domingo, 5 de setembro de 2010

Construção civil cresce pelo sexto mês consecutivo.

O Estado de São Paulo, Eduardo Rodrigues, 31/ago


O ritmo de crescimento da construção civil apresentou recuperação em julho de acordo com sondagem do setor divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala onde valores acima de 50 pontos indicam crescimento, o indicador de julho chegou a 54,9 pontos, após ter ficado em 53,8 pontos no mês anterior.

A sondagem também mostrou que o setor continua aquecido, acima do usual para o período. Na avaliação que compara o nível de atividade com a média esperada para julho, o indicador persistiu acima dos 50 pontos de referência, chegando a 55,4 pontos. Em junho, o índice apurado pela pesquisa foi de 54,6 pontos.

O economista da CNI, Danilo Garcia, destacou que julho foi o sexto mês consecutivo de expansão do setor, que em 2010 apresentou retração só em janeiro. "Os segmentos de construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços especializados cresceram em julho", afirmou.

Dentre os três segmentos avaliados, o de construção de prédios foi o que apresentou melhor desempenho no mês, com 54,7 pontos.

Além disso, todos os portes de empresas verificaram aumento na atividade no período. "Depois de ter registrado certa estabilidade em junho, pela primeira vez no ano até mesmo as pequenas empresas apresentaram um crescimento de fato, com 52,4 pontos em julho", disse Garcia. No mês anterior, o indicador de atividade para as menores empresas havia ficado em 50,4 .

Otimismo. Por isso, os empresários do setor entrevistados pela CNI mantiveram o otimismo em relação aos próximos meses, ainda que com menor intensidade. Pela mesma metodologia, o indicador que mede as expectativas em relação à atividade nos meses à frente registrou 63,7 pontos, ante 65,2 pontos no mês anterior.

As expectativas com relação a novos empreendimentos e serviços (64,4 pontos) e compras de matérias-primas (63,1 pontos) também se situaram bem acima do ponto de referência de 50 pontos."Claramente não há indícios de qualquer desaceleração no setor nos próximos seis meses", completou Garcia. Ainda assim, ambas as perspectivas recuaram ante ao resultado de junho.

Ao contrário da pesquisa trimestral, a sondagem de julho não trouxe a avaliação e as expectativas dos empresários da construção civil sobre o emprego. Também não foram incluídas perguntas a respeito dos principais problemas enfrentados pelo setor.