabilidade do aluguel estimada fica entre 0,3% a 0,5% do valor.
"A pessoa que vai comprar imóvel para aluguel tem que avaliar muito bem qual o retorno que ela vai ter, porque para receber 0,3% ela pode ficar na poupança", afirma o especialista. Em setembro, tanto a aplicação em CDI quanto em CDB tiveram rendimento de 0,84%. Já a caderneta de poupança avançou 0,57% no mês.
"Isso de fato esta começando a existir [o descolamento entre os preços dos aluguéis e do metro quadrado dos imóveis], mas é isolado. Você tem em alguns locais uma procura muito grande e isso gera um descolamento sobre o que seria o valor do aluguel que pudesse compensar [a compra do imóvel]. Mas são pontuais", diz Luiz Fernando Gambi, diretor da vice-presidência de Locação do Secovi - SP.
O representante comercial Márcio Pinto da Silva, 46 anos, compra imóveis para investir desde 2004 e sente a queda na rentabilidade. De lá para cá, foram quatro unidades compradas. "Os imóveis subindo muito e a média de locação não acompanhou a subida. Antigamente você conseguia 1%, há uns cinco seis anos. Isso mudou muito nos últimos três anos para cá", conta ele.
Silva diz que ainda se interessa pelo mercado, mas agora só compra quando encontra algum produto abaixo do preço. "Agora 'caço' oportunidades, como uma pessoa que precisa vender imediatamente", diz.
Ritmo mais fraco
Eu acho que esse crescimento no valor do metro quadrado deve continuar crescendo, mas num ritmo muito menor que que o dos próximos meses"
Mário França
Para representantes do setor, o aumento do preço de imóveis deve continuar em ritmo mais fraco daqui para a frente. “Tivemos um bom período de valorização [de imóveis] que eu creio que vá continuar talvez em velocidade menor, sem dúvida. Isto vai num crescendo, porém a curva fica menor no curto prazo. Creio que agora (o ritmo) já está menor do que vinha vindo há dois anos”, analisa o vice-presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e presidente da Federação Internacional das ProfissõesImobiliárias (Fiabci-Brasil), Ricardo Yazbek.
O diretor da incorporadora Requadra Desenvolvimento Imobiliário, Mário França, concorda. Ele diz que o mesmo empreendimento no bairro da Bela Vista, na capital paulista, cujo metro quadrado valia R$ 4.500 em novembro, já é revendido a R$ 6.300.
Para o executivo, haverá desaceleração na alta dos preços.
"Eu acho que estamos chegando em um limite", afirma.
Na opinião do empresário Elbio Fernández Mera, fundado e proprietário da Fernandez Mera Negócios Imobiliários, que deve vender R$ 2,5 bilhões em imóveis em 2010 e cobre os mercados do estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília, quem quer investir no mercado deve comprar bairros com potencial de crescimento e fugir dos consolidados.
"Todo mundo quer morar 'perto da sogra', em bairros já valorizados. Hoje em Osasco quaquer coisa que lançamos vende rapidamente porque Osasco está colada em SP e há uma diferença de preço. Enquanto na Lapa o metro quadrado custa R$ 5 mil, em Osasco vale R$ 3.500", exemplificado.
Quem pensa em comprar um imóvel para ganhar dinheiro com a locação ou venda do bem precisa redobrar o cuidado na hora de escolher o que comprar. Em algumas regiões mais cobiçadas para moradia em São Paulo, o preço subiu demais e há a possibilidade de formação de “bolhas” em bairros ou empreendimentos isolados, de acordo com especialistas ouvidos pelo G1.
Com isso, a rentabilidade do aluguel em alguns casos pode ser menos atraente que a de opções mais simples de aplicação, como renda fixa ou CDBs.
"Podem acontecer casos em que por algum motivo alguém lança um imóvel em um preço muito alto, tem uma euforia de compra e pode acontecer de o comprador não conseguir alugar adequadamente. Mas vai ser pontual de cada produto, específico", diz Luiz Fernando Gambi, diretor da vice-presidência de Locação do Secovi - SP.
Não há, apesar disso, risco de catástrofe econômica como a que ocorreu no "estouro" da bolha imobiliária nos Estados Unidos em 2008, que deixou sequelas até hoje em diversas economias do mundo. Lá, a valorização dos imóveis foi motivada, entre outras coisas, pela demanda artificial criada quando as instituições financeiras passaram a oferecer crédito a quem não tinha condições de pagar.
Os valores não deveriam crescer o tempo todo, não é assim que a economia funciona"
David Lynnr
Aqui, por outro lado, o crescimento da demanda é real, formado por um volume crescente de pessoas que, impulsionadas pelo acesso ao crédito e aumento da renda, querem realizar o sonho do teto próprio. A escassez de terrenos e de mão-de-obra no setor de construção civil também são elementos que empurram os preços para cima.
David Lynn, especialista em mercado imobiliário e diretor do ING Clarion em Nova York, braço de aplicações em imóveis do grupo holandês ING, que administra US$ 43 bilhões, diz que uma bolha de preços pode acontecer no Brasil, mas não seria devastadora como a norte-americana.
"Se os preços de residências subirem a um nível fora do alcance do comprador médio e o volume de transações ultrapassar muito as médias históricas, então haverá um problema. Isso ainda não aconteceu no Brasil, mas aconteceu na China. Poderia potencialmente acontecer no mercado de imóveis para classe média e alta do Brasil", afirmou por telefone o executivo, que é autor do livro 'Emerging Market Real Estate Investment' ('Investimento em imóveis nos mercados emergentes', em português).
Bolhas, diz ele, são comuns em ambientes de crescimento e confiança do mercado e não são necessariamente trágicas. "Não significa que a economia ou a indústria vá quebrar. Poderia ser mais um ajuste necessário nos preços. Os valores não deveriam crescer o tempo todo, não é assim que a economia funciona", afirmou. Para ele, no entanto, o pequeno investidor que pensa em comprar imóvel para investir pode ter um ganho menor que o esperado.
"Mercado imobiliário não é um produto para se pensar em curto prazo. Essa história de comprar hoje para vender amanhã é pra outro tipo de ativo. Sempre recomendamos que o imóvel seja um investimento para quem for investir de médio a longo prazo", diz o vice-presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e presidente da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias (Fiabci-Brasil), Ricardo Yazbek. Ele garante que o importante é buscar qualidade e estudar elementos importantes antes de decidir pela compra, como localização.
No longo prazo, a perspectiva para o setor de imóveis é de valorização. A Caixa Econômica Federal, que lidera o financiamento imobiliário no Brasil, prevê que o crédito para habitação cresça dos atuais 4% para 10% do Produto Interno Bruto nos próximos anos.
Aluguel ou renda fixa?
De acordo com especialistas consultados pelo G1, há casos em que o preço do imóvel cresceu muito mais fortemente do que o valor a ser cobrado pelo aluguel; na prática, o risco é que o investidor pague um preço alto na compra e receba em retorno uma renda mensal desproporcionalmente mais baixa na locação.
Dados do Secovi apontam que, atualmente, a rentabilidade média de quem investe em locação em São Paulo é de 0,7% do valor do imóvel. Por exemplo: se um apartamento custou R$ 150 mil, o proprietário receberia por mês R$ 1.050 pelo aluguel.
Você tem em alguns locais uma procura muito grande e isso gera um descolamento sobre o que seria o valor do aluguel que pudesse compensar"
Luiz Fernando Gambi, do Secovi - SP
Cálculos realizados com base em dados do Secovi - SP pelo professor de finanças da a Faculdade Instituto de Administração (FIA) e do Insper, Ricardo Humberto Rocha, indicam que a rentabilidade média de aluguéis de imóveis de 2 dormitórios em São Paulo pode desapontar quem quer investir em locação. Para unidades de preço entre R$ 400 mil e R$ 600 mil, a rentabilidade do aluguel estimada fica entre 0,3% a 0,5% do valor.
"A pessoa que vai comprar imóvel para aluguel tem que avaliar muito bem qual o retorno que ela vai ter, porque para receber 0,3% ela pode ficar na poupança", afirma o especialista. Em setembro, tanto a aplicação em CDI quanto em CDB tiveram rendimento de 0,84%. Já a caderneta de poupança avançou 0,57% no mês.
"Isso de fato esta começando a existir [o descolamento entre os preços dos aluguéis e do metro quadrado dos imóveis], mas é isolado. Você tem em alguns locais uma procura muito grande e isso gera um descolamento sobre o que seria o valor do aluguel que pudesse compensar [a compra do imóvel]. Mas são pontuais", diz Luiz Fernando Gambi, diretor da vice-presidência de Locação do Secovi - SP.
O representante comercial Márcio Pinto da Silva, 46 anos, compra imóveis para investir desde 2004 e sente a queda na rentabilidade. De lá para cá, foram quatro unidades compradas. "Os imóveis subindo muito e a média de locação não acompanhou a subida. Antigamente você conseguia 1%, há uns cinco seis anos. Isso mudou muito nos últimos três anos para cá", conta ele.
Silva diz que ainda se interessa pelo mercado, mas agora só compra quando encontra algum produto abaixo do preço. "Agora 'caço' oportunidades, como uma pessoa que precisa vender imediatamente", diz.
Ritmo mais fraco
Eu acho que esse crescimento no valor do metro quadrado deve continuar crescendo, mas num ritmo muito menor que que o dos próximos meses"
Mário França
Para representantes do setor, o aumento do preço de imóveis deve continuar em ritmo mais fraco daqui para a frente. “Tivemos um bom período de valorização [de imóveis] que eu creio que vá continuar talvez em velocidade menor, sem dúvida. Isto vai num crescendo, porém a curva fica menor no curto prazo. Creio que agora (o ritmo) já está menor do que vinha vindo há dois anos”, analisa o vice-presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) e presidente da Federação Internacional das ProfissõesImobiliárias (Fiabci-Brasil), Ricardo Yazbek.
O diretor da incorporadora Requadra Desenvolvimento Imobiliário, Mário França, concorda. Ele diz que o mesmo empreendimento no bairro da Bela Vista, na capital paulista, cujo metro quadrado valia R$ 4.500 em novembro, já é revendido a R$ 6.300.
Para o executivo, haverá desaceleração na alta dos preços.
"Eu acho que estamos chegando em um limite", afirma.
Na opinião do empresário Elbio Fernández Mera, fundado e proprietário da Fernandez Mera Negócios Imobiliários, que deve vender R$ 2,5 bilhões em imóveis em 2010 e cobre os mercados do estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília, quem quer investir no mercado deve comprar bairros com potencial de crescimento e fugir dos consolidados.
"Todo mundo quer morar 'perto da sogra', em bairros já valorizados. Hoje em Osasco quaquer coisa que lançamos vende rapidamente porque Osasco está colada em SP e há uma diferença de preço. Enquanto na Lapa o metro quadrado custa R$ 5 mil, em Osasco vale R$ 3.500", exemplificado.
Queiroz Galvão vende 100% de empreendimento comercial em São Paulo no dia do lançamento
O braço imobiliário da construtura Queiroz Galvão estreou com o pé direito no mercado de imóveis comerciais paulistano.
A empresa vendeu todas as unidades de um prédio de escritórios no Morumbi no dia do lançamento. Foram 288 unidades em algumas horas.
A empresa vendeu todas as unidades de um prédio de escritórios no Morumbi no dia do lançamento. Foram 288 unidades em algumas horas.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Um ano em três meses
O mercado imobiliário começa a viver o que deverá ser o melhor trimestre de vendas da história do setor. A previsão de incorporadoras e imobiliárias é que nos três últimos meses do ano sejam lançados de 8 bilhões a 10 bilhões de reais em imóveis residenciais e comerciais na Grande São Paulo, volume que praticamente equivale a todos os outros nove meses do ano, quando os lançamentos imobiliários somaram 10,7 bilhões de reais na região. Fatores como aumento da oferta de crédito, estabilidade de emprego e demanda reprimida, além da rápida recuperação da crise financeira, são apontados como os responsáveis por esse resultado.
Os apartamentos de dois quartos com preços de até 500 000 reais são os grandes campeões de vendas. Especialistas do setor dizem que o último trimestre de 2010 já é indicação de um forte crescimento para 2011, quando os lançamentos devem superar os 24 bilhões de reais na Grande São Paulo.
Nota publicada na edição 978 da revista EXAME.
Os apartamentos de dois quartos com preços de até 500 000 reais são os grandes campeões de vendas. Especialistas do setor dizem que o último trimestre de 2010 já é indicação de um forte crescimento para 2011, quando os lançamentos devem superar os 24 bilhões de reais na Grande São Paulo.
Nota publicada na edição 978 da revista EXAME.
Preços dos imóveis na China tem o primeiro aumento desde maio
Danielle Chaves, da Agência Estado
XANGAI - Os preços e as vendas dos imóveis na China se recuperaram em setembro, depois de um período de quatro meses de fraqueza provocada por medidas do governo. Dados oficiais divulgados nesta sexta-feira destacaram as contínuas dificuldades que o governo chinês está enfrentando para estabilizar o fortalecimento do mercado imobiliário do país.
O índice nacional de preços dos imóveis da China, que engloba 70 grandes e médias cidades, subiu 0,5% em setembro ante agosto, de acordo com o Birô Nacional de Estatísticas, marcando o primeiro aumento em termos mensais desde maio. Em comparação com setembro do ano passado, o índice aumentou 9,1%, em seguida ao ganho de 8,3% de agosto.
