Segmento representa 35,1% do total de imóveis no segundo trimestre
A velocidade de vendas dos imóveis aumentou no segundo semestre na comparação com os seis primeiros seis meses do ano passado. O VSO médio (Venda sobre Oferta) foi de 21,6% de janeiro a junho deste ano. O segmento que teve maior destaque nas vendas foi o de imóveis de dois dormitórios, que responderam por 35,1% do total de unidades vendidas no segundo trimestre. Os dados são do Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo), que não vê a velocidade de vendas com bons olhos.
“É como se um prédio inteiro fosse vendido em cinco meses. Eu, como alguém que está no mercado, digo que é muito mais sustentável e saudável um VSO de 12% a 13%”, disse João Crestana. No primeiro semestre de 2009, o VSO foi de 12,8%. Já no segundo, foi para 22,4%.
Com um resultado bastante próximo ao do segmento de dois dormitórios, as unidades de três quartos representaram 33,5% das vendas no segundo trimestre do ano e 35,3% no primeiro semestre, com 5.999 imóveis comercializados. Em seguida, aparecem as unidades de três dormitórios, com 5.965 imóveis vendidos no semestre, representando 35,1% dos negócios. Os imóveis de quatro dormitórios ficaram com 18,6% do total vendido no trimestre e 19,4% do total semestral.
Mercado
De olho nesta fatia do mercado, as construtoras já têm investido em empreendimentos com dois dormitórios. A Construtora Tarjab pretende lançar um prédio no bairro do Ipiranga com 120 unidades de dois dormitórios cada, com 57 m² e 65 m², uma ou duas vagas demarcadas na garagem. A expectativa é de que seja totalmente vendido em poucas horas. Em julho, a construtora lançou um empreendimento de 3 dormitórios, no Aura, no Bosque da Saúde, e em dois dias teve todas as suas unidades vendidas.
Segundo Sérgio Ros, diretor da Construtora Tarjab, imóveis de dois dormitórios têm um público específico na cidade. “Estes empreendimentos são perfeitos para quem deseja morar sozinho, jovens casais que procuram o primeiro ou segundo imóvel, famílias pequenas e casais cujos filhos saíram ou estão para sair de casa. Além disso, oferecem comodidade, conforto e boa relação custo-benefício, tornando-se ainda excelente oportunidade para investidores, por apresentarem rápida liquidez na revenda e grande procura para locação”, comenta Sérgio Ros.
Menos procura, preço menor
Devido à procura maior por imóveis de dois e três dormitórios, em julho, a maior queda de preço de aluguel foram os de alto padrão, com 4 dormitórios situados em bairros da Capital como Higienópolis, Itaim e Jardim América. O aluguel médio era de R$ 7.870,59 em junho e em julho ficou em R$ 3.145,45, uma queda de 60,04%. Os dados são do Crecisp.
Fonte Primeira Mão.