O Dia, 07/set
O seguro de vida pode sair mais barato para quem tem financiamento imobiliário, mas esta vantagem revela distorção, segundo estudo do consultor legislativo do Senado Marcos Kohler. O levantamento mostra que quem contribui pelo mesmo tempo e tem cobertura em valor igual para os riscos equivalentes paga mais se comprar no varejo. O autor do trabalho identificou que a diferença chega a 148% entre o preço do seguro de vida que cobre morte e invalidez permanente e de danos físicos ao imóvel.
Para Kohler, o descompas¬so indica que falta eficiência e que as regras podem estar agindo contra o consumidor. Ele pesquisou os valores pela Internet e encontrou um problema extra: a dificulda¬de de cotar o serviço e a diferenciação de produtos, que complica a comparação.
O pesquisador também considerou que a obrigatoriedade de contar com um corretor para intermediar o contrato de serviço encarece o preço final. Para fazer a comparação, Kohler simulou a contratação dos seguros com as mesmas condições. Segundo ele, a grande diferença de preço não se justifica. No entanto, as características dos produtos também não são iguais, uma vez que a cobertura do seguro feito obrigatoriamen¬te ao contratar financiamentos imobiliários só pode ser usada para saldar o valor do imóvel.
Já a dispensa do corretor é um tema polêmico no setor e faz parte dos debates para defi¬nir características do microsse- guro, que tramita no Congres¬so. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) não retornou aos pedidos para comentar as críticas.
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