As vendas de imóveis nacionais medidas pela área do terreno subiu 16,6% em setembro ante setembro de 2009, depois da queda anual de 10,1% em agosto. Esse foi o primeiro aumento desde abril, quando houve crescimento de 27%.
O retorno do sentimento altista para o mercado em setembro foi aparentemente o estímulo para outra rodada de aperto nas políticas do governo anunciadas no fim daquele mês. As novas medidas se somaram às anunciadas em abril, que haviam tido pouco sucesso em limitar a especulação e tornar as moradias mais baratas.
Analistas esperam que os movimentos mais recentes do governo ajudem a esfriar as atividades do mercado imobiliário chinês nos próximos meses, mas muitos acreditam que os preços vão permanecer estáveis ou cair apenas levemente, já que os motores fundamentais do boom imobiliário da China não foram muito afetados.
O governo chinês reagiu no fim de setembro ao ordenar que os bancos interrompessem os empréstimos para compra da terceira moradia e de moradias subsequentes e ao elevar as exigências de pagamentos iniciais para todas as compras de casas a no mínimo 30% do valor total, de cerca de 20% anteriormente. As medidas anunciadas em abril incluíram a elevação a 30% do pagamento inicial para compra de casas com mais de 90 metros quadrados. As informações são da Dow Jones.
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XANGAI - Os preços e as vendas dos imóveis na China se recuperaram em setembro, depois de um período de quatro meses de fraqueza provocada por medidas do governo. Dados oficiais divulgados nesta sexta-feira destacaram as contínuas dificuldades que o governo chinês está enfrentando para estabilizar o fortalecimento do mercado imobiliário do país.
O índice nacional de preços dos imóveis da China, que engloba 70 grandes e médias cidades, subiu 0,5% em setembro ante agosto, de acordo com o Birô Nacional de Estatísticas, marcando o primeiro aumento em termos mensais desde maio. Em comparação com setembro do ano passado, o índice aumentou 9,1%, em seguida ao ganho de 8,3% de agosto.
As vendas de imóveis nacionais medidas pela área do terreno subiu 16,6% em setembro ante setembro de 2009, depois da queda anual de 10,1% em agosto. Esse foi o primeiro aumento desde abril, quando houve crescimento de 27%.
O retorno do sentimento altista para o mercado em setembro foi aparentemente o estímulo para outra rodada de aperto nas políticas do governo anunciadas no fim daquele mês. As novas medidas se somaram às anunciadas em abril, que haviam tido pouco sucesso em limitar a especulação e tornar as moradias mais baratas.
Analistas esperam que os movimentos mais recentes do governo ajudem a esfriar as atividades do mercado imobiliário chinês nos próximos meses, mas muitos acreditam que os preços vão permanecer estáveis ou cair apenas levemente, já que os motores fundamentais do boom imobiliário da China não foram muito afetados.
O governo chinês reagiu no fim de setembro ao ordenar que os bancos interrompessem os empréstimos para compra da terceira moradia e de moradias subsequentes e ao elevar as exigências de pagamentos iniciais para todas as compras de casas a no mínimo 30% do valor total, de cerca de 20% anteriormente. As medidas anunciadas em abril incluíram a elevação a 30% do pagamento inicial para compra de casas com mais de 90 metros quadrados. As informações são da Dow Jones.
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Imóveis – Investidores veem Brasil como 2º mercado mundial
Uma pesquisa feita entre membros de uma associação americana de investidores estrangeiros em imóveis indica o Brasil como o segundo destino mais atraente para seus investimentos em 2009.
Segundo a pesquisa da Associação de Investidores Estrangeiros em Imóveis (Afire, na sigla em inglês), 16% dos seus membros consideram o Brasil como o país que oferece a melhor oportunidade para apreciação de capital.
O Brasil subiu dez postos no ranking em relação à mesma pesquisa realizada no ano anterior, desbancando a China do segundo posto de mercado mais atraente para os investimentos em imóveis.
Fonte: BBC Brasil.
Segundo a pesquisa da Associação de Investidores Estrangeiros em Imóveis (Afire, na sigla em inglês), 16% dos seus membros consideram o Brasil como o país que oferece a melhor oportunidade para apreciação de capital.
O Brasil subiu dez postos no ranking em relação à mesma pesquisa realizada no ano anterior, desbancando a China do segundo posto de mercado mais atraente para os investimentos em imóveis.
Fonte: BBC Brasil.
BrasilBrokers fecha acordo de exclusividade com HSBC
Valor Econômico, Adriana Cotias, 15/out
O HSBC fechou contrato de cinco anos, renováveis por mais cinco, com a BrasilBrokers, para ter exclusividade na oferta de crédito à habitação aos compradores que fizerem negócio com as 22 empresas imobiliárias que compõem o grupo. A previsão é que a parceria gere contratos de R$ 10 bilhões para a subsidiária do banco inglês no Brasil, que vai fechar o ano com uma carteira de R$ 1,5 bilhão. O negócio encontra algum paralelo no acordo selado pelo Itaú com a corretora Lopes, em 2007, na CrediPronto, com a diferença de que não haverá uma estrutura societária e a Brasil Brokers será remunerada por performance, sem divisão de resultados.
Pelo modelo desenhado, a estimativa é de que, para a BrasilBrokers, a aliança proporcione receitas adicionais de R$ 160 milhões nos primeiros cinco anos e R$ 420 milhões no período completo do contrato. Não é de hoje que a consultoria buscava um parceiro financeiro para acelerar a sua expansão. Desde que a Lopes se aproximou do Itaú, recebendo pelo acordo R$ 290 milhões à vista, com perspectiva de embolsar mais R$ 220 milhões atrelados a resultados em dez anos, a BrasilBrokers estudava caminho semelhante. Os bancos também vinham assediando a empresa.
A Brasil Brokers não vai receber um pagamento "na frente" para franquear seus balcões de negócios, como fez a Lopes. Em vez disso, negociou comissões maiores e um adiantamento de R$ 45 milhões em comissões, segundo o presidente da empresa, Sergio Newlands Freire.
A parceria prevê que 80% dos recursos sejam desembolsados pelo HSBC em 2011, servindo ao propósito de financiar a expansão orgânica e aquisições planejadas pela BrasilBrokers, especialmente em São Paulo, onde a empresa tem participação pequena, de menos de 1% do mercado, conta Freire.
Antes do desfecho com o HSBC, o grupo chegou a conversar com Banco do Brasil, Caixa, Bradescoe Real, diálogo iniciado na fase anterior à aquisição pelo Santander. A crise em 2008 interrompeu o projeto e foi no fim de 2009 que os telefones voltaram a tocar, conta Freire. De acordo com o executivo, foi a proposta do HSBC que melhor se enquadrou ao que a companhia almejava como retorno e estrutura de negócio. O banco vai destacar equipes das áreas de vendas, crédito, processos e contratos só para atender a BrasilBrokers. Vai também treinar os 13 mil corretores da empresa para fazer a oferta do financiamento, casada com a transação imobiliária.
O HSBC terá exclusividade de ser o primeiro a fazer a análise de crédito aos clientes da empresa e promete a liberação dos recursos em até 30 dias. Para o banco, a parceria representa um atalho para crescer no crédito imobiliário, segmento em que tem participação relativa pequena se comparada ao tamanho do grupo inglês nessa área, diz o diretor Antonio Barbosa. No país, a carteira de R$ 1,5 bilhão representa apenas 6% do conjunto de ativos, enquanto globalmente a fatia chega a 28% dos US$ 261 bilhões totais. Com o acordo, a produção anual, que neste ano chegará a R$ 1 bilhão no portfólio de pessoa física, dobra de tamanho já em 2011, com um terço advindo das operações com a BrasilBrokers. O banco vai se valer da distribuição nacional da consultoria imobiliária para ganhar relevância em mercados em que teria presença "invisível", destaca Barbosa.
O assédio dos bancos às consultorias de imóveis se explica pelo forte potencial de expansão do crédito imobiliário no Brasil, que já cresce a uma velocidade de 50% ao ano, mas ainda representa menos de 4% do PIB, parcela incipiente quando comparada a outros mercados na própria América Latina - 17% no Chile e 12% no México, por exemplo. "O brasileiro compra, em média, 1,2 casa por vida, enquanto o americano compra 2,8 casas. E só metade das unidades vendidas no Brasil são financiadas", diz Barbosa.
Freire, da BrasilBrokers, adianta que a parceria não para por aí. Qualquer negócio que envolva um "pool" de instituições financeiras terá o banco como participante: cobrança, folha de pagamento ou qualquer captação podem entrar no pacote. Uma oferta subsequente de ações em 2011 é um dos planos em estudo para dar vazão ao projeto de crescimento do grupo.
O HSBC fechou contrato de cinco anos, renováveis por mais cinco, com a BrasilBrokers, para ter exclusividade na oferta de crédito à habitação aos compradores que fizerem negócio com as 22 empresas imobiliárias que compõem o grupo. A previsão é que a parceria gere contratos de R$ 10 bilhões para a subsidiária do banco inglês no Brasil, que vai fechar o ano com uma carteira de R$ 1,5 bilhão. O negócio encontra algum paralelo no acordo selado pelo Itaú com a corretora Lopes, em 2007, na CrediPronto, com a diferença de que não haverá uma estrutura societária e a Brasil Brokers será remunerada por performance, sem divisão de resultados.
Pelo modelo desenhado, a estimativa é de que, para a BrasilBrokers, a aliança proporcione receitas adicionais de R$ 160 milhões nos primeiros cinco anos e R$ 420 milhões no período completo do contrato. Não é de hoje que a consultoria buscava um parceiro financeiro para acelerar a sua expansão. Desde que a Lopes se aproximou do Itaú, recebendo pelo acordo R$ 290 milhões à vista, com perspectiva de embolsar mais R$ 220 milhões atrelados a resultados em dez anos, a BrasilBrokers estudava caminho semelhante. Os bancos também vinham assediando a empresa.
A Brasil Brokers não vai receber um pagamento "na frente" para franquear seus balcões de negócios, como fez a Lopes. Em vez disso, negociou comissões maiores e um adiantamento de R$ 45 milhões em comissões, segundo o presidente da empresa, Sergio Newlands Freire.
A parceria prevê que 80% dos recursos sejam desembolsados pelo HSBC em 2011, servindo ao propósito de financiar a expansão orgânica e aquisições planejadas pela BrasilBrokers, especialmente em São Paulo, onde a empresa tem participação pequena, de menos de 1% do mercado, conta Freire.
Antes do desfecho com o HSBC, o grupo chegou a conversar com Banco do Brasil, Caixa, Bradescoe Real, diálogo iniciado na fase anterior à aquisição pelo Santander. A crise em 2008 interrompeu o projeto e foi no fim de 2009 que os telefones voltaram a tocar, conta Freire. De acordo com o executivo, foi a proposta do HSBC que melhor se enquadrou ao que a companhia almejava como retorno e estrutura de negócio. O banco vai destacar equipes das áreas de vendas, crédito, processos e contratos só para atender a BrasilBrokers. Vai também treinar os 13 mil corretores da empresa para fazer a oferta do financiamento, casada com a transação imobiliária.
O HSBC terá exclusividade de ser o primeiro a fazer a análise de crédito aos clientes da empresa e promete a liberação dos recursos em até 30 dias. Para o banco, a parceria representa um atalho para crescer no crédito imobiliário, segmento em que tem participação relativa pequena se comparada ao tamanho do grupo inglês nessa área, diz o diretor Antonio Barbosa. No país, a carteira de R$ 1,5 bilhão representa apenas 6% do conjunto de ativos, enquanto globalmente a fatia chega a 28% dos US$ 261 bilhões totais. Com o acordo, a produção anual, que neste ano chegará a R$ 1 bilhão no portfólio de pessoa física, dobra de tamanho já em 2011, com um terço advindo das operações com a BrasilBrokers. O banco vai se valer da distribuição nacional da consultoria imobiliária para ganhar relevância em mercados em que teria presença "invisível", destaca Barbosa.
O assédio dos bancos às consultorias de imóveis se explica pelo forte potencial de expansão do crédito imobiliário no Brasil, que já cresce a uma velocidade de 50% ao ano, mas ainda representa menos de 4% do PIB, parcela incipiente quando comparada a outros mercados na própria América Latina - 17% no Chile e 12% no México, por exemplo. "O brasileiro compra, em média, 1,2 casa por vida, enquanto o americano compra 2,8 casas. E só metade das unidades vendidas no Brasil são financiadas", diz Barbosa.
Freire, da BrasilBrokers, adianta que a parceria não para por aí. Qualquer negócio que envolva um "pool" de instituições financeiras terá o banco como participante: cobrança, folha de pagamento ou qualquer captação podem entrar no pacote. Uma oferta subsequente de ações em 2011 é um dos planos em estudo para dar vazão ao projeto de crescimento do grupo.
Fernandez Mera dará viagem a seu consumidor
DCI, 15/out
Começou ontem (14) a campanha "Super Compra" da Fernandez Mera para a comercialização de imóveis de 15 empreendimentos de todos os segmentos com condições de pagamentos facilitadas para os compradores.
