terça-feira, 5 de outubro de 2010

Associação diz que prazo longo justifica taxas

O presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Luiz França, argumenta que o custo do empréstimo imobiliário é o mais baixo do País. "Quantas empresas conseguem captar dinheiro por 30 anos pagando 10,5% de juro ao ano mais TR?", indaga. "Acho que nenhuma. Mas as pessoas físicas podem se financiar a esse custo." Ele também observa que o mercado de crédito do País (não só o imobiliário) sofre com inadimplência elevada, compulsórios e outros fatores.

No caso específico das operações imobiliárias, França diz que a burocracia para a compra e venda de imóvel acabam onerando as operações.

Por isso, ele conta que a entidade trabalha para que o governo faça mudanças regulatórias que resultariam na redução desses custos. Uma delas, explica, é o que ele chama de concentração de matrícula - qualquer operação em que o imóvel fosse dado como garantia teria de ser registrada na matrícula. "Isso reduziria o número de pesquisas que são feitas em uma transação."

O presidente do IDCC (Instituto para o Desenvolvimento da Cultura do Crédito), Fernando Blanco, avalia que os empréstimos imobiliários padecem do mesmo mal de outras modalidades no País: demanda maior do que oferta. Para ele, não se trata de falta de competição. Nem sempre, diz Blanco, número elevado de bancos significa juros menores.

Ele lembra que, do ponto de vista das instituições financeiras, fazer empréstimo imobiliário, hoje, é ótimo negócio. "Estamos falando de operações de 30 anos. Se a tendência para o juro é de queda no Brasil no médio e longo prazo, significa dizer que os bancos estão garantindo remuneração elevada no futuro."

Fonte Diário do Grande ABC.

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