EDSON VALENTE
EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS
Quem financiava a compra de um imóvel com banco ou construtora costumava comprometer de 20% a 30% de sua renda familiar mensal com as prestações. Nos últimos cinco anos, esse percentual vem crescendo. Atualmente já é possível reservar 50% do orçamento para quitar as mensalidades.
Geralmente são os bancos que definem esse número. Hoje eles assessoram o cliente da construtora mesmo na fase de obras, por meio de parcerias com as empresas. Para não perderem negócio, costumam flexibilizar a fatia da renda familiar que será reservada para saldar o financiamento.
Na parceria entre a imobiliária Coelho da Fonseca e o banco Itaú, o mutuário que quer elevar o comprometimento de sua renda familiar até o patamar de 50% é instruído a adotar um fiador.
"É uma solução para o cliente que tem um bom perfil", afirma Claudio Costa, gestor da área de financiamento da parceria.
Cabe então ao mutuário ser prudente ao avaliar suas contas. "Ele não deve esquecer que tem outras obrigações, com educação, filhos, alimentação", reforça Luiz Antonio França, presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
"O banco em geral limita [esse comprometimento] a 35%, mas pode emprestar 40% se o contratante tem um plano de pagamento em que vai usar recursos do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço]", cita Cláudio Borges, diretor de crédito imobiliário do Bradesco.
"É uma questão de ajuste. O que não queremos é perder o negócio por detalhes que venham a ser chamados de burocracia", define. Antes de assumir um compromisso desses, porém, é preciso analisar com cuidado o orçamento doméstico.
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