Segundo a empresa, os empreendimentos envolvidos na campanha estão em localizações privilegiadas de São Paulo, São Bernardo do Campo, Tamboré, Cajamar, Granja Viana, Vinhedo e Jundiaí, e têm valores que variam entre R$ 110 mil e R$ 2 milhões.
A campanha também dará aos compradores dos imóveis uma passagem aérea de ida e volta para qualquer localidade brasileira operada pela Azul Linhas Aéreas Brasileiras. O benefício é válido para todos os imóveis comercializados no período entre 14 de outubro e 28 de novembro por intermédio da Fernandez Mera.
Atuante na intermediação imobiliária do País há 27 anos, a Fernandez Meira prevê, com o reaquecimento da economia, um valor geral de vendas (VGV) de R$ 2,7 bilhões, com mais de 11 mil imóveis vendidos durante o ano de 2010, ante R$ 1,7 bilhão em VGV em 2009 e 6 mil imóveis vendidos.
Começou ontem (14) a campanha "Super Compra" da Fernandez Mera para a comercialização de imóveis de 15 empreendimentos de todos os segmentos com condições de pagamentos facilitadas para os compradores.
Segundo a empresa, os empreendimentos envolvidos na campanha estão em localizações privilegiadas de São Paulo, São Bernardo do Campo, Tamboré, Cajamar, Granja Viana, Vinhedo e Jundiaí, e têm valores que variam entre R$ 110 mil e R$ 2 milhões.
A campanha também dará aos compradores dos imóveis uma passagem aérea de ida e volta para qualquer localidade brasileira operada pela Azul Linhas Aéreas Brasileiras. O benefício é válido para todos os imóveis comercializados no período entre 14 de outubro e 28 de novembro por intermédio da Fernandez Mera.
Atuante na intermediação imobiliária do País há 27 anos, a Fernandez Meira prevê, com o reaquecimento da economia, um valor geral de vendas (VGV) de R$ 2,7 bilhões, com mais de 11 mil imóveis vendidos durante o ano de 2010, ante R$ 1,7 bilhão em VGV em 2009 e 6 mil imóveis vendidos.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Parcela das chaves não é obrigatória
O Dia, Ana D'Angelo, 14/out
Compradores de imóveis na planta ficam livres de pagar na data prevista em contrato se unidade ainda não foi entregue
Os compradores de imóveis na planta não são obrigados a quitar a conhecida "parcela das chaves" - normalmente de valor alto - na data prevista em contrato, se o imóvel ainda não foi entregue. É ilegal a exigência da construtora de que o valor é devido na entrega do apartamento prevista inicialmente no contrato assinado, mas que não foi honrada, ou mesmo na data do "habite-se", sem a efetiva transferência das chaves.
O habite-se é a certidão da prefeitura atestando que a edificação está regular, necessária para o registro em cartório. Com ele, a construtora consegue providenciar o desmembramento da obra em unidades autônomas, para determinar a matrícula de cada um dos imóveis e, assim, poder lavrar a escritura e providenciar o registro em cartório. Em boa parte dos casos, essa parcela seria paga com financiamento bancário, que requer a matrícula individualizada do apartamento.
Normalmente, a construtora começa a entregar as chaves somente após esse desmembramento e agendamento da vistoria. Mas exige o pagamento da parcela das chaves antes, o que é irregular.
Já existe jurisprudência (decisões reiteradas no mesmo sentido) dos tribunais brasileiros, inclusive do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhecendo que o valor das parcelas das chaves não é devido se o imóvel não foi entregue na data prevista em contrato.
"Age no regular exercício de direito o promitente comprador que susta a última parcela do preço do imóvel, cujo vencimento coincide com aquele previsto para o ato da entrega das respectivas chaves, obrigação não cumprida pelo promitente comprador", diz acórdão de Recurso Especial julgado pelo STJ em 2006. O Tribunal de Justiça do Rio tem seguido este entendimento.
Mesmo não sendo obrigado a pagar a parcela das chaves em data anterior à efetiva entrega do imóvel, seu valor continua atualizado pelo INCC, ou pelo índice setorial da construção civil previsto no contrato, até o pagamento. Não fica congelada, nem pode sofrer incidência de juros previstos para o saldo devedor pós-entrega.
Compradores de imóveis na planta ficam livres de pagar na data prevista em contrato se unidade ainda não foi entregue
Os compradores de imóveis na planta não são obrigados a quitar a conhecida "parcela das chaves" - normalmente de valor alto - na data prevista em contrato, se o imóvel ainda não foi entregue. É ilegal a exigência da construtora de que o valor é devido na entrega do apartamento prevista inicialmente no contrato assinado, mas que não foi honrada, ou mesmo na data do "habite-se", sem a efetiva transferência das chaves.
O habite-se é a certidão da prefeitura atestando que a edificação está regular, necessária para o registro em cartório. Com ele, a construtora consegue providenciar o desmembramento da obra em unidades autônomas, para determinar a matrícula de cada um dos imóveis e, assim, poder lavrar a escritura e providenciar o registro em cartório. Em boa parte dos casos, essa parcela seria paga com financiamento bancário, que requer a matrícula individualizada do apartamento.
Normalmente, a construtora começa a entregar as chaves somente após esse desmembramento e agendamento da vistoria. Mas exige o pagamento da parcela das chaves antes, o que é irregular.
Já existe jurisprudência (decisões reiteradas no mesmo sentido) dos tribunais brasileiros, inclusive do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhecendo que o valor das parcelas das chaves não é devido se o imóvel não foi entregue na data prevista em contrato.
"Age no regular exercício de direito o promitente comprador que susta a última parcela do preço do imóvel, cujo vencimento coincide com aquele previsto para o ato da entrega das respectivas chaves, obrigação não cumprida pelo promitente comprador", diz acórdão de Recurso Especial julgado pelo STJ em 2006. O Tribunal de Justiça do Rio tem seguido este entendimento.
Mesmo não sendo obrigado a pagar a parcela das chaves em data anterior à efetiva entrega do imóvel, seu valor continua atualizado pelo INCC, ou pelo índice setorial da construção civil previsto no contrato, até o pagamento. Não fica congelada, nem pode sofrer incidência de juros previstos para o saldo devedor pós-entrega.
Construtoras atraem apostas
Jornal do Commercio, Tatiana Gurjão, 14/out
Após registrarem fortes desvalorizações no Ibovespa este mês, andando na contramão do mercado, as ações de imobiliárias voltaram a figurar na cesta de compras de investidores, e dominaram o topo do Ibovespa no pregão de ontem. Os maiores destaques entre as construtoras foram para os papéis ON da Rossi (6,74%, a R$ 18,05), MRV (6,47%, a R$ 18,10) e Gafisa 5,36% (a R$ 14,75).
O setor tem empolgado os investidores com o balanço das vendas contratadas no terceiro trimestre, divulgado primeiro pela PDG na semana passada, depois pela Brookfield, e agora pela Even, duas empresas cujos papéis ainda não compõem o índice Ibovespa. De acordo com a Even, já foram vendidos este ano R$ 1,6 bilhão e lançado R$ 1,3 bilhão.
Para a equipe de análise da Itaú Corretora, os resultados preliminares soltados pela Even, na quarta-feira, mostram um período "impressionante para a empresa". No embalo dos números robustos divulgados, ações da construtora subiram 4,11 % no pregão.
Pela manhã, o banco Goldman Sachs tinha animado os compradores ao recomendar o investimento em ações do setor no Brasil, com ênfase na PDG, junto com empresas dos setores de matérias-primas, transportes e financeiro.
"Acreditamos que as ações de commodities vão brilhar, com os bancos centrais dos países desenvolvidos promovendo um fluxo contínuo de liquidez", escreveu o estrategista Stephen Graham, que vê tendência de baixa para as siderúrgicas brasileiras. "Elétricas e telecomunicações defensivas podem não ter o forte desempenho que esperamos", disse o banco, em relatório.
ELETROBRAS. Por enquanto, a Eletrobras contrariou a previsão e teve alta de 6,12% (a R$ 24,62) em seus títulos ON e de 6,08% nos PNB (a R$ 28,96). Rosângela Ribeiro, da SLW, diz que o gatilho para a disparada das ações da companhia foi dado com os rumores de que a estatal chinesa China State Grid participe de novos leilões de energia. "Com a participação da estatal chinesa nos leilões, a Eletrobras terá redução de gastos nesses eventos, e poderá atrair outros investidores internacionais, ao mostar que isso é um bom negócio."
Adicionalmente, o governo anunciou ontem que encaminhou ao Senado pedido de aprovação de empréstimo de US$ 500 milhões que a Eletrobras está negociando junto ao Banco Mundial (Bird). A operação já havia sido anunciada em março do ano passado pela estatal. Os recursos serão utilizados para melhorar a qualidade dos serviços das empresas de distribuição controladas pela holding.
Na aviação, subiram os ativos PN da TAM (5,96%, a R$ 40,56) e os da GOL (4,89%, a R$ 29,80). Analistas destacaram o efeito da queda do dólar sobre os custos das empresas. "A valorização do real enfatiza um cenário promissor para as aviadoras, porque reduz as dívidas das empresas e os custos com combustível, ambos em dólar, e estimula a demanda por viagens internacionais", avalia Rosângela, da SLW.
Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ] divulgou alta de 29,9% da de- i manda doméstica em setembro, com taxa de ocupação de 73,38%. "Tivemos a segunda maior taxa de ocupação do ano, superando meses com festividades como julho e fevereiro. A Azul fez taxa de 85,2%. Isso dá exemplo de como está aquecida a região Sudeste em relação a novos voos", destacou Brian Moretti, analista de transportes da corretora Planner.
No outro campo do índice, Embraer ON cedeu 4,15% (a R$ 11,56), após informar que foram entregues 44 aeronaves no terceiro trimestre. O Citigroup, que aguardava entrega de 59 unidades, considerou o resultado decepcionante. Fibria ON devolveu 2,05% (a R$ 28,62) depois de ser recomendada para "compra" pelo Goldman Sachs.
Após registrarem fortes desvalorizações no Ibovespa este mês, andando na contramão do mercado, as ações de imobiliárias voltaram a figurar na cesta de compras de investidores, e dominaram o topo do Ibovespa no pregão de ontem. Os maiores destaques entre as construtoras foram para os papéis ON da Rossi (6,74%, a R$ 18,05), MRV (6,47%, a R$ 18,10) e Gafisa 5,36% (a R$ 14,75).
O setor tem empolgado os investidores com o balanço das vendas contratadas no terceiro trimestre, divulgado primeiro pela PDG na semana passada, depois pela Brookfield, e agora pela Even, duas empresas cujos papéis ainda não compõem o índice Ibovespa. De acordo com a Even, já foram vendidos este ano R$ 1,6 bilhão e lançado R$ 1,3 bilhão.
Para a equipe de análise da Itaú Corretora, os resultados preliminares soltados pela Even, na quarta-feira, mostram um período "impressionante para a empresa". No embalo dos números robustos divulgados, ações da construtora subiram 4,11 % no pregão.
Pela manhã, o banco Goldman Sachs tinha animado os compradores ao recomendar o investimento em ações do setor no Brasil, com ênfase na PDG, junto com empresas dos setores de matérias-primas, transportes e financeiro.
"Acreditamos que as ações de commodities vão brilhar, com os bancos centrais dos países desenvolvidos promovendo um fluxo contínuo de liquidez", escreveu o estrategista Stephen Graham, que vê tendência de baixa para as siderúrgicas brasileiras. "Elétricas e telecomunicações defensivas podem não ter o forte desempenho que esperamos", disse o banco, em relatório.
ELETROBRAS. Por enquanto, a Eletrobras contrariou a previsão e teve alta de 6,12% (a R$ 24,62) em seus títulos ON e de 6,08% nos PNB (a R$ 28,96). Rosângela Ribeiro, da SLW, diz que o gatilho para a disparada das ações da companhia foi dado com os rumores de que a estatal chinesa China State Grid participe de novos leilões de energia. "Com a participação da estatal chinesa nos leilões, a Eletrobras terá redução de gastos nesses eventos, e poderá atrair outros investidores internacionais, ao mostar que isso é um bom negócio."
Adicionalmente, o governo anunciou ontem que encaminhou ao Senado pedido de aprovação de empréstimo de US$ 500 milhões que a Eletrobras está negociando junto ao Banco Mundial (Bird). A operação já havia sido anunciada em março do ano passado pela estatal. Os recursos serão utilizados para melhorar a qualidade dos serviços das empresas de distribuição controladas pela holding.
Na aviação, subiram os ativos PN da TAM (5,96%, a R$ 40,56) e os da GOL (4,89%, a R$ 29,80). Analistas destacaram o efeito da queda do dólar sobre os custos das empresas. "A valorização do real enfatiza um cenário promissor para as aviadoras, porque reduz as dívidas das empresas e os custos com combustível, ambos em dólar, e estimula a demanda por viagens internacionais", avalia Rosângela, da SLW.
Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ] divulgou alta de 29,9% da de- i manda doméstica em setembro, com taxa de ocupação de 73,38%. "Tivemos a segunda maior taxa de ocupação do ano, superando meses com festividades como julho e fevereiro. A Azul fez taxa de 85,2%. Isso dá exemplo de como está aquecida a região Sudeste em relação a novos voos", destacou Brian Moretti, analista de transportes da corretora Planner.
