TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO
O mercado imobiliário aquecido levou a um aumento de 12,8%, na média, no valor do aluguel residencial na capital paulista nos últimos 12 meses até setembro.
A variação acumulada é a maior na série histórica do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo, iniciada em janeiro de 2006.
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Considerando apenas setembro, o acréscimo foi de 1,7% ante agosto, com destaque para as moradias de um dormitório (2,4%).
Os dados levam em conta os contratos novos de locação. Para aqueles em andamento, com aniversário em agosto e atualização pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), mensurado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), o aumento foi bem inferior (6,99%).
Para Hilton Pecorari Baptista, diretor da entidade, o movimento de alta vai durar pelo menos mais um ano e meio, mesmo com as facilidades no financiamento na compra da casa própria, porque há um público específico para a locação, como estudantes e profissionais que mudam de cidade, recém-casados e quem acaba de se separar.
O inquilino que conserva o imóvel e paga em dia, no entanto, pode tentar negociar um reajuste menor com o locador ao renovar o contrato.
Para João da Rocha Lima Jr., professor titular de "real estate", núcleo que faz parte da Poli/USP, ainda é difícil administrar o aluguel residencial, já que a legislação é desequilibrada a favor do locatário, dificultando a retirada imediata do inquilino em caso de inadimplência. Por isso, completa, os investidores ainda se concentram na locação comercial.
Apesar de estar perdendo espaço, o tipo de garantia mais utilizado ainda é o fiador, que respondeu por 47,5% dos contratos assinados em setembro.
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