domingo, 19 de setembro de 2010

Anália Franco e Butantã lideram em lançamentos não vendidos.

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CRISTIANE CAPUCHINHO
DE SÃO PAULO

O percentual de apartamentos lançados em São Paulo que ainda não foram vendidos é baixo --10% nos últimos 36 meses--, mas algumas regiões têm estoques superiores ao dobro disso.

Quatro-dormitórios é o imóvel menos vendido em SP

Anália Franco (28,9%; zona leste), Butantã (21,6 %; zona oeste), Chácara Santo Antônio (19,4%; zona sul) e Morumbi (19,3%; zona oeste) são as zonas de valor com maior percentual de imóveis ainda vagos entre os lançados nos últimos três anos, de acordo com levantamento feito pela Inteligência de Mercado da Lopes.

Se ter 20% de imóveis em estoque pode não parecer muito para quem lembra de altos estoques em 2005, com o mercado imobiliário aquecido, as incorporadoras têm preferido aumentar a velocidade de venda de seus empreendimentos, mesmo que isso dependa de concessões ao comprador.

"No passado, muitas empresas seguravam unidades para vender mais caro quando estivesse próximo da entrega do empreendimento", afirma José Roberto Federighi, diretor da imobiliária DelForte Frema. "Hoje, as grandes incorporadoras querem vender tudo o mais rápido possível, antes mesmo da obra", acrescenta.

A mudança do mercado leva imobiliárias a dar início à venda de estoque após seis meses do lançamento. "Algumas após três meses já chamam de remanescentes", diz Roberto Coelho da Fonseca, diretor de lançamentos da Coelho da Fonseca.

MARGEM

Na contramão do mercado, comprar apartamento em lugares em que as vendas baixaram é uma opção para quem quer negociar.

"Se o incorporador e a vizinhança têm estoque, o consumidor pode barganhar preço ou outras vantagens", afirma Paola Alambert, diretora de marketing da Abyara.

No leque de ofertas encontram-se promoções para ganhar desde cozinha e "home theater" até opcionais, como o kit churrasqueira.

A informação sobre o estoque da região é útil na hora da pechincha, mas o comprador deve considerar duas vezes o interesse no negócio.

"Estoque pode ser um indicativo de que os preços ali não devem subir e de que pode haver até mesmo desvalorização", pondera João Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação).

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