No outro campo do índice, Embraer ON cedeu 4,15% (a R$ 11,56), após informar que foram entregues 44 aeronaves no terceiro trimestre. O Citigroup, que aguardava entrega de 59 unidades, considerou o resultado decepcionante. Fibria ON devolveu 2,05% (a R$ 28,62) depois de ser recomendada para "compra" pelo Goldman Sachs.
Rodobens vende R$ 185 milhões
Jornal do Commercio, Lucas Vettorazzo, 14/out
A Rodobens Negócios Imobiliários, empresa de incorporação de imóveis do Grupo Rodobens, vendeu R$ 185 milhões no terceiro trimestre deste ano, montante 21,7% maior que o reportado em igual período de 2009 (R$ 152 milhões). A empresa explicou que os volumes referem-se apenas à parte da empresa nos empreendimentos vendidos. No terceiro trimestre foram vendidas 2,217 mil unidades, representando Volume Geral de Vendas (VGV) de R$213 milhões. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a Rodobens apurou vendas no valor de R$ 599 milhões, alta de 56% sobre o verificado em igual período de 2009. De janeiro a setembro, 8,594 mil unidades foram vendidas.
Na prévia de seus resultados, divulgados ontem, a Rodobens informou que os lançamentos do terceiro trimestre alcançaram RS 182 milhões, montante em linha com o apurado em igual período do ano passado. Foram postas a venda 2,390 mil unidades. Segundo a empresa, do total lançado no trimestre, 33% já estavam vendidos no fim de setembro. A Rodobens explicou ainda que houve postergação de lançamentos devido ao atraso nos registros de incorporação em vários municípios, impactada principalmente pelo período eleitoral.
A Rodobens Negócios Imobiliários, empresa de incorporação de imóveis do Grupo Rodobens, vendeu R$ 185 milhões no terceiro trimestre deste ano, montante 21,7% maior que o reportado em igual período de 2009 (R$ 152 milhões). A empresa explicou que os volumes referem-se apenas à parte da empresa nos empreendimentos vendidos. No terceiro trimestre foram vendidas 2,217 mil unidades, representando Volume Geral de Vendas (VGV) de R$213 milhões. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a Rodobens apurou vendas no valor de R$ 599 milhões, alta de 56% sobre o verificado em igual período de 2009. De janeiro a setembro, 8,594 mil unidades foram vendidas.
Na prévia de seus resultados, divulgados ontem, a Rodobens informou que os lançamentos do terceiro trimestre alcançaram RS 182 milhões, montante em linha com o apurado em igual período do ano passado. Foram postas a venda 2,390 mil unidades. Segundo a empresa, do total lançado no trimestre, 33% já estavam vendidos no fim de setembro. A Rodobens explicou ainda que houve postergação de lançamentos devido ao atraso nos registros de incorporação em vários municípios, impactada principalmente pelo período eleitoral.
Even tem venda recorde de R$ 600 mil
DCI, 14/out
A construtora e incorporadora Even divulgou ontem dados preliminares referentes a lançamentos e vendas realizados no terceiro trimestre de 2010. A empresa registrou um recorde de vendas contratadas no período, atingindo R$ 600,3 milhões, além de um total acumulado de R$ 1,6 bilhão desde o começo do ano.
Das vendas contratadas entre os meses de julho e setembro, um total de 58% (R$ 347,8 milhões) é referente a lançamentos feitos no trimestre em questão, enquanto os 42% restantes (que somam R$ 252,5 milhões) são de lançamentos antigos que estavam em estoque e foram vendidos no período. O indicador venda sobre oferta (VSO) do período ficou em 37%, de acordo com a empresa.
No período de julho a setembro de 2010 foram lançados nove empreendimentos pela empresa nas regiões de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, áreas de grande atuação da Even, que registraram R$ 577,5 milhões. Deste total, 60% foram vendidos no período. Nos nove primeiros meses de 2010, a Even acumula R$ 1,2 bilhão em lançamentos, dos quais 83% são relativos a projetos com unidades de até R$ 500 mil.
A companhia também informou que adquiriu, no terceiro trimestre, novos terrenos com potencial de vendas no valor de R$ 798 milhões, sendo 48% destinados à Even e 52% à Open, marca pertencente ao grupo que é destinada ao segmento econômico, em linha com a sua estratégia de diversificação e aproveitando as melhores oportunidades de mercado.
A construtora e incorporadora Even divulgou ontem dados preliminares referentes a lançamentos e vendas realizados no terceiro trimestre de 2010. A empresa registrou um recorde de vendas contratadas no período, atingindo R$ 600,3 milhões, além de um total acumulado de R$ 1,6 bilhão desde o começo do ano.
Das vendas contratadas entre os meses de julho e setembro, um total de 58% (R$ 347,8 milhões) é referente a lançamentos feitos no trimestre em questão, enquanto os 42% restantes (que somam R$ 252,5 milhões) são de lançamentos antigos que estavam em estoque e foram vendidos no período. O indicador venda sobre oferta (VSO) do período ficou em 37%, de acordo com a empresa.
No período de julho a setembro de 2010 foram lançados nove empreendimentos pela empresa nas regiões de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, áreas de grande atuação da Even, que registraram R$ 577,5 milhões. Deste total, 60% foram vendidos no período. Nos nove primeiros meses de 2010, a Even acumula R$ 1,2 bilhão em lançamentos, dos quais 83% são relativos a projetos com unidades de até R$ 500 mil.
A companhia também informou que adquiriu, no terceiro trimestre, novos terrenos com potencial de vendas no valor de R$ 798 milhões, sendo 48% destinados à Even e 52% à Open, marca pertencente ao grupo que é destinada ao segmento econômico, em linha com a sua estratégia de diversificação e aproveitando as melhores oportunidades de mercado.
Allianz tem Residência a partir de R$ 76,70
Monitor Mercantil, 14/out
Com preço a partir de R$ 76,70 por ano e fácil contratação, Residência Essencial oferece seis pacotes diferentes com coberturas determinadas para proteger os imóveis Para oferecer pacotes acessíveis ao bolso do brasileiro e que facilitam o entendimento das coberturas - excluindo o "segures" - a Allianz Seguros está oferecendo o Residência Essencial, que cobre os principais riscos a que os imóveis estão expostos.
Isso porque, menos de 10% dos lares do país possuem seguro residencial, segundo cálculos do setor. A falsa sensação de que o produto custa caro ou por considerar que não é importante proteger a casa ou apartamento - na maioria das vezes o principal patrimônio da família -, embora faça isso com o veículo, são um dos maiores entraves para contratação dessa modalidade de seguro pelos brasileiros.
Os corretores de seguros também encontrarão facilidades no ato da venda. "Posicionamos o produto de uma forma objetiva. É como se ele retirasse da prateleira e colocasse à disposição do seu cliente", comenta Rafael Rodrigues, superintendente de seguros patrimoniais da Allianz.
O Residência Essencial é uma apólice de um ano de vigência que, como o próprio nome diz, traz coberturas de primeira necessidade do segurado, a um custo reduzido e com um bom pacote de assistência 24 horas. "Nossa intenção foi entregar um produto autoexplicativo ao mercado e desmistificar a idéia que o brasileiro faz do custo deste produto", destaca Rodrigues.
Preço acessível
Com seis tipos de planos, variando apenas o preço, o seguro sai a partir de R$ 76,70 ou quatro parcelas de R$ 19,18 sem juros. O produto, desenhado após pesquisa feita no mercado e dentro da própria carteira, oferece coberturas essenciais, tais como: despesa com aluguel, dano elétrico, vendaval, roubo e furto, responsabilidade civil familiar e quebra de vidros.
O segurado conta também como uma gama de serviços oferecidos na Assistência 24 horas, com destaque para o check-up domiciliar, chaveiro, eletricista, hidráulico, entre outros. Mais informações no www.allianz.com.br/residenciaessencial
Com preço a partir de R$ 76,70 por ano e fácil contratação, Residência Essencial oferece seis pacotes diferentes com coberturas determinadas para proteger os imóveis Para oferecer pacotes acessíveis ao bolso do brasileiro e que facilitam o entendimento das coberturas - excluindo o "segures" - a Allianz Seguros está oferecendo o Residência Essencial, que cobre os principais riscos a que os imóveis estão expostos.
Isso porque, menos de 10% dos lares do país possuem seguro residencial, segundo cálculos do setor. A falsa sensação de que o produto custa caro ou por considerar que não é importante proteger a casa ou apartamento - na maioria das vezes o principal patrimônio da família -, embora faça isso com o veículo, são um dos maiores entraves para contratação dessa modalidade de seguro pelos brasileiros.
Os corretores de seguros também encontrarão facilidades no ato da venda. "Posicionamos o produto de uma forma objetiva. É como se ele retirasse da prateleira e colocasse à disposição do seu cliente", comenta Rafael Rodrigues, superintendente de seguros patrimoniais da Allianz.
O Residência Essencial é uma apólice de um ano de vigência que, como o próprio nome diz, traz coberturas de primeira necessidade do segurado, a um custo reduzido e com um bom pacote de assistência 24 horas. "Nossa intenção foi entregar um produto autoexplicativo ao mercado e desmistificar a idéia que o brasileiro faz do custo deste produto", destaca Rodrigues.
Preço acessível
Com seis tipos de planos, variando apenas o preço, o seguro sai a partir de R$ 76,70 ou quatro parcelas de R$ 19,18 sem juros. O produto, desenhado após pesquisa feita no mercado e dentro da própria carteira, oferece coberturas essenciais, tais como: despesa com aluguel, dano elétrico, vendaval, roubo e furto, responsabilidade civil familiar e quebra de vidros.
O segurado conta também como uma gama de serviços oferecidos na Assistência 24 horas, com destaque para o check-up domiciliar, chaveiro, eletricista, hidráulico, entre outros. Mais informações no www.allianz.com.br/residenciaessencial
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Linha 4 valoriza o entorno em 30% e Metrô quer obras e uma parte do IPTU
Companhia ainda estuda contrapartidas para aumentar demanda de estações, mas recursos só virão se houver parceria com a Prefeitura
13 de outubro
Vitor Hugo Brandalise, Renato Machado, Tiago Dantas - O Estado de S.Paulo
O Metrô pretende cobrar a Prefeitura e a iniciativa privada pela valorização que provoca ao inaugurar novas linhas e estações. A companhia concluiu o primeiro estudo que mostra o impacto nos valores dos imóveis no entorno da Linha 4-Amarela e apontou uma alta média de 30%. Com os dados em mãos, o objetivo é exigir do poder público parte do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e também a construção de moradias sociais nessas áreas.
Desde 2006, a Companhia do Metropolitano de São Paulo analisou 6.049 apartamentos ao longo do ramal, a partir da Luz, no centro, até a Vila Sônia, zona sul. A ideia era fazer um mapeamento detalhado da valorização, para quantificar o desenvolvimento trazido pela linha - e cobrar contrapartidas dos beneficiados pelos investimentos para reverter em melhorias na rede.
"O objetivo é que parte da valorização vá para a companhia. Estamos criando um modelo que será utilizado em todas as linhas quando for finalizado", disse a pesquisadora Marise Rauen Vianna, integrante da Coordenação de Estudos de Impactos Urbanos, Sociais e de Desenvolvimento do Metrô. "O valor das unidades próximas das estações inauguradas está sendo checado. E a pesquisa continuará dentro de um ano, quando faremos outra medição perto das novas estações. Um novo indicador será criado, para buscar a real valorização trazida pelo metrô."
Os primeiros resultados foram apresentados há duas semanas na Comissão de Entendimentos com Concessionárias da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras. Especialistas em Direito avaliam que o Metrô precisa fechar parcerias para obter recursos, pois o caso não pode se enquadrar no tributo de "contribuição por melhoria". "Precisa haver acordo entre o Estado e o Município, mas não existe como o Metrô obrigar o pagamento", diz o professor da Universidade de São Paulo (USP) Fernando Menezes.
Moradias sociais. Além de pressionar para que parcela do IPTU seja investida na rede, o Metrô pretende utilizar o estudo para subsidiar outras negociações. A construção de moradias sociais perto da rede, segundo a Coordenadoria, é um dos interesses da companhia, que pretende fazer acordo com a Prefeitura para isso. "Assim, a população mais pobre não será expulsa do entorno, como geralmente ocorre", disse Marise.
O estudo também será usado como base para convencer empreendedores a construir imóveis para classe média - que é exatamente o público-alvo do metrô - próximo das estações. "Com a demanda distribuída ao longo da rede, haverá um maior número de viagens por mais pessoas. É bom para a população, que se desloca menos, e para o Metrô, que terá maior número de viagens e, consequentemente, mais tarifas pagas", disse o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô, José Geraldo Baião.
Valorização. A valorização média de 30% fica em imóveis localizado a até três quarteirões da Linha 4-Amarela (300 metros). Em pesquisa com imobiliárias, o Metrô descobriu também que o maior interesse do mercado é no Largo da Batata - a valorização chega a mais de 100% - e na Vila Sônia, na zona sul.
A médio prazo, deve ser valorizado o entorno das Estações Oscar Freire, Fradique Coutinho, Higienópolis (previstas para 2012), Butantã (para novembro) e da já inaugurada Paulista. O perfil residencial mais cotado para construção no entorno da Linha 4 foi o de unidades "econômicas", para classes B e C. O mercado demonstrou interesse em empreendimentos comerciais que recebam demanda de metrô, como é o caso de shoppings ligados às estações.
