sábado, 30 de outubro de 2010

Prazo de entrega estendido

O Dia, Cristiane Campos, 29/out



O boom do mercado imobiliário já começa a comprometer o prazo de entrega das chaves da casa nova e até o padrão de qualidade das construções. O setor estuda ampliar o período de conclusão dos imóveis comprados na planta, que passaria dos atuais 30 a 36 meses para entre 40 e 48 meses (4 anos). Construtoras já se mobilizam em busca de alternativas. Segundo Pesquisa da Ademi (Associação de Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário), foram lançadas na cidade 10.551 unidades comerciais e residenciais, de janeiro a setembro deste ano.

De acordo com o presidente da Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio), Roberto Kauff mann, a entidade promoverá seminário em novembro para tratar do tema, "O número de reclamações por atraso e qualidade do imóvel está aumentando.


O setor já tomou conhecimento do problema. Isso se deve ao grande volume de obras, principalmente das empresas que abriram capital, e há também um gerenciamento de obra inadequado", explica Kauffmann, que, semana passada, esteve em São Paulo para tratar do assunto na CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).



Para o diretor da Basimóvel, Ariovaldo Rocha Filho, falta planejamento nas empresas que atrasam as obras. "Hoje, temos construtoras como a Calçada, que está antecipando em um ano a entrega do empreendimento Vision na Barra da Tijuca. O mesmo acontece com a Fernandes Araújo", afirma.


Seguro garante a entrega do imóvel


0 presidente do Sinduscon-Rio, Roberto Kauffmann, recomenda a quem compra um imóvel na planta escolher empreendimentos em que a obra é financiada por agente financeiro como a Caixa Econômica Federal, Itaú e Santan der, entre outros. Isso porque existe o seguro "término de obra". Outra orientação é verificar se o quadro técnico da empresa está registrado no Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).



O gerente comercial da Fernandes Araújo, Paulo César Andrade, afirma que a empresa percebe a falta de mão de obra no mercado, mas isso não a impede de tocar as construções. "É um diferencial que oferecemos. Mas, além de tudo, é uma forma de mostrar nosso respeito ao consumidor".

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