terça-feira, 7 de setembro de 2010

crédito imobiliário deve chegar a 11% do PIB.

Projeção é para 2014 e, em valores, representa R$ 500 bilhões, meta factível, segundo o presidente da associação, Luiz Antonio de França.

01/09/10, São Paulo, SP - Estagnada durante longo período entre 2,5% e 3%, a relação entre o crédito imobiliário e o Produto Interno Bruto (PIB) deve chegar a 4,2% em 2010, de acordo com declarações à mídia do presidente da Associação Brasileira das Empresas de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Luiz Antonio de França. O executivo, também diretor do Banco Itaú, projeta em 11% a evolução de tal participação, até 2014.

A exemplo do ocorrido na Europa e no continente norte-americano, a evolução da relação entre crédito imobiliário e PIB tem estreita ligação com a ampliação do leque de modalidades de financiamento, bem como da diversificação de fontes de recursos para financiar tanto o produtor, quanto o comprador final.

No Brasil, a base para o movimento em direção a estas duas ações, intenso atualmente, iniciou há cerca de quatro anos, quando diferentes atores do mercado imobiliário uniram-se para fortalecer a legislação, com vistas à proteção ao crédito.

As garantias jurídicas conquistadas estimularam o crescimento da oferta de crédito, ao que se soma o aumento da massa salarial. Logo, como diz João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação em São Paulo (Secovi/SP), é “necessário estruturar um novo modelo de financiamento sustentável, para dar vazão ao crescimento”. Haja vazão. A relação de 11% entre crédito imobiliário e PIB, estimada para 2014, é bem graúda: R$ 500 bilhões (e factível, segundo França).

Detentores, hoje, de R$ 700 bilhões em caixa, os fundos de pensão estão sendo cortejados pelos agentes do setor imobiliário. Seria o casamento perfeito, na visão de Crestana, mas “"esses fundos não aplicam no setor porque não há uma cultura, por aqui, de incentivo a esse tipo de investimento. É preciso vencer resistências”, declarou à mídia o presidente do Secovi/SP.