13 de outubro
Vitor Hugo Brandalise, Renato Machado, Tiago Dantas - O Estado de S.Paulo
O Metrô pretende cobrar a Prefeitura e a iniciativa privada pela valorização que provoca ao inaugurar novas linhas e estações. A companhia concluiu o primeiro estudo que mostra o impacto nos valores dos imóveis no entorno da Linha 4-Amarela e apontou uma alta média de 30%. Com os dados em mãos, o objetivo é exigir do poder público parte do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e também a construção de moradias sociais nessas áreas.
Desde 2006, a Companhia do Metropolitano de São Paulo analisou 6.049 apartamentos ao longo do ramal, a partir da Luz, no centro, até a Vila Sônia, zona sul. A ideia era fazer um mapeamento detalhado da valorização, para quantificar o desenvolvimento trazido pela linha - e cobrar contrapartidas dos beneficiados pelos investimentos para reverter em melhorias na rede.
"O objetivo é que parte da valorização vá para a companhia. Estamos criando um modelo que será utilizado em todas as linhas quando for finalizado", disse a pesquisadora Marise Rauen Vianna, integrante da Coordenação de Estudos de Impactos Urbanos, Sociais e de Desenvolvimento do Metrô. "O valor das unidades próximas das estações inauguradas está sendo checado. E a pesquisa continuará dentro de um ano, quando faremos outra medição perto das novas estações. Um novo indicador será criado, para buscar a real valorização trazida pelo metrô."
Os primeiros resultados foram apresentados há duas semanas na Comissão de Entendimentos com Concessionárias da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras. Especialistas em Direito avaliam que o Metrô precisa fechar parcerias para obter recursos, pois o caso não pode se enquadrar no tributo de "contribuição por melhoria". "Precisa haver acordo entre o Estado e o Município, mas não existe como o Metrô obrigar o pagamento", diz o professor da Universidade de São Paulo (USP) Fernando Menezes.
Moradias sociais. Além de pressionar para que parcela do IPTU seja investida na rede, o Metrô pretende utilizar o estudo para subsidiar outras negociações. A construção de moradias sociais perto da rede, segundo a Coordenadoria, é um dos interesses da companhia, que pretende fazer acordo com a Prefeitura para isso. "Assim, a população mais pobre não será expulsa do entorno, como geralmente ocorre", disse Marise.
O estudo também será usado como base para convencer empreendedores a construir imóveis para classe média - que é exatamente o público-alvo do metrô - próximo das estações. "Com a demanda distribuída ao longo da rede, haverá um maior número de viagens por mais pessoas. É bom para a população, que se desloca menos, e para o Metrô, que terá maior número de viagens e, consequentemente, mais tarifas pagas", disse o presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Metrô, José Geraldo Baião.
Valorização. A valorização média de 30% fica em imóveis localizado a até três quarteirões da Linha 4-Amarela (300 metros). Em pesquisa com imobiliárias, o Metrô descobriu também que o maior interesse do mercado é no Largo da Batata - a valorização chega a mais de 100% - e na Vila Sônia, na zona sul.
A médio prazo, deve ser valorizado o entorno das Estações Oscar Freire, Fradique Coutinho, Higienópolis (previstas para 2012), Butantã (para novembro) e da já inaugurada Paulista. O perfil residencial mais cotado para construção no entorno da Linha 4 foi o de unidades "econômicas", para classes B e C. O mercado demonstrou interesse em empreendimentos comerciais que recebam demanda de metrô, como é o caso de shoppings ligados às estações.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Gastou FGTS no imóvel? Saiba usar o fundo de novo para pagar a dívida
Dinheiro pode ser usado mais de uma vez no mesmo imóvel.
É possível pagar parcelas, reduzir ou quitar saldo devedor do financiamento.
Ligia Guimarães
Do G1, em São Paulo
O aviador João Bolte usou o FGTS para abater
parcelas do financiamento. (Foto: Arquivo pessoal)Usar o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para dar entrada na compra do primeiro imóvel é prática popular no mercado de crédito imobiliário brasileiro. Dados da Caixa Econômica Federal mostram que em 2010, até agosto, foram 654.689 saques do FGTS para aplicação em moradia, um total de R$ 4,631 bilhões.
Recurso menos conhecido, de acordo com a Caixa, é a possibilidade de usar o dinheiro do fundo também para quitar parcelas (atrasadas, inclusive) ou reduzir o saldo devedor do financiamento do mesmo imóvel mais de uma vez, desde que haja saldo disponível - mesmo que o FGTS já tenha sido usado na entrada.
São duas opções: usar o dinheiro para diminuir o saldo devedor ou quitar parcelas do financiamento"Tem muita gente que desconhece essa opção e acaba se endividando mais ou perdendo o imóvel por falta de informação", diz Marcelo Augusto Luz, presidente da Associação Nacional dos Mutuários, que orienta proprietários de imóveis que enfrentam dificuldades ou dúvidas no financiamento.
Na associação, segundo ele, 300 ações judiciais em 2009 terminaram em acordos de pagamento de dívida imobiliária com dinheiro do FGTS dos devedores.
Reduzir saldo devedor ou pagar parcelas
São duas opções: usar o dinheiro para diminuir ou quitar o saldo devedor ou apenas pagar parcelas do financiamento. Para Luz, da ANM, a melhor alternativa é aproveitar a oportunidade para negociar a redução do saldo ou até quitar de vez a dívida, o que resultará em juros menores para o consumidor.
"Usar o FGTS só para pagar parcelas é gastar uma reserva importante para resolver um problema apenas parcialmente", diz Luz.
Para reduzir o total devido, é preciso esperar dois anos desde a última utilização do FGTSO aviador João Bolte, 55 anos, usou o FGTS por cinco anos para abater cerca de 80% das prestações do financiamento de sua casa em Arujá (SP), que comprou em 1989, atraído pelas parcelas que ficaram leves no orçamento. Se fosse hoje, faria diferente.
'Bolha' de preço pode reduzir ganho na compra de imóvel para investir Caixa quer captar até R$ 1 bilhão para casa própria, diz vice-presidente "Eu não sabia que durante o período do financiamento eu poderia amortizar o saldo do financiamento, teria sido mais interessante. Acabei pagando 20 anos religiosamente em dia e ainda sobrou um saldo absurdo, porque meu contrato era corrigido pela equivalência salarial", diz Bolte.
Diante do susto com a dívida gigantesca que ficou pendente, ele recorreu mais uma vez ao FGTS em 2010 para fechar um acordo com o banco: usou R$ 75 mil do fundo mais R$ 10 mil de suas economias para se livrar do imbróglio.
Depois da experiência, ele diz que o melhor é se informar antes de tomar qualquer decisão relacionada ao financiamento de um imóvel. "Melhor é procurar antes para ter assessoria jurídica de quem entende do assunto", garante.
Quem pode usar
Há regras: para aplicar o FGTS na redução da dívida total do financiamento, é preciso estar com as prestações em dia, ter saldo na conta vinculada ao fundo e esperar um intervalo mínimo de dois anos desde a última utilização do fundo para a casa própria até a nova solicitação, de acordo com a Caixa.
Até três parcelas atrasadas podem ser abatidas com o FGTSJá para quem quer usar o dinheiro apenas para pagar parcelas pontuais, que não surtirão efeito no montante devido ao banco, o FGTS pode ser utilizado para abater até 80% do valor das prestações, em 12 parcelas mensais e consecutivas.
Essa modalidade de uso do FGTS pode ser repetida outras vezes, desde que haja saldo no fundo e que o cotista aguarde o término da operação anterior.
Podem ser abatidas no pagamento parte de até três prestações em atraso. Além disso, o valor a ser movimentado não pode ultrapassar 80% do somatório das 12 cotas.
Na opinião do consultor em finanças Alexandre Lignos, da IGF, quitar parcelas com o saldo do fundo pode ser alternativa saudável para quem está no cheque especial por causa do "carnê" da casa própria, porque a rentabilidade do FGTS é baixíssima e o custo do juro do banco, astronômico.
"Se você entrar dez dias no cheque especial já é o juro que o FGTS demora um ano para te pagar", afirma Lignos, que ressalta, no entanto, que renegociar a dívida total é mais recomendável.
COndições para uso do FGTS Quem pode usar:
-proprietário de imóvel residencial concedido pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH)
Condições:
-ter pelo menos 3 anos de contribuição ao FGTS
-ser titular ou coobrigado no contrato de financiamento
- ter saldo suficiente na conta vinculada do FGTS
- não ter outro imóvei residencial que impeça o uso dos recursos do fundo
- ter o contrato de financiamento registrado em nome do titular e coobrigados
Para amortizar
o saldo devedor:
- estar com as prestações em dia
- é preciso intervalo mínimo de 2 anos entre as utilizações do fundo
Para liquidar
o saldo devedor: - é preciso intervalo mínimo de 2 anos entre as utilizações do fundo
Para pagar parte do
valor das prestações mensais:
- pode ser paga parte de até 3 prestações em atraso, acrescidas da quantidade de prestações a vencer, não ultrapassando 12 cotas
- os recursos são utilizados para pagamento de parte do valor da prestação em 12 parcelas mensais e consecutivas
- o FGTS pode ser utlizado pra abater até 80% do valor da prestação
- o valor a ser movimentado não deve passar de 80% da soma das 12 cotas
É possível pagar parcelas, reduzir ou quitar saldo devedor do financiamento.
Ligia Guimarães
Do G1, em São Paulo
O aviador João Bolte usou o FGTS para abater
parcelas do financiamento. (Foto: Arquivo pessoal)Usar o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para dar entrada na compra do primeiro imóvel é prática popular no mercado de crédito imobiliário brasileiro. Dados da Caixa Econômica Federal mostram que em 2010, até agosto, foram 654.689 saques do FGTS para aplicação em moradia, um total de R$ 4,631 bilhões.
Recurso menos conhecido, de acordo com a Caixa, é a possibilidade de usar o dinheiro do fundo também para quitar parcelas (atrasadas, inclusive) ou reduzir o saldo devedor do financiamento do mesmo imóvel mais de uma vez, desde que haja saldo disponível - mesmo que o FGTS já tenha sido usado na entrada.
São duas opções: usar o dinheiro para diminuir o saldo devedor ou quitar parcelas do financiamento"Tem muita gente que desconhece essa opção e acaba se endividando mais ou perdendo o imóvel por falta de informação", diz Marcelo Augusto Luz, presidente da Associação Nacional dos Mutuários, que orienta proprietários de imóveis que enfrentam dificuldades ou dúvidas no financiamento.
Na associação, segundo ele, 300 ações judiciais em 2009 terminaram em acordos de pagamento de dívida imobiliária com dinheiro do FGTS dos devedores.
Reduzir saldo devedor ou pagar parcelas
São duas opções: usar o dinheiro para diminuir ou quitar o saldo devedor ou apenas pagar parcelas do financiamento. Para Luz, da ANM, a melhor alternativa é aproveitar a oportunidade para negociar a redução do saldo ou até quitar de vez a dívida, o que resultará em juros menores para o consumidor.
"Usar o FGTS só para pagar parcelas é gastar uma reserva importante para resolver um problema apenas parcialmente", diz Luz.
Para reduzir o total devido, é preciso esperar dois anos desde a última utilização do FGTSO aviador João Bolte, 55 anos, usou o FGTS por cinco anos para abater cerca de 80% das prestações do financiamento de sua casa em Arujá (SP), que comprou em 1989, atraído pelas parcelas que ficaram leves no orçamento. Se fosse hoje, faria diferente.
'Bolha' de preço pode reduzir ganho na compra de imóvel para investir Caixa quer captar até R$ 1 bilhão para casa própria, diz vice-presidente "Eu não sabia que durante o período do financiamento eu poderia amortizar o saldo do financiamento, teria sido mais interessante. Acabei pagando 20 anos religiosamente em dia e ainda sobrou um saldo absurdo, porque meu contrato era corrigido pela equivalência salarial", diz Bolte.
Diante do susto com a dívida gigantesca que ficou pendente, ele recorreu mais uma vez ao FGTS em 2010 para fechar um acordo com o banco: usou R$ 75 mil do fundo mais R$ 10 mil de suas economias para se livrar do imbróglio.
Depois da experiência, ele diz que o melhor é se informar antes de tomar qualquer decisão relacionada ao financiamento de um imóvel. "Melhor é procurar antes para ter assessoria jurídica de quem entende do assunto", garante.
Quem pode usar
Há regras: para aplicar o FGTS na redução da dívida total do financiamento, é preciso estar com as prestações em dia, ter saldo na conta vinculada ao fundo e esperar um intervalo mínimo de dois anos desde a última utilização do fundo para a casa própria até a nova solicitação, de acordo com a Caixa.
Até três parcelas atrasadas podem ser abatidas com o FGTSJá para quem quer usar o dinheiro apenas para pagar parcelas pontuais, que não surtirão efeito no montante devido ao banco, o FGTS pode ser utilizado para abater até 80% do valor das prestações, em 12 parcelas mensais e consecutivas.
Essa modalidade de uso do FGTS pode ser repetida outras vezes, desde que haja saldo no fundo e que o cotista aguarde o término da operação anterior.
Podem ser abatidas no pagamento parte de até três prestações em atraso. Além disso, o valor a ser movimentado não pode ultrapassar 80% do somatório das 12 cotas.
Na opinião do consultor em finanças Alexandre Lignos, da IGF, quitar parcelas com o saldo do fundo pode ser alternativa saudável para quem está no cheque especial por causa do "carnê" da casa própria, porque a rentabilidade do FGTS é baixíssima e o custo do juro do banco, astronômico.
"Se você entrar dez dias no cheque especial já é o juro que o FGTS demora um ano para te pagar", afirma Lignos, que ressalta, no entanto, que renegociar a dívida total é mais recomendável.
COndições para uso do FGTS Quem pode usar:
-proprietário de imóvel residencial concedido pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH)
Condições:
-ter pelo menos 3 anos de contribuição ao FGTS
-ser titular ou coobrigado no contrato de financiamento
- ter saldo suficiente na conta vinculada do FGTS
- não ter outro imóvei residencial que impeça o uso dos recursos do fundo
- ter o contrato de financiamento registrado em nome do titular e coobrigados
Para amortizar
o saldo devedor:
- estar com as prestações em dia
- é preciso intervalo mínimo de 2 anos entre as utilizações do fundo
Para liquidar
o saldo devedor: - é preciso intervalo mínimo de 2 anos entre as utilizações do fundo
Para pagar parte do
valor das prestações mensais:
- pode ser paga parte de até 3 prestações em atraso, acrescidas da quantidade de prestações a vencer, não ultrapassando 12 cotas
- os recursos são utilizados para pagamento de parte do valor da prestação em 12 parcelas mensais e consecutivas
- o FGTS pode ser utlizado pra abater até 80% do valor da prestação
- o valor a ser movimentado não deve passar de 80% da soma das 12 cotas
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Incorporadoras brasilienses garantem que não cobram juros antes da chave
Mas advogados afirmam que prática proibida ainda existe
Vera Batista
Publicação: 27/09/2010 08:50
Compradores de imóveis na planta comemoraram a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que proíbe a cobrança de juros antes da entrega das chaves. No último dia 14, os ministros da 4ª Turma, por unanimidade, rejeitaram um recurso da Queiroz Galvão, consideraram a cobrança abusiva e obrigaram a construtora a pagar em dobro a taxa cobrada de 1% ao mês. A economia para os clientes pode chegar a 13% ao ano. Mas, mesmo com a decisão da Corte, a atenção ao assinar contratos deve ser redobrada. Associações de mutuários, empresas e o Ministério Público ainda se desentendem sobre o assunto.
Para a advogada Enô de Souza, da Associação de Mutuários e Consumidores de Imóveis (Asmut), a notícia é boa. “Em um negócio avaliado em R$ 100 mil, o desembolso chegaria a R$ 13 mil ao ano”, assinalou. Porém, embora o STJ tenha considerado que as parcelas anteriores ao recebimento do imóvel (a chamada “poupança” para a construtora iniciar a obra) devam ser isentas dos juros, porque o comprador ainda não usufruiu do imóvel, a decisão, segundo ela, não criou Jurisprudência e não pode ser usada como padrão. “O próprio STJ já decidiu várias vezes de maneira divergente. Depende do caso.”
Na avaliação do advogado Leandro Pacífico, da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), entretanto, a determinação do STJ não só firmou jurisprudência, como também pode retroagir para outros contratos ou para quem já está com ações na Justiça. “O STJ tem o poder de pacificar divergências entre os tribunais regionais”, lembrou. A confusão fica ainda maior no caso específico do Distrito Federal. Em 1997, 27 empresas ligadas à Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) firmaram contrato com o Ministério Público (MP) concordando, entre outras cláusulas, em extinguir a cobrança dos juros anteriores à chave.
Conduta
Em 2001, novamente, construtoras e MP assinaram outro Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), reforçando a intenção. Hoje, os envolvidos no acerto garantem que, na região, a prática, que já havia sido vetada formalmente pelo Código de Defesa do Consumidor, não existe. “Está claro. Se uma empresa de fora quiser agir diferente, estará indo contra a cultura de Brasília”, disse Wilson Charles, gerente comercial da Emplavi Realizações Imobiliárias Ltda. “Se isso acontecesse, as concorrentes denunciariam”, afirmou o promotor Trajano Sousa de Melo.
O presidente da Ademi-DF, Adalberto Valadão, garantiu que, entre suas associadas, que representam mais de 90% do mercado local, há mais de 20 anos não se menciona o “juro no pé”, como é chamado pelo setor. “Somos a primeira unidade da Federação a concordar. Fomos até criticados, à época, por assinar o termo. Garanto que as 82 empresas daqui nem pensam nisso.” A advogada Enô de Souza, entretanto, assegurou que existem dezenas de ações contra os juros cobrados antes do Habite-se. “As construtoras continuam fazendo o que querem e o Tribunal de Justiça (TJDF) às vezes concorda”, contestou.
O número
13%
Valor a que chegam as taxas anuais vetadas pelo STJ
Custo está embutido
O ministro Luis Felipe Salomão, relator do processo julgado pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou que os juros antes do gozo do bem é irregular porque “todos os custos da obra, inclusive os decorrentes de financiamento realizado pela construtora, estão embutidos no preço do imóvel oferecido ao público”. No caso, a compradora pagou correção monetária pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e juros de 1% ao mês. Porém, o promotor Trajano de Melo alega que existe uma hipótese em que é possível cobrar esse percentual: quando a empresa transfere a propriedade do terreno.
Segundo Melo, se o contrato prever a venda do terreno e o compromisso de construir depois, a empresa entregou o bem e pode cobrar por ele. “Por isso, o mutuário deve ler absolutamente tudo”, aconselhou a advogada Enô de Souza. Ela lembrou que a cobrança do INCC é legal, porque representa a correção monetária dos valores no contrato de financiamento imobiliário. “Depois da entrega, cobram-se IGP-M, mais juro de 1%, e nunca antes. A ganância das empresas trouxe problemas sérios. Muita gente perdeu o imóvel, porque não teve como pagar”, insistiu.
O advogado Leandro Pacífico constatou que vários consumidores chegam até ele sem nenhuma informação sobre o assunto. “Alguns só percebem que são explorados quando observam um aumento abusivo da prestação”, afirmou. Esses mutuários não sabem que, se quiserem ser ressarcidos do prejuízo, terão que entrar na Justiça com uma ação individual, como fez a compradora com o processo contra a Queiroz Galvão que deu origem à decisão do STJ. Conforme explicou o promotor Trajano de Melo, esse é o melhor caminho. “Dificilmente, em acordo com o MP, as empresas devolvem em dobro”, disse. (VB)
Vera Batista
Publicação: 27/09/2010 08:50
Compradores de imóveis na planta comemoraram a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que proíbe a cobrança de juros antes da entrega das chaves. No último dia 14, os ministros da 4ª Turma, por unanimidade, rejeitaram um recurso da Queiroz Galvão, consideraram a cobrança abusiva e obrigaram a construtora a pagar em dobro a taxa cobrada de 1% ao mês. A economia para os clientes pode chegar a 13% ao ano. Mas, mesmo com a decisão da Corte, a atenção ao assinar contratos deve ser redobrada. Associações de mutuários, empresas e o Ministério Público ainda se desentendem sobre o assunto.
Para a advogada Enô de Souza, da Associação de Mutuários e Consumidores de Imóveis (Asmut), a notícia é boa. “Em um negócio avaliado em R$ 100 mil, o desembolso chegaria a R$ 13 mil ao ano”, assinalou. Porém, embora o STJ tenha considerado que as parcelas anteriores ao recebimento do imóvel (a chamada “poupança” para a construtora iniciar a obra) devam ser isentas dos juros, porque o comprador ainda não usufruiu do imóvel, a decisão, segundo ela, não criou Jurisprudência e não pode ser usada como padrão. “O próprio STJ já decidiu várias vezes de maneira divergente. Depende do caso.”
Na avaliação do advogado Leandro Pacífico, da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), entretanto, a determinação do STJ não só firmou jurisprudência, como também pode retroagir para outros contratos ou para quem já está com ações na Justiça. “O STJ tem o poder de pacificar divergências entre os tribunais regionais”, lembrou. A confusão fica ainda maior no caso específico do Distrito Federal. Em 1997, 27 empresas ligadas à Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) firmaram contrato com o Ministério Público (MP) concordando, entre outras cláusulas, em extinguir a cobrança dos juros anteriores à chave.
Conduta
Em 2001, novamente, construtoras e MP assinaram outro Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), reforçando a intenção. Hoje, os envolvidos no acerto garantem que, na região, a prática, que já havia sido vetada formalmente pelo Código de Defesa do Consumidor, não existe. “Está claro. Se uma empresa de fora quiser agir diferente, estará indo contra a cultura de Brasília”, disse Wilson Charles, gerente comercial da Emplavi Realizações Imobiliárias Ltda. “Se isso acontecesse, as concorrentes denunciariam”, afirmou o promotor Trajano Sousa de Melo.
O presidente da Ademi-DF, Adalberto Valadão, garantiu que, entre suas associadas, que representam mais de 90% do mercado local, há mais de 20 anos não se menciona o “juro no pé”, como é chamado pelo setor. “Somos a primeira unidade da Federação a concordar. Fomos até criticados, à época, por assinar o termo. Garanto que as 82 empresas daqui nem pensam nisso.” A advogada Enô de Souza, entretanto, assegurou que existem dezenas de ações contra os juros cobrados antes do Habite-se. “As construtoras continuam fazendo o que querem e o Tribunal de Justiça (TJDF) às vezes concorda”, contestou.
O número
13%
Valor a que chegam as taxas anuais vetadas pelo STJ
Custo está embutido
O ministro Luis Felipe Salomão, relator do processo julgado pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmou que os juros antes do gozo do bem é irregular porque “todos os custos da obra, inclusive os decorrentes de financiamento realizado pela construtora, estão embutidos no preço do imóvel oferecido ao público”. No caso, a compradora pagou correção monetária pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e juros de 1% ao mês. Porém, o promotor Trajano de Melo alega que existe uma hipótese em que é possível cobrar esse percentual: quando a empresa transfere a propriedade do terreno.
Segundo Melo, se o contrato prever a venda do terreno e o compromisso de construir depois, a empresa entregou o bem e pode cobrar por ele. “Por isso, o mutuário deve ler absolutamente tudo”, aconselhou a advogada Enô de Souza. Ela lembrou que a cobrança do INCC é legal, porque representa a correção monetária dos valores no contrato de financiamento imobiliário. “Depois da entrega, cobram-se IGP-M, mais juro de 1%, e nunca antes. A ganância das empresas trouxe problemas sérios. Muita gente perdeu o imóvel, porque não teve como pagar”, insistiu.
O advogado Leandro Pacífico constatou que vários consumidores chegam até ele sem nenhuma informação sobre o assunto. “Alguns só percebem que são explorados quando observam um aumento abusivo da prestação”, afirmou. Esses mutuários não sabem que, se quiserem ser ressarcidos do prejuízo, terão que entrar na Justiça com uma ação individual, como fez a compradora com o processo contra a Queiroz Galvão que deu origem à decisão do STJ. Conforme explicou o promotor Trajano de Melo, esse é o melhor caminho. “Dificilmente, em acordo com o MP, as empresas devolvem em dobro”, disse. (VB)
Rio e São Paulo figuram entre as dez cidades mais caras do mundo
Valor Econômico, Daniela D'Ambrosio, 29/set
O Hang Seng Bank comprou a HSBC Tower, em Pequim, por US$ 73 milhões. Em Seattle, nos Estados Unidos, o City Plaza Center, praticamente todo ocupado pela Microsoft, foi comprado pela Cole Real Estate Investments por US$ 310 milhões. Em Washington, o Evening Star Building, bem localizado na Pennsylvania Avenue, foi arrematado por US$ 180 milhões. No Rio de Janeiro, o Ventura Towers foi vendido ao BTG Pactual e BR Properties ao equivalente a US$ 398 milhões. Em São Paulo, 49% do maior prédio de escritórios da Faria Lima foi negociado por US$ 351 milhões.
Nesse emaranhado de vultosos valores e endereços privilegiados, o Brasil aparece em destaque. Tanto nas transações de prédios inteiros, quanto no valor do aluguel. Apenas no segundo trimestre de 2010, o volume de negócios triplicou em relação ao mesmo período do ano passado e somou US$ 1,6 bilhão. No que se refere aos aluguéis, o país desbanca localizações nobres e tradicionalmente caras: o preço médio de aluguel no Rio de Janeiro já está mais caro do que o miolo de Nova York. O mesmo acontece com a avenida Faria Lima - que se firma como o endereço mais nobre de São Paulo.
Estudo preparado com exclusividade pela Jones Lang LaSalle a pedido do Valor, mostra as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo entre as dez mais caras do mundo. O Rio de Janeiro aparece em sexto lugar, com o mesmo preço do metro quadrado de Milão - US$ 51. São Paulo está em nono lugar, ao lado da também italiana Roma. Em rankings globais, antes da crise de 2008, as duas cidades brasileiras costumavam aparecer entre a trigésima e quadragésima posição. O levantamento considera 98 cidades espalhadas pelos Estados Unidos, América do Sul, Ásia e Europa. Atualmente, o Brasil está à frente de cidades importantes, como Washington (16 posição), Madrid (17) , Buenos Aires (20), Bombaim (21), Toronto (24), México (25), Delhi (31).
Além do câmbio favorável, pesa positivamente para o Brasil tanto a valorização e o crescimento acelerado dos imóveis nos últimos cinco anos, quanto a forte queda em outros países, afetados de maneira mais intensa e prolongada pela crise mundial de 2008. A escassez de espaços para novas construções no centro do Rio e na avenida Faria Lima - onde a média de preços é de R$ 88 e R$ 110, respectivamente - fizeram com que os poucos imóveis disponíveis ganhassem status de joia rara.
Nos edifícios mais nobres e procurados dessas regiões, há contratos sendo fechados na casa de R$ 140 a R$ 150 por metro quadrado - o segundo valor mais caro do mundo, atrás apenas de Londres e acima dos caríssimos Paris e Tóquio. Para os prédios que serão entregues em 2011 e 2012, já se fala em até R$ 180, embora não haja notícias de contratos assinados por esse valor. O empresário Walter Torre, por exemplo, que esta construindo prédios de altíssimo padrão ao lado do novo shopping Iguatemi, na Marginal Pinheiros com a Juscelino, pretende pedir R$ 240 pelo metro quadrado do aluguel.
Muitas empresas que precisam de novos espaços encontram dificuldades em encontrar áreas a um preço considerado razoável. "Estampar o endereço Brigadeiro Faria Lima no cartão virou sinônimo máximo de status". Para Fábio Maceira, presidente da Jones Lang, já começa a perder sentido estar lá, a não ser que a empresa realmente queira um espaço nobre. Quem procura esse tipo de imóvel são os bancos de investimentos, escritórios de advocacia e as chamadas "family offices" - as administram fortunas de famílias. Para os grandes bancos, só se for a área private.
O descompasso entre oferta e demanda trouxe de volta ao mercado os contratos de pré-locação. Os prédios são entregues alugados. Outro efeito é a dificuldade por parte dos inquilinos já instalados nessas regiões para conseguir renegociar seus contratos. "Está muito complicado negociar, os donos dos imóveis não estão dispostos a ceder", diz uma fonte do mercado. Pela lei do inquilinato, os contratos devem ser revistos a cada três anos.
O Brasil se destaca em outro quesito. No primeiro semestre, a a taxa de vacância (imóveis comerciais vagos) em São Paulo foi de 8,4% e de 5,1% no Rio, contra 18,3% na América do Norte, 10,2% na Europa e 12,4% na Ásia.
Segundo relatório internacional da Jones Lang LaSalle, na Europa os investidores continuam hesitantes, preocupados com as questões de dívida soberana e com os pacotes de austeridade. "Os Estados Unidos tiveram um início de ano lento, mas agora os mercados estão retomando o ritmo de forma crescente." De acordo com o estudo, nos EUA é forte o apetite dos investidores pela limitada oferta de escritórios com boa ocupação e de alto padrão, além de ativos inadimplentes e em processo de execução. No Pacífico asiático, houve uma queda de 34% nos volumes de investimentos, com quedas mais expressivas no Japão, China e Austrália, mas aumentos em Hong Kong e Taiwan. Houve estabilização dos aluguéis, depois de um período de baixa e a demanda foi alimentada por investidores domésticos.
Ainda segundo o estudo, investimento direto em imóveis comerciais no mundo subiu 90% entre o segundo trimestre de 2009 e o segundo trimestre de 2010, de R$ 34,6 milhões para R$ 65,7 milhões. O maior aumento aconteceu nas Américas, com alta de 334%. "O Brasil lidera o aumento de transações nas Américas".
O Hang Seng Bank comprou a HSBC Tower, em Pequim, por US$ 73 milhões. Em Seattle, nos Estados Unidos, o City Plaza Center, praticamente todo ocupado pela Microsoft, foi comprado pela Cole Real Estate Investments por US$ 310 milhões. Em Washington, o Evening Star Building, bem localizado na Pennsylvania Avenue, foi arrematado por US$ 180 milhões. No Rio de Janeiro, o Ventura Towers foi vendido ao BTG Pactual e BR Properties ao equivalente a US$ 398 milhões. Em São Paulo, 49% do maior prédio de escritórios da Faria Lima foi negociado por US$ 351 milhões.
Nesse emaranhado de vultosos valores e endereços privilegiados, o Brasil aparece em destaque. Tanto nas transações de prédios inteiros, quanto no valor do aluguel. Apenas no segundo trimestre de 2010, o volume de negócios triplicou em relação ao mesmo período do ano passado e somou US$ 1,6 bilhão. No que se refere aos aluguéis, o país desbanca localizações nobres e tradicionalmente caras: o preço médio de aluguel no Rio de Janeiro já está mais caro do que o miolo de Nova York. O mesmo acontece com a avenida Faria Lima - que se firma como o endereço mais nobre de São Paulo.
Estudo preparado com exclusividade pela Jones Lang LaSalle a pedido do Valor, mostra as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo entre as dez mais caras do mundo. O Rio de Janeiro aparece em sexto lugar, com o mesmo preço do metro quadrado de Milão - US$ 51. São Paulo está em nono lugar, ao lado da também italiana Roma. Em rankings globais, antes da crise de 2008, as duas cidades brasileiras costumavam aparecer entre a trigésima e quadragésima posição. O levantamento considera 98 cidades espalhadas pelos Estados Unidos, América do Sul, Ásia e Europa. Atualmente, o Brasil está à frente de cidades importantes, como Washington (16 posição), Madrid (17) , Buenos Aires (20), Bombaim (21), Toronto (24), México (25), Delhi (31).
Além do câmbio favorável, pesa positivamente para o Brasil tanto a valorização e o crescimento acelerado dos imóveis nos últimos cinco anos, quanto a forte queda em outros países, afetados de maneira mais intensa e prolongada pela crise mundial de 2008. A escassez de espaços para novas construções no centro do Rio e na avenida Faria Lima - onde a média de preços é de R$ 88 e R$ 110, respectivamente - fizeram com que os poucos imóveis disponíveis ganhassem status de joia rara.
Nos edifícios mais nobres e procurados dessas regiões, há contratos sendo fechados na casa de R$ 140 a R$ 150 por metro quadrado - o segundo valor mais caro do mundo, atrás apenas de Londres e acima dos caríssimos Paris e Tóquio. Para os prédios que serão entregues em 2011 e 2012, já se fala em até R$ 180, embora não haja notícias de contratos assinados por esse valor. O empresário Walter Torre, por exemplo, que esta construindo prédios de altíssimo padrão ao lado do novo shopping Iguatemi, na Marginal Pinheiros com a Juscelino, pretende pedir R$ 240 pelo metro quadrado do aluguel.
Muitas empresas que precisam de novos espaços encontram dificuldades em encontrar áreas a um preço considerado razoável. "Estampar o endereço Brigadeiro Faria Lima no cartão virou sinônimo máximo de status". Para Fábio Maceira, presidente da Jones Lang, já começa a perder sentido estar lá, a não ser que a empresa realmente queira um espaço nobre. Quem procura esse tipo de imóvel são os bancos de investimentos, escritórios de advocacia e as chamadas "family offices" - as administram fortunas de famílias. Para os grandes bancos, só se for a área private.
O descompasso entre oferta e demanda trouxe de volta ao mercado os contratos de pré-locação. Os prédios são entregues alugados. Outro efeito é a dificuldade por parte dos inquilinos já instalados nessas regiões para conseguir renegociar seus contratos. "Está muito complicado negociar, os donos dos imóveis não estão dispostos a ceder", diz uma fonte do mercado. Pela lei do inquilinato, os contratos devem ser revistos a cada três anos.
O Brasil se destaca em outro quesito. No primeiro semestre, a a taxa de vacância (imóveis comerciais vagos) em São Paulo foi de 8,4% e de 5,1% no Rio, contra 18,3% na América do Norte, 10,2% na Europa e 12,4% na Ásia.
Segundo relatório internacional da Jones Lang LaSalle, na Europa os investidores continuam hesitantes, preocupados com as questões de dívida soberana e com os pacotes de austeridade. "Os Estados Unidos tiveram um início de ano lento, mas agora os mercados estão retomando o ritmo de forma crescente." De acordo com o estudo, nos EUA é forte o apetite dos investidores pela limitada oferta de escritórios com boa ocupação e de alto padrão, além de ativos inadimplentes e em processo de execução. No Pacífico asiático, houve uma queda de 34% nos volumes de investimentos, com quedas mais expressivas no Japão, China e Austrália, mas aumentos em Hong Kong e Taiwan. Houve estabilização dos aluguéis, depois de um período de baixa e a demanda foi alimentada por investidores domésticos.
Ainda segundo o estudo, investimento direto em imóveis comerciais no mundo subiu 90% entre o segundo trimestre de 2009 e o segundo trimestre de 2010, de R$ 34,6 milhões para R$ 65,7 milhões. O maior aumento aconteceu nas Américas, com alta de 334%. "O Brasil lidera o aumento de transações nas Américas".
Construtoras saem de São Paulo para atingir metas de expansão
Valor Econômico, Daniela D'Ambrosio, 30/set
Das 19 incorporadoras que estão listadas hoje na bolsa, pelo menos 12 nasceram em São Paulo. A conjuntura atual, porém, está colocando em xeque a maior cidade do Brasil e berço das empresas. São Paulo tornou-se um mercado complicado demais para a maioria das construtoras. Terrenos extremamente caros e disputados, aprovações complicadas e lentas, outorga onerosa (licença para construir algumas vezes além do tamanho original do terreno) escassa e cara. Apesar da demanda e dos elevados preços que a cidade está absorvendo, para conseguir crescer no ritmo que querem e precisam, as companhias abertas tiveram de partir para outros mercados. Aceleram a compra de terrenos e a abertura de novas filiais.
As abertas fizeram promessas ambiciosas de lançamentos aos investidores e para cumpri-las precisam agir rápido - o que só é possível por meio de uma estratégia bem-sucedida de expansão para fora da cidade. A diversificação geográfica, que na fase das aberturas de capital era uma maneira de cooptar investidores, virou necessidade. Assim como para as construtoras pequenas e médias, que não têm a mesma urgência, mas precisam de terrenos mais baratos para gerar receita.
"Preferimos trocar uma velocidade de vendas menor do empreendimento em outras cidades por uma velocidade maior do negócio", afirma Abdré Kovari, diretor de negócios da GMK Incorporadora, empresa que existe há mais de 30 anos e sempre atuou em bairros como Barra Funda e Higienópolis. "Os preços dos terrenos subiram de oito a dez vezes nos últimos anos na Barra Funda", afirma. A empresa, que pretende lançar R$ 400 milhões de VGV este ano, está partindo para outras cidades, como Diadema e Jundiaí.
Este ano, as construtoras de capital aberto já lançaram R$ 14,4 bilhões. Considerando-se o ponto médio da projeção dada pelas empresas no início do ano - de 17 no total, 10 apresentaram o chamado "guidance" ao mercado - e repetindo o desempenho das demais no primeiro semestre acrescido de 20% no segundo (número bastante conservador) para projetar o total do ano, as companhias teriam de desovar este ano cerca de R$ 41 bilhões em novos produtos. Ou seja, devem lançar, entre agosto e dezembro, cerca de R$ 26,5 bilhões.
Com forte presença em São Paulo, Rio, Brasília e Goiás, a Brookfield está abrindo duas regionais: interior de São Paulo (com base em Campinas) e no Sul (Curitiba). No último balanço, a companhia afirmou que a expansão para a região Sul e para o interior de São Paulo está sendo feita para atingir suas metas de crescimento. Luiz Zanforlin, um dos ex-sócios da Company (adquirida pela Brascan em 2008), será o executivo responsável pelas novas unidades. "Até o fim do ano, vamos lançar R$ 300 milhões nos dois mercados", afirma. A Brookfield pretende lançar entre R$ 3 bi e R$ 3,3 bilhões este ano e no primeiro semestre lançou R$ 1,1 bilhão. "É uma obrigação como empresa de capital aberto estarmos nesses mercados", acrescenta.
A CCDI também está reforçando suas regionais, que ficam no Rio, Paraná, Minas e Espírito Santo. Recentemente, fechou joint venture em Curitiba e no Rio de Janeiro. "Vamos ter um volume de lançamentos bem significativo nesses dois mercados até o fim do ano", afirma Leonardo Rocha, diretor de relações com investidores da CCDI. Esta semana, a companhia anunciou a compra de seu maior terreno, de 1,2 milhão de metros quadrados em Campinas para construções dentro do Minha Casa, Minha Vida.
A compra de terrenos está tão complicada agora quanto em 2007 - quando as companhias correram ao mercado para fazer um polpudo banco de terrenos e abrir capital. "Está pior, porque há menos terrenos e o número de lançamentos agora é muito maior", diz Abrão Muszkat, ex-sócio da Even, que está abrindo uma nova incorporadora a you,inc. Segundo as empresas, as aprovações não levam menos de um ano em terrenos pequenos. Há grandes projetos em São Paulo há mais de quatro anos à espera de aprovação.
A Rossi - uma das empresas que sempre teve forte diversificação geográfica, a filial de Campinas existe há 15 anos e a do Sul, há 12 - está reforçando a estratégia. A companhia terminou o ano em 68 cidades. Segundo Leonardo Diniz, diretor comercial, o objetivo é estar em 90 cidades até o fim de 2010. "A cidade de São Paulo não deve representar mais do que 10% a 15% do nosso portfólio", diz. No ano passado, quando a Rossi definiu a estratégia de dobrar de tamanho até 2012, elaborou estudo de atratividade das cidades com mais de 200 mil habitantes e, com base na renda, potencial de crescimento e atuação da concorrência, chegou a 120 que pretende estar. "Embora seja o maior mercado do Brasil, com escalada de preços importante, é uma barreira para atingir volumes e metas agressivas de crescimento", diz Diniz. Na Cyrela, segundo o último balanço, os lançamentos realizados no Nordeste e Centro Oeste tiveram destaque no segundo trimestre, "em linha com a estratégia de reforçar a atuação além do eixo São Paulo-Rio". Do VGV total em estoque, 33,6% está fora dos dois Estados.
Das 19 incorporadoras que estão listadas hoje na bolsa, pelo menos 12 nasceram em São Paulo. A conjuntura atual, porém, está colocando em xeque a maior cidade do Brasil e berço das empresas. São Paulo tornou-se um mercado complicado demais para a maioria das construtoras. Terrenos extremamente caros e disputados, aprovações complicadas e lentas, outorga onerosa (licença para construir algumas vezes além do tamanho original do terreno) escassa e cara. Apesar da demanda e dos elevados preços que a cidade está absorvendo, para conseguir crescer no ritmo que querem e precisam, as companhias abertas tiveram de partir para outros mercados. Aceleram a compra de terrenos e a abertura de novas filiais.
As abertas fizeram promessas ambiciosas de lançamentos aos investidores e para cumpri-las precisam agir rápido - o que só é possível por meio de uma estratégia bem-sucedida de expansão para fora da cidade. A diversificação geográfica, que na fase das aberturas de capital era uma maneira de cooptar investidores, virou necessidade. Assim como para as construtoras pequenas e médias, que não têm a mesma urgência, mas precisam de terrenos mais baratos para gerar receita.
"Preferimos trocar uma velocidade de vendas menor do empreendimento em outras cidades por uma velocidade maior do negócio", afirma Abdré Kovari, diretor de negócios da GMK Incorporadora, empresa que existe há mais de 30 anos e sempre atuou em bairros como Barra Funda e Higienópolis. "Os preços dos terrenos subiram de oito a dez vezes nos últimos anos na Barra Funda", afirma. A empresa, que pretende lançar R$ 400 milhões de VGV este ano, está partindo para outras cidades, como Diadema e Jundiaí.
Este ano, as construtoras de capital aberto já lançaram R$ 14,4 bilhões. Considerando-se o ponto médio da projeção dada pelas empresas no início do ano - de 17 no total, 10 apresentaram o chamado "guidance" ao mercado - e repetindo o desempenho das demais no primeiro semestre acrescido de 20% no segundo (número bastante conservador) para projetar o total do ano, as companhias teriam de desovar este ano cerca de R$ 41 bilhões em novos produtos. Ou seja, devem lançar, entre agosto e dezembro, cerca de R$ 26,5 bilhões.
Com forte presença em São Paulo, Rio, Brasília e Goiás, a Brookfield está abrindo duas regionais: interior de São Paulo (com base em Campinas) e no Sul (Curitiba). No último balanço, a companhia afirmou que a expansão para a região Sul e para o interior de São Paulo está sendo feita para atingir suas metas de crescimento. Luiz Zanforlin, um dos ex-sócios da Company (adquirida pela Brascan em 2008), será o executivo responsável pelas novas unidades. "Até o fim do ano, vamos lançar R$ 300 milhões nos dois mercados", afirma. A Brookfield pretende lançar entre R$ 3 bi e R$ 3,3 bilhões este ano e no primeiro semestre lançou R$ 1,1 bilhão. "É uma obrigação como empresa de capital aberto estarmos nesses mercados", acrescenta.
A CCDI também está reforçando suas regionais, que ficam no Rio, Paraná, Minas e Espírito Santo. Recentemente, fechou joint venture em Curitiba e no Rio de Janeiro. "Vamos ter um volume de lançamentos bem significativo nesses dois mercados até o fim do ano", afirma Leonardo Rocha, diretor de relações com investidores da CCDI. Esta semana, a companhia anunciou a compra de seu maior terreno, de 1,2 milhão de metros quadrados em Campinas para construções dentro do Minha Casa, Minha Vida.
A compra de terrenos está tão complicada agora quanto em 2007 - quando as companhias correram ao mercado para fazer um polpudo banco de terrenos e abrir capital. "Está pior, porque há menos terrenos e o número de lançamentos agora é muito maior", diz Abrão Muszkat, ex-sócio da Even, que está abrindo uma nova incorporadora a you,inc. Segundo as empresas, as aprovações não levam menos de um ano em terrenos pequenos. Há grandes projetos em São Paulo há mais de quatro anos à espera de aprovação.
A Rossi - uma das empresas que sempre teve forte diversificação geográfica, a filial de Campinas existe há 15 anos e a do Sul, há 12 - está reforçando a estratégia. A companhia terminou o ano em 68 cidades. Segundo Leonardo Diniz, diretor comercial, o objetivo é estar em 90 cidades até o fim de 2010. "A cidade de São Paulo não deve representar mais do que 10% a 15% do nosso portfólio", diz. No ano passado, quando a Rossi definiu a estratégia de dobrar de tamanho até 2012, elaborou estudo de atratividade das cidades com mais de 200 mil habitantes e, com base na renda, potencial de crescimento e atuação da concorrência, chegou a 120 que pretende estar. "Embora seja o maior mercado do Brasil, com escalada de preços importante, é uma barreira para atingir volumes e metas agressivas de crescimento", diz Diniz. Na Cyrela, segundo o último balanço, os lançamentos realizados no Nordeste e Centro Oeste tiveram destaque no segundo trimestre, "em linha com a estratégia de reforçar a atuação além do eixo São Paulo-Rio". Do VGV total em estoque, 33,6% está fora dos dois Estados.
Antes degradada, região do Baixo Augusta vira alvo de construtoras
O Estado de São Paulo, Rodrigo Brancatelli e Paulo Saldaña, 11/out
Nos próximos dois anos, eixo entre as Ruas Augusta e Frei Caneca vai receber 2,5 mil moradores; procura justifica m² a R$ 6 mil
Até há pouco tempo símbolo da degradação urbana do centro de São Paulo, a região conhecida como Baixo Augusta virou o novo alvo do mercado imobiliário. São oito prédios residenciais em construção em um raio de 1,5 km entre as Ruas Bela Cintra, Manuel Dutra e Álvaro de Carvalho. O processo vai levar à região, ao longo dos próximos dois anos, mais de 2,5 mil moradores - número 450% maior do que nos sete anos anteriores.
Esse boom imobiliário na região é motivado em grande parte pelo rejuvenescimento desencadeado por quem agora ocupa suas calçadas toda noite. Nas Ruas Augusta e Frei Caneca, o democrático vaivém de baladeiros, cinéfilos, metaleiros, emos e estudantes de moda já ganhou a companhia do movimento frenético de caminhões, sacos de areia e betoneiras.
Com o aumento no número de restaurantes, cafés, bares e lojas no Baixo Augusta, os lançamentos vêm atender a uma demanda reprimida de pessoas que agora querem morar no centro. Uma tendência inédita desde o ápice do abandono do centro paulistano, na década de 1990. Para efeito de comparação, houve apenas um lançamento nesse perímetro nos últimos três anos.
Além de se inverter, essa tendência de ocupação da região é forte. Segundo levantamento exclusivo da Lopes Inteligência de Mercado, de todas as unidades lançadas na Bela Vista apenas 4,3% ainda estão disponíveis para a venda. Trata-se de um índice de sucesso de vendas sem comparação na cidade - até mesmo se comparado com outra áreas supervalorizadas e procuradas, como os Jardins e Higienópolis.
Liquidez. Ainda em fase de acabamento, as três enormes torres da construtora Trisul na Rua Frei Caneca estão praticamente liquidadas. Só há uma unidade à venda - as outras 323 foram comercializadas, e quase metade somente no lançamento, em 2008.
No fim do ano passado, um prédio da construtora Requadra na Rua Paim, travessa da Frei Caneca, teve absolutamente todas as 256 unidades vendidas em duas horas - o equivalente a dois apartamentos negociados a cada minuto. "A procura é enorme. Muita gente que demorava muito para chegar ao trabalho quer agora morar no centro, em uma região que tem tudo por perto", explica o administrador de carteira da empresa, Jackson Batista da Silva.
A Requadra já tem outro lançamento em um terreno vizinho, com 250 unidades. No próximo ano, lança mais uma torre na Rua Paim. "Os prédios vão ocupar áreas que antes eram um amontoado de cortiços. Vai valorizar muito", afirma Silva.
Em breve, o mesmo endereço ainda recebe um quarto empreendimento, da incorporadora AAM. A empresa já comprou uma série de imóveis na rua - em sua maioria, casas antigas e pequenos cortiços.
Preços. Essa forte procura por apartamentos na região já provoca uma valorização que se aproxima à das áreas mais nobres da cidade. Os novos empreendimentos que estão sendo erguidos por ali têm o preço do metro quadrado entre R$ 5,3 mil e R$ 6 mil, segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). "Isso é o equivalente a bairros como a Vila Madalena, Brooklin e até Moema", diz Luiz Paulo Pompeia, diretor de estudos especiais da Embraesp.
A onda de valorização também alcança imóveis mais antigos. Um apartamento de dois dormitórios, que em 2005 custava R$ 150 mil, hoje vale mais que o dobro, cerca de R$ 350 mil. A expectativa do mercado agora é que esse fenômeno comece a se irradiar para o centro mais antigo, revitalizando assim ruas e prédios que estão praticamente abandonados na região.
Nos próximos dois anos, eixo entre as Ruas Augusta e Frei Caneca vai receber 2,5 mil moradores; procura justifica m² a R$ 6 mil
Até há pouco tempo símbolo da degradação urbana do centro de São Paulo, a região conhecida como Baixo Augusta virou o novo alvo do mercado imobiliário. São oito prédios residenciais em construção em um raio de 1,5 km entre as Ruas Bela Cintra, Manuel Dutra e Álvaro de Carvalho. O processo vai levar à região, ao longo dos próximos dois anos, mais de 2,5 mil moradores - número 450% maior do que nos sete anos anteriores.
Esse boom imobiliário na região é motivado em grande parte pelo rejuvenescimento desencadeado por quem agora ocupa suas calçadas toda noite. Nas Ruas Augusta e Frei Caneca, o democrático vaivém de baladeiros, cinéfilos, metaleiros, emos e estudantes de moda já ganhou a companhia do movimento frenético de caminhões, sacos de areia e betoneiras.
Com o aumento no número de restaurantes, cafés, bares e lojas no Baixo Augusta, os lançamentos vêm atender a uma demanda reprimida de pessoas que agora querem morar no centro. Uma tendência inédita desde o ápice do abandono do centro paulistano, na década de 1990. Para efeito de comparação, houve apenas um lançamento nesse perímetro nos últimos três anos.
Além de se inverter, essa tendência de ocupação da região é forte. Segundo levantamento exclusivo da Lopes Inteligência de Mercado, de todas as unidades lançadas na Bela Vista apenas 4,3% ainda estão disponíveis para a venda. Trata-se de um índice de sucesso de vendas sem comparação na cidade - até mesmo se comparado com outra áreas supervalorizadas e procuradas, como os Jardins e Higienópolis.
Liquidez. Ainda em fase de acabamento, as três enormes torres da construtora Trisul na Rua Frei Caneca estão praticamente liquidadas. Só há uma unidade à venda - as outras 323 foram comercializadas, e quase metade somente no lançamento, em 2008.
No fim do ano passado, um prédio da construtora Requadra na Rua Paim, travessa da Frei Caneca, teve absolutamente todas as 256 unidades vendidas em duas horas - o equivalente a dois apartamentos negociados a cada minuto. "A procura é enorme. Muita gente que demorava muito para chegar ao trabalho quer agora morar no centro, em uma região que tem tudo por perto", explica o administrador de carteira da empresa, Jackson Batista da Silva.
A Requadra já tem outro lançamento em um terreno vizinho, com 250 unidades. No próximo ano, lança mais uma torre na Rua Paim. "Os prédios vão ocupar áreas que antes eram um amontoado de cortiços. Vai valorizar muito", afirma Silva.
Em breve, o mesmo endereço ainda recebe um quarto empreendimento, da incorporadora AAM. A empresa já comprou uma série de imóveis na rua - em sua maioria, casas antigas e pequenos cortiços.
Preços. Essa forte procura por apartamentos na região já provoca uma valorização que se aproxima à das áreas mais nobres da cidade. Os novos empreendimentos que estão sendo erguidos por ali têm o preço do metro quadrado entre R$ 5,3 mil e R$ 6 mil, segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). "Isso é o equivalente a bairros como a Vila Madalena, Brooklin e até Moema", diz Luiz Paulo Pompeia, diretor de estudos especiais da Embraesp.
A onda de valorização também alcança imóveis mais antigos. Um apartamento de dois dormitórios, que em 2005 custava R$ 150 mil, hoje vale mais que o dobro, cerca de R$ 350 mil. A expectativa do mercado agora é que esse fenômeno comece a se irradiar para o centro mais antigo, revitalizando assim ruas e prédios que estão praticamente abandonados na região.
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